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October 3, 2017


ECONOMIA BRASILEIRA


KPMG. ANFAVEA. PORTAL BRASIL. 03/10/2017. ECONOMIA E EMPREGO. Especialistas destacam papel da indústria na geração de emprego. Inovação e tecnologia são palavras-chave para o setor sustentar o crescimento no mercado doméstico e no exterior

Dados de entidades que representam a indústria automobilística mostram a recuperação do setor nós últimos meses, voltando a gerar emprego e renda no País. A expectativa de especialistas é de números cada vez melhores nos próximos meses.

Diretor do setor automotivo da consultoria KPMG, Ricardo Bacellar, afirmou que a retomada do emprego começou, com fábricas reativando turnos que haviam sido fechados por conta da crise passada. “A indústria local está fazendo investimentos consistentes no País. E há expectativa sim de que os empregos vão ser retomados”, avaliou.

Com produção que o coloca entre os principais fabricantes de automóveis no mundo, o Brasil tem um mercado consumidor amplo, com sua população de 200 milhões de habitantes. “São potenciais consumidores de produtos e serviços da indústria automotiva”, observou.

Novas tecnologias

De acordo com Bacellar, o setor automotivo vai passar por uma transformação e o carro, como é conhecido hoje, deve evoluir em um curto espaço de tempo. “A indústria passa pelo maior movimento de transformação da sua história em 100 anos”, ponderou. Por isso, na visão dele, o Brasil não pode ficar de fora desse movimento.

Por isso, as montadoras têm apostado em inovação e tecnologia para garantir as vendas no exterior e no mercado doméstico. Para o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale, a indústria brasileira “deve olhar de forma ampla para todas as tecnologias disponíveis”.

“Um grande desafio é como vamos nos inserir no mercado. Temos de olhar para o que está sendo feito lá fora. Precisamos inserir essas tecnologias e produtos aqui no Brasil para que possamos, gradualmente, fazer parte da discussão global do assunto”, defendeu.

PORTAL BRASIL. 03/10/2017. ECONOMIA E EMPREGO. Retomada da economia aumenta confiança da indústria automobilística. A partir de medidas econômicas e o pulso firme do Banco Central, taxas mostram trajetória ascendente, facilitando o investimento

Analistas também avaliam que a queda dos juros, da inflação e a recuperação do emprego colaboraram para que os empresários tirem projetos da gaveta. O cenário mostra um aumento da confiança industrial. “Acredito que a confiança impacta na questão de expectativas. Quanto melhor o movimento das expectativas da inflação, mais os empresários se sentem confiantes”, explicou o analista Marcio Milan, da Tendências Consultoria.

Nesse contexto, diz Milan, o “pulso firme” do Banco Central contribuiu para acalmar as expectativas e controlar a inflação. “O Banco Central conseguiu uma vitória bastante considerável se considerarmos o patamar em que a inflação se encontrava a as incertezas no período”, afirmou.

André Macedo, técnico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), explicou que, com a recuperação da economia, a indústria tem apresentado resultados positivos. Em julho, no último dado divulgado, o País registrou o quarto crescimento consecutivo no ramo industrial. Para ele, o setor automotivo foi um dos destaques na comparação entre julho e igual mês do ano passado, com o maior ritmo produtivo.

“Para além desse movimento sequencial de crescimento na produção, chama a atenção o perfil disseminado de taxas positivas”, ponderou. “Ainda que o comportamento positivo não recupere as perdas dos últimos dois anos, conseguimos enxergar uma trajetória ascendente”, argumentou o técnico.

PORTAL BRASIL. 03/10/2017. ECONOMIA E EMPREGO. Com confiança em alta, montadoras preveem investimento bilionário no País. Investimentos ajudam na recuperação da economia e na retomada do mercado de trabalho. Cinco grandes montadoras anunciaram investimentos

Montadoras investirão R$ 10 bilhões no BrasilDiante do bom desempenho do setor automotivo nas exportações e da melhora da economia, empresas começam a tirar projetos da gaveta. Apenas neste ano, cinco grandes montadoras anunciaram mais de R$ 10 bilhões em investimentos de ampliação, construção e melhora das linhas de produção. O tamanho da aposta do setor no Brasil, segundo especialistas, evidencia o quanto essas companhias acreditam no futuro do País.

Projeções de economistas de instituições financeiras explicam o motivo dessa aposta no Brasil. As expectativas mostram o País de volta aos trilhos do crescimento. Nesta semana, analistas revisaram para cima a projeção de crescimento da economia brasileira para este e para o próximo ano. Agora, a expectativa dos analistas é de que o Produto Interno Bruto (PIB) avance 0,70% em 2017, ante estimativa anterior de 0,68%.

Para 2018, as projeções apontam para um crescimento de 2,38% da economia brasileira. Anteriormente, essa estimativa estava em 2,30%. Os números constam do Boletim Focus, documento semanal elaborado pelo Banco Central com estimativas de cerca de 100 analistas.

Com esse cenário no radar, a Toyota anunciou recentemente que fará um aporte de R$ 1 bilhão na unidade de Sorocaba (SP) para a fabricação do Yaris. A produção terá início no segundo semestre de 2018 e deve gerar 500 novos empregos, segundo a empresa.

Mais investimentos

Em março deste ano, a montadora japonesa já havia anunciado R$ 600 milhões para produção de uma nova geração de motores do Corolla, que deixarão de ser importados para serem produzidos na fábrica de Porto Feliz (SP), ampliando a capacidade de produção de 108 mil para 174 mil motores por ano.  A expectativa é de que essa expansão gere 250 novos empregos diretos.

Além da Toyota, Volvo, Renault, General Motors (GM) e Volkswagen também anunciaram que vão investir. A GM, por exemplo, dividirá o aporte financeiro entre o Complexo Industrial de Gravataí (RS) e as unidades de São Caetano do Sul (SP) e de Joinville (SC).

Polo

“Continuamos a ter enorme relevância para as exportações brasileiras, com um ritmo de crescimento bastante forte, de 62% no acumulado de 2017”, disse o presidente e diretor-executivo da Volkswagen do Brasil e América do Sul, David Powels. A Volkswagen vai investir R$ 2,6 bilhões na fábrica de Anchieta (SP) para produzir o Novo Polo.

“Temos intensificado nossos contatos com os mercados das regiões da América do Sul e América Latina para manter o bom desempenho, que impulsiona os resultados de todo o setor”, explicou.

MDIC. 02 de Outubro de 2017. Balança comercial tem superávit recorde de US$ 5,2 bilhões em setembro. O secretário de Comércio Exterior, Abrão Neto, disse que a estimativa de encerrar o ano com superávit de US$ 60 bilhões será elevada

Brasília (2 de outubro) – A balança comercial apresentou em setembro superávit de US$ 5,2 bilhões, o que representa saldo comercial recorde pelo oitavo mês consecutivo. Os resultados das exportações e importações, no período, que tiveram crescimento de 24% e 18%, respectivamente, são os maiores para meses de setembro dos últimos três anos.

Com isso, o acumulado do ano é o maior superávit da série histórica, iniciada em 1989, chegando a US$ 53,3 bilhões. O saldo é recorde tanto para os primeiros noves meses do ano quanto para os anos fechados. O maior superávit anterior para o período havia sido registrado em 2016.

Os recordes sucessivos durante o ano de 2017 devem provocar uma revisão nas projeções para o ano, segundo o secretário de Comércio Exterior do MDIC, Abrão Neto. A estimativa de encerrar o ano com superávit de US$ 60 bilhões, segundo ele, deve ser elevada.

“Temos um superávit com crescimento tanto das exportações quanto das importações. Pelas exportações, verificamos crescimento não só do valor, mas também das quantidades exportadas, em todas as categorias de produtos, além de aumento no número de empresas exportadoras”, observou Abrão.

Setembro

O nono mês do ano teve US$ 18,7 bilhões em exportações, com destaque para o recorde de embarques de soja em grãos, 178% superior ao mês anterior, com um total de US$ 1,6 bilhão. O período também apresentou grandes volumes de vendas de milho em grão, automóveis de passageiros, máquinas para terraplanagem, motores e turbinas para aviação, entre outros produtos.

As importações no período também tiveram números inéditos. Pelo décimo mês consecutivo, as compras internacionais registraram aumento, o que não ocorria desde janeiro de 2012. É a maior taxa de crescimento desde 2015. “Este é um indicativo positivo de recuperação da economia. Confirmaremos essa tendência nos próximos meses, mas é fato que a média diária de importações vem apresentando crescimentos nos três últimos trimestres”, avaliou o secretário.

Acumulado

No acumulado de janeiro-setembro de 2017, as exportações apresentaram valor de US$ 164 bilhões, um crescimento de 18,7%, pela média diária, em relação ao mesmo período de 2016. O crescimento expressivo foi verificado nas três categorias de produtos. No período, houve avanço expressivo nas vendas de petróleo em bruto (88,5%), semimanufaturados de ferro e aço (51,4%) e óleos combustíveis (101%).

Já as importações somaram US$ 111,325 bilhões,  8,5% acima, pela média diária, sobre o mesmo período anterior. Também houve crescimento de combustíveis e lubrificantes (35,3%), bens intermediários (11,4%) e bens de consumo (5,7%), enquanto que caíram as compras de bens de capital (-18,6%).

MF. STN. 03 de outubro de 2017. Tesouro anuncia mandato para operação de gerenciamento de passivos externos

O Tesouro Nacional informa que concedeu mandato para a emissão e recompra de bônus da República denominados em dólares. O título a ser emitido terá vencimento em 13 de janeiro de 2028, enquanto os títulos a serem recomprados estão listados no quadro abaixo. O objetivo da operação é melhorar a eficiência da curva denominada em dólares. A operação será liderada pelos bancos Deutsche Bank, Itaú BBA e Santander. O título será emitido no mercado global e o resultado será divulgado ao final do dia de hoje.


Título
Vencimento
Cupom
(% a.a)
Estoque em mercado
(US$ milhões)
Global 2019 Novo
15/01/2019
5,875
1.763,202
Global 2019
14/10/2019
8,875
772,848
Global 2020
15/01/2020
12,75
129,788
Global 2021
22/01/2021
4,875
2.816,751
Global 2024
15/04/2024
8,875
1.074,392
Global 2024
15/04/2024
8,875
85,557
Global 2025
04/02/2025
8,750
927,559
Global 2026
07/04/2026
6,000
2.500,000
Global 2027
15/05/2027
10,125
1.349,614
Global 2030
06/03/2030
12,250
366,522
Essa comunicação não constitui oferta para vender ou solicitação de oferta para comprar, nem haverá qualquer venda de títulos referenciada nessa comunicação em qualquer Estado ou jurisdição na qual tal oferta, solicitação ou venda seria considerada ilegal se emitida antes do devido registro ou qualificação sob as leis que regulamentam a emissão de títulos de quaisquer dos referidos Estado ou jurisdição. Qualquer oferta pública de bônus globais a ser feita nos Estados Unidos será executada por meio de um suplemento ao prospecto do Brasil contido em sua declaração de registro firmada junto a SEC – Securities and Exchange Comission - e que contém informação detalhada sobre o Brasil e os bônus globais. 

IBGE. 03/10/2017. Em agosto, produção industrial cai 0,8%

Em agosto de 2017, a produção industrial nacional mostrou redução de 0,8% frente ao mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal. Esse resultado interrompe quatro meses consecutivos de expansão na produção, período em que acumulou ganho de 3,3%.

Agosto 2017/Julho 2017-0,8%
Agosto 2017/Agosto 20164,0%
Acumulado em 20171,5%
Acumulado 12 meses-0,1%
Média móvel trimestral0,0%

Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o total da indústria apontou crescimento de 4,0% em agosto de 2017, após também registrar taxas positivas em maio (4,5%), junho (0,9%) e julho (2,9%). No índice acumulado em 2017, o setor industrial assinalou acréscimo de 1,5%. A taxa acumulada nos últimos doze meses teve variação negativa de 0,1% em agosto de 2017, prosseguindo com a redução no ritmo de queda iniciada em junho de 2016 (-9,7%).


Indicadores da Produção Industrial por Grandes Categorias Econômicas
Brasil - Agosto de 2017
Grandes Categorias EconômicasVariação (%)
Agosto 2017 /Julho 2017*Agosto 2017 /Agosto 2016Acumulado Janeiro-AgostoAcumulado nos Últimos 12 Meses
Bens de Capital0,59,14,43,1
Bens Intermediários-1,02,00,7-0,6
Bens de Consumo0,36,42,1-0,2
Duráveis4,118,511,16,7
Semiduráveis e não Duráveis-0,63,50,0-1,7
Indústria Geral-0,84,01,5-0,1
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
*Série com ajuste sazonal

De julho para agosto, oito dos 24 ramos pesquisados apresentaram queda

A queda da atividade industrial na passagem de julho para agosto de 2017 alcançou duas das quatro grandes categorias econômicas e em 8 dos 24 ramos pesquisados. Entre os setores, a principal influência negativa foi registrada por produtos alimentícios (-5,5%), interrompendo três meses consecutivos de expansão na produção, período em que acumulou ganho de 9,3%. Outras contribuições negativas importantes sobre o total da indústria vieram de máquinas e equipamentos (-3,8%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,6%) e de indústrias extrativas (-1,1%). Com exceção da última atividade, que recuou pelo segundo mês consecutivo e acumulou perda de 2,4% nesse período, as demais apontaram taxas positivas em julho último: 0,3% e 1,8%, respectivamente.

Entre os dezesseis ramos que ampliaram a produção nesse mês, os desempenhos de maior relevância foram veículos automotores, reboques e carrocerias (6,2%) e perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (5,5%). O primeiro eliminou a queda de 3,7% acumulada nos meses de junho e julho, e o segundo voltou a crescer após recuar 1,5% no mês anterior. Outros impactos positivos importantes foram observados nos setores de metalurgia (1,9%), de produtos do fumo (15,2%) e de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (2,1%). O primeiro reverteu o decréscimo de 1,5% registrado no mês anterior; o segundo eliminou a queda de 8,6% acumulada nos meses de junho e julho; e o último assinalou a segunda taxa positiva consecutiva, somando nesse período ganho de 6,7%.

Entre as grandes categorias econômicas, bens intermediários (-1,0%) e bens de consumo semi e não-duráveis (-0,6%) apontaram as taxas negativas em agosto de 2017. O primeiro interrompeu quatro meses consecutivos de crescimento na produção, período em que acumulou expansão de 3,6%; e o segundo voltou a recuar após mostrar ganho de 3,2% entre os meses de maio e julho. Por outro lado, o segmento de bens de consumo duráveis (4,1%) assinalou a expansão mais acentuada em agosto de 2017 e intensificou o crescimento de 2,9% verificado no mês anterior. O setor produtor de bens de capital (0,5%) também registrou resultado positivo em agosto e apontou o quinto mês seguido de crescimento na produção, com ganho acumulado de 10,2%.

Média móvel trimestral apresentou variação nula

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou variação nula (0,0%) no trimestre encerrado em agosto de 2017 frente ao nível do mês anterior, após acumular expansão de 1,8% em três meses consecutivos de taxas positivas. Entre as grandes categorias econômicas, bens de capital (1,2%) assinalou o avanço mais elevado nesse mês e permaneceu com o comportamento positivo iniciado em março de 2017. Os segmentos de bens de consumo duráveis (0,5%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (0,4%) também registraram resultados positivos em agosto de 2017, com o primeiro assinalando a quinta expansão consecutiva e acumulando nesse período ganho de 4,7%; e o segundo permanecendo com a trajetória ascendente iniciada em maio de 2017. O setor produtor de bens intermediários (0,0%) também apontou variação nula em agosto de 2017, após dois meses seguidos de taxas positivas: 0,9% em junho e 0,5% em julho.

Indústria cresceu 4,0% em relação a agosto de 2016

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial assinalou expansão de 4,0% em agosto de 2017, com resultados positivos em todas as quatro grandes categorias econômicas, 20 dos 26 ramos, 54 dos 79 grupos e 55,7% dos 805 produtos pesquisados. Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias (28,2%) exerceu a maior influência positiva na formação da média da indústria. Outras contribuições positivas relevantes vieram de produtos alimentícios (4,7%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (22,1%), de indústrias extrativas (2,6%), de produtos do fumo (63,0%), de produtos de borracha e de material plástico (4,9%), de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (11,0%), de produtos diversos (14,2%) e de móveis (12,0%).

Entre as seis atividades que apontaram redução na produção, as principais influências no total da indústria foram registradas por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,7%), outros equipamentos de transporte (-14,3%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-5,8%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-5,8%).

Bens de consumo duráveis (18,5%) e bens de capital (9,1%) assinalaram os avanços mais acentuados entre as grandes categorias econômicas. Bens de consumo semi e não-duráveis (3,5%) e bens intermediários (2,0%) também mostraram taxas positivas.

O segmento de bens de consumo duráveis (18,5%) apresentou a décima taxa positiva consecutiva e a mais elevada desde maio último (20,8%). Nesse mês, o setor foi particularmente impulsionado pelo crescimento na fabricação de automóveis (33,3%). Vale citar também as expansões assinaladas pelos grupamentos de eletrodomésticos da “linha marrom” (15,1%) e de móveis (6,5%), enquanto a produção de eletrodomésticos da “linha branca” (0,0%) repetiu o patamar registrado em igual mês do ano anterior. Por outro lado, motocicletas (-13,1%) e outros eletrodomésticos (-4,9%) apontaram os impactos negativos mais importantes.

Bens de capital (9,1%) mostrou o quarto resultado positivo consecutivo e o mais elevado desde dezembro do ano passado (16,7%). O segmento foi influenciado, em grande parte, pelo avanço observado no grupamento de bens de capital para equipamentos de transporte (19,8%). As demais taxas positivas foram registradas por bens de capital para uso misto (30,4%) e para construção (58,0%). Por outro lado, os impactos negativos foram assinalados pelos grupamentos de bens de capital para fins industriais (-3,8%), agrícola (-8,7%) e para energia elétrica (-7,9%).

O segmento de bens de consumo semi e não-duráveis apontou crescimento de em agosto (3,5%) e também em julho último (4,3%). O desempenho nesse mês foi explicado, em grande parte, pela expansão observada no grupamento de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (4,0%). Os subsetores de semiduráveis (4,7%), de carburantes (3,8%) e de não-duráveis (1,5%) também assinalaram resultados positivos em agosto.

A produção de bens intermediários (2,0%) apontou a quarta taxa positiva consecutiva e a mais intensa desde maio último (3,6%). O resultado foi explicado, principalmente, pelos avanços nos produtos associados às atividades de veículos automotores, reboques e carrocerias (15,3%), de indústrias extrativas (2,6%), de produtos alimentícios (3,8%), de produtos de borracha e de material plástico (5,1%), de máquinas e equipamentos (10,0%), de metalurgia (1,6%), de celulose, papel e produtos de papel (2,6%), de produtos têxteis (3,2%), de produtos de minerais não-metálicos (0,6%) e de outros produtos químicos (0,1%), enquanto as pressões negativas foram registradas por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-7,3%) e produtos de metal (-3,5%). O resultado assinalado pelo grupamento de insumos típicos para construção civil (-1,9%) marcou o 42º recuo consecutivo nesse tipo de comparação; e o de embalagens (2,7%) interrompeu quatro meses seguidos de queda na produção.

Indústria avança 1,5% no período janeiro-agosto de 2017

No índice acumulado para janeiro-agosto de 2017, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou acréscimo de 1,5%, com resultados positivos em três das quatro grandes categorias econômicas, 15 dos 26 ramos, 45 dos 79 grupos e 52,4% dos 805 produtos pesquisados. Entre as atividades, veículos automotores, reboques e carrocerias (13,9%) e indústrias extrativas (6,6%) exerceram as maiores influências positivas na formação da média da indústria. Outras contribuições positivas relevantes vieram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (20,7%), de produtos do fumo (22,4%), de metalurgia (2,4%), de máquinas e equipamentos (2,7%) e de confecção de artigos do vestuário e acessórios (4,9%).

Entre as onze atividades que apontaram redução na produção, a de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-6,6%) assinalou a maior contribuição negativa. Vale destacar também os resultados negativos vindos de outros equipamentos de transporte (-12,3%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,6%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-6,0%), de produtos de minerais não-metálicos (-4,0%) e de impressão e reprodução de gravações (-11,0%).

Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os oito primeiros meses de 2017 mostrou maior dinamismo para bens de consumo duráveis (11,1%) e bens de capital (4,4%), impulsionadas, em grande parte, pela ampliação na fabricação de automóveis (18,2%) e eletrodomésticos (10,1%), na primeira; e de bens de capital para equipamentos de transporte (4,1%), para uso misto (16,9%), para construção (30,0%) e agrícola (13,5%), na segunda. Vale destacar a influência da baixa base de comparação, uma vez que no período janeiro-agosto de 2016 esses segmentos apontaram recuos de 20,0% e de 15,2%, respectivamente. O segmento de bens intermediários (0,7%) também assinalou taxa positiva no índice acumulado no ano. O setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis (0,0%) repetiu o patamar registrado em igual período do ano anterior.

Produção industrial tem queda após quatro meses de alta

A produção industrial recuou 0,8% em agosto, frente a julho, após ter acumulado um resultado de 3,3% nos quatro meses imediatamente anteriores. O setor de produtos alimentícios caiu 5,5% e, depois de três meses consecutivos de crescimento, foi o que mais contribuiu para a queda do índice, seguido por máquinas e equipamentos (-3,8%); coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,6%) e indústrias extrativas (-1,1%).

As informações são da Pesquisa Industrial Mensal - Brasil, divulgada hoje pelo IBGE, que registrou também crescimento de 4,0% na comparação com agosto de 2016 e de 1,5% no acumulado do ano, além de uma variação de -0,1% nos últimos 12 meses.

#PraCegoVer gráfico Produção Industrial Mensal. resultado de agosto: -5,5%

O gerente da pesquisa, André Macedo, explica que a produção de açúcar teve forte contribuição tanto para as altas registradas anteriormente na indústria de alimentos quanto para a queda de agosto: “O açúcar é um produto com peso nesse setor. Sua produção foi favorecida pela antecipação da moagem da cana, em decorrência do clima seco que predominou nas regiões Centro-Oeste e Sudeste nos últimos meses”.

André ressalta ainda que, mesmo com a queda na produção industrial em agosto, 16 dos 24 setores investigados cresceram, com destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias (6,2%) e perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (5,5%): “O ganho de ritmo observado na produção a partir de novembro de 2016 contribuiu para recuperar apenas uma parcela das perdas dos últimos anos. É bom lembrar que ainda estamos 17,8% abaixo do nível recorde alcançado em junho de 2013”.

Texto: Pedro Renaux
Imagem: unsplash
Gráfico: Pedro Vidal

DOCUMENTO: ftp://ftp.ibge.gov.br/Industrias_Extrativas_e_de_Transformacao/Pesquisa_Industrial_Mensal_Producao_Fisica/Fasciculos/Fasciculo_Indicadores_IBGE_Brasil/pim-pf-br_201708caderno.pdf

CNI. 3 de Outubro de 2017. Recuperação da indústria segue com oscilações. Indicadores Industriais de agosto mostram que atividade alterna variações positivas e negativas. Tendência de aquecimento apontada na edição de julho prossegue neste mês, mas com menos força

Indicadores-Industriais-gráfico-031017.jpg

O emprego industrial permaneceu estável no mês de agosto, a massa salarial real teve aumento de 0,2% e as horas trabalhadas na produção também subiram 0,2%. Além disso, o rendimento médio real foi 1,2% maior do que o mês anterior e a utilização da capacidade instalada ficou 0,3 ponto percentual acima de julho. O único indicador a cair foi o faturamento da indústria, com queda de 1%. Estes são os dados da pesquisa Indicadores Industriais de agosto, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta terça-feira (3).

De acordo com o estudo, a tendência de recuperação apontada na edição da pesquisa em julho prossegue em agosto, mas perdeu um pouco de força, principalmente devido à queda do faturamento industrial, que manteve a trajetória recente de variações positivas e negativas. Em agosto deste ano, o faturamento foi 4,5% superior ao registrado em agosto do ano passado. No entanto, o acumulado no ano é negativo em 3,5%.

A massa salarial real paga pela indústria aumentou 0,2% em agosto. O percentual é maior se comparado com o mesmo mês do ano passado, quando o avanço foi de 2,2%.  Mas entre janeiro e agosto o indicador mostra queda de 2,3%.

Apesar do emprego ter permanecido estável na passagem de julho para agosto, o indicador mostra que, nos primeiros oito meses do ano, o emprego industrial diminuiu 3,6% se comparado com janeiro a agosto do ano passado.

Indicadores Industriais. Recuperação da indústria segue com oscilações

A tendência de recuperação prossegue em agosto, mas perdeu um pouco de sua força. O faturamento industrial caiu no mês (na série livre de efeitos sazonais), o emprego industrial seguiu estável, enquanto horas trabalhadas e massa salarial mostraram pequena variação positiva. UCI e rendimento também aumentaram.



Indicadores Industriais: https://static-cms-si.s3.amazonaws.com/media/filer_public/0c/37/0c3779dd-5d94-4939-bfce-78e22053ef61/indicadoresindustriais_agosto2017_1.pdf

FGV. IBRE. 03-Out-2017. Índices Gerais de Preços. IPC-S Capitais. Inflação pelo IPC-S avança em cinco das sete capitais pesquisadas

 O IPC-S de 30 de setembro de 2017 registrou variação de -0,02%, 0,05 ponto percentual (p.p.) acima da taxa divulgada na última apuração. Cinco das sete capitais pesquisadas registraram acréscimo em suas taxas de variação.

A tabela a seguir, apresenta as variações percentuais dos municípios das sete capitais componentes do índice, nesta e na apuração anterior.

3009

DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&contentId=8A7C82C55EC04CF1015EE1CB69AA443A

ANP. 02 de Outubro de 2017. ENERGIA. Aproveitamento de gás natural registra recorde em agosto. Volume de gás queimado reduziu 31,8% em relação a agosto de 2016

O aproveitamento de gás natural no Brasil no mês de agosto alcançou 97% do volume total produzido, superando o recorde registrado em setembro de 2016, quando o aproveitamento foi de 96,8%. A queima de gás totalizou 3,4 milhões de metros cúbicos por dia, uma redução de 19,8% se comparada ao mês anterior e de 31,8% em relação ao mesmo mês em 2016. A principal contribuição foi a redução do gás queimado pela plataforma P-66, ainda em fase de comissionamento, devido ao melhor aproveitamento do gás para consumo interno e o início da injeção de parte do gás produzido.

Volume de produção

A produção de petróleo no Brasil em agosto totalizou 2,576 milhões de barris por dia (bbl/d), uma redução de 1,8% na comparação com o mês anterior e de 1,3% em relação ao mesmo mês em 2016.

Já a produção de gás natural totalizou 112 milhões de metros cúbicos por dia (m3/d), uma redução de 2,8% em relação ao mês anterior e um aumento de 2,8% em relação a agosto de 2016.

A produção total de petróleo e gás natural no País foi de aproximadamente 3,280 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d). A redução em relação a julho se deve, principalmente, às paradas programadas dos FPSOs Cidade de Maricá e Cidade de Itaguaí, ambos instalados no campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos.

Pré-sal

A produção do pré-sal em agosto totalizou aproximadamente 1,573 milhão de barris de óleo equivalente por dia, uma redução de 2,5% em relação ao mês anterior. A produção, oriunda de 84 poços, foi de 1,271 milhão de barris de petróleo por dia e 48 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. A produção do pré-sal correspondeu a 48% do total produzido no Brasil. Os poços do “pré-sal” são aqueles cuja produção é realizada no horizonte geológico denominado pré-sal, em campos localizados na área definida no inciso IV do caput do artigo 2º da Lei nº 12.351/2010.

Campos produtores

O campo de Lula, na Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás natural. Produziu, em média, 675 mil bbl/d de petróleo e 28,5 milhões de m3/d de gás natural.

Os campos marítimos produziram 95,1% do petróleo e 77,8% do gás natural. A produção ocorreu em 8.183 poços, sendo 743 marítimos e 7.440 terrestres. Os campos operados pela Petrobras produziram 93,7% do petróleo e gás natural. Estreito, na Bacia Potiguar, teve o maior número de poços produtores: 1.087. Marlim Sul, na Bacia de Campos, foi o campo marítimo com maior número de poços produtores: 94.

A instalação Petrobras 58, que opera na área denominada "Parque das Baleias" (áreas de desenvolvimento de Jubarte, Baleia Azul, Baleia Franca e Baleia Anã), por meio de 13 poços a ela interligados, produziu 187,8 mil boe/d e foi a UEP (Unidade Estacionária de Produção) com maior produção.

Outras informações

Em agosto de 2017, 303 concessões, operadas por 25 empresas, foram responsáveis pela produção nacional. Destas, 80 são concessões marítimas e 223 terrestres. Vale ressaltar que, do total das concessões produtoras, duas encontram-se em atividade exploratória e produzindo através de Teste de Longa Duração (TLD), e outras sete são relativas a contratos de áreas contendo acumulações marginais.

O grau API médio foi de 26,6, sendo 32,3% da produção considerada óleo leve (>=31°API), 52,1% óleo médio (>=22 API e <31 15="" api="" e="" leo="" p="" pesado="">
As bacias maduras terrestres (campos/testes de longa duração das bacias do Espírito Santo, Potiguar, Recôncavo, Sergipe e Alagoas) produziram 130 mil boe/d, sendo 104 mil bbl/d de petróleo e 4,1 milhões de m3/d de gás natural. Desse total, 124,9 mil barris de óleo equivalente por dia foram produzidos pela Petrobras e 5,1 mil boe/d por concessões não operadas pela Petrobras, sendo 327 boe/d em Alagoas, 2.398 boe/d na Bahia, 67 boe/d no Espírito Santo, 2.138 boe/d no Rio Grande do Norte e 207 boe/d em Sergipe.

BOLETIM: http://www.anp.gov.br/wwwanp/publicacoes/boletins-anp/2395-boletim-mensal-da-producao-de-petroleo-e-gas-natural

ANP. 03 de Outubro de 2017. ENERGIA. 2ª Rodada do Pré-sal tem total de 10 empresas habilitadas e a 3ª Rodada, 14

A Comissão Especial de Licitação (CEL) concluiu na segunda-feira (2/10) a análise dos pedidos de empresas que manifestaram interesse e solicitaram qualificação na 2ª e 3ª Rodadas do Pré-sal, que serão realizadas em 27 de outubro. Dez empresas estão habilitadas para a 2ª Rodada do Pré-sal e para a 3ª, 14. Houve uma desistência para a 2ª Rodada do Pré-sal e uma para a 3ª.

Das aprovadas, 11 são de origem estrangeira e apenas uma, a Petronas, ainda não possui contrato para exploração e produção de petróleo e gás natural no Brasil.

Empresas habilitadas para a 2ª Rodada do Pré-sal:


  1. ExxonMobil Exploração Brasil Ltda.- Habilitada (Operadora A) - Estados Unidos
  2. Petrogal Brasil S.A. - Habilitada (Não Operadora) - Portugal
  3. Petróleo Brasileiro S.A.- Habilitada (Operadora A) - Brasil
  4. Petronas Carigali SDN BHD - Habilitada (Operadora A) - Malásia
  5. Repsol Sinopec Brasil S.A. - Habilitada (Operadora A) - Espanha
  6. Shell Brasil Petróleo Ltda.- Habilitada (Operadora A) - Reino Unido
  7. Statoil Brasil Óleo e Gás Ltda.- Habilitada (Operadora A) - Noruega
  8. Total E&P do Brasil Ltda.- Habilitada (Operadora A) - França
  9. Chevron Brazil Ventures- Habilitada (Operadora A) - Estados Unidos
  10. OP Energia - Habilitada (Operadora A) - Brasil

Empresas habilitadas para a 3ª Rodada do Pré-sal:

  1. BP Energy do Brasil Ltda.- Habilitada (Operadora A) - Reino Unido
  2.  CNODC Brasil Petróleo e Gás Ltda.- Habilitada (Não Operadora) - China
  3. ExxonMobil Exploração Brasil Ltda.- Habilitada (Operadora A) - Estados Unidos
  4. Petrogal Brasil S.A. - Habilitada (Não Operadora) - Portugal
  5. Petróleo Brasileiro S.A.- Habilitada (Operadora A) - Brasil
  6. QPI Brasil Petróleo Ltda.- Habilitada (Não Operadora) - Catar
  7. Petronas Carigali SDN BHD - Habilitada (Operadora A) - Malásia
  8. Repsol Exploración S.A.- Habilitada (Operadora A) - Espanha
  9. Shell Brasil Petróleo Ltda.- Habilitada (Operadora A) - Reino Unido
  10. Statoil Brasil Óleo e Gás Ltda. - Habilitada (Operadora A) - Noruega
  11. Total E&P do Brasil Ltda. - Habilitada (Operadora A) - França
  12. Chevron Brazil Ventures- Habilitada (Operadora A) - Estados Unidos
  13. CNOOC Petroleum Brasil - Habilitada (Operadora A) - China
  14. Ecopetrol S.A. - Habilitada (Não operadora) - Colômbia

As empresas habilitadas cumpriram todos os requisitos previstos no edital e estão aptas a participar da rodada. A habilitação é obrigatória e individual para cada interessada, mesmo para aquelas que pretendam apresentar oferta mediante consórcio.

Cumpridas as exigências estabelecidas no edital, e tendo a habilitação julgada e aprovada pela Comissão Especial de Licitação, a empresa poderá apresentar ofertas somente para os blocos localizados nos setores para os quais tenha efetuado o pagamento de taxa de participação e aportado garantia de oferta.

A 2ª Rodada do Pré-sal ofertará quatro áreas com jazidas unitizáveis, ou seja, adjacentes a campos ou prospectos cujos reservatórios se estendem para além da área concedida. As áreas são relativas às descobertas denominadas por Gato do Mato e Carcará, e aos campos de Tartaruga Verde e Sapinhoá.

Já a 3ª Rodada ofertará quatro áreas localizadas nas bacias de Campos e Santos, na região do polígono do pré-sal, relativas aos prospectos de Pau Brasil, Peroba, Alto de Cabo Frio-Oeste e Alto de Cabo Frio-Central.

ANP. ENERGIA. 27 de Setembro de 2017. RESULTADO CONSOLIDADO da 14ª Rodada da ANP tem maior arrecadação da história

A 14ª Rodada de Licitações de blocos para exploração de petróleo e gás natural da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) marca a retomada do setor de petróleo e gás no Brasil, com o maior bônus de assinatura total da história – mais de R$ 3,8 bilhões - e as duas maiores ofertas por bloco – cerca de R$ 2,24 bilhões e R$ 1,2 bilhões. O ágio foi de1.556,05%.

O sucesso do leilão reflete as mudanças regulatórias realizadas pelo Governo brasileiro, que tornaram o ambiente de negócios no País mais atraente a empresas de diferentes portes.

Estiveram presentes na sessão pública diversas autoridades, como o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Wellington Moreira Franco, governadores e vice-governadores, além dos diretores da ANP, Décio Oddone, Aurélio Amaral, Felipe Kury e Waldyr Barroso, e José Cesário Cecchi, aprovado pelo Senado para a Diretoria da Agência.

Na abertura, o diretor-geral da ANP, Décio Oddone, afirmou que se trata de “um dia histórico do setor de petróleo e gás no Brasil. Esse leilão representa o início da retomada de investimentos, após a maior crise que esse setor já passou no Brasil”. Oddone lembrou que, além da 14ª Rodada, serão realizados ainda este ano dois leilões de áreas no pré-sal, outras seis rodadas até 2019 e terá início a oferta permanente de áreas. “Essas medidas atrairão centenas de bilhões de reais em investimentos, ou seja, em riquezas para a sociedade brasileira”.

Na rodada, foram arrematados 37 blocos para exploração e produção de petróleo e gás natural. A previsão de investimentos do Programa Exploratório Mínimo (conjunto de atividades a ser cumprido pelas empresas vencedoras na primeira fase do contrato) é de R$ 845 milhões.

Ao todo, 20 empresas, originárias de oito países, participaram. Delas, 17 arremataram blocos, sendo 10 nacionais e sete de origem estrangeira. A assinatura dos contratos está prevista para ocorrer até o dia 31 de janeiro de 2018.

A área total arrematada foi de 25.011 km². Os blocos arrematados estão distribuídos em 16 setores de oito bacias sedimentares: Parnaíba, Potiguar, Santos, Recôncavo, Paraná, Espírito Santo, Sergipe-Alagoas e Campos.

O maior bônus de assinatura foi de cerca de R$ 2,24 bilhões, oferecido pelo bloco C-M-346, da bacia de Campos, pelo consórcio formado pelas empresas Petrobras (50% - operadora) e ExxonMobil Brasil (50%).

A ANP continua sua estratégia de diversificar áreas exploratórias no País e atrair empresas de diferentes perfis. Para a 14ª Rodada, foram simplificadas as normas do regime de concessão brasileiro, como a adoção da fase de exploração única e possibilidade de estendê-la por razões técnicas; retirada do conteúdo local como critério de oferta na licitação; royalties diferenciados para áreas de nova fronteira e bacias maduras com maiores riscos; e incentivos para o aumento da participação de pequenas e médias empresas.

Rodadas do pré-sal em 2017

Além da 14ª Rodada, com áreas no pós-sal, a ANP realizará, em 27 de outubro, a 2ª e a 3ª Rodadas do Pré-sal. Atualmente, os dez poços que mais produzem no Brasil estão no polígono do pré-sal, que já é responsável por cerca de metade da produção brasileira.

A 2ª Rodada ofertará quatro áreas com jazidas unitizáveis, ou seja, adjacentes a campos ou prospectos cujos reservatórios se estendem para além da área concedida. As áreas são relativas às descobertas denominadas por Gato do Mato e Carcará, e aos campos de Tartaruga Verde e Sapinhoá.

Já a 3ª Rodada ofertará quatro áreas localizadas nas bacias de Campos e Santos, na região do polígono do pré-sal, relativas aos prospectos de Pau Brasil, Peroba, Alto de Cabo Frio-Oeste e Alto de Cabo Frio-Central.

Calendário plurianual de rodadas

O Governo Federal estabeleceu ainda um calendário plurianual de rodadas. Em 2018 e 2019 serão realizadas três rodadas em cada ano, sendo uma de áreas com acumulações maduras, uma do pré-sal e uma de blocos exploratórios.

A previsão é que as rodadas de 2017 a 2019 gerem mais de US$ 80 bilhões em novos investimentos ao longo dos contratos, mais de US$ 100 bilhões em royalties e milhares de empregos.

Resultado por bacia sedimentar:


ANP. PORTAL G1. 03/10/2017. ENERGIA. Indústria de petróleo ameaça ir à Justiça se ANP flexibilizar regras de conteúdo local. Setor produtivo se manifesta contrário à flexibilização de regras para contratos já assinados; discussões ainda não estão finalizadas e há possibilidade de acordo.
Por Daniel Silveira, G1, Rio

Entidades que representam a indústria brasileira se preparam para acionar a Justiça caso a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) flexibilize as regras de conteúdo nacional para os contratos já assinados para exploração de petróleo e gás no país. Em audiência pública realizada na manhã desta terça-feira (3) no Rio, as discussões sinalizaram, no entanto, que há possibilidade de acordo.
A audiência pública realizada pela ANP buscou debater a proposta de perdão das multas por descumprimento de conteúdo local (waiver, no jargão do setor) além de tornar retroativa aos contratos firmados entre a 7ª e a 13ª rodadas de licitações de campos exploratórios as regras definidas para a 14ª rodada, realizada este ano.
Até a 13ª rodada, as normas previam a aplicação de até 65% de conteúdo local nos projetos. Para a 14ª rodada, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) reduziu em mais da metade este percentual.
Representando parte do setor produtivo na audiência pública, a advogada Daniela Santos afirmou que retroagir as regras de conteúdo local a contratos já firmados “é ilegal e extrapola a competência do regulador”, além de “prejudicar a toda a cadeia produtiva”.
A advogada falou em nome do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), da Associação Brasileira das Empresas de Construção Naval e Offshore (Abenav) e da Construtora Queiroz Galvão.
Segundo ela, o “waiver é uma exceção, a regra é o cumprimento do conteúdo local”.
Daniela lembrou que a resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) que alterou as regras de conteúdo local não permite que as novas diretrizes sejam aplicadas de forma retroativa. Ela afirmou, ainda, que “alterar cerca de 700 contratos não gera segurança jurídica em nenhum lugar”.
Ao G1, o vice-presidente do Sinaval, Sérgio Bacci, disse que a retroagir as regras aos contratos já celebrados vai lesar as empresas que investiram em conteúdo local, já que podem ter feito contratações a preços mais altos para garantir o cumprimento da norma, bem como aquelas que foram multadas. “A questão é: elas serão ressarcidas?”, questionou.
Segundo Bacci, a judicialização da questão “não é uma ameaça”, mas uma realidade. Ele afirmou que as questões jurídicas para uma possível ação judicial já estão sendo trabalhadas pela indústria nacional.
“Se sai a resolução, no dia seguinte já temos que apresentar a ação”, disse.
O executivo ponderou, no entanto, que “o melhor para o país” é um acordo que equilibre as demandas tanto da indústria, quanto das empresas fornecedoras, quanto do governo.
“Judicializando uma questão dessa, ao invés de destravar investimentos, vai travar ainda mais. Porque uma liminar de um juiz para um caso desses vai demorar anos e anos para se resolver”, avaliou.
Bacci avaliou como positivos os debates ocorridos durante a audiência pública, pois a maioria das falas converge para o estabelecimento de um meio termo na discussão.
“Todos os atores deixaram claro que é possível o diálogo, é possível a gente construir uma solução que atenda a indústria do petróleo e os fornecedores”, ponderou o executivo sem deixar de reiterar que “em não tendo acordo, a indústria nacional vai judicializar”.
A ANP não se pronunciou a respeito. Já o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) avaliou que faz parte da democracia a judicialização de qualquer questão quando uma das partes se sente lesada. No entanto, enfatizou a necessidade de se flexibilizar as regras para destravar investimentos no setor.
“Todo mundo diz que a regra existente não gerou resultado e que ela não é factível de ser cumprida. Ela tem uma ambição correta de desenvolver a indústria nacional, e isso é inegável, mas o que ela acabou gerando como resultado, devido à falta de calibragem da política, é que não gerou projetos”, disse o secretário-executivo de E&P do IBP, Antônio Guimarães.
Projetos travados
Em sua exposição durante a audiência pública, o IBP deixou claro ser favorável à aprovação de waiver e aplicação das atuais regras de conteúdo local a contratos já assinados como forma de garantir a retomada de projetos do setor no país.
Segundo o secretário-executivo de E&P do IBP, Antônio Guimarães, os resultados positivos da 14ª Rodada de Licitações realizada na semana anterior comprovam a “decisão acertada” do governo em alterar as regras de conteúdo local.
Embora apenas 13% dos blocos exploratórios disponibilizados no leilão terem sido arrematados, o bônus de arrecadação (R$ 3,8 bilhões) foi recorde entre as rodadas já realizadas pela ANP.
Conforme dados apresentados pelo IBP, desde 2011 já foram feitos 230 pedidos de waiver, sendo que a maioria ainda está pendente de decisão. As multas aplicadas neste período somam cerca de R$ 600 milhões somente na fase de exploração – a parte de produção ainda não foi fiscalizada.
Para o instituto, os dados demonstram que há incompatibilidade entre as regras de conteúdo local e os modelos reais de contratação, o que reflete na paralisação de projetos.
O presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Petróleo (Abespetro), José Firmo, também apontou prejuízos causados pelas regras de conteúdo local dos contratos antigos. Segundo ele, desde 2013 o país perdeu cerca de 500 mil postos de trabalho no setor de óleo e gás, o que demonstra que “um dos principais objetivos do conteúdo local está negativamente sendo afetado”.
Já o presidente da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Alberto Machado, afirmou que a retroatividade das regras irá prejudicar a cadeia produtiva. Ele enfatizou que “o concessionário aceitou os conteúdos locais que estavam no edital” e que “essa retroação vai promover o fechamento de muitas fábricas”.

PETROBRÁS. 3 DE OUTUBRO DE 2017. ENERGIA. Petrobras está perto de atingir meta de desalavancagem

SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras está perto de atingir sua “ambiciosa” meta de desalavancagem, disse nesta terça-feira o presidente do Conselho de Administração da petroleira, Nelson Carvalho, durante uma apresentação em São Paulo.

A companhia, que tem reduzido trimestre a trimestre sua alavancagem (índice medido pela dívida líquida/Ebtida ajustado), havia projetado atingir um nível de 2,5 vezes em 2018, o que deve ser antecipado.

A empresa fechou o segundo trimestre com uma alavancagem de 3,2 vezes, ante 5,1 vezes ao final de 2015.

Em evento do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), Carvalho afirmou ainda que o objetivo é realizar a oferta pública de ações (IPO) da BR Distribuidora ainda em 2017.

Segundo ele, uma eventual suspensão do IPO poderia acontecer por condições de mercado adversas, mas não é esse o cenário agora. A operação visa ajudar a companhia a reduzir o seu endividamento.

Por Aluisio Alves

FENABRAVE. 03/10/2017. Acumulado de automóveis e comerciais leves cresce 7,86%

O desempenho dos emplacamentos de veículos automotores, no mês de setembro e no acumulado do ano, foi divulgado hoje (03) durante coletiva de imprensa realizada pela Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, entidade que representa mais de 7,4 mil Concessionárias no Brasil.
As vendas de todos os segmentos somados (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros) apresentaram queda de 9,55% entre setembro (276.126 unidades) e agosto (305.264 unidades). Já na comparação com setembro do ano passado (240.334 unidades), houve crescimento de 14,89%.
No acumulado de 2017, o setor em geral teve queda de 1,18%, totalizando 2.352.784 unidades emplacadas de janeiro a setembro deste ano, contra 2.380.875 no mesmo período de 2016.
Os segmentos de automóveis e comerciais leves também apresentaram queda em setembro, com uma redução de 7,76% sobre agosto. Foram emplacadas 193.580 unidades, contra 209.862 em agosto. No entanto, se comparado com setembro do ano passado (154.971 unidades), o resultado aponta uma alta de 24,91%.
No acumulado do ano, esses segmentos tiveram aumento de 7,86% sobre o mesmo período de 2016, com 1.573.562 unidades comercializadas de janeiro a setembro de 2017, contra 1.458.927 no mesmo período do ano passado.
Para o Presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, o resultado de setembro demonstra a melhora esperada para o setor, que vem se concretizando ao longo dos últimos meses."Apesar do registro de queda em dias corridos, a média diária dos emplacamentos em setembro (20 dias úteis) foi 4,23% superior à média diária do mês agosto (23 dias úteis). Esse movimento de alta nas vendas diárias é reflexo de fatores positivos como a queda da taxa de juros, a queda nos índices de desemprego e da inadimplência que, juntos, atuaram positivamente na intenção de compra do consumidor", conclui.

Projeções Revisadas:

Durante a coletiva de imprensa, a Fenabrave revisou as projeções do setor para o ano de 2017.
Para o setor como um todo, a entidade estima alta de 2,2%, contra uma projeção que, em julho, estimava uma retração de 1,9%. "Estamos observando uma melhora considerável na economia, que deve se refletir no resultado da maioria dos segmentos automotivos, com exceção de motocicletas que, ao contrário do que prevíamos no início deste ano, deverá ter retração de 13,1%, apenas um pouco melhor do que a queda de 13,5%, divulgada nas projeções de julho", comentou o Presidente da Fenabrave.
Nas novas projeções da entidade, os segmentos de automóveis e comerciais leves devem apresentar crescimento de 9,9% em 2017. Em julho, a entidade estimava que os segmentos cresceriam 4,3% no ano. "Devemos atingir esse patamar de crescimento se as nossas previsões, de comercializar a média de 200 mil unidades mensais, se confirmarem entre os meses de outubro a dezembro", afirmou Alarico Assumpção Júnior, que informou que a oferta de crédito, para esses segmentos, também tem apresentado crescimento. "Antes, a cada 10 fichas cadastrais, 3 eram aprovadas e, agora, 3,4 têm o crédito concedido", sinaliza.
Para caminhões, as perspectivas atuais são de redução de 2% nos emplacamentos em 2017, numa situação bem melhor do que a apontada nas projeções divulgadas em julho, que indicavam queda de 11,5%. "Com a retomada da economia, a comercialização de caminhões também está melhorando. Só não teremos resultados positivos esse ano em função do estoque de veículos, acumulado nas transportadoras, e que agora começam a rodar", adverte o Presidente da Fenabrave.
Para implementos rodoviários, a nova projeção aponta para uma alta que pode chegar a 3%, contra uma projeção de queda de 7,1% (divulgada em julho) e, para ônibus, a Fenabrave projeta crescimento de 8%, sendo que a última projeção apontava retração de 5,5%.
Os segmentos de Tratores devem apresentar um crescimento de 6,97 e, para Máquinas Agrícolas, o crescimento estimado é de 1,6% em 2017.
Acompanhe, na tabela a seguir, os dados de emplacamentos de veículos NOVOS para cada segmento automotivo.

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Transações de Usados crescem no acumulado

As transações de veículos usados, considerando todos os segmentos somados (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros) apresentaram queda de 13,36% em setembro, na comparação com o mês anterior. Foram transacionadas 1.178.411 unidades de veículos usados em setembro, contra 1.360.133 em agosto. Porém, na comparação com o mês de setembro/2016, o resultado geral de transações de usados apresentou alta de 3,88% e, no acumulado do ano, houve aumento de 7,46% sobre o mesmo período de 2016.
As transferências de automóveis e comerciais leves usados apresentaram retração de 13,37% em setembro, na comparação com o mês anterior. Foram transacionadas 891.628 unidades em setembro, contra 1.029.273 em agosto. Em relação a setembro/2016, houve crescimento de 4,72% nas transações destes veículos e, no acumulado de 2017 (janeiro a setembro), o aumento foi de 8,41% sobre o mesmo período de 2016.
Do total de automóveis e comerciais leves transacionados, os usados (de 1 a 3 anos de fabricação) representaram 15,72 % das negociações realizadas em setembro, e 14,36 % no acumulado do ano.
De acordo com a Fenabrave, os dias úteis a menos em setembro (20 dias) em relação a agosto (23 dias) também influenciaram, negativamente, nas negociações de veículos usados. "Apesar do menor volume total, o mercado de usados continua aquecido e favorecido pelas operações de 'troca com troco'". As transações poderiam ser até maiores não fosse a escassez de oferta de veículos seminovos", comentou o presidente da Fenabrave.
Acompanhe, na tabela a seguir, os dados de transações de veículos USADOS para cada segmento automotivo.

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FENABRAVE. PORTAL G1. 03/10/2017. Venda de veículos sobe 24,5% em setembro, diz Fenabrave. É o segundo melhor resultado do ano, atrás apenas de agosto. Entidade reviu para cima a projeção para o ano e espera alta de 10% sobre 2016 para carros.
Por Peter Fussy, G1

A venda de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus novos cresceu 24,5% em setembro, na comparação com o mesmo mês de 2016, informou a federação dos distribuidores, a Fenabrave, nesta terça-feira (3). A entidade também revisou as projeções para o ano.
No mês passado foram emplacados 199.227 veículos, contra 159.953 em setembro do ano passado. É o segundo melhor resultado para o setor em 2017, atrás apenas de agosto, que registrou 216 mil unidades comercializadas.
No acumulado do ano, foram vendidos 1,62 milhão de veículos novos no país - uma alta de 7,36% sobre o verificado no mesmo período do ano passado.


Venda de veículos novos no Brasil em 2017
Agosto foi o melhor mês do ano
UnidadesEmplacamentosjaneirofevereiromarçoabrilmaiojunhojulhoagostosetembro120k140k160k180k200k220k240k

janeiro
 Emplacamentos: 147.208
Fonte: Fenabrave

O avanço é puxado pelas vendas de automóveis e comerciais leves (picapes e furgões), que representam a grande maioria dos emplacamentos e tiveram crescimento de 24,9% no mês e 7,86% no acumulado do ano, também na comparação com os mesmos períodos de 2016.
Projeções revistas
No começo do ano, a Fenabrave estimava que as vendas de automóveis e comerciais leves cresceriam 2,04% sobre 2016, depois passou para 4,3% em julho, e agora acredita que a alta chegará a 9,9%.
A queda da inflação e da taxa de juro, que é referencial para formação de contratos de financiamento, foram apontadas como os principais motivos para reanimar as compras de carros no país.
Para o segmento de caminhões e ônibus, a entidade projetava aumento de 3,15%, depois queda de 10,2%. A nova previsão fica perto da estabilidade (0,13%).
Os emplacamentos de caminhões, para os quais era esperada alta de 2,8%, passaram para baixa de 11,5% em julho e devem fechar o ano em queda de 2% sobre o ano passado, diz a nova projeção. Para ônibus, a previsão melhorou: de alta de 4,4%, para -5,5% e agora alta de 8%.
Em agosto, a associação das montadoras (Anfavea) também revisou suas projeções.
Pesados
Em setembro, foram vendidos 1.105 ônibus e 5.647 caminhões, com alta de 33% e 9,3%, respectivamente, sobre o registrado em setembro de 2016.
Nos primeiros 9 meses do ano, os emplacamentos de veículos pesados acumulam queda de 7% sobre o ano passado.
"A safra contribuiu, mas não o suficiente para mudar o cenário", diz o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção. As vendas de caminhões também não sobem tanto porque, segundo ele, ainda há veículos novos nas empresas: "Ainda há frota disponível nas transportadoras para ser utilizada."
Motos
O ano também continua no vermelho para vendas de motos, que são contadas à parte. Os emplacamentos caíram 4,9% no mês passado, também em relação a 1 ano atrás, somando 66.237 unidades.
No ano, o volume chega a 640.210, 17,5% abaixo das vendas de janeiro a setembro de 2016. Para Assumpção, o problema continua sendo a baixa oferta de crédito e o desemprego que afeta os brasileiros de renda baixa - maiores consumidores de motos de baixa cilindrada.
"A cada 10 fichas de financiamento (de moto) cadastradas, apenas 1,5 é aprovada", diz o presidente da Fenabrave.
Responsável por cerca de um terço das vendas, a modalidade de consórcio ainda segurou a queda, que poderia ter sido maior, de acordo com Assumpção. "Sem o consórcio o setor de motos estaria em pior situação."
Por isso, a Fenabrave piorou a perspectiva para o segmento, que vem sofrendo sucessivas quedas desde a crise de 2008. Em vez da alta de 4,40%, prevista no início do ano, é esperado um recuo de 13%.

FENABRAVE. REUTERS. 3 DE OUTUBRO DE 2017. Fenabrave eleva previsão de crescimento das vendas de automóveis novos em 2017 para 9,9%
Por Gabriela Mello

SÃO PAULO (Reuters) - A Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) melhorou nesta terça-feira as projeções para as vendas de automóveis novos no Brasil em 2017 e já considera a possibilidade de resultados ainda melhores no próximo ano, com o aumento da confiança e queda de juros impulsionando as vendas.

“Se a crise política não abalar a questão econômica, temos quase absoluta certeza de que teremos números mais positivos que este ano”, afirmou o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, sem fornecer o percentual esperado de crescimento para 2018.

A entidade agora projeta aumento de 9,9 por cento nas vendas de automóveis e comerciais leves em 2017, a 2,183 milhões de unidades, acima da alta de 2,4 por cento estimada anteriormente.

O número ajustado leva em conta a expectativa de que as vendas voltem a atingir 200 mil unidades ou mais por mês no quarto e último trimestre do ano. ”Estamos vendo a volta da confiança, quer seja do investidor quanto do consumidor”, disse o presidente da Fenabrave.

Embora mais pessoas estejam buscando financiamento para aquisição de veículos, os bancos ainda se mostram rigorosos na análise de crédito, ponderou Assumpção Júnior. “Três a cada 10 fichas de financiamento são aprovadas... Só quem pode pagar está tendo o crédito aprovado, mas a qualidade da carteira melhorou”, explicou.

No caso de caminhões e ônibus, a expectativa é de que as vendas continuem patinando neste ano. A Fenabrave espera alta de apenas 0,13 por cento do segmento em 2017, com 64.024 unidades comercializadas, ante projeção anterior de avanço de 3,15 por cento.

“O setor de ônibus foi penalizado por alguns aspectos particulares como a expansão de transportes clandestinos em algumas cidades, assaltos em rodovias e vandalismo”, comentou o presidente da Fenabrave.

Em relação às motocicletas, a piora é ainda mais dramática, dada a dificuldades que os consumidores desta categoria muitas vezes encontram para comprovar renda e obter financiamento.

A entidade atualmente prevê tombo de 13,1 por cento nas vendas de veículos sobre duas rodas, para 867.244 unidades, marcando um constrate em relação à projeção anterior de aumento de 4,4 por cento, para 1.041.939 unidades.

Considerando todo o setor, a entidade prevê que sejam comercializados 3,139 milhões de automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motos e implementos rodoviários no país em 2017, volume 2,2 por cento maior ante 2016. A estimativa anterior da Fenabrave era de expansão de 3,11 por cento, para 3,168 milhões de unidades.

Assumpção Júnior ainda disse que a federação não espera baixa no número de concessionários atuando no país, que atualmente gira em torno de 7.300 espalhados por 1.050 municípios em todo o país. “Já tivemos um saldo negativo de 1.320 concessionários entre janeiro de 2015 e julho de 2017, mesmo com a entrada de 566”, disse o presidente da Fenabrave.

PORTAL G1. 03/10/2017. BRASIL-CHINA. Agora é bom momento para comprar ativos no Brasil por preços baixos, diz gigante da construção chinesa. Grupo CCCC, que já é dono da construtora Concremat e tem projetos em portos brasileiros, afirma que pretende investir mais no país; carteira de projetos do grupo no mundo supera R$ 500 bilhões .
Por Karina Trevizan, G1

Em meio à uma onda de investimentos de grupos chineses no Brasil, a gigante da construção civil China Communications Construction Co (CCCC) diz que “agora é um bom momento para as empresas chinesas acelerarem o investimento” no país, e “comprar ativos superiores por um preço baixo”. Desde o ano passado, o grupo já fechou participação em investimentos nas áreas de construção civil e portuária no Brasil.
A avaliação foi feita pelo grupo em nota enviada ao G1. “Embora a economia brasileira tenha declinado nos últimos anos, este ano, no entanto, voltou ao caminho certo após a instabilidade política e a crise financeira, muitos riscos foram controlados de forma adequada, então agora é um bom momento para as empresas chinesas acelerarem o investimento, comprarem os melhores ativos por um preço baixo e cooperar com empresas brasileiras.”
O CCCC é um conglomerado chinês de infraestrutura, equipamentos pesados e serviços de dragagem. A CCCC é um dos maiores grupos de construção do mundo, que faturou 439 bilhões de yuans - cerca de R$ 205 bilhões, no câmbio atual. A carteira de projetos da empresa cresceu 26,8% em 2016, para 1,010 trilhões de yuans, o equivalente a R$ 523 bilhões.
No Brasil, a companhia é dona de 80% da construtora Concremat e já tem projetos em andamento no setor de portos em Santa Catarina e no Maranhão. O grupo afirma que está atento às lacunas na área de infraestrutura do Brasil e que elas são oportunidades.
“Percebemos que alguns fatores impediram o desenvolvimento do Brasil, por exemplo, a infraestrutura logística incompleta, a construção imperfeita de estradas e portos, de modo que haverá um grande potencial para novos investimentos em infraestrutura, especialmente em termos de financiamento setor.”
“O Brasil tem o enorme mercado de construção, o que significa mais oportunidades para as empresas chinesas. Para a CCCC, gostaríamos de participar da construção de infraestrutura, parques industriais, imóveis e outros projetos de investimento”, diz o grupo em nota.
O que já foi fechado e o que está em negociação
O grupo CCCC diz que pretende expandir os investimentos no Brasil, e aponta como possíveis portas de entrada no país as parcerias público-privadas, os financiamentos de projetos para o poder público (em um modelo conhecido como BOT, que significa criar, operar e transferir, na sigla em inglês), participação de capital, fusões e aquisições.


Como as empresas chinesas investem no Brasil
Modo de entrada em 2016
Fusões e aquisições: 53Implantação da empresa do zero: 27Joint Venture: 20

Joint Venture
em % 20
Fonte: CEBC

“A CCCC gostaria de juntar-se a empresas e empresas locais, tirando grande vantagem de suas administrações locais para expandir ainda mais o nosso negócio por vários meios, por exemplo, a licitação conjunta, a fusão e a aquisição, etc.”
No fim de agosto, durante sua viagem à China, o presidente Michel Temer assinou um contrato de financiamento com o grupo para a construção do terminal de uso privado no Porto de São Luís.
No ano passado, a CCCC já havia fechado a participação no Terminal de Uso Privado (TUP) de São Luís, porto multicargas da WPR, braço de infraestrutura do grupo WTorre. O sócio chinês receberá um aporte de R$ 400 milhões destinados à construção do projeto. As informações são do relatório anual do Conselho Empresarial Brasil-China.
O grupo também destinou, em 2016, investimentos nas áreas de construção civil e portuária, e acertou a aquisição de 80% do capital da construtora brasileira Concremat Engenharia por R$ 350 milhões.
Na semana passada, o presidente da CCCC para a América do Sul, Chang Yunbo, recebeu em Pequim o governador do Pará, Simão Jatene, que buscava na China interessados em participar de licitação para a construção de uma ferrovia no estado.
Em Santa Catarina, segundo o governo do estado, o grupo CCCC, em parceria com o fundo de investimentos Anessa, investirá na construção do Terminal Graneleiro da Babilônia em São Francisco do Sul. O investimento para a construção do terminal é de cerca de R$ 1,6 bilhão. Ainda segundo o governo, o próprio terminal tem como sócio a China National Cereals, Oils and Foodstuffs Corporation (Cofco).
No final do ano passado, a CCCC tinha planos de investir US $ 1 bilhão no médio prazo, segundo relatório do Conselho Empresarial Brasil-China.
No primeiro semestre de 2016, o grupo chinês inaugurou, em São Paulo, o escritório da CCCC South America Regional Company, holding da CCCC criada para cuidar exclusivamente de negócios na América do Sul.

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LGCJ.: