US ECONOMICS
FED. PORTL G1. REUTERS. 25/09/2017. Fed deve elevar juros com desaparecimento dos fatores de desaceleração da inflação, diz Dudley. Presidente do Fed de Nova York citou o dólar fraco e o crescimento forte no exterior entre as razões pelas quais ele espera uma atividade econômica ligeiramente acima da média do país e um aumento dos salários.
O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, caminha para aumentar gradualmente as taxas de juros, dado que os fatores da desaceleração da inflação estão "desaparecendo" e os fundamentos da economia do país estão sólidos, disse nesta segunda-feira (25) o presidente do Fed de Nova York, William Dudley.
Dudley, entre os primeiros do Fed a falar publicamente desde a decisão na semana passada de manter os juros, citou o dólar fraco e o crescimento forte no exterior entre as razões pelas quais ele espera uma atividade econômica ligeiramente acima da média do país e um aumento dos salários.
"Com uma tendência de preços de importação mais firme e o desaparecimento dos efeitos de uma série de fatores temporários e idiossincráticos, espero que a inflação avance e se estabilize em torno da meta de 2% do Fed no médio prazo", disse ele a estudantes e professores na Onondaga Community College.
"Em resposta, o Federal Reserve provavelmente continuará a remover a política monetária expansionista gradualmente", acrescentou Dudley, um aliado próximo da chair do Fed, Janet Yellen, e um votante permanente sobre a política monetária.
Os comentários de Dudley foram semelhantes aos de seu discurso no início deste mês e reforçaram a crescente expectativa de que o Fed deve aumentar os juros pela terceira vez neste ano em dezembro.
Dudley lembrou dos três furacões devastadores que atingiram partes do sul dos EUA e do Caribe, observando que seus efeitos devem dificultar a interpretação dos dados econômicos nos próximos meses. Ele disse, no entanto, que os efeitos provavelmente serão de curta duração e observou que tais eventos tendem a impulsionar a atividade econômica à medida que a reconstrução tem início.
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ECONOMIA BRASILEIRA
INDICADORES/INDICATORS
- US ECONOMIC INDICATORS
- US INTERNATIONAL TRADE IN GOODS AND SERVICES
- CANADA INDICATORS
- BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA
- BACEN. BOLETIM FOCUS: RELATÓRIO SEMANAL DE MERCADO (Projeções atualizadas semanalmente pelas 100 principais instituições financeiras que operam no Brasil, para os principais indicadores da economia brasileira)
- BACEN. Indicadores Econômicos Consolidados
- BACEN. Câmbio
- BOVESPA
- INDICADORES DO BANCO MUNDIAL
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BACEN. BOLETIM FOCUS: RELATÓRIO SEMANAL DE MERCADO
(Projeções atualizadas semanalmente pelas 100 principais instituições financeiras que operam no Brasil, para os principais indicadores da economia brasileira)
ANÁLISE
BACEN. PORTAL G1. 25/09/2017. Mercado financeiro prevê, pela 1ª vez, inflação abaixo de 3% neste ano. Se previsão se confirmar, haverá descumprimento da meta de inflação, e BC terá de redigir carta explicando porque isso aconteceu. Estimativa foi feita por analistas do mercado no relatório Focus.
Por Alexandro Martello, G1, Brasília
Os economistas do mercado financeiro reduziram novamente a estimativa de inflação para 2017 e, desta vez, passaram a estimar, pela primeira vez, um IPCA abaixo de 3% para este ano.
As previsões foram coletadas pelo Banco Central na semana passada e divulgadas nesta segunda-feira (25) por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus. Mais de cem instituições financeiras foram ouvidas.
De acordo com o levantamento do BC, a inflação deste ano deve ficar em 2,97%, na mediana. No relatório anterior, feito com base nas previsões coletadas pelo Banco Central na semana retrasada, os economistas estimavam que a inflação ficaria em 3,08%. Foi a quinta redução seguida do indicador de inflação.
A nova previsão mantém a inflação abaixo da meta central para o ano, que é de 4,5%, e, também, abaixo do piso de 3% do sistema brasileiro de metas – algo que, se for confirmado, ocorrerá pela primeira vez no regime de metas, que começou em 1999.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e deve ser perseguida pelo Banco Central, que, para alcançá-la, eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
Pelo sistema brasileiro, a meta central é de 4,5% para este ano e para 2018, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo, de modo que a inflação pode ficar entre 3% e 6% sem que seja formalmente descumprida.
Quando a meta de inflação é descumprida, o presidente do Banco Central, neste caso Ilan Goldfajn, tem de escrever uma carta pública ao ministro da Fazenda explicando as razões para a variação fora da previsão.
Para 2018, a previsão do mercado financeiro para a inflação recuou de 4,12% para 4,08% na última semana. Essa foi a quarta redução consecutiva da estimativa para o próximo ano. O índice segue abaixo da meta central (que também é de 4,5%) e do teto de 6% fixado para o período.
PIB e juros
Para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2017, o mercado financeiro subiu sua estimativa de crescimento de 0,60% para 0,68% na semana passada.
Para 2018, os economistas das instituições financeiras elevaram a estimativa de expansão da economia de 2,20% para 2,30%. Foi a terceira alta seguida no indicador.
As estimativas de crescimento começaram a subir com mais intensidade após a divulgação do resultado do PIB do segundo trimestre deste ano – que avançou 0,2% contra os três primeiros meses deste ano.
O mercado financeiro também manteve sua previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 7% ao ano para o fechamento de 2017. Atualmente, a taxa está em 8,25% ao ano.
Ou seja, os analistas continuaram estimando uma redução dos juros neste ano. Se o patamar previsto de 7% ao ano for atingido no fim de 2017, esse será o menor nível já registrado (até então a menor taxa era de 7,25% ao ano).
Para o fechamento de 2018, a estimativa dos economistas dos bancos para a taxa Selic também ficou estável 7% ao ano. Com isso, continuaram prevendo que os juros ficarão estáveis no ano que vem.
Câmbio, balança e investimentos
Na edição desta semana do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2017 caiu de R$ 3,20 para R$ 3,16. Para o fechamento de 2018, a previsão dos economistas para a moeda norte-americana permaneceu em R$ 3,30.
A projeção do boletim Focus para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), em 2017, subiu de US$ 61,4 bilhões para US$ 62 bilhões de resultado positivo.
Para o próximo ano, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit cresceu de US$ 49,7 bilhões para US$ 50 bilhões.
A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2017, permaneceu em US$ 75 bilhões. Para 2018, a estimativa dos analistas avançou de US$ 75 bilhões para US$ 77,5 bilhões.
BACEN. REUTERS. 25 DE SETEMBRO DE 2017. Economistas veem inflação abaixo do piso da meta em 2017 pela 1ª vez, mostra Focus
SÃO PAULO (Reuters) - A expectativa de economistas para a inflação neste ano foi pela primeira vez abaixo do piso da meta na pesquisa Focus, que trouxe ainda melhora nas projeções para a economia tanto em 2017 quanto em 2018.
O levantamento divulgado nesta segunda-feira mostrou que a projeção de alta do IPCA neste ano agora é de 2,97 por cento, ante 3,08 por cento antes. Assim, a inflação terminaria o ano abaixo do piso da meta, de 3 por cento. A meta está fixada em 4,5 por cento, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.
Em seu relatório de inflação divulgado na semana passada, o BC estimou alta do IPCA de 3,2 por cento em 2017 e de 4,3 por cento em 2018 pelo cenário de mercado, abaixo dos patamares de 3,3 e 4,4 por cento vistos anteriormente.
No mesmo dia, o IBGE divulgou que nos 12 meses até setembro o IPCA-15, considerado prévia da inflação oficial, ficou em 2,56 por cento, ampliando as chances de a inflação terminar este ano abaixo do piso da meta pela primeira vez.
Se isso de fato acontecer, será a primeira vez que o BC terá que justificar porque a inflação ficou abaixo do objetivo --o BC descumpriu a meta três vezes nas últimas duas décadas, mas em todos esses casos entregou a inflação acima do alvo.
Para o ano que vem, o ajuste nas contas para a inflação no Focus também foi para baixo, de 0,04 ponto percentual, chegando a 4,08 por cento.
O BC vem mantendo a postura de que adotará um encerramento gradual da flexiblização monetária depois de cortar a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, para 8,25 por cento, e seus novos cálculos para a inflação pavimentarem o caminho para que continue cortando os juros e eventualmente leve a Selic a um nível inferior a 7 por cento.
Os economistas consultados no Focus mantiveram a projeção de desaceleração do ritmo de corte a 0,75 ponto percentual no encontro de outubro de política monetária, com a Selic terminando o ano a 7 por cento, patamar que eles veem se mantendo até o final de 2018.
Para o grupo que mais acerta as previsões, o Top-5, a taxa básica de juros fica em 7 por cento no fim deste ano, mas termina 2018 a 7,25 por cento, contas que não foram alteradas em relação ao levantamento anterior.
Para a economia, a perspectiva de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) melhorou para ambos os anos. Em 2017, a expansão foi calculada em 0,68 por cento, de 0,60 por cento, enquanto que para 2018 a expectativa chegou a 2,30 por cento, de 2,20 por cento.
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IPEA. 25/09/2017. Indicadores apontam recuperação gradual da economia. Indústria, investimentos, comércio, serviços e agropecuária são avaliados em seção da Carta de Conjuntura que traz números inéditos
O bom desempenho nos indicadores mensais de atividade em 2017 aponta uma recuperação gradual da economia, segundo a seção de Atividade da Carta de Conjuntura do Ipea, lançada nesta segunda-feira (25/09) e disponível no blog da Carta de Conjuntura.
Números inéditos do Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais revelam crescimento bastante disseminado para 64% dos segmentos em julho. O Indicador Ipea de Produção Industrial, que é uma prévia do indicador da Produção Industrial Mensal (PIM-PF) do IBGE, registrou alta de 0,2% em agosto e apresentou resultado ainda melhor em relação ao mesmo mês de 2016, com expansão de 5,3%.
O Indicador Ipea de Comércio, que é uma prévia da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do IBGE, também teve resultados positivos e aponta novo crescimento de 2,6% nas vendas no varejo referentes a agosto. Esses primeiros sinais de recuperação do mercado doméstico, cruzados com outros indicadores e avaliação do cenário, melhoram as perspectivas por investimentos.
Nesse sentido, o Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que mede os investimentos, registrou alta de 1,1% em julho na comparação com junho. Enquanto a construção civil obteve o segundo avanço consecutivo, o consumo aparente de máquinas e equipamentos recuou, afetado negativamente pela exportação ficta de uma plataforma de petróleo – como esse item, na verdade, não saiu do país, sua exclusão do cálculo tornaria o indicador mais adequado à realidade, com uma queda menor das máquinas e equipamentos e uma alta maior do indicador de mensal de FBCF (1,4%).
O Indicador Ipea de PIB Agropecuário acumulou avanço de 14,8% nos primeiros sete meses do ano, em relação ao mesmo período do ano anterior, e foi o destaque entre os setores produtivos. Mas, como grande parte da colheita concentra-se no 1º semestre, sua contribuição positiva para a economia deve se reduzir até o fim do ano. Em julho, o Indicador Ipea de PIB Agropecuário projetou estabilidade, embora em relação ao mesmo período do ano anterior tenha crescido 13,5%. Seus efeitos indiretos, porém, seguem influenciando positivamente a economia, seja mediante o aumento dos investimentos agrícolas, seja pela elevação no poder aquisitivo da renda das famílias, por meio do relaxamento nos preços dos alimentos.
Os sinais recentes de melhora da demanda doméstica podem ser explicados pelo aumento dos níveis de ocupação no mercado de trabalho nos últimos meses, pela recuperação do poder de compra, pela redução das taxas de juros e pela liberação dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
Mas a boa evolução dos indicadores não elevou solidamente o nível de confiança de empresários da indústria de transformação e construção, comércio e serviço, assim como dos consumidores. De acordo com a análise do Grupo de Conjuntura, as maiores condicionantes para este ambiente benigno permanecer no médio e longo prazos são as questões de natureza fiscal.
DOCUMENTO: http://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura/
MF. STN. PORTAL G1. 25/09/2017. Dívida pública sobe 1,87% em agosto, para R$ 3,4 trilhões
Segundo o Tesouro Nacional, alta da dívida no mês passado está relacionada com emissão de títulos públicos e despesas com juros. No fim do ano, dívida pública pode chegar aos R$ 3,65 trilhões.
Por Alexandro Martello, G1, Brasília
A dívida pública federal, que inclui os endividamentos do governo dentro do Brasil e no exterior, avançou 1,87% em agosto, para R$ 3,4 trilhões, informou nesta segunda-feira (25) a Secretaria do Tesouro Nacional. Em julho, a dívida estava em R$ 3,34 trilhões.
O aumento está relacionado à emissão de títulos públicos, que no mês passado ficou R$ 33 bilhões acima do volume de resgates, e também às despesas do governo com o pagamento de juros, que totalizaram R$ 29,61 bilhões em agosto.
A dívida pública é a emitida pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal, ou seja, para cobrir os gastos que ficam acima da arrecadação com impostos e contribuições.
Quando os pagamentos e recebimentos são realizados em real, a dívida é chamada de interna. Quando tais operações ocorrem em moeda estrangeira (dólar, normalmente), é classificada como dívida externa.
Em 2016, a dívida pública registrou crescimento de 11,42%, para R$ 3,11 trilhões.
Dívida Pública
Em R$ trilhões
Julho/17
3,34
3,34
Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional
Programação para 2017
Para este ano, a expectativa do Tesouro Nacional é de novo aumento na dívida pública. A programação da instituição prevê que ela pode chegar aos R$ 3,65 trilhões no fim de 2017.
Se isso se confirmar, a alta da dívida, neste ano, será de R$ 538 bilhões, aumento 17,28% em relação ao fechamento de 2016.
O patamar de R$ 3,65 trilhões é o máximo previsto para a dívida interna e externa. Portanto, o crescimento pode ser menor. Estimativas do Tesouro apontam que a alta pode ficar em R$ 338 bilhões e, neste caso, a dívida chegaria ao final de 2017 em R$ 3,45 trilhões, elevação de 10,86%.
Dívidas interna e externa
No caso da dívida interna, informou o Tesouro Nacional, foi registrado um aumento de 1,91% em agosto, para R$ 3,28 trilhões. Neste caso, a alta foi de R$ 62 bilhões.
A dívida externa brasileira, resultado da emissão de bônus soberanos (títulos da dívida) no mercado internacional e de contratos firmados no passado, contabilizou um crescimento de 1% no mês passado, para R$ 117,5 bilhões. A alta da dívida externa foi de R$ 1,1 bilhão em agosto.
Compradores
Os números do Tesouro Nacional também revelam que a participação dos investidores estrangeiros na dívida pública interna recuou em agosto. Em julho, os não residentes detinham 12,83% do total da dívida interna (R$ 413 bilhões). No fechamento de agosto, detinham 12,66%, o equivalente a R$ 416 bilhões.
Mesmo assim, os estrangeiros seguem na quarta colocação de principais detentores da dívida pública interna, atrás dos fundos de investimento (R$ 827 bilhões, ou 25,18% do total), dos fundos de previdência (R$ 815 bilhões em agosto, ou 24,83% do total); e das instituições financeiras (22,37% do total, ou R$ 735 bilhões).
Perfil da dívida
Em agosto deste ano, o percentual de papéis prefixados somou 35,77% do total, ou R$ 1,17 trilhão, contra 35,18% em julho (R$ 1,13 trilhão). Os números foram calculados após a contabilização dos contratos de "swap cambial".
Já os títulos atrelados à taxa Selic, chamados de pós-fixados, por sua vez, tiveram aumento no mês passado. Em julho, representaram 33% do total (R$ 1,06 trilhao), recuando para 30,44% em agosto (ou R$ 1 trilhão).
A parcela da dívida atrelada aos índices de preços (inflação), por sua vez, somou 30,7% em agosto deste ano, o equivalente a R$ 1 trilhão, contra 31,3% em julho (R$ 1 trilhão).
Os ativos indexados à variação da taxa de câmbio, por sua vez, somaram 3% do total em agosto, ou R$ 100 bilhões, contra 0,45% em julho deste ano, ou R$ 14,4 bilhões. A variação da dívida em dólar está relacionada às operações com contratos de "swap cambial", administradas pelo Banco Central.
DOCUMENTO: http://www.tesouro.fazenda.gov.br/relatorio-mensal-da-divida
MF. STN. REUTERS. 25 DE SETEMBRO DE 2017. Dívida pública federal cresce 1,87% em agosto, diz Tesouro
BRASÍLIA (Reuters) - A dívida pública federal do Brasil teve alta de 1,87 por cento em agosto na comparação com julho, chegando a 3,404 trilhões de reais, aproximando-se da banda de 3,45 trilhões de reais a 3,65 trilhões de reais estabelecida para o ano dentro do Plano Anual de Financiamento.
O movimento, informado pelo Tesouro Nacional nesta segunda-feira, deu-se principalmente pelo avanço da dívida pública mobiliária interna. O crescimento foi de 1,91 por cento na mesma base de comparação, a 3,286 trilhões de reais, na esteira de emissão líquida de 33,08 bilhões de reais e da apropriação positiva de juros de 28,38 bilhões de reais.
Por sua vez, a dívida externa teve expansão de 1 por cento, a 117,57 bilhões de reais, diante da desvalorização do real no período.
Em relação à composição, os títulos prefixados seguiram com maior peso na dívida total, com participação de 34,84 por cento, acima dos 34,27 por cento em julho, e dentro do intervalo de 32 a 36 por cento para 2017 no âmbito do PAF.
Representados pelas LFTs, os títulos pós-fixados subiram a 31,92 por cento da dívida em agosto, ante 31,85 por cento no mês anterior. Para o ano, o Tesouro fixou uma participação de 29 a 33 por cento para os papéis.
Já os títulos corrigidos pela inflação viram sua fatia cair a 29,67 por cento do total da dívida, contra 30,28 por cento em julho. Para eles, o Tesouro também estabeleceu uma participação no ano de 29 a 33 por cento.
A participação dos investidores estrangeiros em títulos da dívida interna diminuiu a 12,66 por cento em agosto, sobre 12,83 por cento em julho.
Por Marcela Ayres
MPOG. 22/09/2017. Governo sanciona lei que cria a Taxa de Longo Prazo. TLP será aplicada apenas aos novos contratos e, além disso, a transição para que a nova taxa reflita integralmente os parâmetros de mercado será suave
Foi publicada hoje no Diário Oficial da União a Lei 13.483/2017, que cria a Taxa de Longo Prazo (TLP) e que substituirá a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). Segundo o ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira, a TLP é um instrumento importante porque cria mecanismos adicionais para a carteira de empréstimos do BNDES.
A TLP será composta pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado e divulgado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e por uma taxa de juros prefixada, válida por todo o período da operação, e baseada nas taxas de mercado da NTN-B.
A TLP entra em vigor em 1º de janeiro de 2018 e será aplicada apenas aos novos contratos, mantendo os contratos assinados anteriormente vinculados à TJLP. Além disso, haverá um período de transição de 5 anos em que será aplicado um redutor sobre os juros da NTN-B.
Em 2018, a TLP iniciará com valor igual ao da TJLP vigente em 1º de janeiro.
Entre os diversos benefícios da TLP se destacam: o auxílio ao equilíbrio fiscal, eliminando os subsídios implícitos nos empréstimos do Tesouro Nacional ao BNDES, equivalentes a R$ 29 bilhões em 2016; a elevação na remuneração do FAT; o incremento na transmissão da política monetária; e maior possibilidade de o BNDES reciclar sua carteira de crédito.
“A TLP, além de auxiliar com o equilíbrio fiscal e a política monetária, vai permitir que o BNDES faça a securitização dos valores que empresta, reciclando esses recursos. Isso permitirá uma ampliação no volume de operações que o BNDES atua. É uma modelagem nova que o BNDES não está habituado a fazer e que por meio da TLP se torna viável”, disse Oliveira.
MDIC. MRE. OMC. 25/09/2017. Brasil tenta evitar retaliação na OMC
Jamil Chade, correspondente na Suíça
Vivendo um impasse que ameaça atrasar o anúncio do novo regime automotivo, o governo deve recorrer nesta semana da decisão da Organização Mundial do Comércio (OMC) que condenou programas de incentivos fiscais do País, entre eles o Inovar-Auto. O objetivo é levar a decisão da OMC para 2018.
Europa e Japão, que saíram vitoriosos da disputa legal na organização, pautaram a condenação dos árbitros na agenda de reuniões da próxima sexta-feira, em Genebra. Se aprovada, a decisão passa a valer, o que daria ao Brasil três meses para retirar todos subsídios e incentivos considerados ilegais.
O governo brasileiro, porém, já indicou que vai recorrer da decisão nos próximos dias, o que jogaria qualquer decisão sobre a retirada dos subsídios para 2018. No órgão de apelação da OMC, julgamentos estão levando de 6 a 12 meses para serem considerados.
Na prática, o Brasil ganha tempo para evitar ser retaliado, já que especialistas, e mesmo diplomatas, consideram que seria uma "surpresa" se a instância máxima da OMC anulasse a condenação. O Itamaraty foi derrotado em todos os pontos da queixa dos europeus e japoneses.
A decisão de recorrer vem num momento-chave. O Estado revelou em sua edição de domingo que um impasse entre a equipe econômica e o Ministério da Indústria (Mdic) travou as discussões sobre o Rota 2030, que substituirá o Inovar-Auto. As novas regras precisam estar prontas até 3 de outubro ou não haverá tempo hábil para que a nova política entre em vigor no dia 1.º de janeiro.
Um dos problemas é a resistência da equipe econômica em manter incentivos fiscais às montadoras. Não há consenso ainda sobre as alíquotas do IPI e a lista de exigências para franquear descontos no imposto.
Com um novo programa, o governo poderia alegar na OMC que o Inovar-Auto já foi reformado e que o caso estaria encerrado. A meta, assim, seria a de evitar que europeus e japoneses entrassem com pedido formal para retaliar o Brasil, o que custaria milhões de dólares à balança comercial do País.
Entre os programas condenados estão os incentivos fiscais e redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Iniciativas que terão de mudar incluem não apenas o Inovar Auto, mas também a Lei de Informática, o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores e Displays, o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos para a TV digital, além do Regime Especial de Aquisição de Bens de Capital para Empresas Exportadoras, que suspende a cobrança de PIS e Cofins para quem vai exportar.
NORSK HYDRO. PORTAL G1. REUTERS. 25/09/2017. Produtora de alumínio Norsk Hydro alerta para falta de bauxita no Brasil. A mina de bauxita da Mineração Rio do Norte (MRN), na qual a Hydro possui 5% de participação e extrai um total de 45% do material, está enfrentando problemas em seus sistemas de rejeitos devido à falta de água causada pelo tempo seco.
A produtora de metais norueguesa Norsk Hydro alertou consumidores nesta segunda-feira (25) sobre uma escassez de suprimento de bauxita do Brasil, matéria-prima utilizada na produção do alumínio.
A mina de bauxita da Mineração Rio do Norte (MRN), na qual a Hydro possui 5% de participação e extrai um total de 45% do material, está enfrentando problemas em seus sistemas de rejeitos devido à falta de água causada pelo tempo seco.
"A Hydro emitiu uma notificação de força maior para seus clientes de bauxita, uma vez que a Hydro não vai receber os volumes totais contratados", disse a companhia em nota.
A Vale é dona de 40% da MRN. A companhia brasileira tentou sem sucesso vender no passado sua participação na MRN para a Norsk Hydro.
Os problemas de produção devem durar até o quarto trimestre do ano, podendo se alongar até o primeiro trimestre de 2018, disse um porta-voz da companhia.
"Nós vamos fazer o que pudermos para minimizar o impacto para os clientes", disse o porta-voz.
A falta de produção é principalmente de bauxita seca para o mercado de exportações, e isso não deve afetar a produção da refinaria de alumina da Hydro, Alunorte, disse a companhia.
A Alunorte transforma bauxita em alumina, que então é transformada em alumínio em enormes fundições.
A produção de bauxita da MRN em 2017 deverá cair em 2 milhões de toneladas ante o nível anteriormente esperado, de 17 milhões a 17,5 milhões de toneladas, para 15 milhões a 15,5 milhões, disse a Hydro.
A mina, uma das maiores do mundo, foi desenvolvida para a extração de cerca de 18 milhões de toneladas de bauxita por ano.
O Brasil é o terceiro maior produtor de bauxita, atrás da Austrália e da China, segundo o serviço de pesquisa geológica dos Estados Unidos.
PETROBRÁS. 22.Set.2017. Ativos para desinvestimentos em campos terrestres
Iniciamos a etapa de divulgação das oportunidades (teasers), referentes à cessão da totalidade de seus direitos de exploração, desenvolvimento e produção em cinco conjuntos de campos terrestres (totalizando 19 concessões), localizados nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Sergipe, conforme tabela abaixo.
Estado
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Polos
|
Concessões
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Ceará
|
(2 concessões)
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Fazenda Belém e Icapuí
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Rio Grande do Norte
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(7 concessões)
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Aratum, Lagoa do Aroeira, Macau, Porto Carão, Salina Cristal, Sanhaçu e Serra
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Sergipe
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(6 concessões)
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Aruari, Angelim, Aguilhada, Atalaia Sul, Brejo Grande e Ilha Pequena
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(3 concessões)
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Castanhal, Mato Grosso e Siririzinho
| |
(1 concessão)
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Riachuelo
|
A nossa parcela na produção média de petróleo e gás natural desses campos, no ano de 2016, foi de 17,4 mil barris de óleo equivalente por dia.
Somos operadora de todas as concessões, com 100% de participação, à exceção do campo de Sanhaçu, no qual somos operadora e detemos 50% de participação e a Petrogal detém os 50% restantes.
Os teasers, que contêm as principais informações sobre cada uma das oportunidades, bem como os critérios objetivos para a seleção de potenciais participantes, estão disponíveis no site da Petrobras.
Além do teaser, as principais etapas subsequentes de cada um dos cinco polos serão divulgadas, conforme abaixo:
- Início da fase não-vinculante (quando for o caso);
- Início da fase vinculante;
- Concessão de exclusividade para negociação (quando for o caso);
- Aprovação da transação pela alta administração (Diretoria Executiva e Conselho de Administração) e assinatura dos contratos;
- Fechamento da operação (closing).
A presente divulgação ao mercado está em consonância com a sistemática para nossos desinvestimentos, que foi revisada e aprovada pela nossa Diretoria Executiva e está alinhada às orientações do Tribunal de Contas da União (TCU).
PETROBRÁS. REUTERS. 25 DE SETEMBRO DE 2017. Investidores aceitam trocar US$6,2 bi em dívida da Petrobras por novos títulos
SÃO PAULO (Reuters) - Detentores de 6,22 bilhões de dólares em títulos da Petrobras com vencimento entre 2019 e 2021 aceitaram trocá-los por novos títulos de sete e dez anos, ajudando a companhia estatal a reduzir custos de sua dívida, que está entre as maiores dentre as grandes petroleiras.
Em comunicado nesta segunda-feira, a Petrobras disse que 2,285 bilhões de dólares em dívidas antigas serão trocadas por títulos a 5,299 por cento com vencimento em 2025, enquanto 3,935 bilhões em dívidas antigas serão convertidas em títulos a 5,999 por cento com vencimento em 2028, respectivamente.
Os resultados de uma oferta subsequente para a recompra dos títulos antigos serão divulgados em 27 de setembro, disse a Petrobras. O prazo final para a troca ou a recompra venceu em 22 de setembro.
Por Guillermo Parra-Bernal
FGV. IBRE. 25-Set-2017. Inflação pelo IPC-S recua na terceira semana do mês
O IPC-S de 22 de setembro de 2017 apresentou variação de -0,07%1, 0,06 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa registrada na última divulgação.
Nesta apuração, quatro das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação (0,93% para 0,29%). Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item passagem aérea, cuja taxa passou de 28,48% para 9,03%.
Também registraram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: Habitação (-0,14% para -0,27%), Transportes (0,74% para 0,58%) e Vestuário (0,27% para 0,26%). Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: tarifa de eletricidade residencial (-1,00% para -2,03%), gasolina (3,28% para 2,66%) e calçados (0,50% para 0,13%), respectivamente.
Em contrapartida, os grupos: Alimentação (-0,87% para -0,72%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,25% para 0,30%), Despesas Diversas (0,03% para 0,12%) e Comunicação (-0,08% para -0,05%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens: frutas (-1,60% para -0,44%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,50% para -0,19%), cigarros (0,12% para 0,37%) e mensalidade para tv por assinatura (0,07% para 0,36%), respectivamente.
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Nova York, 20 de setembro de 2017 - Os ministros de Relações Exteriores de Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai e Peru, reunidos em Nova York em 20 de setembro de 2017, em seguimento à Declaração adotada em Lima:
1. Reafirmam o conteúdo e a validade da Declaração de Lima e seu compromisso de redobrar esforços para alcançar uma solução pacífica e negociada para a crise que enfrenta a Venezuela.
2. Lamentam que se mantenha a ruptura da ordem democrática na Venezuela, já que seu governo viola as normas constitucionais, a vontade do povo e os valores interamericanos, reprime a dissidência política, mantém presos políticos e viola os direitos humanos e as liberdades fundamentais das pessoas.
3. Condenam a repressão e a perseguição política na Venezuela, inclusive a decisão da Assembleia Nacional Constituinte de processar líderes opositores por "traição à pátria".
4. Reconhecem a contribuição e compartilham a preocupação do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, expressa no relatório "Violações e abusos dos direitos humanos no contexto dos protestos na República Bolivariana da Venezuela de 1º de abril a 31 de julho de 2017".
5. Reiteram o seu pleno apoio e solidariedade com a Assembleia Nacional democraticamente eleita, bem como o seu compromisse com o não reconhecimento dos atos emanados da Assembleia Nacional Constituinte e em manter a aplicação da Carta Democrática Interamericana à Venezuela.
6. Reiteram sua vontade de contribuir para criar, em coordenação com organizações internacionais e outros países, um canal de assistência para enfrentar a crise humanitária que aflige o país.
7. Reconhecem a iniciativa da República Dominicana de reunir o governo e a oposição venezuelanos, bem como a decisão de ambos os lados de convidar alguns países a acompanhar esse processo. A esse respeito, reiteram que, para alcançar resultados positivos, tais abordagens devem ser desenvolvidas com boa fé, regras, objetivos e prazos claros, bem como garantias de conformidade, esforço para o qual é essencial o acompanhamento internacional.
8. Reafirmam o seu empenho em acompanhar atentamente a situação na Venezuela em nível de ministros de Relações Exteriores até o restabelecimento completo da ordem democrática naquele país e, com esse fim, se reunirão em outubro próximo no Canadá.
Os Ministros das Relações Exteriores dos estados membros da ASEAN (Brunei Darussalam, o Reino do Camboja, a República da Indonésia, a República Popular Democrática do Laos, Malásia, a União de Mianmar, a República das Filipinas, a República de Singapura, o Reino da Tailândia e a República Socialista do Vietnã), por um lado, e, por outro, os estados membros do Mercosul (a República Argentina, a República Federativa do Brasil, a República do Paraguai e a República Oriental do Uruguai) reuniram-se em Nova York no dia 22 de setembro de 2017, à margem da 72ª Sessão da Assembléia Geral das Nações Unidas.
RECORDANDO as reuniões anteriores ASEAN-Mercosul, realizadas em novembro de 2008, em Brasília, à margem da III Reunião Ministerial do Fórum de Cooperação América Latina - Ásia do Leste (FOCALAL) e também em setembro de 2009, em Nova York, à margem da 64ª Sessão da Assembléia Geral das Nações Unidas, enfatizamos a importância de explorar formas de fortalecer ainda mais os laços inter-regionais, especialmente nos campos de comércio, investimento e economia.
COMPARTILHAMOS a visão de que fortalecer a cooperação no campo econômico é essencial para o desenvolvimento sustentável e a prosperidade inclusiva de nossas nações e para o bem-estar dos nossos povos.
CONCORDAMOS fortalecer ainda mais as relações econômicas entre os estados membros do Mercosul e da ASEAN, incluindo a cooperação em desenvolvimento sustentável, o turismo, a conectividade, a inovação e os vínculos entre pessoas.
EXPRESSAMOS apoio para facilitar o maior engajamento com o setor privado, em particular das micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) nas atividades de comércio entre as nossas duas regiões, bem como para incentivar a interação comercial regular e a participação em feiras de comércio e investimento de cada lado.
ESPERAMOS promover trocas regulares de informações sobre oportunidades de comércio e investimento.
ENFATIZAMOS A IMPORTÂNCIA de serem exploradas oportunidades para fortalecer a cooperação mútua em outras áreas e atividades, conforme acordado por todas as partes no futuro.
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LGCJ.: