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October 25, 2017

US ECONOMICS


U.S. Department of State. October 25, 2017. Office of the Historian, Bureau of Public Affairs Release of Chapters on Argentina and the Latin America Region in Foreign Relations of the United States, 1977-1980, Volume XXIV, South America; Latin America Region

Washington, DC - The Department of State released today a portion of Foreign Relations of the United States, 1977-1980, Volume XXIV, South America; Latin America Region. The two compilations released today, on Argentina and the Latin America Region, were given priority in the declassification process as part of the National Security Council-led Argentina Declassification Project. Unedited versions of these documents were made available in April 2017, as part of an earlier release. Today’s publication includes additional information on the provenance and context of the documents. The release of the complete volume in 2018 will include compilations on U.S. policy toward nine more countries in South America and the front matter of the volume.

This volume is part of a subseries of volumes in the Foreign Relations series that documents the foreign policy of the Carter administration. The compilations released today show high-level U.S. concern over human rights violations in the Southern Cone and policy debates within the U.S. Government over what exactly to do about those violations. Carter’s policy toward Argentina sought to promote human rights, moderate the internal dynamics of the ruling junta, and encourage the reestablishment of electoral democracy and an orderly end to the military government that had taken power in March 1976. At the same time, U.S. officials tried to calm disputes between Argentina and its neighbors, limit the spread of developing nuclear technology, encourage the stabilization and growth of the Argentine economy, and, in 1980, ensure Argentine cooperation in the grain embargo that the United States had placed on the Soviet Union.

This volume was compiled and edited by Sara Berndt.

FULL DOCUMENT: https://history.state.gov/historicaldocuments/frus1977-80v24


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ECONOMIA BRASILEIRA


BACEN. PORTAL G1. 25/10/2017. TAXA BÁSICA DE JUROS SELIC. Juro deve cair para 7,5% ao ano nesta quarta e baixar rendimento da poupança. Previsão de novo corte, que pode deixar Selic próxima da mínima histórica, é do mercado financeiro para a reunião do Copom, que define nesta quarta nova taxa básica de juros.
Por Alexandro Martello, G1, Brasília

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta quarta-feira (25) para definir a taxa básica de juros e a estimativa de analistas do mercado é de que a Selic será reduzida dos atuais 8,25% para 7,5% ao ano.
Se confirmada essa previsão, será o nono corte consecutivo nos juros básicos da economia, o que levará a taxa ao menor patamar desde abril de 2013, ou seja, em pouco mais de quatro anos.
Nesse patamar, a taxa também ficaria muito próxima da mínima histórica, de 7,25% ao ano, que vigorou entre outubro de 2012 e abril de 2013.
A estimativa dos analistas é que o juro continue a recuar nos próximos meses, chegando a 7% ao final deste ano, e permanecendo neste patamar até o final de 2018.



A definição da taxa de juros pelo BC tem como foco o cumprimento da meta de inflação, fixada todos os anos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Para 2017 e para 2018, a meta central de inflação é de 4,5%, com intervalo de tolerância de dois pontos percentuais, de modo que o IPCA pode variar entre 3% e 6% nestes anos sem que a meta seja formalmente descumprida.
Normalmente, quando a inflação está alta o BC eleva a Selic na expectativa de o encarecimento do crédito freiar o consumo e, com isso, a inflação cair. Essa medida, porém, afeta a economia e gera desemprego.
Quando as estimativas para a inflação estão em linha com as metas predeterminadas pelo CMN, o BC reduz os juros. É o que está acontecendo neste momento.
Após uma longa recessão, a economia dá sinais de reaquecimento, mas os preços ainda seguem comportados por conta, também, de boas safras agrícolas.
De janeiro a setembro, segundo o IBGE, a inflação oficial, medida pelo IPCA, ficou em 1,78%, bem abaixo dos 5,51% em igual período do ano passado. Foi a menor inflação acumulada até setembro desde 1998.
Para 2017, o mercado financeiro prevê que a inflação ficará em 3,06%, abaixo da meta de 4,5% fixada pelo CMN para este ano. A meta central de inflação não é atingida no Brasil desde 2009.
Rendimento da poupança
Com o recuo da taxa básica de juros nesta quarta-feira, o rendimento da poupança também deve ficar menor a partir desta quinta (26).
Isso porque a regra atual, em vigor desde maio de 2012, prevê corte nos rendimentos da poupança quando a Selic ficar abaixo de 8,5%.
Nessa situação, a correção anual das cadernetas fica limitada a um percentual equivalente a 70% da Selic, mais a Taxa Referencial, calculada pelo BC. A norma vale apenas para depósitos feitos a partir de 4 de maio de 2012.
Se o juro básico da economia recuar para 7,5% ao ano, a partir desta quinta a correção da poupança passaria a ser de 70% desse valor - o equivalente a 5,25% ao ano, mais Taxa Referencial.
O rendimento da poupança pode ficar ainda menor caso o Copom promova novos cortes na Selic nos próximos meses - analistas consultados pelo BC estimam que os juros básicos terminem 2017 em 7% ao ano.
No fim do ano passado, dado mais recente, o país tinha mais de 148 milhões de contas poupança ativas, que concentravam R$ 658 bilhões. Em setembro deste ano, o valor já havia subido para R$ 694 bilhões.
Por que a regra mudou?
Desde 1991, a poupança rende, ao menos, 0,5% ao mês (6,17% ao ano), mais a Taxa Referencial, com exceção de um período entre maio de 2012 e julho de 2013, quando os juros básicos da economia também ficaram abaixo de 8,5% ao ano.
A medida visa evitar que a poupança fique mais atrativa que os demais investimentos, cujos rendimentos caem junto com a Selic. Sem o redutor, a poupança passaria a atrair recursos de grandes poupadores, que deixariam de comprar títulos públicos.
Se isso acontecesse, um dos prejudicados seria o governo, que teria dificuldades para fazer a chamada "rolagem" da dívida pública, ou seja, a emissão de títulos públicos pelo Tesouro Nacional para pagar os papéis que estão vencendo.

ANP. REUTERS. 25 DE OUTUBRO DE 2017. ENERGIA. Leilões do pré-sal devem atrair forte competição entre gigantes do petróleo
Por Marta Nogueira e Luciano Costa

RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - Os leilões de áreas do pré-sal no Brasil agendados para sexta-feira prometem atrair forte competição entre as maiores petroleiras do mundo, com previsão de formação de consórcios para disputar as áreas mais concorridas, o que pode garantir uma maior arrecadação futura ao governo brasileiro quando os vencedores da disputa iniciarem a produção.

Ganha a licitação quem oferecer o maior percentual de petróleo que será produzido nas áreas ao governo brasileiro, conforme o regime de partilha definido para o pré-sal.

Além disso, as oito áreas que serão leiloadas em dois leilões podem render ao governo brasileiro, de saída, um bônus de assinatura de 7,75 bilhões de reais, caso todas sejam arrematadas.

A expectativa do mercado é de que empresas que já atuam no pré-sal, como Shell, Statoil e Petrobras, façam ofertas.

A petroleira brasileira, a propósito, não necessariamente ficará restrita a lances em áreas em que já exerceu o direito de preferência, e irá atuar em parcerias, disse na terça-feira Pedro Parente, presidente da Petrobras, após a abertura do evento do setor OTC Brasil, no Rio de Janeiro.

Além disso, especialistas acreditam em lances também da chinesa CNOOC e da francesa Total, que são sócias em Libra, no pré-sal, e da norte-americana ExxonMobil, que foi um dos destaques na 14ª Rodada em regime de concessão, no final de setembro, quando arrematou áreas em parceria com a Petrobras.

“Não tem como esse leilão dar errado”, afirmou à Reuters a ex-diretora-geral da agência reguladora ANP Magda Chambriard, destacando que as características do pré-sal são únicas no mundo e devem atrair investimentos mesmo em um cenário de baixos preços do petróleo.

“O pré-sal é a grande fronteira de petróleo novo no mundo, fora o petróleo de xisto nos Estados Unidos... e as áreas que serão leiloadas são o coração do pré-sal... são altamente promissoras”, disse o vice-diretor do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEE-USP), Ildo Sauer.

Ex-diretor de Gás e Energia da Petrobras no governo Lula, Sauer é contra a realização do leilão do pré-sal, que será o primeiro sob o governo do presidente Michel Temer e deverá atrair, além de grande interesse de investidores, alguma polêmica, com expectativa de protestos de sindicatos no dia da disputa.

Sob Temer, houve mudanças na direção da ANP e em questões regulatórias que atraíram a ira de sindicatos de petroleiros e partidos de esquerda, mas despertaram um maior apetite dos investidores globais.

“A percepção do investidor estrangeiro sobre o Brasil hoje, no que diz respeito a óleo e gás, mudou radicalmente em um ano e meio... o alinhamento com a indústria mudou o ambiente de negócios”, afirmou o advogado do escritório Vieira Rezende Alexandre Calmon.

Para o conselheiro emérito do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), que representa as petroleiras no Brasil, João Carlos De Luca, o Brasil está retomando a posição que tinha de interesse global das empresas.

“Nos últimos anos, não estava se falando muito de Brasil por causa da falta de oportunidades e nós estamos recuperando isso agora. O potencial (do pré-sal) é incomparável. Todas as empresas querem ter a oportunidade de estar no pré-sal”, disse ele, que também é diretor-geral da OTC Brasil, o congresso de óleo e gás que acontece nesta semana no Rio de Janeiro.

Outras mudanças regulatórias importantes para atrair os investidores foram um afrouxamento das regras de conteúdo local e a ampliação do regime aduaneiro diferenciado para o setor de petróleo e gás natural, chamado Repetro.

REGRA ATRAI

Entre as principais mudanças aprovadas no governo Temer para o setor de petróleo, está a abertura para que empresas privadas participem pela primeira vez em um leilão do pré-sal como operadoras.

A Petrobras, antes obrigada a entrar como operadora nas licitações do pré-sal, agora pode exercer apenas um direito de preferência, o que a estatal fez no caso de três áreas que serão oferecidas: Sapinhoá, Peroba e de Alto de Cabo Frio - Central.

Nas áreas onde a estatal não exerceu preferência para operar, especialistas ouvidos pela Reuters acreditam no interesse de grandes empresas internacionais, principalmente daquelas que já atuam nas proximidades.

“As empresas que vão participar são as que já têm know-how. A Petrobras tem, é um sócio bom de ter, que domina a tecnologia, mas tem outras. As grandes, como Statoil, a própria Exxon, a Total, a Shell, têm essa capacidade”, disse o sócio da área de óleo e gás da KPMG, Manuel Fernandes. Ainda assim, Magda, ex-ANP, acredita que haverá disputa entre as companhias para fazer parceria com a Petrobras.

“Quando essas empresas vão para um país onde tem uma operação predominante, elas querem sim estar junto da operação predominante... (por causa de conhecimento técnico) e por força política também... Eu acho que a principal força vai ser mesmo a Petrobras como operadora”, disse ela, atualmente consultora da área de energia da Fundação Getulio Vargas (FGV).

ÁREAS E EXPECTATIVA

Dentre as áreas mais promissoras, o prospecto de Peroba, na Bacia de Santos, pode conter 5,3 bilhões de barris de petróleo “in situ” e o de Pau Brasil, também em Santos, 4,1 bilhões de barris, segundo estimativas da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

No caso da área unitizável de Gato do Mato, que tem a expectativa de conter 203 milhões de barris “in situ”, a Shell é apontada por analistas como possível interessada, por operar o ativo adjacente.

No caso de Carcará, tida como uma das mais atrativas, podendo conter cerca de 2,2 bilhões de barris “in situ”, a Statoil deverá apresentar proposta como já anunciou em declarações anteriores. Outras empresas também são esperadas.

A área unitizável de Tartaruga Verde, por sua vez, é apontada como a de menor interesse, podendo conter cerca de 160 milhões de barris. A Petrobras opera a área adjacente e tem buscado um interessado para comprá-la.

“As perspectivas são positivas. É sempre muito especulativo, mas vejo boas chances de realmente o leilão ser bem-sucedido e conseguir vender tudo”, disse o sócio da área de petróleo do escritório de advogados Souza Cescon, Rafael Baleroni.

Para o pesquisador do Grupo de Economia da Energia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Edmar Almeida, as novas regras e boas áreas ofertadas devem gerar disputa e ajudar a alavancar a oferta de óleo lucro para o governo.

“Estamos falando de empresas grandes, os valores envolvidos são muito altos, a tendência é ter... poucos consórcios liderados por grandes empresas. São 16 empresas inscritas (nos dois leilões), mas não serão 16 consórcios... Então estamos falando de uns dois ou três consórcios disputando cada área”, apontou.

Na primeira e única rodada do pré-sal realizada até hoje, em 2013, a área de Libra recebeu apenas uma oferta, liderada pela Petrobras.

Mas Almeida ressaltou que poucas empresas são gigantes a ponto de poder operar um ativo no pré-sal, o que faz com que mesmo poucos consórcios já representem um sucesso para o certame.

Com reportagem adicional de Alexandra Alper

ANP. SHELL. REUTERS. 25 DE OUTUBRO DE 2017. ENERGIA. ENTREVISTA: Shell diz que pode bombear petróleo do pré-sal por menos de US$40/barril
Por Simon Webb e Alexandra Alper

SÃO PAULO (Reuters) - A Shell participará dos leilões do pré-sal na próxima sexta-feira e está confiante de que pode bombear o petróleo dos campos de águas profundas por menos de 40 dólares por barril, disse um alto executivo da companhia.

O Brasil realizará na sexta-feira seu primeiro leilão em pré-sal em quatro anos. Os oito blocos em oferta detêm bilhões de barris em reservas e, pela primeira vez, o país permitirá que petroleiras estrangeiras sejam operadoras dos campos da região, e não só a Petrobras.

A Shell avalia que pode bombear o petróleo desses campos do pré-sal abaixo do custo de equilíbrio considerado pela empresa, de 40 dólares por barril, disse à Reuters o vice-presidente executivo da divisão de águas profundas da companhia, Wael Sawan.

A alta qualidade e o volume de produção que os poços do pré-sal podem proporcionar os tornam uma proposta atraente, disse ele.

“Acho que o Brasil realmente tem um subsolo naturalmente abençoado, que lhe permite competir com o melhor do que está lá fora no mundo”, comentou ele no intervalo de uma conferência de petróleo no Rio de Janeiro.

Sawan preferiu não dar detalhes sobre quais blocos a Shell estaria interessada ou se a companhia daria lances com empresas parceiras.

Reformas no Brasil realizadas sob o governo do presidente Michel Temer tornaram as reservas de petróleo algo mais atraente, disse Sawan. Se a Shell não pudesse produzir o óleo abaixo de 40 dólares por barril, não seria capaz de operar os blocos, acrescentou.

Como outras empresas de petróleo, a Shell cortou os custos desde que os preços da commodity caíram a partir de 2014 e reduziu a participação em campos petrolíferos de maior custo.

A Shell é a segunda maior produtora de petróleo do Brasil e principal parceira da Petrobras na produção do pré-sal.

Seu projeto em Libra, um bloco que a Shell ganhou como parte de um consórcio no primeiro leilão do pré-sal, em 2013, deve produzir o primeiro petróleo, ainda em teste, em novembro ou dezembro, disse o executivo. Isso ocorre alguns meses após julho, data originalmente programada.

A Petrobras é a operadora desse projeto, e a francesa Total e as chinesas CNOOC e CNPC também estão no consórcio.

GOLFO DO MÉXICO

A Shell tomará uma decisão final sobre investimento em seu projeto bilionário Vito, no Golfo do México dos Estados Unidos, em 2018, disse Sawan.

“Estamos bem avançados no projeto, testando onde o mercado está, e, em última análise, a decisão virá em 2018, seja sim ou não”, afirmou.

Se a Shell prosseguir com o projeto, o Vito se tornaria um centro de produção para a empresa na região, disse ele.

A Shell também estaria interessada em desenvolver projetos de energia no leste do Golfo do México se a administração do presidente dos EUA, Donald Trump, acabar com a moratória sobre a perfuração na área, disse ele.

Trump assinou uma ordem executiva em abril com o objetivo de abrir mais terrenos offshore para o leasing de petróleo e gás, levando a uma revisão que poderia levantar as proibições de perfuração no leste do Golfo do México, entre outras áreas.

“Temos apetite e estamos interessados”, disse Sawan.

OPEP. REUTERS. 25 DE OUTUBRO DE 2017. ENERGIA. Rússia diz que pode produzir mais petróleo em 2018 se acordo da Opep não for prorrogado

MOSCOU (Reuters) - A Rússia aumentará sua produção anual de petróleo para um intervalo entre 3,5 e 4,0 milhões de toneladas em 2018, se o acordo para cortar a produção das nações da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e de outros não membros não for prorrogado, disse nesta quarta-feira o ministro russo de Energia, Alexander Novak.

A produção de petróleo da Rússia está oficialmente prevista em 547 milhões toneladas para este ano e o próximo.

Por Oksana Kobzeva

CHEVRON. REUTERS. 25 DE OUTUBRO DE 2017. ENERGIA. Chevron corta custos no Brasil e eleva nível de eficiência, diz presidente

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A petroleira Chevron fez um esforço para reduzir seus custos no Brasil, em um período de baixa na cotação do petróleo, o que permitiu uma elevação do seu nível de eficiência em 2,2 pontos percentuais entre 2015 e 2017, disse nessa quarta-feira o presidente da empresa no Brasil, Javier La Rosa.

Segundo dados publicados pelo executivo durante uma palestra na OTC Brasil, versão brasileira de um dos maiores congressos de petróleo do mundo, esse patamar subiu de 95,6 para 97,8 por cento no período.

La Rosa, no entanto, não explicou em detalhes como calcula seu nível de eficiência.

Para justificar a melhoria, o executivo citou melhoras de performance em operações, contratos, logística, além de adoção de novas tecnologias e técnicas de inovação.

“Um dos focos foi a redução dos custos de operação e tivemos redução de 45 por cento nos últimos dois anos trabalhando com parceiros, contratos ajustados, logística, tecnologia e inovação”, disse ele, durante sua palestra.

O executivo afirmou em sua palestra que o Brasil é uma oportunidade para as empresas de petróleo, mas citou como desafios a exploração em águas profundas e os custos mais elevados.

“As empresas olham para Brasil por conta de reservas, mas olham para outros portifólios no mundo também para suas decisões”, frisou La Rosa.

O executivo da empresa norte-americana deixou o local sem dar entrevistas.

Por Rodrigo Viga Gaier

UNICA. 25/10/2017. INTERNACIONAL. ENERGIA. FIM DAS COTAS DE AÇÚCAR NA UE GERA EXPECTATIVAS

Com estoques e preços baixos em função do excedente na oferta mundial de açúcar e observando um crescimento vegetativo na demanda pelo produto, o mercado ainda avalia os impactos da extinção da cota de produção da commodity na União Europeia (UE). Mas já se percebe alguma apreensão diante da possibilidade de os europeus fabricarem de 2 a 3 milhões de toneladas a mais no ciclo 2017/2018 (1/10/17 a 30/09/18). Para a indústria brasileira, somam-se a esta preocupação duas outras: a divisão das cotas tarifárias entre UE e Reino Unido por conta do Brexit e a inclusão do açúcar no acordo com o Mercosul.

Os temas foram abordados pela assessora sênior da presidência para Assuntos Internacionais da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Géraldine Kutas, durante a 12º edição do Argus Biofuels, entre os dias 17 e 19 de outubro, em Londres. A presença da executiva no evento faz parte de uma parceria entre a entidade sucroenergética brasileira e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) para promover os produtos derivados da cana brasileira no exterior.

UNICA/ DivulgaçãoGeraldine Kutas No primeiro dia da conferência, Kutas palestrou sobre a oferta e a demanda mundial de açúcar e também participou de um painel de debates com o representante da trading londrina Ed&F Man, Eduardo Puertas, e o analista da Ethanol Europe Renewables Ltd., James Cogan.

“O mais importante em relação ao fim das cotas de produção de açúcar na EU é que os europeus poderão não somente fabricar o quanto eles quiserem, mas também exportar o que eles bem entenderem. Ocorre, porém, que este volume a ser comercializado não poderá receber subsídio à exportação, pois já existe um limite de 1.37 milhão de toneladas registrado na Organização Mundial do Comércio (OMC) para isso. A grande incógnita, portanto, é saber o que a UE fará”, explica a executiva da UNICA acrescentando que Brasil e Tailândia, e até certo ponto Índia e Guatemala, são os principais responsáveis pelo aumento das exportações de açúcar nos últimos anos.

Brexit

Durante o painel, Geraldine Kutas também falou sobre o Brexit e as consequências para o açúcar/etanol do Brasil. “Reiterei a oposição do setor sucroenergético brasileiro sobre a divisão das quotas tarifarias entre a UE e o Reino Unido. Tanto a cota Brasil como a cota Erga Omnes (regra geral), preenchida em sua maioria pelo nosso país, foram outorgadas depois de processos de ampliação da UE a outros membros (Finlândia, Romênia, Bulgária e Croácia).

Isso não tem nada a ver com o Reino Unido. De qualquer modo, apenas 4% das exportações brasileiras para o bloco europeu foram para o os Reino Unido nos últimos 3 anos. Portanto, essa divisão não faz sentido”, ressalta a representante da UNICA.

Mercosul

Kutas também insistiu na necessidade de incluir o açúcar brasileiro no acordo Mercosul-UE. Desde 2004 o produto tem ficado de fora da proposta europeia. “A Europa ofereceu uma quota de açúcar para todos seus parceiros comerciais com quem assinou acordos de livre comércio nos últimos anos. Não tem razão para excluir o açúcar do Brasil da negociação com o Mercosul”, enfatiza.

No início de outubro, os europeus apresentaram proposta com cotas de importação somente para o etanol (600 mil toneladas) e a carne (70 mil toneladas). Além de deixar o açúcar de fora, a oferta foi bastante criticada pelos produtores nacionais devido aos parâmetros estabelecidos pelos representantes da Europa, considerados muito abaixo de um nível aceitável pelos brasileiros. A expectativa é que as negociações sejam concluídas até o final deste ano.

FGV. IBRE. 25-Out-2017. Sondagens e Índices de Confiança. Sondagem do Consumidor. Confiança do Consumidor sobe e retorna ao nível anterior à crise política

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas subiu 1,4 ponto em outubro, atingindo 83,7 pontos, maior nível desde maio de 2017 (84,2). Em relação ao mesmo período no ano anterior, o índice avançou 3,9 pontos.

“A recuperação mais consistente da economia fez com que a confiança do consumidor retornasse ao nível anterior à crise política. Na comparação com indicadores empresariais, no entanto, a confiança do consumidor ainda é baixa, sinalizando cautela diante dos níveis elevados de incerteza. Os resultados sugerem que a melhora do consumo nos últimos meses tem sido sustentada mais pela liberação de recursos do FGTS, queda dos juros e depreciação de bens duráveis que pelo otimismo do consumidor“, afirma Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora da Sondagem do Consumidor.

Em outubro, os consumidores avaliaram mais favoravelmente tanto a situação atual quanto as perspectivas futuras. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu pelo terceiro mês consecutivo e, ao avançar 2,3 pontos atingiu 73,2 pontos, o melhor resultado desde junho de 2015 (74,9). O Índice de Expectativas (IE) avançou pelo segundo mês ao subir 0,7 ponto, para 91,8, nível próximo ao de junho desse ano (91,7).

Os consumidores se mostraram menos insatisfeitos com a situação econômica em geral. Os indicadores que medem as avaliações sobre a situação econômica no momento e no futuro próximo avançaram 2,7 pontos, exercendo influência positiva no índice de confiança deste mês.

Há um aumento da satisfação também em relação às finanças familiares. O indicador que mede as avaliações no momento aumentou 2,0 pontos, para 67,1 pontos, o maior patamar desde agosto de 2015 (70,5). E a despeito de perspectivas mais favoráveis com relação à situação financeira das famílias nos próximos meses, os consumidores continuam cautelosos na hora de planejar suas compras: . O indicador que mede a intenção de compras de bens duráveis recuou pelo quinto mês consecutivo, para 71,3 pontos, nível próximo ao de abril passado (71,1).

Em outubro, a confiança avançou em três das quatro faixas de renda pesquisadas. A maior alta foi registrada nas famílias com renda entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600,00. Para estas, houve melhora tanto da satisfação com a situação atual quanto das expectativas para o futuro próximo. Entre as famílias com renda acima de R$ 9.600,00, o nível de confiança recuou 2,2 pontos, influenciado pelas expectativas negativas em relação ao futuro.

A edição de outubro de 2017 coletou informações de 20 domicílios entre os dias 2 e 21 de outubro.

DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&contentId=8A7C82C55EC04CF1015F52E3801D4F5A

CNC. 24 October, 2017. Intenção de consumo das famílias aumenta 1,4% em outubro

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), alcançou 77,9 pontos em outubro de 2017, em uma escala de 0 a 200. O aumento de 1,4%, na comparação com setembro, representa a maior variação mensal do índice desde março de 2017. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o índice também cresceu 5,4%.“A intenção de consumo das famílias segue em recuperação lenta, porém progressiva. Os sinais de regeneração do mercado de trabalho deverão contribuir para elevar o grau de confiança dos consumidores nos próximos meses, dando sustentabilidade ao ritmo de crescimento das vendas”, analisa Juliana Serapio, assistente econômica da CNC.

Melhora em relação ao emprego

Único subitem acima da zona de indiferença (100 pontos), com 107,4 pontos, o componente Emprego Atual aumentou 0,9% na comparação com o mês anterior. Em relação a outubro do ano passado, também houve melhora de 1,7%. O percentual de famílias que se sentem mais seguras em relação ao emprego atual é de 31,7%, ante 30,7% em setembro.

A percepção das famílias sobre a Renda Atual também apresentou aumento de 1,5% em relação ao mês anterior, a maior variação desde março (2,7%). Na comparação com 2016, o incremento foi de 1,6%.

A preocupação das famílias em relação ao mercado de trabalho aparece no componente Perspectiva Profissional. Com 93,1 pontos, o subitem apresentou queda de 0,9% na comparação mensal e de 5,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Aumento na perspectiva de consumo

O componente Nível de Consumo Atual atingiu 54,5 pontos, um aumento de 0,7% na comparação com o mês anterior e de 14,8% ante outubro do ano passado. A maior parte das famílias declarou estar com o nível de consumo menor que o do ano passado (59,3%, ante 59,6% em setembro).

Mesmo assim, a Perspectiva de Consumo registrou aumento de 5,4% em relação ao mês anterior. Na comparação anual, também houve alta de 16,7%

O item Momento para Duráveis apresentou incremento de 2,3% na comparação mensal. Em relação a 2016, o componente teve aumento de 16,7%. O item Acesso ao Crédito, com 71,7 pontos, registrou aumento de 1,3% na comparação mensal e de 7,4% em relação a outubro de 2016.

O maior fôlego nas vendas em relação ao ano anterior levou a CNC a revisar de +2,2% para +2,8% sua projeção para o desempenho do varejo ampliado ao final deste ano, reforçando, assim, a expectativa do primeiro crescimento anual das vendas do setor desde 2013. Esse cenário se baseia na percepção de que a inflação deverá permanecer livre de pressões neste ano, permitindo que as taxas de juros mantenham a trajetória de queda.

CNC. PORTAL BRASIL. 24/10/2017. ECONOMIA E EMPREGO. Brasil mais forte. Recuperação da economia e do emprego eleva otimismo do brasileiro. Indicador da CNC mostra que as famílias estão mais confiantes no futuro. Melhora do cenário deve impulsionar compras. Indicador da CNC mostra que as famílias estão mais confiantes no futuro. Melhora do cenário deve impulsionar compras

Com a recuperação da economia e do mercado de trabalho, o brasileiro está cada vez mais otimista e disposto a comprar. Em outubro, o índice que mede a intenção de consumo das famílias registrou alta de 1,4% e alcançou os 77,9 pontos. Os dados são da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e foram divulgados nesta terça-feira (24).

Os números da pesquisa mostram, ainda, que frente a outubro do ano passado, o indicador registrou crescimento ainda mais expressivo: avançou 5,4%. “A intenção de consumo das famílias segue em recuperação lenta, porém progressiva”, explicou a assistente econômica da CNC, Juliana Serapio.

Praticamente todos os elementos avaliados na pesquisa para formar o indicador apresentaram melhora em outubro. Um dos destaques é a avaliação sobre o emprego atual. Esse componente do indicador chegou aos 107,4 pontos e apresentou alta de 0,9% no mês.

Melhora do emprego

Na prática, esse componente que avalia o emprego atual mostra que o brasileiro está confiante de permanecer na mesma empresa nos próximos meses, uma segurança que dá estabilidade para planejar e fazer compras de maior importância ou financiadas.

“Os sinais de regeneração do mercado de trabalho deverão contribuir para elevar o grau de confiança dos consumidores nos próximos meses, dando sustentabilidade ao ritmo de crescimento das vendas”, afirmou a assistente econômica da CNC.

Previsões para o comércio

A CNC também informou que a melhora do cenário levou a entidade a rever a projeção para as vendas do ano: passou de uma alta de 2,2% para 2,8%. Caso esse número se confirme, será o primeiro crescimento anual do comércio desde 2013.

MPOG. 24/10/2017. Consumo é fundamental para a retomada do crescimento econômico, afirma Dyogo Oliveira. Ministro esteve na noite desta terça-feira (24) no III Fórum Nacional do Comércio e apresentou medidas do Governo para recuperação do varejo

O saque das contas inativas do FGTS, a facilitação na concessão de crédito e a diferenciação nos preços dos produtos dependendo da forma de pagamento, foram as principais iniciativas do governo federal para a retomada do consumo, de acordo com o ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP), Dyogo Oliveira. O ministro esteve na noite desta terça-feira (24) na abertura do III Fórum Fórum Nacional do Comércio e detalhou medidas para a recuperação do varejo.

O ministro destacou os baixos índices de inflação e a queda dos juros dos últimos meses como favoráveis ao ambiente de negócios e reforçou a importância do varejo na recuperação econômica e no crescimento do PIB. “Setores do varejo mais relacionados ao crédito se destacaram. Material de construção, móveis, eletrodomésticos, veículos e motos registraram altos índices de consumo. Também entre janeiro e agosto de 2017, houve crescimento de R$ 19 bilhões no crédito para pessoa física, sendo R$ 17,5 bilhões relativos somente ao crédito consignado”, comentou.

Fórum Nacional do Comércio

Criado em 2013 pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o Fórum Nacional do Comércio objetiva criar momentos de discussão sobre a economia do País, além de ampliar o debate para a esfera política, econômica e institucional, com o firme propósito de submeter ao poder público propostas que redirecionem a política econômica para assegurar maior competitividade às empresas dos setores de Comércio e Serviços.

Com 27 Federações Estaduais e mais de 1.500 Câmaras de Dirigentes Lojistas em todo o Brasil, o Sistema CNDL incentiva suas empresas associadas a participarem do III Fórum Nacional do Comércio, visando adquirir o conhecimento de novas técnicas utilizadas para fomentar os negócios, a troca de informações e experiências melhorando ainda mais a articulação institucional. O público alvo participante do evento é formado por lojistas, com ampla potencialidade para mobilizar a realização de negócios.

USP. FIPE. 25 DE OUTUBRO DE 2017. IPC-Fipe avança 0,22% na 3ª quadrissemana de outubro

SÃO PAULO (Reuters) - O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo registrou alta de 0,22 por cento na terceira quadrissemana de outubro, depois de subir 0,16 por cento na segunda prévia do mês, de acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

O IPC-Fipe mede as variações quadrissemanais dos preços às famílias paulistanas com renda mensal entre 1 e 10 salários mínimos.

Por Camila Moreira

IBÁ. REUTERS. 25 DE OUTUBRO DE 2017. CELULOSE. Produção de celulose do Brasil cai 4,2% em setembro

SÃO PAULO (Reuters) - A produção das fábricas de celulose do Brasil recuou 4,2 por cento em setembro sobre o mesmo período do ano passado, para 1,582 milhão de toneladas, com as exportações do insumo recuando 0,6 por cento, informou nesta quarta-feira a associação que representa o setor, Ibá.

Na comparação com agosto, a produção de setembro subiu cerca de 2,72 por cento, segundo os dados da Indústria Brasileira de Árvore (Ibá).

Na véspera, o presidente-executivo da Fibria, maior empresa do setor, afirmou que a empresa reduziu capacidade de produção de sua fábrica em Aracruz (ES) para o quarto trimestre, algo que também vai se repetir ao longo de 2018, por conta de custos de captação de madeira para a unidade.

Segundo o Ibá, no acumulado de 2017 até o final de setembro, a produção de celulose tem alta de 2,7 por cento sobre um ano antes, para 14,3 milhões de toneladas. As exportações têm avanço de 4,2 por cento, para 10 milhões de toneladas.

Já a produção de papel subiu 3,4 por cento em setembro sobre um ano antes, para 893 mil toneladas. O insumo voltado para embalagem teve produção praticamente estável, com oscilação positiva de 0,9 por cento, e o direcionado para imprimir e escrever teve crescimento 4,3 por cento.

As vendas de papel no Brasil subiram 0,8 por cento em setembro, para 476 mil toneladas, enquanto a exportações recuaram 6,6 por cento, a 169 mil toneladas.

O Ibá informou ainda que as vendas domésticas de painéis de madeira, insumo usado na construção civil, tiveram alta de 9 por cento em setembro sobre um ano antes, para 547 mil toneladas. As exportações do produto cresceram 7,8 por cento, para 97 mil toneladas.

Por Alberto Alerigi Jr.

OMC. ABPA. REUTERS. 25 DE OUTUBRO DE 2017. Indústria diz que Indonésia optou por não contestar decisão da OMC sobre frango

SÃO PAULO (Reuters) - A Indonésia optou por não apelar de uma decisão favorável da Organização Mundial do Comércio (OMC) dada ao Brasil sobre bloqueios comerciais impostos pelo país asiático à carne de frango nacional, disse nesta quarta-feira a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

O relatório a favor do Brasil foi publicado em 17 de outubro, com a OMC recomendando a alteração da legislação e das práticas protecionistas do governo da Indonésia, um grande mercado potencial do produto brasileiro.

A indústria do Brasil, maior exportador mundial de carne de frango, tem entre os principais “players” a BRF, JBS e Aurora Alimentos.

Sem a apelação, a ABPA estima que o processo de viabilização dos embarques de carne de frango para a Indonésia terá o prazo reduzido em, pelo menos, seis meses da previsão inicial --considerando 60 dias para a apresentação da apelação, 90 dias para a análise do pedido pelo Órgão de Apelação, e outros prazos dentro da tramitação.

A próxima etapa será a implementação da decisão, o que deverá ocorrer a partir do final de novembro, acrescentou a entidade.

“Após quase 10 anos de tratativas, temos um horizonte positivo para a concretização de exportações para este mercado. Esta é uma vitória que atende, também, às expectativas da população indonésia... Quando finalmente concluída as negociações, esperamos auxiliar na segurança alimentar dos indonésios”, disse o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra, em nota.

O consumo per capita anual de carne de frango na Indonésia é de 6,3 quilos, abastecido em sua totalidade pela produção local. Em 2016, os indonésios produziram 1,64 milhão de toneladas da proteína, disse a ABPA.

O Brasil também é o maior produtor e exportador global de frango halal, voltada aos mercados muçulmanos, exatamente como o indonésio.

Por José Roberto Gomes

IIF. REUTERS. 25 DE OUTUBRO DE 2017. Dívida mundial é 3 vezes maior que produção econômica em momento de alta de juros por BCs

LONDRES (Reuters) - A dívida mundial subiu para um recorde de 226 trilhões de dólares --mais de três vezes a produção econômica anual global-- e empresas em mais países estão tendo dificuldades para pagar juros das dívidas, mostrou um estudo, em um momento em que os principais bancos centrais se preparam para dar fim a políticas de crédito barato.

A expectativa é de que os mercados mundiais recebam a confirmação durante a próxima semana de que a normalização das taxas de juros globais em relação aos níveis extraordinariamente baixos adotados para compensar as consequências da crise de crédito de 2009 não é mais um fenômeno apenas dos Estados Unidos.

O Banco Central Europeu adotará cortes a seu programa de estímulo de 2 anos e meio na quinta-feira e o banco central britânico deve elevar os pela primeira vez em uma década. Isso enquanto o Federal Reserve, banco central dos EUA, caminha para a terceira alta neste ano.

Anos de dinheiro barato de bancos centrais impulsionaram os mercados acionários mundiais para novos recordes. Mas outro efeito colateral foi o crescimento explosivo do crédito, já que as famílias, as empresas e os governos se aproveitaram dos custos bastante baixos de empréstimos.

A dívida global agora equivale a 324 por cento da produção econômica anual mundial, informou o Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) em um relatório nesta quarta-feira.

O relatório do IIF também destacou riscos em mercados emergentes que tomaram empréstimos em moedas como euros e dólares.

Ele calcula que em torno de 1,7 trilhão de dólares precisam ser refinanciados ou pagos antes do final de 2018 em economias em desenvolvimento. Os juros de tais dívidas ficarão mais altos se as moedas se fortalecerem e as taxas subirem.

Por Marc Jones

EMBRAER. PORTAL G1. 25/10/2017. Embraer anuncia venda de seis Super Tucanos para a Força Aérea dos EUA. Aeronave militar vai ser empregada em missões dos americanos no Afeganistão.
Por G1 Vale do Paraíba e Região

A-29 Super Tucano é usado por 13 forças aéreas no mundo (Foto: Divulgação/Embraer)
A-29 Super Tucano é usado por 13 forças aéreas no mundo (Foto: Divulgação/Embraer)

A Embraer anunciou nesta quarta-feira (25) a venda de seis aeronaves A-29 Super Tucano para a Força Aérea dos Estados Unidos. Os aviões vão ser usados como reforço das ações militares dos americanos no Afeganistão. A fabricante brasileira já vendeu outros 20 Super Tucanos para os EUA.
A empresa não divulgou o valor da transação e os prazos de entrega, mas informou que o início da produção será imediata e irá ocorrer em Jacksonville, na Flórida. O modelo será produzido em parceria com a Sierra Nevada Corporation.
O anúncio de novo contrato acontece depois da apresentação do modelo em um evento no Novo México, em julho deste ano. Diante da necessidade de compra, a força aérea norte americana convidou empresas para apresentação de desempenho das aeronaves militares.
Em 2014, a Força Aérea norte americana já havia adquirido 20 unidades do modelo da Embraer. O contrato de US$ 428 milhões previa a entrega dos Super Tucanos, manutenção e fornecimento de peças.
O A-29 Super Tucano está em operação no Afeganistão desde o início de 2016. O modelo tem tecnologias em sistemas eletrônicos, eletro-ópticos, infravermelho, laser, sistemas de rádios e capacidade de armamento.
De acordo com a Embraer, o Super Tucano é usado por 13 forças aéreas no mundo e possui mais de 320 mil horas de voo e mais de 40 mil horas de combate.

BOMBARDIER. BOEING. AIRBUS. REUTERS. 25 DE OUTUBRO DE 2017. Canadá mediou acordo com Airbus enquanto Bombardier negociava com chineses

MONTREAL/PARIS (Reuters) - O governo canadense encorajou a Bombardier a fazer um acordo com a Airbus para seus aviões CSeries para frustrar um possível acordo com chineses, segundo cinco pessoas familiarizadas com o assunto.

Ottawa sinalizou preferência pelo Airbus após a Bombardier não conseguir chegar a um acordo com a Boeing para participação nos aviões CSeries, de acordo com as fontes. O papel do governo canadense não era conhecido até agora.

O governo do primeiro-ministro Justin Trudeau assumiu um risco calculado ao direcionar a Bombardier para a Airbus, de acordo com as fontes. O acordo ajudou a salvar o programa CSeries de 6 bilhões de dólares da Bombardier e provavelmente resolveu uma disputa comercial com os Estados Unidos.

A empresa canadense considerou uma parceria chinesa já em 2015, depois que as conversações sobre uma possível fusão com a Airbus se tornaram públicas e foram encerradas. Este ano, à medida que as negociações com a Boeing sobre uma parceria para o CSeries esfriou e as preocupações com o futuro do programa crescendo, o interesse da Bombardier num acordo com a China se intensificou, disseram duas fontes.

A perspectiva de acordo com a China preocupou o governo canadense, que acreditava que empregos ou tecnologia poderiam migrar para a China. Ottawa também expressou desconforto sobre o que alguns viram como insuficientes medidas chinesas contra o roubo de propriedade intelectual.

Numa série de ligações para a empresa em agosto e setembro, o ministro da Inovação, Navdeep Bains, e o ministro do Comércio, Francois-Philippe Champagne, bem como funcionários do gabinete de Trudeau, pediram à Bombardier que entrasse em contato com a Airbus, disseram as duas fontes.

“Para o governo federal, qualquer coisa é melhor do que uma ligação com a China”, de acordo com fonte, dizendo que o governo sugeriu à Bombardier que o presidente-executivo, Alain Bellmare, conversasse com o CEO da Airbus, Tom Enders.

Ottawa está pressionada para ter vínculos econômicos mais próximos com Pequim. Preocupado com as ameaças de Washington de eliminar o acordo comercial do Nafta, o Canadá quer reforçar as relações com a China, a fim de reduzir sua forte dependência das exportações para os EUA. Ottawa e Pequim seguem conversando.

Por Allison Lampert e Tim Hepher

CNI. 24 de Outubro de 2017. Brasil leva 4,5 anos em média para promulgar acordos negociados com outros países. Levantamento da CNI mostra que 27 tratados internacionais assinados pelo Brasil entre 2003 e 2017 se arrastam pela burocracia até serem incluídos na legislação brasileira

Acordos internacionais assinados pelo governo brasileiro levam, em média, 1.590 dias entre a foto oficial e a entrada em vigor no direito interno. São mais de quatro anos tramitando na burocracia do Estado. O prazo é muito longo e impede que o setor produtivo se beneficie rapidamente de acordos de livre comércio, facilitação de investimentos e tratados para acabar com a dupla tributação ou reduzir em mais de 60% o custo com expatriados. É o que mostra levantamento inédito feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A CNI mapeou a tramitação de 27 acordos internacionais firmados pelos Brasil entre 2003 e 2017, que são críticos para a competitividade da economia brasileira. Destes, somente 18 foram promulgados até o momento. Os outros nove passaram pelo Congresso e aguardam o decreto presidencial. Fase que, em média, leva um ano.

“O Executivo consome muito tempo apenas com procedimentos burocráticos, pois não há mudança a ser feita no acordo após sua assinatura. Apenas o Legislativo pode deliberar se aprova ou não o texto”, explica o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi.

O processo de internacionalização tem três etapas e pelo menos dois gargalos. Assim que assinado, o acordo é encaminhado para o Executivo, onde fica cerca de um ano dando voltas pelos ministérios, somente para conhecimento dos envolvidos. Na segunda etapa, a Casa Civil encaminha mensagem ao Congresso, onde fica, em média, 808 dias, em análise. Uma vez aprovado, o decreto legislativo volta para o Executivo, onde passa outro ano até ser promulgado.

Segundo Abijaodi, é praticamente impossível acompanhar a tramitação dos acordos no Executivo, pois ao contrário do Legislativo e do Judiciário, não há processos de acompanhamento online. “É pouco transparente. Às vezes nos informam que está num ministério x, mas está no y parado há mais de um mês”, diz o diretor.

A longa caminhada pela qual passam os acordos brasileiros dentro do governo se torna ainda mais grave quando há prazo de implementação após a entrada em vigor. Um exemplo é o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, que começou a ser negociado em 1995. Se ele for assinado em dezembro de 2017, ele será internalizado em 2022. Com prazo de desgravação – redução do imposto de importação – de 10 anos, os efeitos totais só serão vistos em 2032.

EXEMPLOS – Entre os parceiros do Brasil no Mercosul, o trâmite é mais acelerado. No caso do Acordo de Comércio Preferencial entre Mercosul – Índia, assinado em 19 de março de 2005, ele foi aprovado pelo Parlamento do Paraguai em 11 de novembro de 2005. No Brasil, o Executivo só encaminhou a mensagem ao Congresso em outubro daquele ano. O decreto legislativo foi publicado em 4 de setembro de 2008 e o decreto presidencial só foi assinado em 1º de junho de 2009.

Há casos extremos como o Acordo de Comércio Preferencial Mercosul-SACU que levou sete anos e um mês para entrar em vigor. Os presidentes dos dois blocos assinaram o acordo em 3 de abril de 2009. O governo do Uruguai, por exemplo, promulgou o acordo em 30 de setembro de 2011. No Brasil, a Casa Civil só encaminhou a mensagem para o Congresso mais de um ano depois, em 14 de abril de 2010. O Congresso aprovou o texto, mas o Itamaraty identificou, pós-aprovação, mais de duas centenas de erros de tradução do inglês para o português. O documento voltou para o Congresso e só foi internalizado em 4 de abril de 2016.

O acordo para evitar dupla tributação (ADT) entre Brasil e Rússia passou 12 anos e 11 meses para ser promulgado. O Congresso também precisou apreciá-lo duas vezes, pois o Executivo encaminhou o documento faltando uma das páginas do anexo 1. O ADT entre Brasil e Venezuela levou nove anos e 11 meses para ser aprovado.

Por Adriana Nicacio
Infografia animada: Daniel Castro
Da Agência CNI de Notícias

ABIMAQ. REUTERS. 25 DE OUTUBRO DE 2017. Faturamento da indústria de máquinas e equipamentos recua 5,7% em setembro, diz Abimaq

SÃO PAULO (Reuters) - O faturamento do setor de máquinas e equipamentos do Brasil em setembro caiu 5,7 por cento ante o mesmo mês do ano passado, para 5,82 bilhões de reais, informou nesta quarta-feira a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

O resultado também levou a uma piora no desempenho do setor em 2017. No acumulado do ano até setembro, a indústria de máquinas e equipamentos sofreu queda de 4,5 por cento nas vendas, ante recuo de 4,3 por cento até agosto.

As exportações, que têm sido vistas pela indústria como uma possível saída para a diminuição dos investimentos no país, foram destaque no mês, apresentando alta de 32,8 por cento ante setembro de 2016, para 812,95 milhões de dólares.

“Uma das razões pela qual se explica o crescimento das exportações em 2017, além da baixa demanda no mercado doméstico, é a melhora das atividades no mercado internacional”, disse a Abimaq, em nota.

De acordo com dados divulgados pela associação, o índice de ocupação de capacidade instalada subiu em setembro para 73,5 por cento ante 72,1 por cento em agosto. No entanto, a carteira de encomendas do setor se manteve estável, no patamar equivalente a cerca de 2,5 meses de atividade, disse a Abimaq.

Por Natália Scalzaretto


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