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July 20, 2017

US ECONOMICS

DEUTSCHE WELLE. 17/07/2017. BUSINESS. Decaying infrastructure taking a toll on America

America's infrastructure is in a state of crisis. Roads and train lines are old, dangerous and cost the country billions of dollars in economic growth. Trump wants to repair damages but he is at the mercy of investors.
The summer of hell began for New Yorkers last Monday. Beginning at four o'clock in the afternoon people hurried home from work, clogging midtown Manhattan's Pennsylvania Station. Over 600,000 people trek to Manhattan daily from faraway places like New Jersey and Long Island, entering the city via Penn Station. More people transit through Penn Station than all three of New York's airports: JFK, LaGuardia and Newark. Yet on Monday many tracks were shut down for the summer so the city can begin tackling urgently needed repairs.
"We are now beginning to see what happens when mass transit systems break down. We have a painful precursor, a series of breakdowns with Amtrak and Pennsylvania Station," said New York state Governor Andrew Cuomo, "When you close down the tracks there is a series of dominoes that fall, that puts the entire system near collapse." This was during the press conference where Cuomo declared a state of emergency for the transit system.
At 120 years of age it's a miracle that New York's overworked city trsansport system is still working.
The old subways of New York
And it is not only the subway that needs repair: Streets are littered with potholes, dilapidated tunnels are increasingly dangerous and the sewage systems need maintenance. Electricity grids, gas and oil pipelines, ports, freight rail and internet broadband are all infrastructure that require constant maintenance, yet they are privately owned and well kept.
It is the infrastructure that falls under government watch that is failing. "Everyone wants the benefits of good infrastructure and nobody wants to pay, so things are allowed to deteriorate," says Ingo Walter, Professor Emeritus of Finance at New York University, "Transportation is the lynchpin. Fixing our roads, bridges, tunnels and transportation hubs are a must and will have the biggest impact."
Every four years the American Society of Civil Engineers (ASCE) measures the conditions of bridge, water and transportation infrastructure within the US and publishes its findings through the Infrastructure Report Card. New York received a C- in 2017. With one-third of America's entire public transport belonging to the state of New York, this is a critical and costly failure.
Why are they so off track?
The report card for America's entire infrastructure system was even worse. The US scored a lowly D+.
The American Society of Civil Engineers has reported that 2,000 dams could break at any moment, 56,000 bridges across the country are crumbling and one out of every five roads needs repair.
"It affects how we are engaging in the economy," says Brian Pallasch, the director of ASCE, "It hurts our GDP. By the year 2020 we are going to lose 4 trillion dollars of growth in GDP. And we have been able to calculate that aging infrastructure costs American families about $3,400 (2,940 euros) a year. Think about the time you waste, the fuel you waste." This includes car repairs for tires busted on bad roads, higher costs for fuel used while sitting in traffic, not to mention the cost of a person's time. ASCE estimated it will cost $3.9 trillion to get American infrastructure back on track.
During his campaign, Trump promised trillions of dollars to tackle this issue. Yet a look at the budget says otherwise: The government will spend only $200 billion on the infrastructure package. The remaining $800 billion must come from states and municipalities - no major problem for wealthy states. But the rural areas remain in disrepair.
Trump wants private investors to finance infrastructure projects though private-public partnerships. Trump wants to incentivize this through favorable loans and tax breaks, which could subsidize the private sector, create jobs and ease the burden on the government budget. On the flipside, private companies might charge additional fees in attempts to create return on their investment, essentially asking Americans to pay what would have been saved in taxes, in addition to their regular tax payments.
This model also opens the door to inequality, as the cities that need the most funding do not attract investors. Examples of this can be found in Michigan, where Detroit and Flint are essentially a shambles following a major loss of industry. WalletHub voted them the worst cities in America, leaving them at spots 149 and 143 out of 150 cities. There are no prestigious projects to attract investors there. "Congress has not looked after the infrastructure for a decade, and now we see the consequences," says Pallasch.

PORTAL G1. DEUTSCHE WELLE. 19/07/2017. Infraestrutura dos EUA está sob risco de colapso, diz estudo. Rodovias, ferrovias, barragens e pontes podem comprometer o desempenho econômico americano. Estudo fala em risco de impacto de quase US$ 4 trilhões no PIB nos próximos oito anos.

Começou nesta segunda-feira o "verão do inferno" para os nova-iorquinos. Quando os trabalhadores correm do trabalho para casa, a Pennsylvania Station, em Midtown, está abarrotada de gente. Cerca de 600 mil pessoas passam todos os dias pela estação, também chamada de Penn Station, a caminho do trabalho em Manhattan, voltando depois a Nova Jersey ou Long Island. São mais passageiros do que recebem, juntos, os três aeroportos de Nova York.
Justamente neste importante ponto de conexão, vários trilhos estão interditados desde segunda-feira para urgentes e necessários trabalhos de manutenção. "Isso pode provocar uma reação em cadeia e levar o sistema de transporte de Nova York à beira do colapso", alertou há duas semanas Andrew Cuomo, governador do estado de Nova York.
Os reparos são inevitáveis. No começo do ano, dois três descarrilaram na estação Pennsylvania, fazendo com que Cuomo decretasse estado de emergência para o transporte público no estado.
Sistema sobrecarregado
O transporte ferroviário em Nova Iorque está cronicamente sobrecarregado, o metrô tem mais de 120 anos de idade. As ruas estão cheias de buracos, túneis estão em ruínas, pontes e o sistema de subterrâneo de esgoto, caindo aos pedaços.
"Mas as redes de eletricidade, gasodutos e oleodutos, portos, tráfego de carga ferroviária e a rede de internet de banda larga estão em melhores condições, porque essas áreas da infraestrutura estão, em grande parte, nas mãos do setor privado", afirma Ingo Walter, professor emérito de finanças da Universidade de Nova York.
O resto da infraestrutura está defasada. A Associação Americana de Engenheiros Civis atribui pontuações a cada quatro anos para rodovias, sistemas de abastecimento de água e de eletricidade. Neste ano, foi fada nota baixa ao estado de Nova Iorque. A situação geral nos EUA foi descrita como "insuficiente".
Segundo a entidade, duas mil barragens romper a qualquer momento, 56 mil pontes estão em ruínas em todo o país e uma em cada cinco rodovias tem que receber reparos. "Buracos nas ruas, desvios, canteiros de obras e trens parados custam US$ 3.400 por ano a cada domicílio americano", diz o diretor da associação, Brian Pallasch.
De acordo com o órgão, as deficiências poderão causar prejuízos de quase US$ 4 trilhões ao PIB americano até 2025. A mesma quantia seria necessária para consertar a infraestrutura.
Tema de campanha
A infraestrutura em ruínas foi um tema eleitoral bem-vindo para Donald Trump. Ele prometeu aos americanos US$ 1 trilhão para reparar a infraestrutura do país. "Nós queremos um pouco mais, mas já é um bom começo", diz Pallasch, da Associação de Engenheiros Civis.
Em maio, a Casa Branca publicou um documento de seis páginas revelando que Washington só investirá cerca de US$ 200 bilhões no prometido pacote de infraestrutura. Os restantes US$ 800 bilhões virão de governos estaduais e municipais. Isto seria um problema, especialmente para áreas rurais e estados com problemas financeiros.
Trump também quer atrair investidores privados para o financiamento de projetos públicos de infraestrutura – através de empréstimos baratos e incentivos fiscais. Estes subsídios têm como meta criar empregos e aliviar o fisco.
"Mas empresas privadas poderiam cobrar taxas extras, como um pedágio para utilização de estradas, para obter retornos atraentes", diz John Rennie Short, professor de administração pública da Universidade de Maryland. "Isso poderia onerar os cidadãos, além dos impostos que já pagam", acrescenta.
'Presente para Wall Street'
Por isso, Short classifica o plano de Trump de "um presente a Wall Street". Além disso, há o perigo de os investidores privados só se interessarem por projetos que trazem um rápido retorno. Mas infraestrutura exige paciência.
"Um retorno dentro de 20 a 25 anos é algo pouco atraente para acionistas de empresas", diz Short. Isso também se aplicado a projetos em áreas rurais, que trazem retornos que não são nem rápidos nem elevados. "O modelo de Trump reforça a desigualdade", acredita Short. "As cidades mais necessitadas não atrairiam investidores."
O site financeiro Wallethub cita cidades como Flint e Detroit, ex-redutos da indústria automobilística, como algumas das "piores cidades" dos Estados Unidos, sobretudo devido à falta de infraestrutura. "Nelas, não há nenhum projeto de prestígio", aponta Short.
Brian Pallasch, da Associação de Engenheiros Civis, discorda, afirmando que muitos estados já não esperam pela ajuda de Washington. "E em estados como Michigan há investidores interessados, porque os planos de Trump tornam os projetos de infraestrutura mais atraentes para eles", argumenta.
Pallasch também não acredita que os investidores estão apenas à procura de retornos rápidos. Sobretudo fundos de pensão são interessados em rendimentos a longo prazo. Neles, os investidores pagam hoje e querem ver seu retorno apenas dentro de décadas.
"Este é o tempo que vai demorar para haver uma melhora na infraestrutura nos EUA", acredita. Ele afirma que um motivo para que a infraestrutura esteja tão defasada está no Legislativo americano. "O Congresso não se preocupou uma década inteira com a infraestrutura. Agora vemos as consequências", diz.
O especialista em finanças Ingo Walter ressalta que, ao mesmo tempo, os estados e o governo federal empurram a responsabilidade financeira entre um e outro. John Short acrescenta que apenas uma catástrofe vai fazer com que as autoridades passem a agir. E os sinais de alerta estão se acumulando. Desde os primeiros descarrilamentos em Nova York, outros três trens saíram dos trilhos, ferindo até agora 34 pessoas.

NAFTA. REUTERS. 19 DE JULHO DE 2017. EUA anunciam início das negociações do Nafta em Washington em 16 de agosto

WASHINGTON (Reuters) - A primeira rodada de negociações entre Estados Unidos, México e Canadá sobre a renovação do Acordo de Livre Comércio da América do Norte ocorrerá em Washington de 16 a 20 de agosto, disse o representante de comércio dos EUA, Robert Lighthizer, na quarta-feira.

Lighthizer também disse que John Melle, um veterano da política comercial norte-americana e representante-assistente de comércio dos EUA para o Hemisfério Ocidental, irá liderar as negociações do Nafta para os Estados Unidos no dia a dia.

Reportagem de Lesley Wroughton

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IBGE. 20/07/2017. IPCA-15 fica em -0,18% em julho

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) variou -0,18% em julho e ficou abaixo da taxa de 0,16% de junho. Essa é a menor variação registrada relativa ao mês de julho, juntamente com o resultado de 2003. O índice é o mais baixo desde setembro de 1998, quando registrou -0,44%. O resultado no ano foi para 1,44%, portanto abaixo dos 5,19% referentes ao mesmo período do ano passado. Ao considerar os últimos 12 meses, o índice caiu para 2,78%, resultado inferior aos 3,52% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores, o que constitui a menor variação acumulada em períodos de 12 meses desde março de 1999, quando registrou 2,64%. Em julho de 2016, a taxa foi de 0,54%.

PERÍODO
TAXA
Julho
-0,18%
Junho
0,16%
Julho 2016
0,54%
Acumulado no ano
1,44%
Acumulado em 12 meses
2,78%


Responsáveis por quase metade das despesas do brasileiro, os grupos Alimentação e Bebidas e Transportes tiveram queda no índice de julho, de -0,55% e -0,64%, respectivamente. O grupo dos alimentos, que tem participação de 25% nas despesas, exerceu o mais intenso impacto negativo, de -0,14 ponto percentual (p.p.), enquanto o grupo dos transportes, que participa com 18%, ficou com -0,11 p.p. Além disso, o grupo dos artigos de residência também apresentou queda de 0,55%, embora tenha participação menor nas despesas (4%), com impacto de -0,02 p.p.

A queda nos alimentos foi ainda mais forte quando considerados os produtos comprados para consumo em casa, que chegaram a ficar 0,95% mais baratos. Todas as regiões pesquisadas apresentaram queda, com variação de -0,37% em Brasília até -1,61% em Curitiba. Os preços da maioria dos produtos ficaram mais baixos de junho para julho, com destaque para a batata-inglesa (-19,07%), o tomate (-8,48%) e as frutas (-4,00%). Na alimentação fora de casa, a variação média foi de 0,20%, com as regiões apresentando resultados entre a queda de 0,41%, registrada na região metropolitana do Rio de Janeiro, até a alta de 1,10% em Goiânia.

Nos transportes, a queda de 0,64% foi influenciada pelos preços dos combustíveis, com -3,16%. O etanol chegou a atingir -4,81%, enquanto o litro da gasolina passou a custar -2,98%. Por outro lado, as passagens aéreas subiram 5,77%.

Entre os demais grupos de produtos e serviços pesquisados, as variações mais elevadas ficaram com Despesas Pessoais (0,31%) e Habitação (0,24%), conforme tabela a seguir.

GrupoVariação (%)Impacto (p.p.)
JunhoJulhoJunhoJulho
Índice Geral0,16-0,180,16-0,18
Alimentação e Bebidas-0,47-0,55-0,12-0,14
Habitação0,930,240,140,04
Artigos de Residência0,15-0,550,01-0,02
Vestuário0,690,040,040,00
Transportes-0,10-0,64-0,02-0,11
Saúde e Cuidados Pessoais0,640,140,080,02
Despesas Pessoais0,260,310,030,03
Educação0,030,080,000,00
Comunicação0,120,000,000,00

A respeito dos índices regionais, disponíveis na tabela a seguir, Curitiba foi a única região de cobertura do índice que apresentou resultado positivo (0,01%) em razão do reajuste de 7,09% nas tarifas de energia elétrica (3,38%), vigente desde 24 de junho deste ano. No lado das quedas, o destaque ficou com a região metropolitana de São Paulo (-0,29%), onde sobressai a queda nos combustíveis (-4,22%), sendo a gasolina, com -3,85%, e o etanol, com -5,88%.

RegiãoPeso Regional (%)Variação Mensal (%) Variação acumulada (%) 
JunhoJulhoAno 12 meses 
Curitiba7,790,340,011,522,11
Belo Horizonte11,23-0,21-0,050,922,20
Goiânia4,440,40-0,060,551,35
Fortaleza3,49-0,13-0,081,913,93
Rio de Janeiro12,460,17-0,132,193,62
Brasília3,460,16-0,131,433,60
Recife5,050,46-0,182,424,07
Belém4,650,23-0,220,912,19
Porto Alegre8,400,11-0,241,152,55
Salvador7,350,12-0,251,412,58
São Paulo31,680,20-0,291,382,81
Brasil100,000,16-0,181,442,78

Alimentos continuam a conter a inflação em julho

O grupo dos alimentos, que tem participação de 25% nas despesas das famílias, exerceu o mais intenso impacto negativo no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de julho, com queda de 0,14 ponto percentual. Os preços da maioria desses produtos ficaram mais baixos de junho para julho, com destaque para a batata-inglesa (-19,07%), o tomate (-8,48%) e as frutas (-4,00%).

Com isso, o IPCA-15 caiu 0,18% no mês e ficou abaixo da taxa de 0,16% de junho. Essa é a menor variaçãopara um mês de julho, juntamente com o resultado de 2003, que também ficou em -0,18%. O índice é o mais baixo desde setembro de 1998 (-0,44%).

Outro grupo que também manteve uma tendência, só que de alta, foi o de habitação. O aumento de 0,24% aconteceu, em grande medida, por causa da variação de 1,66% no preço do botijão de gás.

O IPCA-15 é um indicador, calculado pelo IBGE, que mede a inflação entre a segunda metade de um mês e a primeira quinzena do mês de referência. Engloba as famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.

DOCUMENTO: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipca15/defaultipca15.shtm

FGV. IBRE. 20-Jul-2017. Sondagens e Índices de Confiança. Sondagem da Indústria. Prévia do Índice de Confiança da Indústria sinaliza alta

A prévia da Sondagem da Indústria de julho de 2017 sinaliza alta de 1,2 ponto do Índice de Confiança da Indústria (ICI) em relação ao número final de junho, para 90,7 pontos. A alta do ICI no mês seria insuficiente para recuperar a perda de confiança ocorrida no mês anterior (-2,8 pontos), o que manteria a média móvel trimestral do índice em queda pelo segundo mês consecutivo (-0,2 ponto em julho após -0,4 ponto em junho).

O movimento de atenuação de perdas recentes na confiança industrial resultaria da melhora tanto das avaliações sobre o momento presente quanto das perspectivas para os meses seguintes. O Índice da Situação Atual (ISA) subiria 1,4 ponto, para 88,4 pontos, e o Índice de Expectativas (IE) aumentaria 1,2 ponto, para 93,3 pontos.

O resultado preliminar de julho indica avanço de 0,7 ponto percentual (p.p.) no Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (NUCI), para 74,9%. O resultado compensaria a queda de 0,5 p.p. do mês anterior, mas manteria o NUCI relativamente estável na métrica de médias móveis trimestrais, com alta de 0,1 p.p., para 74,6%.

Para a prévia de julho de 2017 foram consultadas 788 empresas entre os dias 03 e 18 deste mês.
O resultado final da pesquisa será divulgado na próxima quinta-feira, dia 27 de julho.

DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&contentId=8A7C82C5593FD36B015D5F88E9832FC4

MF. PORTAL G1. 20/07/2017. Governo vai anunciar aumento de impostos para tentar cumprir a meta fiscal. Arrecadação esperada é de R$ 10 bilhões com elevação do Pis/Cofins e outras receitas extraordinárias, segundo o colunista João Borges.
Por Taís Laporta, G1

O governo federal vai anunciar nesta quinta-feira (20) um aumento de impostos sobre os combustíveis para ajudar a aumentar a arrecadação federal e tentar cumprir a meta fiscal para 2017, fixada em um déficit (despesas maiores que receitas) de R$ 139 bilhões.
Em entrevista à jornalista Miriam Leitão, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta quarta-feira (19) que poderá aumentar a alíquota do Pis/Cofins sobre a gasolina, que não precisa passar pelo Congresso. Segundo ele, optou-se por esse aumento porque ele é “rápido e fácil de ser cobrado”. A intenção é que ele comece a valer já este ano e prossiga também em 2018.
O governo estuda ainda a hipótese de elevar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre algumas transações financeiras, segundo Meirelles. Esse imposto foi elevado em maio do ano passado sobre a compra de dólares.
Já a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), que também incide sobre os combustíveis, tem um efeito mais lento na arrecadação, explicou Meirelles à jornalista da GloboNews. Ela exige 90 dias para entrar em vigor e o dinheiro não vai só para o governo federal, já que é dividido com estados e municípios.
As equipes dos ministérios da Fazenda e do Planejamento chegaram à conclusão de que arrecadação adicional com o aumento do Pis/Cofins e outras receitas extraordinárias deve superar R$10 bilhões, informou o colunista do G1 João Borges.
"A área política do governo chegou a sugerir que a meta fiscal fosse revista, com ampliação do déficit nas contas públicas, mas essa alternativa foi rejeitada pela equipe econômica, pois levaria à perda de credibilidade da estratégia do ministro Henrique Meirelles de fazer um ajuste gradual das contas públicas, sem retrocessos", diz o colunista.
Ao assumir o ministério da Fazenda, no ano passado, Meirelles afirmou que se houvesse um eventual aumento de impostos para melhorar as contas públicas, ele seria temporário. O governo admitiu que essa possibilidade era mais forte já no segundo semestre de 2016, após uma avaliação de que o déficit fiscal era bem maior que o estimado.
O governo está com dificuldade de fechar as contas em 2017. O mercado financeiro já prevê um rombo de R$ 145 bilhões neste ano, acima da meta de déficit de R$ 139 bilhões. O governo anunciou um corte de R$ 42 bilhões no orçamento, mas o enxugamento afetou serviços públicos como a emissão de passaportes.
Reoneração da folha
Em março, o governo já havia aumentado impostos, quando anunciou o fim da desoneração sobre a folha de pagamento em 50 setores da economia. Este benefício excluía as empresas destes setores de precisar pagar imposto sobre a folha de pagamentos com base em um percentual da receita bruta. Ou seja, uma tributação menor. A "reoneração" passou a valer em julho.
A desoneração da folha de pagamentos começou em agosto de 2011, em um "pacote de bondades" lançado pela então presidente Dilma Rousseff. O objetivo era estimular a geração de empregos no país e melhorar a competitividade das empresas brasileiras. Entre 2012 e 2016, a renúncia fiscal com a desoneração foi de R$ 77,9 bilhões.
Frustração de receitas
O governo contava com receitas extraordinárias para fechar as contas este ano, mas a arrecadação ficou abaixo do esperado, dificultando o cumprimento da meta fiscal.
A nova repatriação de recursos no exterior (que permite regularizar bens não declarados ao Fisco), por exemplo, está trazendo menos recursos que o governo previa. Mas segundo Meirelles disse a Miriam Leitão, ainda há esperança de que ela aumente até o fim do prazo. A Receita informou que a previsão de arrecadação supera os R$ 800 milhões com esta fase, que termina em 31 de junho.
A arrecadação é potencial porque parte dos contribuintes que já enviaram declaração ainda não fizeram o pagamento da multa e do IR. O governo prevê arrecadar cerca de R$ 3 bilhões com essa segunda fase da repatriação. Na primeira, que aconteceu no ano passado, a arrecadação extra foi de R$ 46,8 bilhões.
Já com o programa de refinanciamento de dívidas tributárias, o Refis, Meirelles esperava arrecadar R$ 13 bilhões, mas o projeto foi alterado no Congresso e, agora, a previsão baixou para menos de R$ 1 bilhão, depois que o deputado Newton Cardoso mudou o sentido do texto, prevendo um desconto maior nas multas e juros dos devedores.
O novo texto manteve a obrigação de quitar 20% da dívida de entrada ao aderir ao programa, mas as condições para pagar os 80% restantes mudaram. Até quem parcelar vai ter desconto. Quando o pagamento for feito de uma só vez, o desconto dos juros subiu de 90% para 99%; e das multas, de 50% para 99%.
Ou seja, aprovado assim, vira aumento o custo do governo, por isso, se o que sair do Congresso for isso, o projeto será vetado, diz Miriam Leitão. O ministro fez um alerta às empresas que quiserem aderir ao programa para fazer isso até 31 de agosto e pediu que não apostem na possibilidade de mudança, porque eles querem aprovar o texto original.
Aumento da arrecadação
A elevação dos impostos vem após o anúncio da Receita Federal, que fechou o primeiro semestre com a maior arrecadação dos últimos dois anos. No entanto, quando se olha a arrecadação de impostos ano a ano, no primeiro semestre, vê-se uma queda forte a partir de 2014.



A reação este ano é pequena diante de uma receita de R$ 648 bilhões, alta de 0,77% no 1º semestre comparado ao mesmo período de 2016. O motivo em boa parte veio do aumento de 53,3% dos royalties de petróleo. Só em junho, subiu a arrecadação de todos os impostos, como o Imposto de Produtos Industrializados (IPI), de 14,81%, e do PIS/Cofins, de 2,79%.

MF. PORTAL G1. 19/07/2017. Governo vai aumentar impostos nesta quinta. Aumento deverá ser no PIS-Cofins incidente sobre os combustíveis, apurou o G1; ministro da Fazenda disse à jornalista Miriam Leitão que está analisando contas públicas e elevará impostos 'se necessário'.
Por Alexandro Martello, G1, Brasília

O governo federal vai anunciar um aumento de impostos nesta quinta-feira (20), apurou o G1 na noite desta quarta-feira. Mais cedo, em entrevista à jornalista Miriam Leitão, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que está analisando se há necessidade de elevar impostos para fechar as contas públicas. "Se for necessário, aumentaremos", afirmou o ministro.
A entrevista de Meirelles vai ao ar no programa de entrevistas da jornalista Miriam Leitão na GloboNews, nesta quarta-feira, às 21h30.
Segundo apurou o G1, o imposto que aumentará é o PIS-Cofins incidente sobre todos os combustíveis (gasolina, etanol e diesel). A equipe econômica chegou a cogitar elevar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), mas desistiu. A contenção de gastos públicos será mantida.
Meirelles disse que a equipe econômica poderá anunciar o aumento durante a divulgação do relatório fiscal bimestral.
"Vamos estar analisando ao decorrer do dia de hoje os cálculos para podermos amanhã, no relatório fiscal bimestral, já definir se é necessário definir um aumento de impostos ou não", disse Meirelles.
Questionado qual seria o imposto a ser elevado, se necessário, Meirelles falou que o PIS e Cofins sobre combustíveis seriam os maiores candidatos. "O PIS Cofins é o candidato mais provável. Ele sobre o combustível tem uma vantagem que pode ser feito por decreto e começa a vigorar imediatamente", afirmou.
Entre as possibilidades de aumento de impostos, o governo avaliou o aumento da Cide, uma contribuição sobre o combustível. O PIS e Cofins são impostos cobrados sobre a folha de pagamento, sobre o faturamento das empresas e sobre a importação de bens e serviços.
Crise fiscal
O governo está com dificuldade de fechar as contas públicas. O mercado financeiro já prevê um rombo de R$ 145 bilhões neste ano, acima da meta fiscal fixada para 2017, de um déficit de R$ 139 bilhões.
A arrecadação do governo com impostos e tributos neste ano tem ficado abaixo da esperada devido à demorada na retomada do crescimento econômico. Nos primeiros seis meses deste ano, a arrecadação teve um aumento real de apenas 0,77%. O resultado, porém, só foi positivo devido ao aumento das receitas com royalties do petróleo.
O governo anunciou um corte de R$ 42 bilhões no orçamento para tentar ajustar as contas públicas. O enxugamento, no entanto, afetou serviços públicos, como a emissão de passaportes.

MF. PORTAL UOL. JORNAL FSP. 19/07/2017. Governo decide aumentar imposto para conter rombo no OrçamentoMARINA DIAS
JULIO WIZIACK
MARIANA CARNEIRO
DE BRASÍLIA 

O governo decidiu nesta quarta-feira (19) aumentar tributos que incidem sobre os combustíveis, com o objetivo de cobrir um buraco nas receitas públicas e evitar uma revisão na meta de deficit de R$ 139 bilhões neste ano.

Segundo integrantes do governo, o presidente Michel Temer preferiu cumprir a meta fiscal e deu sinal verde para a equipe econômica definir a medida. O não cumprimento da meta seria, na avaliação do governo, sinal de fraqueza em meio à crise política.

Até a conclusão desta edição, já estava certo o aumento de dois tributos cobrados sobre a gasolina e o diesel, PIS e Cofins. As novas alíquotas entram em vigor nesta quinta (20), após publicação de decreto numa edição extra do Diário Oficial da União.

A Cide, outro tributo que incide sobre os combustíveis, também pode ser elevada. Mas a equipe econômica ainda avalia se a medida será tomada. Isso porque a nova alíquota levaria três meses para entrar em vigor e a receita decorrente do aumento da contribuição teria de ser repartida com Estados e municípios.

Essa medida teve de ser tomada porque Temer não conseguiu garantir no Congresso a aprovação de medidas que poderiam trazer receitas para cobrir o buraco crescente no Orçamento, como o Refis, programa para renegociar dívidas com o fisco, e a reoneração da folha das empresas.

Em busca de apoio para barrar na Câmara dos Deputados a denúncia criminal apresentada contra ele, Temer cedeu e ficou sem alternativas para fechar as contas.

ARRECADAÇÃO FEDERAL - Variação das receitas federais acumuladas em 12 meses, em %

Hoje, a frustração acumulada de receitas é de cerca de R$ 18 bilhões, e o governo só conseguiu levantar R$ 12 bilhões com precatórios. O revés tem dois motivos. Um deles é a retomada ainda lenta da arrecadação de impostos.

Outra explicação é o atraso no programa de privatizações de empresas estatais como o IRB (Instituto de Resseguros do Brasi). Nesta semana, o TCU (Tribunal de Contas da União) chegou a recomendar que cerca de R$ 7 bilhões esperados com essas vendas deixassem de ser contabilizados no Orçamento.

COMBUSTÍVEIS

Desde que assumiu o cargo, Temer sempre se disse contrário a aumentos de impostos. No entanto, a alternativa nunca foi descartada.

O aumento dos tributos sobre combustíveis foi a melhor opção encontrada porque o preço da gasolina vem caindo nos postos do país.

Entre junho de 2016 e junho deste ano, o preço médio do litro da gasolina caiu de R$ 3,64 para R$ 3,54 no país. Já o etanol hidratado (vendido na bomba) aumentou, de R$ 2,46 o litro para R$ 2,48.

Diante desse cenário, o Palácio do Planalto já elaborou um discurso para justificar o reajuste do combustível.

Aumentar o preço da gasolina na bomba neste momento, segundo assessores de Temer, ajudaria a elevar a competitividade do etanol.

O efeito adverso disso, um impacto de alta na inflação não seria preocupante porque os índices estão em queda livre -nos últimos 12 meses encerrados em junho, a inflação oficial foi de 3%.

O anúncio da decisão deve ser feito nesta quinta, antes do prazo previsto para a revisão orçamentária do bimestre. No início da semana, o governo acreditava que fosse possível descongelar cerca de R$ 4 bilhões em despesas. Agora, não está decidido se haverá descontigenciamento.

A equipe econômica também discute a possibilidade de buscar receita extra com loterias. Hoje, quando um apostador compra um bilhete, parte do que paga compõe o montante que será distribuído em prêmio. Essa parcela deverá ser reduzida para gerar receita para a União.

MF. REUTERS. 19 DE JULHO DE 2017. Governo deve anunciar aumento de impostos e quer arrecadar R$10 bi este ano, diz fonte
Por Patrícia Duarte e Marcela Ayres

SÃO PAULO/BRASÍLIA, 19 Jul (Reuters) - O governo deverá anunciar na quinta-feira aumento de impostos sobre a gasolina para ajudar a melhorar as receitas e garantir o cumprimento da meta fiscal neste ano, em meio à recuperação econômica mais fraca do que esperada após dois anos seguidos de recessão.

Segundo informou uma fonte da equipe econômica à Reuters nesta quarta-feira, a Receita Federal calculava os impactos dos aumentos, que já teriam sido aprovados pela equipe econômica comandada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

A fonte acrescentou que a equipe econômica ainda fechava nesta noite os detalhes sobre o aumento de impostos, e que o plano era elevar em 10 bilhões de reais as receitas somente neste ano com as medidas.

O anúncio deve ocorrer junto com a divulgação do relatório de receitas e despesas do governo para o bimestre, prevista para quinta-feira.

Uma outra fonte com conhecimento sobre o assunto afirmou à Reuters, também nesta quarta-feira, que a alíquota do PIS/Cofins sobre a gasolina deve ser elevada, bem como a do Imposto de Importação sobre o combustível, mas esta apenas "um pouco".

No começo desse mês, uma outra fonte do governo com conhecimento direto sobre o assunto havia adiantado à Reuters a possibilidade de o governo elevar a alíquota do II sobre a gasolina, que não precisa cumprir uma noventena para começar a valer.

Com essa medida, o aumento da arrecadação seria imediato, ajudando nas contas públicas. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, a alíquota hoje do II sobre gasolina é zero.

A fonte chegou a acrescentar, naquele momento, que outras alternativas continuavam sendo o aumento das alíquotas de PIS/Cofins ou da Cide sobre o combustível, já que o compromisso com a meta fiscal não seria alterado de "maneira nenhuma".

O governo tem se esforçado para gerar receitas extras que ajudem a cumprir a meta de déficit primário deste ano, de 139 bilhões de reais, em meio aos fracos sinais de recuperação da economia e após a forte crise política que atingiu o governo do presidente Michel Temer.

Aumentar impostos da gasolina, além de ajudar com mais receitas, poderá agradar os produtores de etanol, que vêm sofrendo com os preços baixos do combustível.

Além disso, não haverá problemas para manter o controle da inflação, que vem perdendo muita força e mantido o caminho aberto para o Banco Central cortar cada vez mais a taxa básica de juros e, assim, estimular a economia. Hoje, a Selic está em 10,25 por cento ao ano.

A atual política de preços da Petrobras também ajuda neste cenário, com sucessivas reduções de preços dos combustíveis diante do cenário de preços internacionais mais baixos do petróleo.

MF. RFB. REUTERS. 19 DE JULHO DE 2017. Arrecadação sobe 3% e tem melhor junho desde 2015, diz Receita

BRASÍLIA (Reuters) - A arrecadação do governo federal subiu 3 por cento em junho, em termos reais, na comparação com igual mês de 2016, a 104,100 bilhões de reais, divulgou a Receita Federal nesta terça-feira.

Melhor resultado para o mês desde 2015 (+108,846 bilhões de reais), o número de junho foi beneficiado pelo crescimento na arrecadação de importantes tributos na comparação com 2016.

O destaque foi para o Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF)-Rendimentos do Trabalho, com alta de 9,45 por cento, equivalente a um acréscimo de 726 milhões de reais.

Também tiveram desempenho positivo a arrecadação de Cofins/Pis-Pasep (+2,79 por cento, ou mais 598 milhões de reais); de IPI, exceto vinculado (+20,65 por cento, alta de 490 milhões de reais), além de IRRF-Rendimentos de Capital (+4,51 por cento, ou mais 445 milhões de reais).

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse na semana passada que a performance da arrecadação no mês, segundo dados preliminares, havia sido positiva.

Imerso em intensa crise política, o governo segue acompanhando esse desenrolar com lupa para calibrar eventual necessidade de elevar impostos para cumprir a meta de déficit primário deste ano, de 139 bilhões de reais para o governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência Social).

No primeiro semestre, a arrecadação cresceu apenas 0,77 por cento, já descontada a inflação, a 648,584 bilhões de reais, fortemente ajudada pela arrecadação de royalties no período, que fez a linha de receitas administradas por outros órgãos que não a Receita avançar 53,34 por cento, a 17,777 bilhões de reais.

Em contrapartida, as receitas administradas pela Receita Federal sofreram uma queda real de 0,20 por cento de janeiro a junho, a 630,807 bilhões de reais.

A fraqueza no desempenho eleva a pressão para o cumprimento da meta, tornando o governo cada vez mais dependente de receitas extraordinárias. Em relação àquelas previstas com concessões, por exemplo, o Tribunal de Contas da União (TCU) enviou um alerta na semana passada apontando para o risco de frustração das operações.

Até o final desta semana, o governo deverá indicar em relatório bimestral de receitas e despesas como vê o comportamento dessas duas variáveis para o ano -- e o que fará para garantir o cumprimento da meta.

Membros da equipe econômica têm repetido diversas vezes que o compromisso é com o alvo fiscal e que tudo que for necessário será feito para assegurá-lo.

Por Marcela Ayres

PORTAL G1. Coluna de Thais Herédia. 19/07/2017. O que seria pior: aumentar imposto ou revisar a meta fiscal?

A discussão sobre aumento de impostos está acalorada e, certamente, liderada pela política – ou pela crise política – como já exposto aqui no Blog. Nesta quinta-feira vamos saber o que escolheu o governo e quem sairá vitorioso do debate: a responsabilidade fiscal ou a popularidade de Michel Temer.

Defender elevação de tributos num momento tão dramático do país parece coisa de gente cruel. O problema é que a alternativa pode ser ainda mais perversa. Se não criar receitas será impossível fechar as contas e o governo será forçado a rever a meta fiscal, de déficit de R$ 139 bilhões, assumindo que o buraco será maior nos cofres públicos este ano.

“Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Se mexer na meta fiscal, o governo entra no descontrole fiscal novamente, neste que foi um dos principais pilares do governo Temer. Revisar a meta vai escancarar que o fiscal continua tão descontrolado quanto antes. É declarar a falta de capacidade de lidar com a situação.  A sinalização é muito pior com revisão da meta porque é jogar a toalha”, me disse a economista Ana Carla Abrão Costa, sócia da Consultoria Oliver Wyman e ex-secretária de Fazenda de Goiás.

Ana Carla admite que a elevação de impostos teria um impacto muito negativo para o já combalido governo de Michel Temer. Mas, ‘infelizmente’, o custo de perder o controle de gestão das contas públicas agora pode sair mais caro para o Brasil. A sociedade, os investidores e os analistas de risco engoliram a estratégia do governo de não forçar uma correção de curto prazo para o rombo dos cofres, assumindo a promessa de encaminhar soluções de médio e longo prazo, como o Teto de Gastos e a reforma da Previdência.

“Essa promessa está sob judice agora, porque o risco de prorrogação além da que já aconteceu, é enorme. Ou você arruma o fiscal no curto prazo a qualquer custo, ou anda com déficit por um tempo, arrumando a casa no médio prazo.
Esse governo escolheu andar com déficit e fazer as reformas para garantir o médio e o longo prazos – a previdência no centro disso. Mas esta promessa ficou mais difícil. E o governo perdeu o direito de ficar fazendo déficits”, aponta Luiz Fernando Figueiredo, gestor da Mauá Capital, ex-diretor de Politica Monetária do BC.

No meio de tudo isso está a velha discussão sobre a gestão do setor público no Brasil. A dinâmica cruel, que ora opta pelo aumento de impostos, ora pelo corte de gastos, está em seu pior momento da história. E tudo indica que vamos seguir assim por mais tempo.

“O modelo de gestão pública no país está errado, porque ele não incentiva a alocação eficiente dos recursos, que já são escassos. E ninguém acredita que são! Todo mundo gasta como se não tivesse restrição. Desde a confecção do orçamento que processo sai sem credibilidade. O orçamento é uma peça de ficção e não um instrumento de gestão. A política domina, a falta de recurso não é real, as metas não são reais, porque sempre podem ser revistas. Tudo isso dá no que estamos vendo agora”, ressalva Ana Carla Abrão Costa.

Se optar pelo aumento de impostos que não dependem do Congresso Nacional e têm cobrança imediata, o governo pode sempre botar a culpa na crise política, no atraso da aprovação das reformas e nas traições (de quem com quem, né?) entre os aliados. O discurso não vai acalentar quem vai pagar por todos os erros acumulados.

“Vão ter que onerar a sociedade, de novo. E quando a gente olha para o ano que vem? O que será da meta fiscal de 2018? Uma declaração de total impotência? Fomos atropelados por crise politica e vamos continuar pagando por isso”, resume a economista ouvida pelo Blog.

PORTAL G1. Thais Herédia. 19/07/2017. Luta contra impostos é política e não matemática

Falar com a equipe econômica esses dias tem sido interessante. Todos afirmam com veemência que a situação das contas públicas está grave e que está ficando impossível escapar de um aumento de impostos. Bancar o aumento, ninguém quer, nem falando anonimamente. A temperatura que eu sinto daqui é de que a luta é política e não matemática.

Aumentar imposto no meio do serpentário político que cresce sobre as lideranças em Brasília, especialmente sobre o presidente Michel Temer, é como levar uma mordida de uma cobra bem venenosa. O que está na mesa é o aumento da PIS e do Cofins dos combustíveis, mas outras medidas não estão descartadas. Aumento da CIDE, outra contribuição, é sempre citada. Mas pode ter mais.

“A situação é dramática, mas o martelo só será batido amanhã”, me disse um assessor em Brasília.

Na última revisão que fez da trajetória das contas públicas, há dois meses, o governo conseguiu liberar R$ 3,14 bilhões do contingenciamento que tinha feito no orçamento de 2017, de R$ 42,1 bilhões. Até pouco tempo atrás, uma nova liberação estava sendo esperada. Agora, não só não vai haver mais liberação alguma, como cresce o risco de o governo ter que voltar a contingenciar, ou seja, promover mais cortes.

Desde que estabilizou a moeda, com o Plano Real, o Brasil vive uma ciranda perversa de aumento de impostos e carga tributária para compensar os desequilíbrios, distorções, má gestão e, mais recentemente, até a corrupção, na adminisrtaçao das contas públicas. Muito pouco foi feito para interromper esta dinâmica e buscar eficiência dos gastos – ao contrário.

Aliás, no governo de Dilma Rousseff, o plano era exatamente o de esgarçar ainda mais a capacidade do orçamento federal de bancar tanta coisa estapafúrdia e irresponsável, como redução da conta de luz, congelamento do preço dos combustíveis, subsídios infinitos aos ‘campeões nacionais’, e por aí vai.

Agora, cá estamos novamente neste dilema. Tentando sair da pior recessão da historia, a sociedade terá que arcar, mais uma vez, pela ineficiência do setor público brasileiro. E há quem refute violentamente as reformas, o fim dos privilégios e a má distribuição de renda que a dinâmica da administração pública impõe à economia.

Com o pior índice de popularidade da história, o presidente Michel Temer não quer de jeito nenhum aceitar o aumento de impostos. A esta altura, não buscar receitas para evitar um estouro da meta de déficit fiscal para este ano soa até irresponsável. E o pior é que nem podemos escolher, porque não há saída fácil para esta monstruosa distorção que nos ameaça.

COMPANHIA VALE DO RIO DOCE. 07/19/2017. Relatório de Produção 2T17. O Sistema Norte, que compreende as minas de Carajás, Serra Leste e S11D, atingiu recorde de produção de 41,5 Mt no 2T17

A produção de minério de ferro1 da Vale atingiu recorde para um segundo trimestre com 91,8 Mt no 2T17, ficando 5,8% maior do que no 2T16, devido, principalmente, ao ramp-up de S11D no Sistema Norte.

O Sistema Norte, que compreende as minas de Carajás, Serra Leste e S11D, atingiu recorde de produção de 41,5 Mt no 2T17, ficando 13,7% maior do que no 2T16, como resultado do ramp-up de S11D, que está avançando conforme o planejado.

Os volumes blendados na Ásia totalizaram 14,8 Mt no 2T17, ficando 9,8 Mt e 3,7 Mt maiores do que no 2T15 e no 2T16, respectivamente, como resultado da estratégia atual de trazer maior flexibilidade à cadeia integrada de valor através do aumento da capacidade de blendagem offshore, permitindo respostas rápidas a mudanças de condições de mercado.

A produção de minério de ferro ficará próxima ao limite inferior da faixa 360 - 380 Mt para 2017, em linha com a estratégia atual de maximização de margem.

A produção de níquel alcançou 65.900 t no 2T17, ficando 7,7% menor do que no 1T17 e 16,1% menor do que no 2T16, devido, principalmente, à reconstrução do forno #2, como parte da transição para operação com forno único, e à parada programada para manutenção em Sudbury.

A produção de cobre foi de 100.800 t2 no 2T17, ficando 6,2% e 4,6% menor do que no 1T17 e no 2T16, respectivamente. A redução deveu-se, principalmente, à menor produção em Sudbury, como resultado da parada programada para manutenção nas plantas de superfície e nas minas.

A produção de cobre contido no concentrado de Salobo atingiu recorde para um segundo trimestre de 46.000 t, ficando 13,0% maior do que no 2T16, devido, principalmente, ao maior teor de feed e à melhor performance da planta no 2T17.

Estamos revisando a nossa produção de níquel para 295.000 t em 2017, refletindo uma produção menor que a planejada nas operações de Thompson, Nova Caledônia e Indonésia.

Existe uma defasagem no impacto da produção refinada da Nova Caledônia e da Indonésia, a produção mais fraca no site se reflete na produção final à medida que o material é processado nas nossas refinarias na Ásia. Nossa produção de cobre foi revisada para 447.000 t em 2017, refletindo o impacto da manutenção não planejada nas minas de Sudbury, menores entregas de cobre de terceiros e maior variabilidade do teor de Salobo.

A produção de carvão em Moçambique atingiu recorde trimestral de 3,0 Mt no 2T17, ficando 24,8% e 101,8% maior do que no 1T17 e no 2T16, respectivamente, com dois terços da produção total sendo de carvão metalúrgico. As operações logísticas em Moçambique atingiram recorde histórico, com volume2 transportado atingindo 3,1 Mt no 2T17, 15% maior do que no 1T17.

1 Inclui aquisição de terceiros.
2 Exclui produção atribuível a Lubambe

Relatório completo: http://saladeimprensa.vale.com/Lists/Acervo/Attachments/3054/PREPORT2T17_p.pdf

MERCOSUL. REUTERS. 19 DE JULHO DE 2017. Acordo entre Egito e Mercosul entrará em vigor em um mês, diz Argentina

BUENOS AIRES (Reuters) - A Argentina anunciou nesta quarta-feira que enviou ao Mercosul sua ratificação do acordo comercial firmado pelo bloco em 2010 com o Egito e, assim, o pacto entrará em vigor em um mês.

O acordo comercial, que engloba alimentos, carros, peças automotivas e bens industriais, foi assinado pelo Egito e pelo Mercosul --formado por Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai-- em 2010, mas não havia entrado em vigor porque não havia sido aprovado pelo Congresso argentino.

O Congresso argentino aprovou o acordo em maio e o governo do país enviou a ratificação formal ao Mercosul, último passo necessário para a implementação, disse o Ministério da Produção argentino.

"Em 30 dias o acordo estará em pleno vigor", disse o ministério em comunicado nesta quarta.

Reportagem de Maximiliano Rizzi

CNI. 20 de Julho de 2017. Confiança do empresário cai em julho, informa CNI. Pesquisa mostra que queda de 1,3 ponto no ICEI de julho é resultado da piora na avaliação sobre as condições atuais e do recuo nas expectativas quanto ao futuro

série histórica ICEI 200717

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) caiu 1,3 ponto em julho frente a junho e registrou 50,6 pontos neste mês. De acordo com pesquisa divulgada nesta quinta-feira (20) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o indicador próximo da linha dos 50 pontos sinaliza que os empresários não estão nem confiantes nem com falta de confiança. O índice varia de zero a cem. Valores abaixo de 50 pontos, sinalizam falta de confiança, e acima, empresários confiantes.

A queda no ICEI foi puxada tanto pelas condições atuais quanto pelas expectativas, ambas em relação à empresa e à economia. O índice de condições atuais, que recuou para 44,2 pontos, indica que o empresário percebe piora do ambiente de negócios, já que está abaixo da linha dos 50 pontos. Já o índice de expectativas, embora tenha recuado de 54,9 pontos, em junho, para 53,8 pontos em julho, ainda revela perspectivas positivas, já que o indicador está acima dos 50 pontos. No entanto, a queda do índice aponta menor grau do otimismo com relação ao futuro.

Desde março, quando atingiu 54 pontos, o ICEI caiu 3,6 pontos. Na comparação com julho de 2016, houve crescimento de 3,3 pontos no indicador. No entanto, o índice continua abaixo da média histórica de 54 pontos. “A menor confiança é um entrave adicional à reativação dos investimentos no setor industrial”, destaca a CNI.

Essa edição da pesquisa foi feita entre 3 e 12 de julho, com 2.880 empresas. Dessas, 1.146 são pequenas, 1.095 são médias e 639 são de grande porte. O ICEI antecipa tendências de produção e de investimento. Empresários confiantes acreditam no aumento do consumo e da produção, voltam a contratar e a fazer investimentos. Com isso, a economia retoma o crescimento.

ICEI - Índice de Confiança do Empresário Industrial. Confiança da indústria se reduz novamente

O ICEI de julho caiu para 50,6 pontos, o que representa recuo de 1,3 ponto na comparação com junho, mês em que o índice já havia registrado queda. Como situa-se praticamente sobre a linha divisória de 50 pontos – que separa a confiança da falta de confiança –, o ICEI de julho não afirma que os empresários estão confiantes, tampouco sem confiança. Desde março último, quando atingiu 54,0 pontos, o índice já caiu 3,6 pontos.



Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI): https://static-cms-si.s3.amazonaws.com/media/filer_public/cb/04/cb043f4b-2dd7-4d86-8062-c18aeccae208/indicedeconfiancadoempresarioindustrial_julho2017.pdf

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LGCJ.: