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November 22, 2017

US ECONOMICS


FED. November 22, 2017. Minutes of the Federal Open Market Committee, October 31-November 1, 2017

The Federal Reserve Board and the Federal Open Market Committee on Wednesday released the attached minutes of the Committee meeting held on October 31-November 1, 2017.

The minutes for each regularly scheduled meeting of the Committee ordinarily are made available three weeks after the day of the policy decision and subsequently are published in the Board’s Annual Report. The descriptions of economic and financial conditions contained in these minutes are based solely on the information that was available to the Committee at the time of the meeting.

MINUTES - November 01, 2017

Information received since the Federal Open Market Committee met in September indicates that the labor market has continued to strengthen and that economic activity has been rising at a solid rate despite hurricane-related disruptions. Although the hurricanes caused a drop in payroll employment in September, the unemployment rate declined further. Household spending has been expanding at a moderate rate, and growth in business fixed investment has picked up in recent quarters. Gasoline prices rose in the aftermath of the hurricanes, boosting overall inflation in September; however, inflation for items other than food and energy remained soft. On a 12-month basis, both inflation measures have declined this year and are running below 2 percent. Market-based measures of inflation compensation remain low; survey-based measures of longer-term inflation expectations are little changed, on balance.

Consistent with its statutory mandate, the Committee seeks to foster maximum employment and price stability. Hurricane-related disruptions and rebuilding will continue to affect economic activity, employment, and inflation in the near term, but past experience suggests that the storms are unlikely to materially alter the course of the national economy over the medium term. Consequently, the Committee continues to expect that, with gradual adjustments in the stance of monetary policy, economic activity will expand at a moderate pace, and labor market conditions will strengthen somewhat further. Inflation on a 12-month basis is expected to remain somewhat below 2 percent in the near term but to stabilize around the Committee's 2 percent objective over the medium term. Near-term risks to the economic outlook appear roughly balanced, but the Committee is monitoring inflation developments closely.

In view of realized and expected labor market conditions and inflation, the Committee decided to maintain the target range for the federal funds rate at 1 to 1-1/4 percent. The stance of monetary policy remains accommodative, thereby supporting some further strengthening in labor market conditions and a sustained return to 2 percent inflation.

In determining the timing and size of future adjustments to the target range for the federal funds rate, the Committee will assess realized and expected economic conditions relative to its objectives of maximum employment and 2 percent inflation. This assessment will take into account a wide range of information, including measures of labor market conditions, indicators of inflation pressures and inflation expectations, and readings on financial and international developments. The Committee will carefully monitor actual and expected inflation developments relative to its symmetric inflation goal. The Committee expects that economic conditions will evolve in a manner that will warrant gradual increases in the federal funds rate; the federal funds rate is likely to remain, for some time, below levels that are expected to prevail in the longer run. However, the actual path of the federal funds rate will depend on the economic outlook as informed by incoming data.

The balance sheet normalization program initiated in October 2017 is proceeding.

Voting for the FOMC monetary policy action were: Janet L. Yellen, Chair; William C. Dudley, Vice Chairman; Lael Brainard; Charles L. Evans; Patrick Harker; Robert S. Kaplan; Neel Kashkari; Jerome H. Powell; and Randal K. Quarles.

Implementation Note issued November 1, 2017
Decisions Regarding Monetary Policy Implementation

The Federal Reserve has made the following decisions to implement the monetary policy stance announced by the Federal Open Market Committee in its statement on November 1, 2017:
  • The Board of Governors of the Federal Reserve System voted unanimously to maintain the interest rate paid on required and excess reserve balances at 1.25 percent.
  • As part of its policy decision, the Federal Open Market Committee voted to authorize and direct the Open Market Desk at the Federal Reserve Bank of New York, until instructed otherwise, to execute transactions in the System Open Market Account in accordance with the following domestic policy directive:
    "Effective November 2, 2017, the Federal Open Market Committee directs the Desk to undertake open market operations as necessary to maintain the federal funds rate in a target range of 1 to 1‑1/4 percent, including overnight reverse repurchase operations (and reverse repurchase operations with maturities of more than one day when necessary to accommodate weekend, holiday, or similar trading conventions) at an offering rate of 1.00 percent, in amounts limited only by the value of Treasury securities held outright in the System Open Market Account that are available for such operations and by a per-counterparty limit of $30 billion per day.
    The Committee directs the Desk to continue rolling over at auction the amount of principal payments from the Federal Reserve's holdings of Treasury securities maturing during each calendar month that exceeds $6 billion, and to continue reinvesting in agency mortgage-backed securities the amount of principal payments from the Federal Reserve's holdings of agency debt and agency mortgage-backed securities received during each calendar month that exceeds $4 billion. Small deviations from these amounts for operational reasons are acceptable.
    The Committee also directs the Desk to engage in dollar roll and coupon swap transactions as necessary to facilitate settlement of the Federal Reserve's agency mortgage-backed securities transactions."
  • In a related action, the Board of Governors of the Federal Reserve System voted unanimously to approve the establishment of the primary credit rate at the existing level of 1.75 percent.

FED. REUTERS. 22 DE NOVEMBRO DE 2017. Yellen ainda prevê recuperação da inflação nos EUA mas diz estar "bastante incerta"
Por Jonathan Spicer e Stephanie Kelly

NOVA YORK (Reuters) - A chair do Federal Reserve, Janet Yellen, manteve sua previsão de que a inflação nos Estados Unidos irá em breve se recuperar, mas fez uma forte ressalva nesta terça-feira: está “bastante incerta” sobre isso e aberta à possibilidade de que os preços podem continuar baixos por anos.

Um dia depois de anunciar sua aposentadoria do banco central dos EUA, planejada para o início de fevereiro, Yellen disse que o Fed está razoavelmente perto de seus objetivos e deve continuar a elevar gradualmente os juros para impedir que tanto a inflação quanto o desemprego fiquem muito baixos.

Yellen afirmou ainda não acreditar que as expectativas de inflação caíram demais apesar de cinco anos de leituras de preços abaixo da meta no país.

A inflação deve se recuperar nos próximos anos, afirmou ela, acrescentando: “Vou dizer que estou bastante incerta sobre isso. Meus colegas e eu não estamos certos que isso seja transitório e estamos monitorando a inflação de perto”.

Uma importante lição de seu mandato de quatro anos no comando do Fed foi de manter a mente aberta e não assumir que “tem um monopólio da verdade”, disse Yellen a estudantes e professores da NYU Stern School of Business.

As autoridades do Fed têm repetido sua crença de que a inflação irá se recuperar mesmo com sua medida preferida de alta de preços a 1,3 por cento, abaixo da meta de 2 por cento.

O desemprego nos EUA caiu a 4,1 por cento, enquanto o crescimento econômico está a 3 por cento, provocando altas expectativas de uma alta de juros no próximo mês apesar da fraqueza dos preços.

NAFTA. REUTERS. 22 DE NOVEMBRO DE 2017. México e Canadá resistem a exigências dos EUA e negociações do Nafta enfrentam barreiras

CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - Os Estados Unidos, o México e o Canadá falharam em resolver as principais diferenças na quinta rodada de negociações para reorganizar o acordo comercial do Nafta, com uma queixa na terça-feira da administração do presidente Donald Trump de que a falta de progresso pode prejudicar o processo.

Os três países prometeram continuar as negociações sobre o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) até março, mas os desentendimentos sobre as principais demandas dos EUA estão pressionando os negociadores para chegarem a um novo acordo antes que a campanha presidencial mexicana de 2018 comece.

Muitos dos atritos centraram-se na rejeição mexicana e canadense de uma proposta dos EUA quanto aos automóveis. A proposta é para elevar para 85 por cento o mínimo das peças produzidos na América do Norte, ante os 62,5 por cento atuais, além de exigir que metade das peças dos veículo seja produzida nos Estados Unidos.

Os dois países também resistiram a uma série de outras demandas dos norte-americanos, incluindo um plano para eliminar um mecanismo importante de resolução de disputas e de limitações propostas para a agricultura mexicana e canadense.

Minutos depois que os três países emitiram uma curta declaração conjunta ressaltando os avanços e prometendo continuar a trabalhar na conclusão das negociações “o mais rápido possível”, o representante comercial norte-americano, Robert Lighthizer, usou um tom diferente.

“Embora tenhamos avançado em alguns dos nossos esforços para modernizar o Nafta, continuo preocupado com a falta de progresso”, afirmou ele em comunicado. “Até agora, não vimos nenhuma evidência de que o Canadá ou o México estão dispostos a comprometer-se seriamente com as medidas que levem a um reequilíbrio do acordo. Sem um reequilíbrio, não alcançaremos um resultado satisfatório”, acrescentou.

Por Anthony Esposito e Adriana Barrera

Global Affairs Canada. November 21, 2017. Trilateral Statement on the Conclusion of the Fifth Round of NAFTA Negotiations

Ottawa, Ontario - Today in Mexico City, the negotiating teams of Mexico, Canada and the United States concluded the fifth round of the renegotiation and modernization of the North American Free Trade Agreement (NAFTA), gathering nearly 30 negotiating groups.

In response to ministerial instructions at the end of the fourth round, chief negotiators concentrated on making progress with the aim of narrowing gaps and finding solutions. As a result, progress was made in a number of chapters.

Chief negotiators reaffirmed their commitment to moving forward in all areas of the negotiations, in order to conclude negotiations as soon as possible. Ministers have agreed to hold the sixth round of negotiations from January 23 to 28, 2018, in Montréal, Canada. In the meantime, negotiators will continue their work in intersessional meetings in Washington, D.C., through mid-December and will report back to chief negotiators on the progress achieved.

DoC. USITC. 11/21/2017. U.S. Department of Commerce Finds Dumping of Imports of Carbon and Alloy Steel Wire Rod from Belarus, Russia and the United Arab Emirates (UAE)

Today, U.S. Secretary of Commerce Wilbur Ross announced the affirmative final determinations in the antidumping duty (AD) investigations of imports of carbon and alloy steel wire rod (wire rod) from Belarus, Russia, and the United Arab Emirates (UAE).

“The United States is dedicated to free, fair, and reciprocal trade with these countries, and this case was decided strictly on a full and fair assessment of the facts,” said Secretary Ross. “The Department of Commerce is committed to protecting U.S. companies being hurt by foreign manufacturers that refuse to play fair.”

The Commerce Department determined that exporters from Belarus, Russia, and the UAE sold wire rod in the United States at 84.10 – 756.93 percent less than fair value.

As a result of today’s decisions, Commerce will instruct U.S. Customs and Border Protection (CBP) to collect cash deposits from importers of wire rod from Belarus (280.02 percent), Russia (436.80 – 756.93 percent), and the UAE (84.10 percent) based on these final rates. Since Commerce also found that critical circumstances exist with respect to all Russian exporters/producers, Commerce will instruct CBP to collect cash deposits retroactively on all entries of wire rod from Russia for a period beginning 90 days prior to the preliminary determinations (September 5, 2017).

In 2016, imports of wire rod from Belarus, Russia and the UAE were valued at an estimated $10.4 million, $32.3 million and $7 million, respectively. 

The petitioners in these investigations are Gerdau Ameristeel US Inc. (FL), Nucor Corporation (NC), Keystone Consolidated Industries (TX), and Charter Steel (WI).

The AD law provides U.S. businesses and workers with an internationally accepted mechanism to seek relief from the harmful effects of unfairly dumped imports into the United States.

Enforcement of U.S. trade law is a prime focus of the Trump administration. From January 20, 2017, through November 7, 2017, Commerce initiated 77 AD and countervailing duty (CVD) investigations – a 61 percent increase from 48 in the previous year.

Commerce currently maintains 412 AD and CVD orders which provide relief to American companies and industries impacted by unfair trade.

If the U.S. International Trade Commission (ITC) makes affirmative final injury determinations, Commerce will issue AD orders. If the ITC makes negative final determinations of injury, the investigations will be terminated and no orders will be issued.

The U.S. Department of Commerce’s Enforcement and Compliance unit within the International Trade Administration is responsible for vigorously enforcing U.S. trade laws and does so through an impartial, transparent process that abides by international law and is based solely on factual evidence.

Foreign companies that price their products in the U.S. market below the cost of production or below prices in their home markets are subject to AD duties.

Fact sheet: https://www.trade.gov/enforcement/factsheets/factsheet-multiple-wire-rod-ad-final-112117.pdf

DoC. USITC. 11/21/2017. U.S. Department of Commerce Issues Affirmative Preliminary Countervailing Duty Determination on Ripe Olives From Spain

Today, U.S. Secretary of Commerce Wilbur Ross announced the affirmative preliminary determination in the countervailing duty (CVD) investigation of imports of ripe olives from Spain.

“The U.S. values its relationships with Spain, but even friendly countries must play by the rules,” said Secretary Ross. “We will continue to review all information related to this preliminary determination while standing up for American workers and companies.”

The Commerce Department preliminarily determined that exporters from Spain received countervailable subsidies of 2.31 – 7.24 percent.

As a result of today’s decision, Commerce will instruct U.S. Customs and Border Protection (CBP) to collect cash deposits from importers of ripe olives from Spain based on these preliminary rates.

In 2016, imports of ripe olives from Spain were valued at an estimated $70.9 million.

The petitioner is the Coalition for Fair Trade in Ripe Olives, whose individual members are Bell-Carter Foods, Inc. (CA), and Musco Family Olive Co. (CA).  

Enforcement of U.S. trade law is a prime focus of the Trump administration. From January 20, 2017, through November 21, 2017, Commerce has initiated 77 antidumping and countervailing duty investigations – a 61 percent increase from 48 in the previous year.

The CVD law provides U.S. businesses and workers with an internationally accepted mechanism to seek relief from the harmful effects of foreign government unfair subsidization of imports into the United States. Commerce currently maintains 412 antidumping and countervailing duty orders which provide relief to American companies and industries impacted by unfair trade. CVD laws provide U.S. businesses and workers with an internationally accepted mechanism to seek relief from the harmful effects of unfair subsidization of imports into the United States.

Unless the final determination is postponed, Commerce is currently scheduled to announce its final CVD determination on April 4, 2018.

If Commerce makes an affirmative final determination and the U.S. International Trade Commission (ITC) makes an affirmative final injury determination, Commerce will issue a CVD order.  If Commerce makes a negative final determination or the ITC makes a negative final determination of injury, the investigation will be terminated and no order will be issued. 

The U.S. Department of Commerce’s Enforcement and Compliance unit within the International Trade Administration is responsible for vigorously enforcing U.S. trade laws and does so through an impartial, transparent process that abides by international law and is based solely on factual evidence.

Imports from companies that receive unfair subsidies from their governments in the form of grants, loans, equity infusions, tax breaks, and production inputs are subject to “countervailing duties” aimed at directly countering those subsidies.

Fact sheet: https://www.trade.gov/enforcement/factsheets/factsheet-spain-ripe-olives-cvd-prelim-112117.pdf



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ECONOMIA BRASILEIRA


IPEA. 21/11/2017. Grupo de Conjuntura aponta que PIB do setor agropecuário deve fechar o ano em 10,8%. Para 2018, previsão é de queda de 1,7% em relação a 2017, segundo estudo lançado nesta terça-feira (21.11)

O Produto Interno Bruto (PIB) do setor agropecuário brasileiro deve fechar o ano com um crescimento de 10,8%. É o que prevê a seção de economia agrícola da Carta de Conjuntura nº 37, lançada nesta terça-feira (21), durante seminário no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em Brasília. Para 2018, mesmo com uma estimativa de queda de 1,7%, as conclusões do estudo indicam um cenário otimista em quase todos os segmentos agrícolas.

O estudo – que traz uma análise completa de preços, produção, emprego, comércio exterior, seguro e crédito do setor agropecuário – foi produzido em conjunto pelo Ipea com a Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, da Pecuária e do Abastecimento (SPA/Mapa) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP).

“Após um ano de 2017 com crescimento expressivo, a queda prevista para a safra de grãos deve resultar em redução do PIB do setor agropecuário em 2018”, explicou José Ronaldo de Castro Souza Jr., diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea.

Os dados da pesquisa mostram que o aumento das exportações foi de 12,4% na comparação com 2016 e de 22% em relação a 2015. O aumento em relação ao ano passado ficou concentrado em soja (23,3%) e pimenta (89,6%). “O grande produto que fez crescer as exportações foi a soja, sem dúvida”, concluiu José Ronaldo.

Nicole Rennó Castro, do Cepea-USP, destacou que o PIB do setor de agronegócios deve crescer 5,8% neste ano. A pesquisadora falou ainda sobre a recuperação dos empregos na agricultura, que obteve um aumento de 1,3% no segundo trimestre de 2017, comparado ao primeiro trimestre do ano. O aumento ocorreu principalmente na agroindústria, com alta de 4,6%. Na comparação com o ano passado, no entanto, o número de ocupações continua em queda. A redução foi de 2,3%, comparando-se o segundo trimestre de 2017 com o mesmo período de 2016.

“Estamos numa trajetória de crescimento extraordinário, sinal que o setor contribui muito para a geração de empregos. O mercado de máquinas agrícolas também demostra bem esse aquecimento na economia”, comentou José Eustáquio Vieira Filho, técnico de planejamento e pesquisa da Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais (Dirur/Ipea).

Segundo Rogério Edivaldo Freitas, da Dirur/Ipea, houve um crescimento de todos os segmentos de máquinas agrícolas. “Na comparação estrita com os dados de 2016, é salutar o crescimento da produção de tratores”, pontuou.

João Cláudio Souza, da SPA/MAPA, expôs os financiamentos, investimentos e mudanças normativas que devem estimular ainda mais o setor agropecuário. “A Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), nova fonte de recursos do crédito rural, está se demonstrando bastante vantajosa e exitosa, com taxas de juros baixas, equivalentes ao crédito rural controlado. E vem do mercado, não precisa da intervenção estatal na equalização da taxa de juros para suportar esse crédito para o produtor rural”, observou.

Conforme a nova seção de economia agrícola, a poupança rural controlada apresentou um acréscimo de 78,1%, contabilizando financiamentos na ordem de R$ 18 bilhões. Os Fundos Constitucionais de Financiamento Regional - FNO (Região Norte), FNE (Região Nordeste) e FCO (Região Centro-Oeste) - cresceram 107,7%, desembolsando R$ 3,9 bilhões. Quanto aos investimentos, no agregado, totalizaram R$ 9,83 bilhões no período de julho a outubro de 2017, aplicação 39,7% superior à do mesmo período em 2016.

De acordo com Diego Almeida, também da SPA/MAPA, há algumas ações do Ministério da Agricultura em andamento para ampliar as melhorias no setor, como consultorias consultivas e parcerias de pesquisas. Quanto aos instrumentos para aumentar a transparência, citou o lançamento do site do Atlas do Seguro Rural e a disponibilização na internet da lista de beneficiários.

Carta de Conjuntura: http://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura/

PETROBRAS. 22.Nov.2017. Oferta pública de ações da Petrobras Distribuidora (BR)

Em complementação aos Fatos Relevantes divulgados em 28/09/2017 e 16/10/2017, informamos que realizamos, perante a Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”), o protocolo de documentos relacionados à oferta pública de distribuição secundária de ações ordinárias de emissão da Petrobras Distribuidora S.A.- BR (“Oferta”), em cumprimento às exigências expedidas pela CVM.

Informamos ainda que divulgamos, nesta data, o aviso ao mercado e o prospecto preliminar referentes à Oferta, a ser realizada no Brasil, em mercado de balcão não organizado, nos termos da Instrução da CVM nº 400/2003 (“Instrução CVM 400”), e demais disposições legais aplicáveis, sob a coordenação de instituições financeiras integrantes do sistema de distribuição de valores mobiliários, incluindo esforços de colocação das ações no exterior.

O preço de venda das ações, conforme venha a ser acordado na data de precificação da oferta, será fixado após a apuração do resultado do procedimento de coleta de intenções de investimento junto a investidores institucionais, a ser realizado no Brasil e no exterior, em conformidade com o disposto no artigo 44 da Instrução CVM 400 (bookbuilding).

Esclarecemos que a referida Oferta está sujeita à concessão dos registros pela CVM e às condições de mercado.

Este fato relevante tem caráter exclusivamente informativo, nos termos da legislação em vigor, e não deve ser considerado como um anúncio de oferta das ações. Não será realizado nenhum registro da Oferta ou das ações em qualquer agência ou órgão regulador do mercado de capitais de qualquer outro país, exceto no Brasil, junto à CVM.

As ações oferecidas não foram, nem serão registradas nos termos da U.S. Securities Act of 1933, conforme alterada, e não podem ser oferecidas ou vendidas nos Estados Unidos sem o devido registro ou uma isenção de registro aplicável.

PETROBRÁS. PORTAL G1. REUTERS. 21/11/2017. ENERGIA. Bolívia assina acordo de US$ 1,6 bilhão em projetos de gás com Repsol, Petrobras e Shell. O plano envolve blocos nas áreas de gás de Iniguazu, San Telmo e Astillero.

O governo da Bolívia assinou nesta terça-feira (21) acordos de produção e exploração de gás natural com a espanhola Repsol, a Petrobras e a Shell, num projeto estimado em cerca de US$ 1,6 bilhão em investimentos, disse o presidente boliviano Evo Morales.
O plano envolve blocos nas áreas de gás de Iniguazu, San Telmo e Astillero, nas quais a estatal boliviana YPFB seria sócia. A Repsol lideraria o consórcio de Iniguazu com Shell como minoritária, enquanto a Petrobras lideraria os outros dois, disse Morales.

SINDICOM. REUTERS. 22 DE NOVEMBRO DE 2017. Venda de lubrificantes no país deve crescer em 2017 após 3 anos de queda, diz Sindicom

RIO DE JANEIRO (Reuters) - As vendas de lubrificantes devem voltar a crescer neste ano quando na comparação com 2016, após três anos seguidos de queda, afirmou nesta quarta-feira o gerente de Lubrificantes do sindicato das distribuidoras de combustíveis e lubrificantes (Sindicom), Giancarlo Passalacqua.

Em 2016, as vendas de lubrificantes somaram cerca de 1,270 milhão de metros cúbicos.

A recuperação do mercado, segundo Passalacqua, é resultado de uma melhoria na economia brasileira e também do consumo de combustíveis.

“O mercado está reagindo... a gente também acredita que 2018 vai ter uma continuidade”, disse o gerente do Sindicom, ao fazer uma apresentação sobre o setor a jornalistas.

Ele não detalhou as expectativas de desempenho porque o Sindicom não faz projeções oficiais.

Algumas das empresas que atuam no setor de lubrificantes no Brasil são Petrobras, YPF, Shell e Total, dentre outras.

Passalacqua explicou que cerca de 45 por cento do óleo básico atualmente utilizado para a fabricação de lubrificantes no país é importado, enquanto aproximadamente 40 por cento são refinados pela Petrobras e os demais 15 por cento feitos em rerrefinadoras.

Isso porque apenas duas refinarias da Petrobras, Reduc e Rlam, produzem o óleo básico.

No entanto, Passalacqua destacou que o mercado de lubrificantes tem capacidade para crescer via importação, uma vez que não há no segmento o mesmo gargalo observado no setor de combustíveis.

Por Marta Nogueira

MDIC. 22 de Novembro de 2017. Brasil e Chile assinam memorando sobre Certificado de Origem Digital para agilizar comércio entre os dois países. Documento foi entregue às autoridades chilenas pelo secretário-executivo do MDIC, Marcos Jorge de Lima; comitiva brasileira participa da Comissão de Monitoramento de Comércio Brasil-Chile em Santiago

Santiago (22 de novembro) - Brasil e Chile iniciam, a partir desta quarta-feira, a última etapa de testes que antecede a implantação de Certificados de Origem Digital (COD), que agilizará o comércio entre os dois países. O secretário-executivo do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Marcos Jorge de Lima, entregou hoje às autoridades chilenas um memorando de entendimento assinado pelo governo brasileiro que permitirá o reconhecimento mútuo e aceitação das assinaturas eletrônicas que constam no documento digital.

"O Brasil é um entusiasta da adoção do COD. O documento facilita o comércio e simplifica procedimentos comerciais bilaterais. Em regiões mais remotas, ao norte do nosso país, por exemplo, a utilização do Certificado de Origem Digital traz avanços muito significativos no tempo e custos dos exportadores para comprovarem a origem de suas mercadorias”, explicou.

O documento, firmado pelo secretários de Comércio Exterior, Abrão Neto, e da Receita Federal, Jorge Rachid, e, do lado chileno, pelo diretor de Assuntos Econômicos Bilaterais da Diretoria Geral de Relações Econômicas Internacionais, Pablo Urria, recomenda às áreas técnicas dos dois países concluir a Homologação Externa e ao Projeto Piloto do COD, etapas que antecedem a efetiva implantação do certificado de origem em formato digital.

Durante a reunião no Ministério das Relações Exteriores do Chile, Paulina Nazal, diretora geral de Relações Econômicas Internacionais, destacou a importância dos dois países avançarem no processo de adoção do COD. “É uma medida importante para desburocratizar o comércio. Nos comprometemos a fazer toda articulação necessária com nossa aduana para, em breve, abandonarmos os documentos em papel”, disse.

Com a entrega do memorando nesta quarta-feira, o Chile deve ser o terceiro país a adotar o COD nas relações comerciais com o Brasil, depois de Argentina e Uruguai. Em 2016 o Brasil emitiu mais de 60 mil certificados de origem para o Chile. A implantação do documento digital será um importante passo para fortalecer as relações entre o Mercosul e a Aliança do Pacífico, bloco formado por México, Colômbia, Peru e Chile. Em abril deste ano, representantes dos dois blocos econômicos discutiram a importância do uso do certificado de origem digital para promover mecanismos de integração e cooperação aduaneira.

COD

O projeto COD foi concebido no âmbito da Associação Latino-Americana de Integração (Aladi). Ele propõe a substituição gradual do certificado de origem preferencial atualmente emitido em papel por um documento eletrônico em formato XML (COD), trazendo vantagens em termos de celeridade, redução de custos, autenticidade e segurança da informação para os processos de certificação e validação da origem de mercadorias comercializadas entre os membros.

Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior do MDIC, a nova sistemática proporciona aos operadores brasileiros redução no tempo de emissão de 24 horas para 30 minutos e diminui os custos diretos de emissão em cerca de 35%.

O primeiro país a implantar efetivamente o COD nas relações comerciais com o Brasil foi a Argentina. Em maio deste ano, o documento digital passou a valer para os acordos Mercosul (ACE 18) e Automotivo Brasil-Argentina (ACE 14). Já há 14 entidades emissoras habilitadas a emitir COD e a expectativa é que, a partir de março do ano que vem, as 57 entidades estejam autorizadas a conceder o certificado.

Em outubro, Brasil e Uruguai deram início ao Piloto do COD. No comércio entre os dois países, o certificado de origem em papel ainda é prova de origem para a aduana importadora. Até o início de 2018, o documento digital deve ser efetivamente implantado para os acordos Mercosul (ACE 18) e Automotivo Brasil-Uruguai (ACE 2).

Agenda

Nesta quarta-feira, Marcos Jorge participa da Comissão de Monitoramento do Comércio Brasil-Chile, realizada no Ministério das Relações Exteriores do Chile, em Santiago. O secretário-executivo e a comitiva do MDIC discutiram com autoridades chilenas a cooperação regulatória entre os dois países, o acesso ao mercado e outros instrumentos para ampliar a parceria comercial.

Intercâmbio comercial

Em 2016, as exportações brasileiras para o Chile somaram US$ 4,08 bilhões e as importações chilenas, US$ 2,88 bilhões. O país foi o sétimo principal destino das exportações brasileiras.

Entre os principais produtos exportados estão óleos brutos de petróleo (US$ 1,09 bilhão, com participação de 27% da pauta exportadora), carne bovina (US$ 296,02 milhões; 7,3%) e veículos de carga (US$ 162,76 milhões; 4%).

Do Chile, o Brasil compra, principalmente, catodos de cobre (US$ 645,48 milhões; 22%); salmão (US$ 438,07 milhões; 15%) e minério de cobre (US$ 381,73 milhões; 3%).

CNI. 21 de Novembro de 2017. CNI quer decisão oficial sobre fim de acordo marítimo entre Brasil e Chile. Câmara de Comércio Exterior (CAMEX) decidiu que o tratado bilateral não será renovado quando expirar. No entanto, não há nenhum ato normativo sobre o assunto. O acordo de transporte marítimo entre Brasil e Chile, firmado há 42 anos, criou reserva de mercado no frete de contêineres e monopólio na rota entre os dois países

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) está preocupada com a falta de um documento legal e público que dê segurança jurídica para a decisão da Câmara de Comércio Exterior (CAMEX), que prevê a não renovação do acordo marítimo entre Brasil e Chile. Essa foi a declaração do diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi, durante audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços da Câmara de Deputados, nesta terça-feira (21).

A CAMEX se reuniu em 25 de julho de 2017 e decidiu que o acordo marítimo com o Chile deve expirar em 7 de janeiro de 2020 e o único documento disponibilizado foi a cópia da nota verbal do Itamaraty ao Chile. Para a CNI, este documento não é suficiente.

O acordo de transporte marítimo entre Brasil e Chile, firmado há 42 anos, criou reserva de mercado no frete de contêineres e monopólio na rota entre os dois países. Apenas uma empresa de bandeira brasileira e outra de bandeira chilena podem operar na rota. Essa restrição causa prejuízo para mais de 5 mil empresas exportadoras e importadoras brasileiras.

Segundo estudo da FGV, sem o acordo, os fretes seriam 45% mais baixos e o Brasil aumentaria as exportações para o Chile em US$ 342 milhões por ano, o que representa 8,4% da exportação atual. Em outro estudo, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que as barreiras de entrada nessa rota comercial implicam em um preço final das mercadorias brasileiras no Chile 5% superior, em média, devido a reserva de mercado.

HISTÓRICO - O acordo foi criado, em 1974, para desenvolver a marinha mercante dos dois países. Atualmente, nenhuma das embarcações que operam o tráfego marinho foi construída no Brasil ou no Chile. Das nove embarcações na rota, oito são chinesas e uma alemã. “Os navios são importados porque são mais baratos”, explicou o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima (Syndarma).

Os representantes da Agência Nacional de Transportes Aquaviários e do Ministério dos Transportes, que sempre se manifestaram a favor dos armadores, afirmaram que não veem relação entre uma maior concorrência e a redução do preço do frete.

O requerimento para a audiência pública foi feito pelos deputados Jorge Côrte Real (PTB-PE) e Lucas Vergílio (PTB-PE) para a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços, e pela deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) pela Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional.

CNI. 21 de Novembro de 2017. CNI diz a diplomatas de 80 países que inflação e juros baixos vão ampliar oportunidades no Brasil. Em VIII Briefing Diplomático, executivos da instituição apresentam a representantes das embaixadas estrangeiras no Brasil indicadores econômicos que mostram o fim da recessão

BRIEFING DIPLOMÁTICO: O Briefing Diplomático é o principal mecanismo de interação entre o setor industrial e o corpo diplomático em Brasília e ocorre duas vezes ao ano, no primeiro e no segundo semestre, desde 2014.

O Brasil iniciou um processo de recuperação e, apesar do cenário do próximo ano ainda ser de incertezas no cenário político-eleitoral, os principais indicadores da indústria nos últimos seis meses tiveram melhora. Essa é a avaliação do diretor de Políticas e Estratégia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Augusto Fernandes, que apresentou um panorama da economia brasileira a mais de 100 representantes diplomáticos de 80 países, durante o VIII Briefing Diplomático, nesta terça-feira (21), em Brasília.

“A queda da inflação e a redução dos juros representam uma mudança estrutural importante para o Brasil e, ao persistirem, teremos uma mudança muito forte para o sistema financeiro, com oportunidade para novos players no mercado de crédito. Ao persistir esse cenário benigno, teremos uma revolução no Brasil”, garantiu José Augusto Fernandes.

O diretor da CNI explicou que a economia brasileira teve uma recuperação mais lenta, devido ao elevado grau de endividamento das famílias e das empresas, mas esses dois indicadores também estão melhorando. No momento, disse José Augusto, a taxa de investimento também começa a se recuperar lentamente, principalmente pela elevada capacidade ociosa da indústria.

A CNI também defendeu as reformas para a melhora do ambiente de negócios. “Espero que todos os candidatos a 2018 entendam que se a reforma da Previdência for aprovada nos próximos meses, todos poderão começar seus mandatos discutindo outros temas, num ambiente econômico mais favorável”, disse Fernandes.

O Briefing Diplomático é o principal mecanismo de interação entre o setor industrial e o corpo diplomático em Brasília e ocorre duas vezes ao ano, no primeiro e no segundo semestre, desde 2014. É a primeira vez, nestes três anos, que todos os indicadores medidos pela Confederação Nacional da Indústria evoluíram de forma favorável entre todas as reuniões, indicando o fim da recessão.

Ainda de acordo com José Augusto Fernandes, a confiança do empresário industrial alcançou 56 pontos em outubro, acima da sua média histórica, a produção industrial parou de cair e teve leve melhora, a inflação está abaixo do esperado, o risco país passou de 289 pontos para 243 pontos, a intenção de investimentos subiu de 46,5 para 49,6 e o desemprego também caiu.

COMÉRCIO EXTERIOR – O diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Eduardo Abijaodi, afirmou que o Mercosul e a União Europeia estão mais próximas de fecharem um acordo político até o fim do ano. Segundo o gerente-executivo de Assuntos Internacionais da CNI, Diego Bonomo, o Brasil pela primeira vez, nos últimos 20 anos, está mais dedicado a firmar acordos bilaterais, o que não significa que abandonou a estratégia multilateral. “Somos defensores da Organização Mundial do Comércio”, explica Bonomo.

O Brasil tem se dedicado à integração regional, por meio da revitalização econômica da agenda do Mercosul e aos acordos com os países da Aliança do Pacífico (Chile, Colômbia, Peru e México). Além disso, iniciou as negociações com os países do EFTA (Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein) e a CNI defende ainda negociações com os países da América Central e com o Canadá. “Vivemos hoje em busca de acesso a mercados”, destacou o gerente da CNI.

LEI DE IMIGRAÇÃO – Segundo a Confederação, o Brasil ainda é um país fechado para imigrantes, em especial para mão de obra qualificada. Dados do governo brasileiro mostram que apenas 0,3% da população é composta por imigrantes, um percentual bem abaixo da média mundial de 20%. Além disso, dos mais de 70 mil vistos concedidos em 2016, apenas 4% foram vistos permanentes.

A CNI defende uma legislação com regras claras, simplificadas e desburocratizadas para estimular a entrada de mão de obra qualificada e de investimento de empresas estrangeiras no país. Esses profissionais são necessários para ampliar investimentos em ciência, tecnologia e inovação, além de prestação de serviços. Para a instituição, a ideia é somar e não substituir a força de trabalho nacional.

Para isso, a CNI propõe a facilitação de emissão de visto e reconhecimento de diploma para atrair pesquisadores e cientistas, além de profissionais ligados à assistência técnica de bens importados. A CNI sugere que o empregador que solicitar entrada da mão de obra especializada se responsabilize solidariamente ao exercício profissional do estrangeiro, enquanto o reconhecimento do diploma estiver em curso e que o registro profissional provisório seja aceito até que o registro no conselho profissional seja concedido.

Além da obtenção do visto e do reconhecimento de diploma, os estrangeiros enfrentam demora na emissão do registro nacional de estrangeiros (RNE), carteira de trabalho e previdência social, cadastro de pessoas físicas (CPF), carteira de motorista, processo de prorrogação e transformação de vistos.

CNI. 22 de Novembro de 2017. Faltam novas reformas para Brasil estimular crescimento econômico. Parlamentares governistas acreditam que é possível votar a Reforma da Previdência e, talvez, a tributária. Já os analistas políticos são pessimistas

Encerrada a votação da reforma política e derrubado na Câmara dos Deputados o pedido de abertura de inquérito contra o presidente da República, Michel Temer, o governo pretende retomar a votação da reforma da Previdência Social e, depois, discutir a reforma tributária. Além disso, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, avalia qual encaminhamento dar ao programa de refinanciamento de dívidas com a União, o Refis, aprovado pelo Congresso Nacional no final de setembro.

No caso da reforma da Previdência Social, a expectativa dos aliados de Temer é negociar um texto mais enxuto, tendo como base o relatório do deputado Arthur Maia (PPS-BA), aprovado, em maio, em comissão especial da Câmara dos Deputados. Vice-líder do governo na Casa, o deputado Beto Mansur (PRB-SP) diz que a reforma deve se concentrar em três pontos: definição de idade mínima de aposentadoria, tempo mínimo de contribuição e regra de transição para quem já contribui.

Temer já foi avisado pelos aliados de que há muitas dificuldades para aprovar, na íntegra, a proposta elaborada por Maia, cujas mudanças em relação à proposta original foram negociadas com o governo, apesar de não contarem com a aprovação da equipe econômica. De acordo com Mansur, a ideia é manter a proposta de idade mínima de 62 anos para mulheres e 65 anos para os homens, com ajustes no tempo mínimo de contribuição. Pela proposta de Maia, esse tempo mínimo passaria dos atuais 15 anos para 25 anos.

O GOVERNO TEM PRESSA - Se as negociações evoluírem positivamente, o governo pretende colocar o texto em votação na Câmara dos Deputados neste mês de novembro (primeiro e segundo turno), a tempo de concluir a votação no Senado Federal em dezembro, antes do recesso parlamentar do final de ano. A aprovação da reforma da Previdência Social neste ano, mesmo sem a abrangência inicialmente proposta pela equipe econômica, é considerada fundamental para estimular a recuperação da economia e a redução da taxa de juros.

“Eu acredito na unidade da base para retomar a votação das medidas importantes para o país. Nosso objetivo é seguir na melhoria da economia, na retomada dos postos de trabalho e da renda do trabalhador”, afirma o deputado Baleia Rossi (SP), líder do PMDB. Segundo ele, as propostas já aprovadas são positivas, mas é preciso seguir adiante. “Conseguimos votar a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) do Teto de Gastos, que reorganizou as contas públicas, e também a modernização da reforma trabalhista, que tem impacto direto na economia. Mas é preciso ir além”, resume.

Para o cientista político Humberto Dantas, diretor da 4E Consultoria, o cenário ainda é difícil para o governo. “Nossa estimativa é que a reforma da Previdência não seja aprovada neste ano ou que seja aprovada uma proposta bem enxuta. Mesmo assim, não acreditamos que a proposta passará com folga”, avalia. Mais pessimista, o cientista político André Cesar, da Hold Assessoria e Consultoria, diz que “a reforma previdenciária foi sendo desidratada e dificilmente será apreciada ainda na gestão Temer”.

“Tão logo assumiu, Temer afirmou que comandaria um ‘governo reformista’. O que se viu, porém, foram boas intenções com graves problemas de execução. Após a rápida aprovação da PEC do teto dos gastos públicos e da reforma trabalhista, pouco avançou”, avalia o consultor. Segundo Cesar, “a proposta tributária ainda nem foi apresentada e, caso o seja, demandará intensa e sofisticada negociação entre União, estados e municípios – algo improvável de ocorrer no atual quadro político”. Para o analista, o núcleo das reformas (previdenciária e tributária) deverá ficar para o próximo governo, a partir de 2019.

REFORMA TRIBUTÁRIA - Apesar do pessimismo dos cientistas políticos, o deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) quer retomar, ainda neste ano, o debate sobre a reforma tributária. Relator do projeto na Comissão Especial da Câmara sobre o tema, o tucano acredita ser possível votar uma proposta ainda em 2017. Hauly quer a extinção de oito tributos federais (IPI, IOF, CSLL, PIS, Pasep, Cofins, Salário-Educação, Cide-Combustíveis), um estadual (ICMS) e um municipal (ISS), com transição de 15 anos para o novo modelo.

No lugar dos tributos extintos, ele propõe a criação do Imposto sobre Operações com Bens e Serviços (IBS) e do Imposto Seletivo, pago pelos setores de energia elétrica, combustíveis, serviços de telecomunicação, cigarros, transporte, bebidas, veículos e peças automotivas, ambos de caráter estadual. Apesar de ter discutido sua proposta com diversos setores da sociedade, as mudanças sugeridas por Hauly ainda não contam com o aval da equipe econômica de Temer.

Já o programa de refinanciamento de dívidas federais de pessoas físicas e jurídicas aprovado pelo Congresso Nacional, o Refis, deixou a área de incertezas da agenda legislativa ao ser sancionado pelo presidente Michel Temer no último dia 25 de outubro. Empresas em recuperação judicial também poderão aderir ao parcelamento, que dará descontos especiais a dívidas de até R$ 15 milhões. A adesão de micros e pequenas empresas optantes do Simples, contudo, foi vetada pelo presidente.

REVISTA Indústria Brasileira: http://www.portaldaindustria.com.br/publicacoes/2017/11/revista-industria-brasileira/#revista-industria-brasileira-ano-2-no-17-novembro2017

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