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October 17, 2017

US ECONOMICS


FED. October 17, 2017. Industrial Production and Capacity Utilization.

Industrial production rose 0.3 percent in September. The rates of change for July and August were notably revised; the current estimate for July, a decrease of 0.1 percent, was 0.5 percentage point lower than previously reported, while the estimate for August, a decrease of 0.7 percent, was 0.2 percentage point higher than before. The estimates for manufacturing, mining, and utilities were each revised lower in July. The continued effects of Hurricane Harvey and, to a lesser degree, the effects of Hurricane Irma combined to hold down the growth in total production in September by 1/4 percentage point.[1] For the third quarter as a whole, industrial production fell 1.5 percent at an annual rate; excluding the effects of the hurricanes, the index would have risen at least 1/2 percent. Manufacturing output edged up 0.1 percent in September but fell 2.2 percent at an annual rate in the third quarter. The indexes for mining and utilities in September rose 0.4 percent and 1.5 percent, respectively. At 104.6 percent of its 2012 average, total industrial production in September was 1.6 percent above its year-earlier level. Capacity utilization for the industrial sector increased 0.2 percentage point in September to 76.0 percent, a rate that is 3.9 percentage points below its long-run (1972–2016) average.



Market Groups

The output of consumer goods moved up 0.5 percent in September, with gains for both durables and nondurables. The only major components of consumer goods to post losses were clothing, paper products, and consumer energy products. The output of business equipment rose 0.8 percent, as a decline of about 1 percent in transit equipment was outweighed by an increase in the industrial and other equipment category. Construction supplies and business supplies recorded gains of 1.9 percent and 0.6 percent, respectively. The production of materials declined 0.2 percent, a change that was more than accounted for by a drop of 7.2 percent in the index for chemical materials. The output of the chemical industry continued to be held down in the aftermath of Hurricane Harvey.

Industry Groups

Manufacturing output edged up 0.1 percent in September. A gain of 1.0 percent for durables outweighed a decrease of 0.9 percent for nondurables, and the output of other manufacturing (publishing and logging) was unchanged. Among durables, the largest increases—about 3 percent—were recorded by nonmetallic mineral products; machinery; and electrical equipment, appliances, and components. Among nondurables goods industries, declines were widespread, with the largest drop coming in the output of chemicals. Only the indexes for food, beverage, and tobacco products and for plastics and rubber products advanced.

In September, the rise of 0.4 percent for mining reflected a gain in oil and gas extraction; all of its other major components recorded losses. Over the past 12 months, mining output has increased 9.8 percent from its trough in September 2016.


Capacity utilization for manufacturing was unchanged at 75.1 percent in September, a rate that is 3.3 percentage points below its long-run average. Utilization for durables increased 0.7 percentage point to 74.9 percent, while the operating rate for nondurables fell 0.7 percentage point to 76.3 percent. The operating rate for mining edged up 0.1 percentage point to 83.5 percent, and the rate for utilities rose 1.1 percentage points to 74.8 percent.

Technical Q&A for Hurricane Harvey: https://www.federalreserve.gov/releases/g17/g17_technical_qa.htm#hurricaneharvey2017

FULL DOCUMENT: https://www.federalreserve.gov/releases/g17/current/g17.pdf


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ECONOMIA BRASILEIRA


IBGE. 17/10/2017. Setor de Serviços tem queda de 1,0% em agosto

Em agosto, o setor de Serviços recuou 1,0% frente a julho, após queda de 0,8% em julho e alta de 1,3% em junho, na série com ajuste sazonal.


PeríodoVolumeReceita nominal
Agosto 2017 / Julho 2017-1,0%-0,6%
Agosto 2017 / Agosto 2016-2,4%2,0%
Acumulado em 2017-3,8%1,7%
Acumulado em 12 meses-4,5%0,7%

Em relação a agosto de 2016, na série sem ajuste sazonal, os Serviços caíram 2,4%, e mantiveram a sequência negativa iniciada em abril de 2015. Os acumulados no ano (-3,8%) e em 12 meses (-4,5%) não foram alterados.

Na comparação com julho, os Serviços prestados às famílias interromperam uma sequência de três meses consecutivos de crescimento, e foram a única atividade com queda em agosto (-4,8%). Serviços profissionais, administrativos e complementares (1,6%), Outros serviços (1,0%), Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (0,7%) e Serviços de informação e comunicação (0,3%) tiveram variações positivas. As Atividades turísticas, um agregado especial, caíram 3,1%.

A receita nominal em agosto baixou 0,6%, frente a julho. Na comparação com agosto de 2016, o crescimento foi de 2,0%. Os acumulados no ano (1,7%) e em 12 meses (0,7%) não foram alterados.


INDICADORES DE VOLUME DE SERVIÇOS, SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES
BRASIL - AGOSTO 2017
ATIVIDADESTAXA DE VARIAÇÃO DE VOLUME  (%) 
MÊS/MÊS ANTERIOR
COM AJUSTE SAZONAL
MÊS/IGUAL MÊS DO
ANO ANTERIOR
ACUMULADO
JUNJULAGOJUNJULAGONO ANO12 MESES
BRASIL  1,3- 0,8- 1,0- 3,0- 3,2- 2,4- 3,8- 4,5
1 - Serviços prestados às famílias 1,1 0,8- 4,8 4,2 1,5- 4,4- 1,9- 2,9
1.1 - Serviços de alojamento e alimentação 0,8 2,0- 7,5 5,5 3,6- 3,8- 1,1- 2,4
1.2 - Outros serviços prestados às famílias 3,2- 2,8 0,1- 3,0- 9,4- 8,2- 6,5- 6,1
2 - Serviços de informação e comunicação- 0,1- 0,8 0,3- 2,8- 4,1- 3,4- 2,2- 2,8
2.1 - Serviços TIC 0,2- 1,0 0,8- 0,5- 2,3- 1,0- 0,6- 1,4
2.11 - Telecomunicações- 2,1- 0,6- 0,2- 5,5- 5,0- 5,0- 2,5- 3,0
2.12 - Serviços de tecnologia da informação 3,3 1,1- 1,6 7,9 3,4 8,1 3,3 2,4
2.2- Serviços audiovisuais, de edição e        agências de notícias-  0,3  0,6 - 2,0 - 14,6 - 13,2 - 16,0 - 10,4 - 10,6
3 - Serviços profissionais, administrativos e complementares 0,5- 1,9 1,6- 6,6- 7,8- 5,9- 8,1- 6,8
3.1 - Serviços técnico-profissionais 0,0- 1,9 0,1- 14,4- 13,3- 13,7- 15,4- 14,6
3.2 - Serviços administrativos e  complementares- 0,1- 0,8 1,5- 2,8- 4,6- 2,1- 4,5- 3,5
4 - Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio 1,4- 0,7 0,7 2,1 3,0 5,3 0,5- 3,0
4.1 - Transporte terrestre 2,1- 1,8- 1,1 0,6 0,5 2,0- 1,5- 5,2
4.2 - Transporte aquaviário 2,4- 0,9 3,9 22,2 23,9 27,6 11,9- 0,4
4.3 - Transporte aéreo 7,9- 3,6 5,3- 25,7- 18,1- 12,4- 17,2- 11,5
4.4 - Armazenagem, serviços auxiliares dos transportes e correio 1,9 0,4- 0,7 9,6 10,0 12,1 6,8 2,3
5 - Outros serviços 0,6- 2,7 1,0- 9,1- 11,4- 9,0- 10,1- 7,4
Atividades turísticas 5,3- 2,6- 3,1- 5,2- 5,0- 8,1- 6,4- 5,0

Na comparação com agosto de 2016, houve queda em quatro das cinco atividades pesquisadas: Outros serviços (-9,0% e -0,7 ponto percentual), Serviços profissionais, administrativos e complementares (-5,9% e -1,5 p.p.), Serviços prestados às famílias (-4,4% e -0,4 p.p.) e Serviços de informação e comunicação (-3,4% e -1,3 p.p.). Apenas a atividade de Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (5,3% e 1,5 p.p.) cresceu.

Alagoas, Paraíba e Amazonas tiveram as maiores quedas nos serviços

Entre as 27 unidades federativas, as maiores baixas nos Serviços, na comparação com julho, ocorreram em Alagoas (-5,9%), Paraíba (-3,6%) e Amazonas (-2,9%). Os estados que mais cresceram foram Roraima (9,8%), Bahia (3,8%) e Piauí (3,5%).

Quanto aos resultados frente a agosto de 2016, Mato Grosso (15,8%), Paraná (5,5%) e São Paulo (0,8%) foram os destaques positivos. As maiores baixas foram no Distrito Federal (-13,3%), Paraíba (-12,7%) e Amapá (-12,2%).

Dos 12 locais pesquisados, atividades turísticas cresceram apenas no Espírito Santo

Frente a julho, as Atividades turísticas caíram em 11 dos 12 locais pesquisados, com exceção do Espírito Santo (1,2%): Pernambuco (-8,5%), Rio de Janeiro (-7,4%), Ceará (-6,8%), Santa Catarina (-6,1%), Goiás (-5,9%), São Paulo (-3,9%), Rio Grande do Sul (-3,1%), Paraná (-1,2%), Bahia (-0,7%), Distrito Federal (-0,4%) e Minas Gerais (-0,1%).

Na comparação com agosto de 2016, houve crescimento das Atividades turísticas em: Espírito Santo (11,1%), Goiás (8,9%), Paraná (5,0%), Pernambuco (3,8%), Minas Gerais (1,5%) e Bahia (0,7%). Os resultados negativos foram em: Rio de Janeiro (-32,4%), Distrito Federal (-19,2%), Rio Grande do Sul (-11,3%), Santa Catarina (-4,6%), São Paulo (-2,5%) e Ceará (-0,4%).

Queda em alimentação e hospedagem contribui para agosto de baixa nos serviços

Única atividade em baixa em agosto, na comparação com julho, o setor de serviços prestados às famílias (-4,8%) foi um dos principais responsáveis pela queda de 1% registrada na Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje pelo IBGE. O segmento vinha de três altas consecutivas, mas foi afetado pelos serviços de alojamento e alimentação, que caíram 7,5% no mês. No índice geral, a taxa acumulada no ano é de -3,8% e, em 12 meses, -4,5%.

Estabelecimentos como restaurantes, bares e hotéis vinham de quatro meses de crescimento, mas a alta também foi interrompida em agosto. “Foi um mês de baixo consumo. Houve uma queda generalizada no consumo desses serviços. Foi algo observado em todas as unidades da federação”, explica o gerente da PMS, Roberto Saldanha.

#PraCegoVer gráfico de linha mostra a evolução dos Serviços de alojamento e alimentação - Mês contra mês anterior com ajuste sazonal. Destaques em janeiro (-0,8%), julho (2%) e agosto (-7,5%)

Ver gráfico de linha mostra a evolução dos Serviços de alojamento e alimentação - Mês contra mês anterior com ajuste sazonal. Destaques em janeiro (-0,8%), julho (2%) e agosto (-7,5%)

Contribuíram também para a queda do índice geral as baixas em serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias (-2%), de tecnologia da informação (-1,6%), transporte terrestre (-1,1%), armazenagem, serviços auxiliares dos transportes e correios (-0,7%) e telecomunicações (-0,2%).

Os destaques positivos em agosto foram o transporte aéreo (5,3%) e o transporte aquaviário (3,9%), assim como os serviços administrativos e complementares (1,5%). Os outros serviços prestados às famílias - lavanderia, salão de beleza, academia, entre outros – permaneceram estatisticamente estáveis, por sua vez, com variação de 0,1% em agosto.

Texto: Rodrigo Paradella
Imagem: Pexels
Gráfico: Pedro Vidal

DOCUMENTO: https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/economicas/servicos/9229-pesquisa-mensal-de-servicos.html

FGV. IBRE. 17-Out-2017. ICOMEX: superávit da balança comercial registra recorde

O ICOMEX da balança comercial elaborado pela FGV/IBRE registrou aumento de 15,1% no volume exportado e de 18% no volume importado, na comparação entre os meses de setembro de 2016 e 2017.
Destaca-se na comparação dos meses de setembro o crescimento de 94,5% do volume exportado do setor de agropecuária, superando as variações registradas nos meses anteriores entre 2016/17.
O preço das exportações aumentou 2,7% na comparação mensal com a contribuição do aumento de preços de algumas commodities, em especial minério de ferro.
  • No caso das importações, a liderança no volume importado coube aos bens de capital. O índice IBRE do volume importado de bens de capital (FBCF) que havia crescido 5,3% na comparação entre agosto de 2016/2017, voltou a registrar aumento de 71,5% (setembro 2016/17) após quedas superiores a 30% nos meses de junho e julho.
  • O índice de preços das importações manteve a sua trajetória de queda e recuou 3,5% entre os meses de setembro de 2016/17.
  • Aumenta a dependência das exportações brasileiras em relação ao mercado chinês. A participação da China nas exportações brasileiras supera a da América Latina, União Europeia e Estados Unidos.
O superávit da balança comercial acumulado no ano até setembro da balança comercial foi de US$ 53,3 bilhões, o que supera o recorde anterior de US$ 48 bilhões registrado para o ano de 2016. Segundo Lia Valls “contribui para esse superávit, a recuperação dos preços das commodities iniciada em 2016 e o crescimento do comércio mundial em 2017. No entanto, para 2017 dois fatores deverão levar a uma redução no superávit comercial. Primeiro, segundo projeção do Fundo Monetário Internacional, após ter aumentado 17,4% (preço do petróleo) e 7,1% (preços de outras commodities, exceto petróleo), os preços das commodities deverão desacelerar em 2018, petróleo recuo de 0,2% e as outras commodities, aumento de 0,5%. Segundo, a perspectiva de um crescimento brasileiro entre 2,5% e 3% levará a um aumento das importações”
O superávit da balança comercial acumulado no ano até setembro da balança comercial foi de US$ 53,3 bilhões, o que supera o recorde anterior de US$ 48 bilhões registrado para o ano de 2016. Segundo Lia Valls “contribui para esse superávit, a recuperação dos preços das commodities iniciada em 2016 e o crescimento do comércio mundial em 2017. No entanto, para 2017 dois fatores deverão levar a uma redução no superávit comercial. Primeiro, segundo projeção do Fundo Monetário Internacional, após ter aumentado 17,4% (preço do petróleo) e 7,1% (preços de outras commodities, exceto petróleo), os preços das commodities deverão desacelerar em 2018, petróleo recuo de 0,2% e as outras commodities, aumento de 0,5%. Segundo, a perspectiva de um crescimento brasileiro entre 2,5% e 3% levará a um aumento das importações”

Índices de preços e volume agregados

O volume exportado cresceu 15,1% e os preços 2,7% na comparação entre setembro de 2016 e 2017 (Gráfico 1). Logo, apesar do pequeno recuo em relação ao resultado de agosto, a tendência é de alta no volume exportado. No caso dos preços, houve aumento no mês de setembro superior ao de agosto, mas se manteve a tendência de queda.

grafico1

O aumento nos preços exportados está associado a uma melhora nos preços das commodities (Gráfico 2), que após cair entre abril e agosto de 2017, voltou a crescer. Nota-se, porém, que índice de setembro é 11% inferior ao de abril de 2017. Se a projeção do FMI de desaceleração nos preços das commodities para 2018 estiver correta, os aumentos recentes serão temporários.

grafico2

O volume importado segue em alta, aumento de 18% entre setembro de 2016/17, associado a uma melhora no nível de atividade. Os preços de importações mantiveram a tendência de queda. Observa-se que no acumulado do ano até setembro, as importações cresceram em volume 11,4% e os preços recuaram 1,5%. No caso das exportações, a variação foi de 11,7% e dos preços 11,4% na mesma base de comparação. A aproximação da variação nos volumes exportados e importados reduz a contribuição líquida das exportações para o aumento do PIB da economia.

grafico3

grafico4

O comportamento dos índices de preços das exportações e importações manteve a tendência de aumento dos termos de troca já observada em agosto e aumentaram 5% entre agosto e setembro de 2017. Novamente, não se espera melhora acentuada nos termos de troca em função da desaceleração esperada nos preços das commodities.

Índices desagregados por atividade econômica e categoria de uso

A indústria extrativa liderou o aumento do volume exportado até o mês de julho. Desde agosto, porém a agropecuária vem registrando aumentos superiores ao da indústria extrativa. Na comparação mensal entre os meses de agosto os percentuais foram: 54% (agro) e 18,8% (extrativa). Em setembro como mostra o gráfico 5, os percentuais foram 94,5% (agro) e 7,3% (extrativa). No entanto, na comparação do acumulado do ano até setembro, a indústria extrativa mantem a liderança (30,3%), seguida da agropecuária (17,9%) e transformação (6%)

grafico5

A queda no preço da agropecuária em setembro foi puxado pelo complexo soja (recuo de 11% entre setembro 2016/17), pois os outros agregados desse grupo registraram aumento – carnes (0,6%) e outros agrícolas (7%). Na indústria extrativa o minério de ferro liderou o aumento – variação de 25,3% na comparação mensal.

Nas importações (Gráfico 6), a indústria de transformação registrou aumento de 23,1% (volume) na comparação mensal, seguida da extrativa (14%) e recuo de 36,7% no setor de agropecuária.

grafico6

A análise por categoria de uso da indústria de transformação (Gráfico 7) mostra a variação mensal dos índices de volume. Nas exportações, o destaque são os bens de consumo duráveis que cresceram 27,2% e no acumulado do ano até setembro, 46,3%. Na comparação do acumulado, o segundo maior aumento foi de bens intermediários 12,4%. A diferença nos resultados mostra a relevância do setor automotivo para o comportamento das exportações da indústria de transformação, pois é o principal segmento exportador de bens duráveis. Em termos de valor, as vendas externas de automóveis cresceram no acumulado de setembro 2016/17 em 51%, mas representam apenas 3% do total exportado pelo Brasil. Observa-se que o aumento das vendas abrangeu diversos mercados: Argentina (42%); Peru (300%); México (95%); Chile (157%); Colômbia (82%); Uruguai (98%); e, Paraguai (124%).

grafico7

No caso das importações, chama atenção o aumento de 71% de bens de capital, embora no acumulado do ano, o resultado seja negativo (-11,6%). Importações de equipamentos industriais para transportes (caminhões) foram o principal item dessa categoria no mês de setembro. Não está claro se o aumento do mês de setembro sinaliza uma recuperação da taxa de investimento da economia.

Bens de Capital e Bens Intermediários 

A relevância das importações de bens de capital e dos bens intermediários como indicadores do desempenho da economia levou a construção do índice de importação de bens de capital que compõem a FBCF da economia e dos BI utilizados na indústria de transformação e na agropecuária.

O Gráfico 8 mostra a variação mensal do volume de bens de capital desde setembro de 2016. Como já assinalado no ICOMEX de setembro, exceto dezembro de 2016 e março de 2017, as variações ficam abaixo de 5% e são negativas em 6 meses da série. A partir de abril de 2017, as variações foram caindo e recuaram 54% e 31%, em junho e julho. Logo, o aumento de 5% em agosto e de 71% deve ser recebido com cautela como indicador de recuperação do investimento, após quedas tão acentuadas. De qualquer forma, se a recuperação do nível de atividade se mantiver, devem aumentar as importações de bens de capital.

grafico8

grafico9

Em relação às importações de bens intermediários da indústria de transformação, o aumento entre 2016 e 2017 seja mensal ou no acumulado do ano continua, como já salientado nos informes anteriores, a ser explicada pela demanda do setor agropecuário. O índice do volume importado de BI para o setor agropecuário cresceu 47,5% (mensal) e 67,2% (acumulado no ano). Para a indústria de transformação os resultados do volume importado de BI foram: 22% (mensal) e 16,8% (acumulado até julho).

Uma nota final 

Queremos registrar a crescente importância da China para o dinamismo das exportações brasileiras. Para o aumento das exportações entre jan-set de 2016/2017, a China contribuiu em 39%, seguida da Argentina (12%) e os Estados Unidos (11%). Com esses resultados, a participação da China nas exportações (23%) supera a das principais regiões de destino das vendas brasileiras como a América Latina (19%) e a União Europeia (16%) e se distancia do segundo principal mercado os Estados Unidos.  Soja em grão, minério de ferro e petróleo explicaram 83% das vendas brasileiras para a China no acumulado do ano até setembro. Logo, a diversificação da pauta das exportações continua na agenda de comércio exterior num cenário de possível desaceleração nos preços das commodities.

Grafico10

Metodologia

O índice de Fischer é utilizado para o cálculo dos índices de preços. No caso do volume, foi utilizada a forma implícita: o índice de volume é obtido pela divisão da variação do valor do fluxo comercial deflacionado pelo índice de preços. Os índices foram obtidos considerando o controle dos “outliers”.

DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&lumItemId=8A7C82C55EC04CF1015F29B0518D27EE

FGV. IBRE. 17-Out-2017. Inflação pelo IPC-S avança em cinco das sete capitais pesquisadas

O IPC-S de 15 de outubro de 2017 registrou variação de 0,28%, 0,14 ponto percentual (p.p.) acima da taxa divulgada na última apuração. Cinco das sete capitais pesquisadas registraram acréscimo em suas taxas de variação.

A tabela a seguir, apresenta as variações percentuais dos municípios das sete capitais componentes do índice, nesta e na apuração anterior.

1710

DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&lumItemId=8A7C82C55EC04CF1015F29BFDDBF7C5C

BNDES. 17 de outubro de 2017. Institucional. Liberações do BNDES para micro, pequenas e médias empresas atingem 41,5% dos desembolsos em 2017.

  • Banco liberou R$ 50 bilhões de janeiro a setembro. Setores de Agropecuária e Infraestrutura se destacam
  • Linha de capital de giro desembolsa R$ 5 bilhões no ano e alcança R$ 6,4 bilhões em 12 meses
  • Redução do ritmo de queda nos pedidos de crédito mostram sinais de retomada do investimento
  • Liberações para a região Nordeste crescem 19% e somam R$ 9,4 bilhões

Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social tiveram 41,5% de participação de micro, pequenas e médias empresas, entre janeiro e setembro 2017. O setor agropecuário e o programa BNDES Giro foram o destaque do desempenho nestes primeiros nove meses do ano, para o segmento.

A linha de financiamento BNDES Giro alcançou a marca de R$ 5 bilhões em 2017, alta de 289% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado em 12 meses, a linha criada para suprir a carência de capital de giro das empresas desembolsou R$ 6,4 bilhões, volume 226% maior que nos 12 meses entre setembro de 2015 e agosto de 2016.

Regional – O Nordeste aparece com destaque na distribuição regional dos recursos liberados pelo BNDES em 2017, com crescimento de 19% em desembolsos que alcançaram R$ 9,4 bilhões. A queda nos desembolsos foi menor no Centro-Oeste (-1%) e Norte (-10%), e mais relevante no Sudeste (-35%) e Sul (-20%).

Dados agregados – Os números agregados mostram sinais de recuperação da demanda por crédito a partir da redução da diferença, comparados 2017 e 2016, nas etapas iniciais do processo de concessão de crédito.

As consultas são a primeira fase de análise do crédito e podem ser observadas como um indicador da demanda por financiamentos. Entre janeiro e setembro de 2017, as consultas ao BNDES alcançaram o valor de R$ 75 bilhões, o que representa 12% menos que nos primeiros nove meses de 2016. Considerados os últimos 12 meses, foram registrados R$ 100 bilhões em consultas, valor 14% menor que o de um ano antes.

Os enquadramentos de operações do BNDES — que são a fase de acolhimento dos pedidos de financiamento e que refletem uma perspectiva de futuro para o desempenho do Banco — alcançaram o valor de R$ 66,6 bilhões, entre janeiro e setembro de 2017, ficando apenas 9% menor que o mesmo período de 2016. Somente no mês de setembro, foram enquadrados R$ 8 bilhões em pedidos de financiamento. Nos últimos 12 meses, os enquadramentos somaram R$ 92 bilhões, valor 18% menor que o registrado entre outubro de 2015 e setembro de 2016.

O BNDES registrou R$ 50 bilhões tanto em aprovações quanto em desembolsos entre janeiro e setembro 2017, recuo de 12% e 20%, respectivamente, quando comparados com mesmo período do ano anterior. Nos últimos 12 meses, as aprovações registraram R$ 72,4 bilhões (-21%) e os desembolsos R$ 76 bilhões (-27%).

Setorial - Entre os setores, Agropecuária mantém o bom desempenho com R$ 10,4 bilhões em desembolsos em 2017, crescimento de 9% em comparação aos nove primeiros meses de 2016. No acumulado de 12 meses, o crescimento é de 14% com desembolsos de R$ 14,8 bilhões. O setor de Infraestrutura apresentou crescimento de 37% em aprovações, atingindo R$ 19,8 bilhões entre janeiro e setembro de 2017, com destaque para Energia Elétrica, com R$ 12,2 bilhões. Em desembolsos, foram R$ 18 bilhões liberados este ano para Infraestrutura, mantendo-se estável na comparação com o mesmo período em 2016.

Boletim de Desempenho do BNDES: https://www.bndes.gov.br/wps/wcm/connect/site/079e02d5-299d-4517-b39c-9ac1286af7b2/201709+-+Boletim+de+Desempenho.pdf?MOD=AJPERES&CVID=lYH33AV&CVID=lYH33AV&CVID=lWrCMz3&CVID=lTDj2Q5&CVID=lTDj2Q5&CVID=lRm.s4R&CVID=lP6W92k&CVID=lMhXLab&CVID=lMhXLab&CVID=lKCvEwY&CVID=lKCvEwY&CVID=lKCvEwY&CVID=lKCvEwY&CVID=lKCgqyF&CVID=lHNc.IZ&CVID=lHNc.IZ&CVID=lHNc.IZ&CVID=lHNc.IZ&CVID=lHNc.IZ&CVID=lHNc.IZ&CVID=lFytGpq&CVID=lFytGpq&CVID=lFytGpq&CVID=lFytGpq&CVID=lFytGpq&CVID=lFytGpq&CVID=lFytGpq&CVID=lFytGpq&CVID=lFytGpq&CVID=lFytGpq&CVID=lFytGpq&CVID=lFytGpq&CVID=lFytGpq&CVID=lFytGpq&CVID=lFytGpq&CVID=lFytGpq&CVID=lDRFMlb&CVID=lDRFMlb&CVID=lDRFMlb&CVID=lAsn0Mt&CVID=lycbWdp&CVID=lycbWdp&CVID=lycbWdp&CVID=lycbWdp&CVID=lvyvF6e&CVID=lvyvF6e&CVID=lvyvF6e&CVID=lvyvF6e&CVID=lvyvF6e&CVID=lvyvF6e&CVID=lvyvF6e&CVID=lvyvF6e&CVID=lvyvF6e&CVID=lvyvF6e&CVID=lvyvF6e&CVID=lvyvF6e&CVID=lvygsOg&CVID=lvygsOg&CVID=lvygsOg&CVID=lvygsOg&CVID=lvygsOg&CVID=lvygsOg&CVID=lvygsOg&CVID=lvygsOg&CVID=lvygsOg&CVID=lvygsOg&CVID=lvygsOg&CVID=lvygsOg&CVID=lvygsOg&CVID=lvygsOg&CVID=lvygsOg&CVID=lvygsOg&CVID=lvygsOg&CVID=lvygsOg&CVID=lvygsOg&CVID=lvygsOg&CVID=lvygsOg&CVID=lvygsOg&CVID=lvygsOg&CVID=lvygsOg&CVID=lvux-Bc&CVID=lvux-Bc&CVID=lvux-Bc&CVID=lvux-Bc&CVID=loODtO1&CVID=loODtO1&CVID=loODtO1&CVID=loODtO1&CVID=loODtO1&CVID=loODtO1&CVID=loODtO1&CVID=lk3jQvY

MERCOSUL-UE. REUTERS. 16 DE OUTUBRO DE 2017. França quer alterar mandato de negociação no acordo Mercosul-UE
Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - O governo francês vai propor à Comissão Europeia a alteração do mandato para negociação do acordo de livre comércio com o Mercosul, disse nesta segunda-feira o embaixador do país no Brasil, Michel Miraillet, e deve pedir a inclusão da discussão sobre segurança dos alimentos.

De acordo com o embaixador, quatro ou cinco outros países europeus devem apoiar a França na reunião da Comissão Europeia, esta semana, em Bruxelas. “Não sabemos o que vai dar, mas essa é uma proposta que será feita. O mandato foi feito em 1999, precisa de alterações”, disse o embaixador em um almoço com jornalistas em Brasília.

Um dos temas centrais, segundo Miraillet, é a segurança dos alimentos, que tem aumentado de importância perante a opinião pública francesa nos últimos anos, depois de diversos escândalos, como o da carne de cavalo usada para fazer alimentos congelados, descoberto em 2013.

Por mais de uma vez, o embaixador citou a operação Carne Fraca no Brasil, de março deste ano, em que mais de 60 pessoas foram indiciadas por corrupção pela liberação fraudulenta de licenças sanitárias e de fiscalização de frigoríficos.

“É uma demonstração de que a democracia está funcionando no Brasil, uma investigação nessas dimensões. Mas há preocupação com a segurança dos alimentos, e essa é uma questão que tem crescido muito nos países europeus”, disse o embaixador, acrescentando que a França não vê que o Brasil tenha feito esforços para melhorar a situação desde a operação.

No mandato de negociação, os países da UE dão à Comissão Europeia o direito de negociar em seu nome com o Mercosul. A mesma coisa do lado dos sul-americanos. Os mandatos atuais foram negociados em 1999, quando se começou a tentativa de um acordo - abandonado depois em 2006- e tiveram seus parâmetros atualizados em 2010, quando as conversas foram retomadas.

A informação de que a França pretende pedir a “atualização” do mandato foi tratada com certo desdém pelo governo brasileiro. “Se for reabrir para o lado deles, podemos reabrir pelo nosso lado. E isso não interessa a ninguém”, disse à Reuters uma fonte próxima às negociações.

De acordo com essa fonte, que falou sob condição de anonimato, as cobranças para mudanças no mandato são feitas há mais de 10 anos, e a Comissão Europeia seria totalmente contrária.

REAÇÃO

A informação de que a França planeja pedir a inclusão de questão sobre segurança dos alimentos é vista como uma tentativa de intimidação. “É um elemento de perturbação, de intimidação. Uma maneira de dizer ao Mercosul para maneirar sua ambição. Não me sensibiliza nem um pouco”, disse a fonte.

Temas sanitários, segundo a fonte, não estão na negociação e não precisam estar. Com livre comércio ou não, quem não cumprir os padrões terá seu produto barrado. “Isso nunca esteve na negociação, nunca se pediu para a Europa mudar seus padrões sanitários ou vice-versa. Cada um estabelece seu padrão sanitário”, afirmou.

”Isso é claramente uma tática para atrasar as negociações, disse à Reuters um diplomata da União Europeia sediado em Brasília. Segundo a fonte, as reclamações do embaixador, de que o governo brasileiro não fez nada para melhorar as condições sanitárias depois da operação Carne Fraca também não são verdadeiras.

A questão da segurança alimentar dentro do acordo com Mercosul e em outros já foi levantada mais de uma vez no Parlamento Europeu. Questionado sobre isso, o comissário para Saúde e Segurança dos Alimentos, Vytenis Andriukaitis, já afirmou que nenhum acordo levará a redução dos padrões sanitários europeus. “Com ou sem acordo de livre comércio, alimentos importados para a UE têm que cumprir com as normas de segurança. Isso inclui o acordo com o Mercosul”, disse em uma reunião do Parlamento.

Segundo Andriukaitis, o acordo com os países sul-americanos vai reforçar a cooperação e a troca de informações sanitárias e fitossanitárias para garantir os padrões necessários.

SEM AVANÇO

Há 10 dias, a rodada de negociações entre UE e Mercosul, em Brasília, terminou sem avanços na questão central, de acesso a mercados. Os países sul-americanos esperavam a oferta sobre carne e etanol, que os europeus deviam desde maio de 2016, mas os valores oferecidos -600 mil toneladas de etanol e 70 mil de carne, abaixo do oferecido em 2006- foram considerados decepcionantes e as conversas não avançaram.

Na semana passada, o presidente francês, Emanuel Macron, afirmou, em discurso para produtores agrícolas, que a França não tinha pressa de fechar o acordo, contradizendo o cronograma estabelecido pela própria UE, que previa o anúncio em dezembro deste ano.

O embaixador da França no Brasil prevê que realmente será difícil cumprir o prazo anunciado pela UE, mas garante que a França continua muito interessada no acordo. “Mas é preciso um acordo forte e durável, um acordo ganha-ganha”, defendeu.

Uma nova rodada de negociações acontecerá em Brasília no início de novembro.

Reportagem adicional de Anthony Boadle

BACEN. 17/10/2017. BC divulga Relatório de Estabilidade Financeira

O Banco Central (BC) divulgou hoje o Relatório de Estabilidade Financeira (REF) referente ao primeiro semestre de 2017. O REF é uma publicação semestral destinada a apresentar o panorama da evolução recente e as perspectivas para a estabilidade financeira no Brasil. 

Nesta edição, o REF avança na consolidação da nova estrutura e do novo conteúdo inaugurados na edição de abril de 2017, intensificando a busca por maior foco em riscos à estabilidade financeira, seus mitigadores e resiliência, com abordagem prospectiva. O Relatório concentra-se no primeiro semestre de 2017, trazendo, quando pertinente, eventos mais recentes.

O primeiro semestre de 2017 foi marcado por aumentos trimestrais do PIB após dois anos de recessão, recuo do índice de inflação anual ao menor nível dos últimos dez anos, expressiva redução da taxa básica de juros e interrupção no crescimento do desemprego. Os efeitos da economia em recuperação são percebidos, ainda que de forma incipiente, no arrefecimento do risco de crédito às famílias, embora o mesmo ainda não seja observado no crédito às grandes corporações.

A estabilização no nível de ativos problemáticos das famílias e o declínio no custo de captação favoreceram o avanço do lucro líquido e da rentabilidade do sistema bancário. O custo de captação continuará recuando, em linha com a perspectiva de redução da taxa básica de juros, e deve beneficiar a margem de crédito no curto prazo. Para o médio e longo prazo, a retomada do crédito com ganhos em volume será fundamental para a manutenção da melhora do resultado de intermediação financeira dos bancos.

O sistema bancário apresenta robustez em relação a capitalização e alavancagem, o que favorece a transição equilibrada para as regras prudenciais de Basileia III. A liquidez permanece elevada tanto em análises suportadas por indicadores internos quanto por recomendações internacionais. Os testes de estresse mostram que, em relação aos dois últimos semestres, houve aumento da resiliência para absorver choques, com redução da necessidade de capital na simulação de condições macroeconômicas desfavoráveis.

Riscos globais que poderiam afetar a estabilidade financeira no Brasil não se cristalizaram. No semestre anterior, havia preocupação com a possibilidade de o Federal Reserve (Fed) acelerar o ritmo de altas das taxas de juros de curto prazo com impacto no financiamento para países emergentes (PE). Essa percepção de risco reduziu-se com a manutenção de inflação baixa nos países avançados assim como após o anúncio de regras para a redução gradual do balanço do Fed.

DOCUMENTO: http://www.bcb.gov.br/pt-br/#!/c/notas/16290


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OMC


OMC. PORTAL G1. REUTERS. 17/10/2017. OMC decide a favor do Brasil em painel contra Indonésia sobre exportação de frango. País contestava desde 2014 medidas restritivas impostas pela Indonésia na importação de carne de frango brasileira.

A Organização Mundial do Comércio (OMC) decidiu favoravelmente ao Brasil em painel em que o país contestava medidas restritivas impostas pela Indonésia na importação de carne de frango brasileira, informaram nesta terça-feira (17) a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e o Barral M Jorge & Associados, que deram suporte ao governo brasileiro no caso.
A disputa foi iniciada em 2014 depois de anos de tentativas de negociação direta do governo brasileiro com o governo da Indonésia sobre barreiras consideradas fora das normas da OMC.
O Ministério das Relações Exteriores não comentou imediatamente o assunto.
De acordo com o governo brasileiro, há um mercado potencial de exportação de carne de frango do Brasil de US$ 70 milhões ao ano para o país asiático.
O Brasil é o maior exportador global de carne de frango. No ano passado, as exportações brasileiras do produto somaram 4,384 milhões de toneladas, com receita de 6,848 bilhões de dólares, de acordo com dados da ABPA.
Exportação facilitada
O Brasil avalia que decisão da Organização Mundial do Comércio (OMC) em painel aberto pelo país contra a Indonésia permitirá a eliminação de entraves à exportação de carne de frango brasileira, disse nesta terça-feira o subsecretário de Assuntos Econômicos do Itamaraty. A previsão é que o frango brasileiro seja exportado para o país asiático já em 2018.
Segundo Carlos Cozendey, a OMC reconheceu nesta terça-feira que a Indonésia colocava limitações sem justificativa a importações de frango do Brasil, o maior exportador global do produto.
A autoridade do Itamaraty disse ainda acreditar que o Brasil poderá iniciar ano que vem a exportação de carne de frango à Indonésia.

OMC. REUTERS. 17 DE OUTUBRO DE 2017. Brasil prevê exportar frango à Indonésia já em 2018 após decisão da OMC
Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil avalia que a decisão desta terça-feira da Organização Mundial do Comércio (OMC) em painel aberto contra a Indonésia permitirá a eliminação de entraves à exportação de carne de frango brasileira, possibilitando que os embarques ao importante mercado asiático comecem já no ano que vem.

Segundo o subsecretário de Assuntos Econômicos do Itamaraty, Carlos Cozendey, a OMC reconheceu nesta terça-feira que a Indonésia colocava limitações sem justificativa a importações de frango do Brasil, o maior exportador global do produto.

Cozendey ressaltou que o Brasil conseguiu derrubar na OMC todas as dificuldades que a Indonésia colocava para exportações: barreiras sanitárias, lista de limitação de importação e demora excessiva na emissão de licenças.

“Entendemos que a decisão vai permitir eliminação de entraves... O painel também reconheceu que a Indonésia colocava limitações sem justificativa às importações”, disse a autoridade do Ministério de Relações Exteriores a jornalistas.

O potencial do mercado da Indonésia para a carne de frango do Brasil é estimado pelo governo brasileiro em entre 70 milhões e 100 milhões de dólares por ano, no médio prazo.

Cozendey disse que o país já trabalha na implementação da decisão da OMC, pois acredita que, mesmo que a Indonésia recorra, uma nova decisão do órgão de comércio não alteraria significativamente o que foi decidido.

A partir da publicação da decisão da OMC, o que deve ocorrer no dia 22 de outubro, o Brasil já começará a negociar com a Indonésia como será o cumprimento das decisões do órgão de comércio multilateral.

Dessa forma, o Brasil acredita que poderá começar a exportar para a Indonésia a partir de 2018.

“Esta é uma vitória fundamental, que deve impactar positivamente no desempenho das vendas de carne de frango em 2018”, disse o presidente-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, em nota.

“A estimativa é chegar a 70 a 100 milhões de dólares anuais em exportações em dois a três anos. Pode até surpreender e ser mais, pode ter um potencial maior. Esse é o cálculo inicial”, acrescentou o vice-presidente de mercados da ABPA, Ricardo Santin, após uma coletiva de imprensa em Brasília.

“A questão com a Indonésia não é que ela não importa do Brasil. Ela não importa de ninguém. É uma questão de proteção do mercado interno. A decisão vai abrir para todo mundo”, acrescentou Santin, destacando que o Brasil enfrentará competição dos Estados Unidos e Irlanda pelo mercado.

“Mas o Brasil é muito mais competitivo”, afirmou.

Segundo Santin, o Brasil exporta partes de frango, como pescoço e coxa desossada, que os Estados Unidos, por exemplo, não teriam disponíveis para vendas.

Entre os grandes exportadores de carne de frango do Brasil estão a BRF, a JBS, cujas ações operavam em baixa de mais de 2 por cento na tarde desta terça-feira na B3.

MERCADO ISLÂMICO

Maior produtor e exportador de frango halal do mundo, o Brasil também tem essa vantagem competitiva de vender um produto demandado pelo mercado islâmico, que recebe um terço do que o Brasil exporta.

Em 2016, apenas o Oriente Médio --principal destino dos embarques brasileiros-- importou 1,57 milhão de toneladas, gerando receita superior a 2,3 bilhões de dólares, segundo a ABPA. Ao todo, o Brasil exportou 4,38 milhões de toneladas no ano passado, com receita de 6,8 bilhões de dólares, de acordo com dados da ABPA.

Com população de maioria muçulmana, a Indonésia é um dos mercados com maior potencial de crescimento no consumo de proteína animal mundial, ressaltou a associação.

Cada habitante do país asiático consome, em média, 6,3 quilos do produto por ano, enquanto no Brasil este indicador chega a 41 quilos per capita.

A ABPA já está em contato com associação de produtores e processadores de frango da Indonésia, para iniciar os negócios. Uma missão esteve aqui no Brasil no mês passado para começar os primeiros contatos, revelou Santin.

Toda a produção de frango da Indonésia, de 1,64 milhão de toneladas em 2016, é direcionada ao mercado doméstico, segundo a ABPA.

O Brasil ainda tem outro painel aberto na OMC para discutir limites contra exportações de carne bovina.

Com reportagem adicional de Roberto Samora e Silvio Cascione


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BOMBARDIER


BOMBARDIER. PORTAL G1. REUTERS. 17/10/2017. Acordo entre Bombardier e Airbus ressalta grandes oportunidades do setor, diz Embraer. Airbus comprará 50,1% da C-Series Aircraft Limited Partnership (CSALP), que produz aviões de médio alcance para 100 a 150 passageiros.

A brasileira Embraer informou que vai continuar empenhada em manter a liderança no mercado de aeronaves de até 150 assentos, depois que a Airbus comprou uma fatia majoritária no programa de aeronaves CSeries da canadense Bombardier.
O negócio "valida as grandes oportunidades no mercado de aviões com 100 a 150 assentos", informou a Embraer em comentário enviado à Reuters nesta terça-feira (17) sobre a operação.
A Airbus anunciou na véspera que acertou a compra de 50,01 por cento no programa CSeries, dando um impulso à Bombardier que tem sido acusada de receber subsídios do governo canadense e de praticar dumping.
A Embraer informou que vai continuar "lutando contra os subsídios que distorcem a concorrência do setor".
Acordo
A empresa canadense indicou em comunicado que a Airbus comprará 50,1% da C-Series Aircraft Limited Partnership (CSALP), que produz os aviões desenvolvidos pela Bombardier.
O resto das ações será repartido entre a própria Bombardier, com 31%, e o Investissement Québec, com os 19% restantes.
O acordo inclui a abertura de uma segunda linha de produção nos Estados Unidos, que permitirá a Bombardier evitar tarifas alfandegárias na venda dos aviões C-Series.

BOMBARDIER. PORTAL G1. EFE. 16/10/2017. Airbus compra controle do programa de jatos C-Series da Bombardier. Airbus comprará 50,1% da C-Series Aircraft Limited Partnership (CSALP), que produz aviões de médio alcance para 100 a 150 passageiros.

A Bombardier anunciou nesta segunda-feira (16) que a Airbus vai adquirir uma participação majoritária na produção do modelo C-Series, uma família de aeronaves de médio alcance com capacidade de transportar entre 100 e 150 pessoas.
A empresa canadense indicou em comunicado que a Airbus comprará 50,1% da C-Series Aircraft Limited Partnership (CSALP), que produz os aviões desenvolvidos pela Bombardier.
O resto das ações será repartido entre a própria Bombardier, com 31%, e o Investissement Québec, com os 19% restantes.
O acordo inclui a abertura de uma segunda linha de produção nos Estados Unidos, que permitirá a Bombardier evitar tarifas alfandegárias na venda dos aviões C-Series.
O governo do Canadá avisou que vai revisar o acordo para garantir que a venda é do "interesse nacional" e cria empregos no país.
A negociação ocorre pouco depois de o governo dos EUA impor, de forma preliminar, uma sanção alfandegária de 300% sobre os C-Series.
A medida foi adotada pela Casa Branca à pedido da Boeing, que considera que a Bombardier está sendo muito subsidiada pelas autoridades canadenses para oferecer o modelo em preços abaixo dos da concorrência.
Os mesmos subsídios fizeram o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, à pedido da Embraer, apresentar um painel contra o Canadá e a Bombardier na Organização Mundial de Comércio (OMC), um pedido que foi bloqueado no órgão pelo governo canadense. O C-Series concorre com modelos da fabricante brasileira.
A Bombardier disse que a Airbus fornecerá "experiência em contratação, vendas, marketing e assistência aos clientes". A linha principal de produção do modelo, segundo a empresa, segue no Canadá, mas com "apoio da projeção mundial e escala" do novo parceiro.
"Essa é uma vitória para todos", disse o diretor-executivo da Airbus, Tom Enders, em comunicado.
Já o presidente da Bombardier, Alain Bellemare, disse estar "muito contente" de receber a Airbus no programa do C-Series.
O ministro de Inovação, Ciência e Desenvolvimento Econômico do Canadá, Navdeep Bains, indicou que "investimentos" dessa categoria requerem que o governo considere se são do interesse nacional.
"O acordo com a Airbus, assim como todos os investimentos significantes, propostas no Canadá por estrangeiros, está propensa à Lei de Investimentos. Na minha revisão olharei como esse acordo beneficia os canadenses, apoia nosso setor e cria bons empregos", explicou o ministro.

BOMBARDIER. REUTERS. 17 DE OUTUBRO DE 2017. Acordo com Airbus pode anular disputa entre Bombardier e Boeing, dizem analistas

(Reuters) - O acordo da Bombardier com a Airbus resolve uma série de problemas para o fabricante canadense de aviões e trens, principalmente fazendo com que as queixas da Boeing contra a empresa sejam efetivamente sanadas, disseram analistas nesta terça-feira.

A Bombardier disse na última segunda-feira que venderá uma participação majoritária em seu programa de aviões CSeries para a Airbus, à medida que busca uma maneira de evitar taxação dos Estados Unidos trazida por uma disputa comercial travada com a Boeing.

Os CSeries não conseguem uma nova encomenda há 18 meses e enfrentam possibilidade de serem sobretaxados em 300 por cento nos EUA, depois que a Boeing acusou o Canadá de conceder subsídios injustos ao avião da Bombardier.

O acordo entre Bombardier e Airbus permitirá que os CSeries sejam montados na fábrica da Airbus em Alabama, o que potencialmente contornará as tarifas de importação dos EUA.

“A Bombardier deve desfrutar de maiores vendas e custos mais baixos do que teria conseguido sozinha”, disse o Credit Suisse.

Diante do acordo, as ações da Embraer tinham a maior queda do Ibovespa nesta terça-feira, com analistas vendo a operação como desfavorável para o grupo brasileiro, um dos principais rivais da Bombardier.

A empresa canadense, que está no meio de um plano de recuperação de cinco anos depois de enfrentar uma crise de caixa em 2015, disse que a parceria da Airbus deve dobrar o valor do programa CSeries.

Para a Airbus, a compra da problemática linha de aviões permite que a empresa melhore suas cadeias de fornecimento, o que, por sua vez, ajudará a economizar custos de produção, disseram analistas.

“O CSeries representa um produto complementar à oferta de aeronaves de corredor único da empresa (Airbus), reduz a ameaça competitiva de um novo operador e permite que alavanque sua infra-estrutura de vendas, marketing e suporte”, disse o analista da BMO Capital, Fadi Chamoun.

Por Nivedita Bhattacharjee

BOMBARDIER. REUTERS. 17 DE OUTUBRO DE 2017. Airbus assume controle do programa CSeries da Bombardier e pode evitar sobretaxa dos EUA

MONTREAL/PARIS (Reuters) - A Airbus comprará uma participação majoritária no programa de jatos CSeries da Bombardier, dando um poderoso impulso para a fabricante canadense de aeronaves e trens em sua custosa disputa comercial com a Boeing.

O maior grupo aeroespacial da Europa terá uma fatia de 50,01 por cento no programa sem custo inicial, em troca de apoiar uma aeronave que ganhou fãs por sua eficiência de combustível, mas poucas encomendas recentes devido a dúvidas sobre o futuro.

Enquanto a Bombardier perderá o controle de um programa de aviação desenvolvido a um custo de 6 bilhões de dólares, o acordo propicia melhor economia de escala para o programa CSeries, melhor rede de vendas e, fundamentalmente, pode mudar o equilíbrio de força na disputa comercial com a Boeing.

O Departamento de Comércio dos EUA ameaçou com uma possível sobretaxa de 300 por cento sobre as importações de jatos da CSeries, depois que a Boeing se queixou que a Bombardier recebeu subsídios ilegais e praticou dumping na venda das aeronaves.

O acordo com a Airbus agora permite que os jatos CSeries sejam construídos na fábrica de montagem da Airbus no Alabama, contornando as tarifas nas importações dos EUA.

“A montagem nos Estados Unidos pode resolver o problema (tarifário) porque se torna um produto doméstico”, disse o presidente-executivo da Bombardier, Alain Bellemare, a repórteres na sede da Airbus em Toulouse.

A Bombardier, que não garantiu uma nova ordem em 18 meses para o avião de 110 a 130 assentos, disse que a parceria deve dobrar o valor do programa CSeries.

A Embraer, que compete com a Bombardier no mercado de aeronaves entre 100 e 150 lugares, bem como no mercado de jatos regionais menores, disse que o acordo ressalta as grandes oportunidades no segmento.

Em comentários enviados à Reuters, a empresa disse que vai continuar empenhada em manter a liderança no mercado de aeronaves com capacidade de 100 a 150 passageiros, e continuará lutando contra os subsídios à empresa canadense.

As ações da Embraer operavam em forte queda nesta terça-feira na bolsa paulista, com recuo superior a 3,5 por cento.

A Boeing, que está em uma disputa comercial de 13 anos com a Airbus, aparentemente foi pega de surpresa pelo acordo. A empresa norte-americana classificou o acordo como um “negócio questionável” entre seus dois concorrentes que recebem subsídios.

Por Allison Lampert e Tim Hepher

BOMBARDIER. REUTERS. 16 DE OUTUBRO DE 2017. Airbus compra controle do programa CSeries da Bombardier

(Reuters) - A fabricante europeia de aeronaves Airbus (AIR.PA) disse nesta segunda-feira que vai comprar uma participação majoritária no programa de jatos de passageiros da canadense Bombardier (BBDb.TO).

A Airbus vai comprar 50,01 por cento da C-Series Aircraft Limited Partnership (CSALP), que fabrica e vende os aviões, disseram as empresas.

A Bombardier será dona de cerca de 31 por cento, enquanto a Investissement Québec terá 19 por cento na conclusão do negócio.

O acordo também oferece garantias para que a Airbus possa exercer opção para adquirir até 100 milhões de ações Classe B da Bombardier, disseram as empresas.

O acordo ocorre em meio a uma disputa comercial da Bombardier com a rival dos EUA Boeing (BA.N), referente ao jato CSeries. O governo norte-americano abriu processo de direitos preliminares anti-subsídios sobre as vendas dos jatos CSeries.

A Airbus dará apoio para vendas e marketing à CSALP, disseram as empresas.

A operação não envolve dinheiro, e a CSALP assumirá qualquer dívida financeira, disseram as empresas.

Reportagem de Ankur Banerjee

EMBRAER. BOMBARDIER. REUTERS. 17 DE OUTUBRO DE 2017. Embraer diz que acordo entre Bombardier e Airbus ressalta grandes oportunidades do setor

SÃO PAULO (Reuters) - A brasileira Embraer informou que vai continuar empenhada em manter a liderança no mercado de aeronaves de até 150 assentos, depois que a Airbus comprou uma fatia majoritária no programa de aeronaves CSeries da canadense Bombardier.

Logo da Embraer é vista em fábrica em São José dos Campos, São Paulo 16/10/2014 REUTERS/Roosevelt Cassio
O negócio “valida as grandes oportunidades no mercado de aviões com 100 a 150 assentos”, informou a Embraer em comentário enviado à Reuters nesta terça-feira sobre a operação.

A Airbus anunciou na véspera que acertou a compra de 50,01 por cento no programa CSeries, dando um impulso à Bombardier que tem sido acusada de receber subsídios do governo canadense e de praticar dumping.

A Embraer informou que vai continuar “lutando contra os subsídios que distorcem a concorrência do setor”.

Reportagem de Brad Haynes; Texto de Raquel Stenzel


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VENEZUELA


MRE. AIG. 17 de outubro de 2017. Nota 347. Comunicado do Grupo de Lima sobre a realização das eleições regionais na Venezuela

Em face dos diversos obstáculos, atos de intimidação, manipulação e irregularidades que caracterizaram as eleições realizadas na República Bolivariana da Venezuela em 15 de outubro de 2017, e que colocam em questão os resultados da eleição, os governos de Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai e Peru consideram urgente realizar uma auditoria independente de todo o processo eleitoral, acompanhada por observadores internacionais especializados e reconhecidos, a fim de esclarecer a controvérsia gerada sobre os resultados da referida eleição e conhecer o verdadeiro pronunciamento do povo venezuelano.


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LGCJ.: