Translate

May 23, 2017


BACEN. 23/05/2017. Setor Externo em Abril/2017

I - Balanço de pagamentos - Abril de 2017

No mês, as transações correntes apresentaram superavit de US$1,2 bilhão, influenciado pelo saldo comercial positivo recorde para meses de abril. As transações correntes registraram deficit de US$19,8 bilhões, equivalente a 1,06% do PIB, nos doze meses encerrados em abril. Na conta financeira, os ingressos líquidos de investimentos diretos no país somaram US$5,6 bilhões no mês, acumulando US$84,7 bilhões nos últimos doze meses, ou 4,50% do PIB.

A conta de serviços registrou deficit de US$2,5 bilhões em abril, estável em relação ao mesmo mês do ano anterior. As despesas líquidas com viagens internacionais totalizaram US$908 milhões, aumento de 50,9% comparadas ao observado em abril de 2016, resultado de elevação de 23,1% nos gastos em viagens ao exterior, e recuo de 12,1% nas receitas auferidas em viagens ao País. A conta de aluguel de equipamentos apresentou deficit de US$1,4 bilhão em abril, redução de 21,7% comparativamente ao mesmo mês do ano anterior.

As despesas líquidas de renda primária atingiram US$3,2 bilhões no mês, aumento de 67,3% com relação a abril de 2016. As despesas líquidas com juros alcançaram US$2,3 bilhões, 66,9% acima do ocorrido no mesmo mês do ano anterior. As remessas líquidas de lucros e dividendos totalizaram US$944 milhões no mês, incremento de 63,1% quando comparadas ao observado em abril de 2016.

A conta de renda secundária registrou ingressos líquidos de US$152 milhões, recuo de 34,9% em relação a abril do ano anterior. As receitas brutas em transferências pessoais totalizaram US$162 milhões, recuo de 13,2% na comparação com abril de 2016.

INVESTIMENTOS

Os investimentos diretos no exterior apresentaram aumentos líquidos de US$69 milhões no mês. No primeiro quadrimestre, a conta somou aplicações líquidas de US$774 milhões, 71,0% inferiores ao montante ocorrido em período correspondente do ano anterior.

Os investimentos diretos no país totalizaram ingressos líquidos de US$5,6 bilhões em abril, recuo de 18,4% com relação ao mesmo mês do ano anterior. Os ingressos líquidos de US$6,9 bilhões na modalidade participação no capital, foram parcialmente compensados por saídas líquidas de US$1,4 bilhão em operações intercompanhia.

Os passivos de investimento em carteira registraram entradas líquidas de US$4,4 bilhões no mês, com destaque para ingressos líquidos em títulos de renda fixa negociados no mercado doméstico, US$4,4 bilhões, tornando positivo o fluxo acumulado no ano. Os investimentos em ações no mercado doméstico apresentaram saídas líquidas de US$896 milhões, enquanto aquelas negociados no mercado externo propiciaram ingressos líquidos de US$391 milhões.

As aplicações líquidas de outros investimentos ativos totalizaram US$7,8 bilhões em abril, destacando-se constituição líquida de depósitos no exterior, US$5,5 bilhões, e concessões líquidas de US$2,4 bilhões em créditos comerciais e adiantamentos.

Os passivos de outros investimentos expandiram US$1,2 bilhão em abril, incluindo ingresso líquido de US$2,6 bilhões em créditos comerciais e adiantamentos, e saídas líquidas de US$1,4 bilhão em empréstimos.

II - Reservas internacionais

As reservas internacionais totalizaram US$376,3 bilhões no conceito liquidez, em abril de 2017, aumento de US$984 milhões em relação ao mês anterior. O estoque de linhas com recompra reduziu US$3,9 bilhões relativamente à posição de março de 2017. A receita de remuneração das reservas somou US$300 milhões no mesmo período, e as variações por preços e paridades aumentaram o estoque em US$334 milhões e US$84 milhões, na ordem. No conceito caixa, o estoque de reservas atingiu US$374,9 bilhões em abril, aumento de US$4,8 bilhões em relação ao mês anterior.

III - Dívida externa

O estoque de dívida externa bruta estimado para abril de 2017 totalizou US$319,7 bilhões, redução de US$1,6 bilhão em relação à posição de dezembro de 2016. A dívida externa estimada de longo prazo atingiu US$263,2 bilhões, redução de US$1,6 bilhão, enquanto o endividamento de curto prazo somou US$56,5 bilhões, aumento de US$158 milhões, no mesmo período.

Dentre os determinantes da variação da dívida externa de longo prazo, entre dezembro de 2016 e abril de 2017, destacam-se: US$1,2 bilhão em amortizações de títulos soberanos, US$1,2 bilhão em desembolsos líquidos de títulos emitidos pelo setor financeiro, US$3,6 bilhões e US$1,2 bilhão em amortizações de empréstimos e de títulos, respectivamente, por outros setores. Contribuíram para elevar o estoque de endividamento externo a variação cambial, US$727 milhões, e os preços de títulos soberanos, US$2,2 bilhões.

DOCUMENTO: https://www.bcb.gov.br/htms/notecon1-p.asp

Standard and Poors. REUTERS. 22/05/2017. S&P coloca rating do Brasil em observação negativa, cita crise política

(Reuters) - A agência de classificação de risco Standard and Poor's anunciou nesta segunda-feira que colocou em observação negativa a perspectiva da nota de crédito soberano do Brasil, hoje em BB, citando aumento das incertezas políticas.

Segundo a S&P, após recentes alegações de corrupção contra o presidente Michel Temer, o cenário político do Brasil voltou a se tornar mais complicado.

"As incertezas de curto prazo sobre a viabilidade política do presidente Temer, o potencial de processo de transição prolongado aumentou o risco de queda para a classificação do Brasil", diz trecho do documento.

Segundo a S&P, a observação negativa reflete o risco de corte no rating nos próximos três meses em meio ao maior estresse na dinâmica política.

Logo após o anúncio, o Ministério da Fazenda afirmou em nota que está focado na recuperação econômica e na realização das reformas e que a S&P informou que a atual nota de crédito pode ser mantida se a incerteza política for de curta duração e se a equipe econômica tiver apoio do Congresso.

"O Ministério da Fazenda reafirma o seu compromisso com a recuperação da economia brasileira por meio de reformas estruturais que objetivam o equilíbrio das contas públicas, a sustentabilidade da dívida pública e a construção de novas bases para o crescimento sustentado", diz a nota.

Na sexta-feira, a agência Fitch reafirmou o rating do Brasil em "BB" com perspectiva negativa, citando os repetidos episódios de instabilidade política que têm implicações para a economia.

As decisões das agências acontecem após os desdobramentos da divulgação de áudios de conversa de Temer com o empresário Joesley Batista, um dos controladores da JBS (JBSS3.SA: Cotações), na qual o presidente da República supostamente dá aval para manter pagamentos ao ex-deputado Eduardo Cunha em troca de silêncio sobre denúncias contra o governo. Temer nega as acusações.

(Reportagem de Aluísio Alves e Alexandre Caverni)

IBGE. 23/05/2017. Em maio, IPCA-15 fica em 0,24%

PERÍODO
TAXA
Maio
0,24%
Abril
0,21%
Maio 2016
0,86%
Acumulado no ano
1,46%
Acumulado em 12 meses
3,77%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,24% em maio e ficou pouco acima da taxa de 0,21% de abril. Com isso, o resultado no ano foi para 1,46%, bem abaixo dos 4,21% referentes ao mesmo período do ano anterior. Considerando os últimos doze meses, o índice desceu para 3,77%, abaixo dos 4,41% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores, constituindo-se na menor variação acumulada em períodos de 12 meses desde julho de 2007 (3,71%). Em maio de 2016, a taxa foi 0,86%.
No mês de maio, foram os remédios, cujos preços subiram 2,08%, que tomaram a dianteira na relação dos principais impactos no IPCA-15, com 0,07 ponto percentual (p.p.). Este comportamento decorre do reajuste anual que passou a valer a partir de 31 de março, variando entre 1,36% e 4,76%, conforme o tipo de medicamento, resultando em alta de 2,96% quando considerados tanto abril (0,86%) quanto maio (2,08%).
Com isso, pelo segundo mês consecutivo, Saúde e Cuidados Pessoais (0,84%) apresentou a mais elevada variação de grupo, seguido dos artigos de Vestuário (0,74%), conforme mostra a tabela a seguir.

Grupo
Variação (%)
Impacto (p.p.)
Abril
Maio
Abril
Maio
Índice Geral
0,21
0,24
0,21
0,24
Alimentação e Bebidas
0,31
0,42
0,08
0,11
Habitação
0,39
0,15
0,06
0,02
Artigos de Residência
-0,43
0,02
-0,02
0,00
Vestuário
0,44
0,74
0,03
0,04
Transportes
-0,44
-0,40
-0,08
-0,07
Saúde e Cuidados Pessoais
0,91
0,84
0,10
0,10
Despesas Pessoais
0,23
0,27
0,02
0,03
Educação
0,14
0,05
0,01
0,00
Comunicação
0,18
0,19
0,01
0,01

Nos alimentos (0,42%), produtos como batata-inglesa (16,08%), tomate, (12,09%) e cebola (9,15%) ficaram bem mais caros, enquanto outros, como óleo de soja (-5.81%), açúcar cristal (-3,03%), frutas
(-2,73%) e feijão-carioca (-2,52%) tiveram seus preços reduzidos de um mês para o outro.
Quanto aos demais grupos, as variações situaram-se entre -0,40% e 0,27%. Destaca-se, entre eles, a queda de 0,40% no grupo Transportes, onde os combustíveis passaram a custar 1,12% menos do que custavam em abril, gerando impacto de -0,06 p.p., o mais forte impacto negativo no índice do mês. Observa-se que o preço do litro da gasolina ficou 0,85% mais barato, enquanto o preço do etanol caiu 2,48%.
Além disso, influenciando o grupo Transportes (-0,40%), as passagens aéreas chegaram a cair 11,42%, com impacto de -0,04 p.p. Juntos, as passagens aéreas (-11,42%) e os combustíveis (-1,12%) exerceram significativo impacto negativo no IPCA-15 do mês, -0,10 p.p.
A respeito dos índices regionais, conforme a tabela a seguir, foi Recife a região metropolitana que ficou com o resultado mais elevado (0,65%) pois, entre outros fatores, as contas de energia elétrica aumentaram 4,70%, bem distante da queda de 0,30% da média nacional, tendo em vista reajuste de 8,87% nas tarifas, vigente desde 29 de abril. Além disso, em Recife, as tarifas dos ônibus urbanos registraram variação de 2,89%, enquanto a média nacional situou-se em 0,36%. Isso porque, naquela região, a partir de 26 de março, deixou de ser concedido o benefício do pagamento de meia tarifa aos domingos.

Região
Peso Regional (%)
Variação Mensal (%)
Variação Acumulada (%)
Abril
Maio
Ano
12 meses
Recife
5,05
0,53
0,65
2,14
5,10
São Paulo
31,68
0,17
0,38
1,47
3,89
Porto Alegre
8,40
0,35
0,27
1,29
3,32
Fortaleza
3,49
0,07
0,24
2,12
5,31
Curitiba
7,79
0,06
0,21
1,17
2,37
Rio de Janeiro
12,46
0,51
0,20
2,15
4,41
Belo Horizonte
11,23
-0,07
0,18
1,18
3,90
Brasília
3,46
0,42
0,16
1,40
4,17
Salvador
7,35
0,11
0,02
1,54
3,68
Belém
4,65
-0,03
-0,04
0,89
3,30
Goiânia
4,44
0,39
-0,22
0,21
1,94
Brasil
100,00
0,21
0,24
1,46
3,77

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 13 de abril a 15 de maio de 2017 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 15 de março a 12 de abril de 2017 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

DOCUMENTO: http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=3435

FGV. IBRE. 23/05/2017. Inflação pelo IPC-S avança na terceira semana de maio

O IPC-S de 22 de maio de 2017 apresentou variação de 0,35%1, 0,05 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada na última divulgação.

Nesta apuração, cinco das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Habitação (0,44% para 0,93%). Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de 1,52% para 5,78%.

Também registraram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Educação, Leitura e Recreação (-0,53% para -0,25%), Transportes (-0,17% para -0,15%), Vestuário (0,55% para 0,72%) e Despesas Diversas (0,21% para 0,26%). Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: salas de espetáculo (-0,14% para 0,72%), gasolina (-1,03% para -0,67%), blusa de malha infantil (1,85% para 2,26%) e tarifa postal (1,99% para 3,97%), respectivamente.

Em contrapartida, os grupos: Alimentação (0,16% para -0,11%), Saúde e Cuidados Pessoais (1,08% para 0,90%) e Comunicação (1,22% para 0,75%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens: hortaliças e legumes (4,40% para -0,53%), medicamentos em geral (2,77% para 1,96%) e pacotes de telefonia fixa e internet (2,53% para 0,64%), respectivamente.

DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&lumItemId=8A7C82C5593FD36B015C34DB3C035D86

FGV. IBRE. 23/05/2017. Inflação prevista pelos consumidores recua e atinge o menor nível desde agosto de 2013

Em maio de 2017, a expectativa mediana dos consumidores brasileiros para a inflação nos 12 meses seguintes recuou 0,4 ponto, para 7,1%, o menor nível desde agosto de 2013 (7,0%). Na comparação com o mesmo período no ano anterior, o indicador registra recuo de 3,2 pontos percentuais.

“A queda na expectativa de inflação dos consumidores reflete a queda generalizada dos preços, refletida no índice de preços ao consumidor, medido pelo IBGE. As pessoas estão, cada vez mais, acreditando no compromisso do Banco Central em manter a inflação na meta. Além disso, a profunda recessão econômica e o alto desemprego ajudam a direcionar as expectativas de inflação para níveis inferiores”, afirma o economista Pedro Costa Ferreira, da FGV/IBRE.

Neste mês, 50,9% dos consumidores consultados previram inflação inferior a 6% nos 12 meses seguintes, dando continuidade ao movimento de migração das expectativas para valores inferiores ao limite superior da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central para este ano. A frequência relativa de respostas inferiores à meta de 4,5% avançou 4 p.p. em relação ao mês anterior, passando a 20,3% do total. No extremo oposto, o percentual de citações superiores a 10% recuou 1,3 p.p, para 15,4%, o mesmo nível de março passado.A expectativa de inflação recuou em todas as faixas de renda, exceto para as famílias com renda mensal entre R$ 4,800,01 e R$ 9,600,00, cuja previsão ficou relativamente estável em relação ao mês anterior. A redução mais forte da inflação prevista em maio ocorreu entre as famílias com renda até R$ 2,100,00 mensais.

DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&lumItemId=8A7C82C5593FD36B015C34EB33F424C5

FGV. IBRE. 22/05/2017. Sondagem da Indústria. Prévia do Índice de Confiança da Indústria sinaliza alta

Com dados coletados até o dia 17 de maio, a prévia da Sondagem da Indústria de maio de 2017 sinaliza alta de 1,2 ponto do Índice de Confiança da Indústria (ICI) em relação ao número final de abril. Caso confirmado, o nível de 92,4 pontos seria o maior desde abril de 2014 (97,0 pontos).

A continuidade no avanço da confiança resultaria tanto de melhores avaliações sobre a situação atual quanto de melhores perspectivas para os meses seguintes. O Índice da Situação Atual (ISA) subiria 1,3 ponto, para 89,6 pontos, e o Índice de Expectativas (IE) subiria 0,8 ponto, para 95,2 pontos.

Após subir 0,3 ponto percentual (p.p.) em abril, o resultado prévio indica que o Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (NUCI) teria recuado 0,2 p.p. em maio, para 74,5%.

Para a prévia de maio de 2017 foram consultadas 781 empresas entre os dias 02 e 17 deste mês.
O resultado final da pesquisa será divulgado na próxima segunda-feira, dia 29 de maio.

DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&contentId=8A7C82C5593FD36B015C2FB73BE842BA

FECOMÉRCIO. 22/05/2017. Economia. Número de varejistas com estoques elevados cai de forma acelerada em maio. Proporção de empresários com estoques acima do adequado caiu 4,1 p.p. em relação a abril atingindo 32,0%, o menor nível desde julho de 2015. Número de varejistas com estoques elevados cai de forma acelerada em maio. Parcela de empresários com estoques adequados atingiu 52,7%, ainda abaixo do histórico de antes de 2015, quando o indicador rondava os 60%

Os comerciantes do varejo de São Paulo estão conseguindo equilibrar seus estoques ainda no primeiro semestre do ano. Em maio, o Índice de Estoques (IE) atingiu 105,6 pontos, crescimento de 7% na comparação com abril e 20,8% superior ao registrado em maio de 2016. A evolução do indicador foi motivada pela queda de 4,1 pontos porcentuais (p.p.) no número de empresários que afirmaram estar com estoques acima do ideal na comparação com abril e -7,8 p.p. no contraponto anual.

Em maio, cerca de 32% dos empresários afirmaram estar com os estoques acima do adequado, a menor proporção desde julho de 2015,e 15,1% abaixo do que consideram ideal. A parcela de empresários que consideram seus estoques adequados atingiu 52,7%, ainda abaixo do histórico de antes de 2015, quando o indicador rondava os 60%.

O Índice de Estoques (IE) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) capta a percepção dos comerciantes sobre o volume de mercadorias estocadas nas lojas e varia de zero (inadequação total) a 200 pontos (adequação total). A marca dos 100 pontos é o limite entre inadequação e adequação.

De acordo com a Entidade, os diferenciais entre os estoques acima e abaixo caíram bastante após permanecerem elevados por bastante tempo, mas ainda assim a proporção de empresários com excesso de produtos nas prateleiras tem se mantido um pouco acima do esperado. A Federação esperava que os dados posteriores ao Natal e no início do ano fossem apenas uma fotografia de um momento ruim. E com as promoções de vendas no primeiro trimestree com a provável retomada gradativa da atividade,o excesso de estocagem fosse se ajustando, mas isso não ocorreu como projetado. Somente agora em maio que, aparentemente, o quadro referente aos excessivos e onerososestoques começa a caminhar para a normalidade, quando se espera, por experiência com os dados, que mais de 60% dos empresários estejam com os estoques adequados e menos de 25% deles tenham excesso de mercadorias.

A redução dos estoques somente se manterá, segundo a Entidade, em um ambiente de crescimento um pouco mais rápido com uma forte dose de conservadorismo por parte dos comerciantes no momento em que forem projetar novos pedidos e vendas. Nesse contexto, o acompanhamento deste indicador nos próximos meses é extremamente importante para antecipar a retomada mais vigorosa da produção industrial.

MDIC. 22/05/2017. Balança comercial registra superávit de US$ 1,824 bilhão na terceira semana de maio. No ano, as exportações totalizam US$ 81,189 bilhões e as importações, US$ 54,964 bilhões, com saldo positivo de US$ 26,225 bilhões

Brasília (22 de maio) - Na terceira semana de maio, a balança comercial registrou superávit de US$ 1,824 bilhão, resultado de exportações no valor de US$ 4,758 bilhões e importações de US$ 2,933 bilhões. No mês, as exportações somam US$ 13,049 bilhões e as importações, US$ 8,195 bilhões, com saldo positivo de US$ 4,854 bilhões. No ano, as exportações totalizam US$ 81,189 bilhões e as importações, US$ 54,964 bilhões, com saldo positivo de US$ 26,225 bilhões.

A média das exportações da terceira semana chegou a US$ 951,5 milhões, 3,3% acima da média de US$ 921,3 milhões até a segunda semana, em razão do crescimento nas exportações de produtos: básicos (+11,7%, por conta de petróleo em bruto, café em grão, minério de cobre, fumo em folhas, cinzas e resíduos de metais preciosos). Caíram as vendas de produtos semimanufaturados (-6%, em razão de celulose, semimanufaturados de ferro e aço, couros e peles, ferro-ligas, madeira em estilhas) e manufaturados (-4,2%, em razão, principalmente, de óleos combustíveis, automóveis de passageiros, aviões, laminados planos de ferro e aço, polímeros plásticos).

Do lado das importações, houve crescimento de 0,4%, sobre igual período comparativo (média da terceira semana, de US$ 586,7 milhões, sobre média até a segunda semana, de US$ 584,6 milhões), explicada, principalmente, pelo aumento nos gastos com combustíveis e lubrificantes, cereais e produtos da indústria da moagem, veículos automóveis e partes, bebidas e álcool, filamentos e fibras sintéticas.

Nas exportações, comparadas as médias até a terceira semana de maio de 2017 (US$ 932,1 milhões) com a de maio de 2016 (US$ 836,6 milhões), houve crescimento de 11,4%, em razão do aumento nas vendas das três categorias de produtos: básicos (+18,1%, por conta, principalmente, de petróleo em bruto, minério de ferro, soja em grão, minério de cobre, milho em grão), semimanufaturados (+15,6%, por conta de celulose, semimanufaturados de ferro e aço, açúcar em bruto, couros e peles, zinco em bruto) e manufaturados (+1,2%, por conta de automóveis de passageiros, açúcar refinado, suco de laranja congelado, aviões, óxidos e hidróxidos de alumínio).

Na comparação com abril de 2017, houve retração de 5,1%, em virtude da diminuição nas vendas de produtos básicos (-6,7%) e manufaturados (-6,2%), enquanto cresceram as vendas de produtos semimanufaturados (+7,1%).

Nas importações, a média diária até a terceira semana de maio de 2017, de US$ 585,3 milhões, ficou 10,4% acima da média de maio de 2016 (US$ 530,3 milhões). Nesse comparativo, cresceram os gastos, principalmente, com bebidas e álcool (+257,2%), cereais e produtos da indústria da moagem (+65,7%), combustíveis e lubrificantes (+47,8%), equipamentos elétricos e eletrônicos (+24,7%) e veículos automóveis e partes (+15,1%). Ante abril de 2017, houve retração de 1,7%, pelas diminuições em combustíveis e lubrificantes (-10,7%), equipamentos elétricos e eletrônicos (-10,6%), plásticos e obras (-9%), instrumentos de ótica e precisão (-5,6%) e equipamentos mecânicos (-2,9%).

_______________

ENERGIA

PETROBRÁS. 22/05/2017. Venda do Campo de Juruá na Bacia de Solimões

Informamos que iniciamos a etapa de divulgação da oportunidade de desinvestimento (Teaser), referente à cessão de participação no Campo de Juruá, na Bacia de Solimões.

Neste projeto, oferecemos 100% de participação no Campo de Juruá (Concessão de Juruá), localizado no estado do Amazonas. A transação em potencial representa uma oportunidade para desenvolver e monetizar uma descoberta de gás natural, perto de campos operados por nós e de infraestrutura para processamento e escoamento de gás.

O Teaser, que contém as principais informações sobre a oportunidade, bem como os critérios objetivos para a seleção de potenciais participantes, está disponível em nosso site: http://www.investidorpetrobras.com.br/pt/comunicados-e-fatos-relevantes.

Além do Teaser, as principais etapas subsequentes de cada projeto nosso de desinvestimento serão divulgadas, conforme abaixo:

  • Início da fase não-vinculante (quando for o caso);
  • Início da fase vinculante;
  • Concessão de exclusividade para negociação (quando for o caso);
  • Aprovação da transação pela alta administração (Diretoria Executiva e Conselho de Administração) e assinatura dos contratos;
  • Fechamento da operação (closing).

A presente divulgação ao mercado está em consonância com nossa sistemática para desinvestimentos, que foi revisada e aprovada pela nossa Diretoria Executiva e está alinhada às orientações do Tribunal de Contas da União (TCU).

PETROBRÁS. 22/05/2017. Emissão de US$ 4 bi em títulos

Informamos que concluímos, hoje, através da nossa subsidiária integral Petrobras Global Finance B.V. (PGF), a reabertura de títulos no mercado de capitais internacional (Global Notes), no valor de US$ 4 bilhões, com vencimentos nos anos de 2022, 2027 e 2044. A operação foi precificada no dia 15 de maio de 2017, conforme divulgado ao mercado.

A tabela abaixo resume as principais informações da emissão:

tabela-emissa_o.jpg

A operação foi realizada em apenas um dia, tendo a demanda superado US$ 20 bilhões, resultante de mais de 900 ordens originadas por cerca de 400 investidores. A emissão foi a de menor custo médio para nós desde 2013, com a maior concentração de investidores da América do Norte (77%) e Europa (19%).

A PGF pretende usar os recursos líquidos da venda dos títulos para a liquidação voluntária antecipada dos seguintes títulos:

  • 5,875% Global Notes, em dólares, com vencimento em março de 2018
  • 2,750% Global Notes, em euros, com vencimento em janeiro de 2018
  • 4,875% Global Notes, em euros com vencimento em março de 2018

Os recursos líquidos também serão utilizados para o refinanciamento de outras dívidas e, caso haja recursos remanescentes, para fins corporativos gerais.

PETROBRÁS. REUTERS. PORTAL G1. 22/05/2017. Preços do petróleo atingem maior valor em 1 mês por expectativa de acordo mais amplo para cortar produção. Expectativa é que Opep e outros produtores, incluindo a Rússia, iriam estender o acordo em sua reunião em 25 de maio para cortar a oferta em 1,8 milhão de barris por dia por até nove meses.
Por Reuters

Os preços do petróleo subiram nesta segunda-feira (22) à medida que a crescente confiança de que os principais exportadores concordariam em estender os cortes de produção nesta semana levaram os preços aos seus maiores níveis em mais de um mês.
O petróleo Brent subiu 0,5% e fechou a US$ 53,87 por barril, enquanto o petróleo dos EUA fechou em alta de 0,8%, a US$ 50,73 por barril.
Os dois contratos subiram pela oitava vez nas últimas nove sessões, colocando o petróleo 16% acima das mínimas de cinco meses alcançadas mais cedo neste mês.
Os preços têm subido por expectativas de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e outros produtores, incluindo a Rússia, iriam estender o acordo em sua reunião em 25 de maio para cortar a oferta em 1,8 milhão de barris por dia por mais seis ou nove meses.
Afirmações de autoridades
O ministro de Energia saudita, Khalid al-Falih, disse nesta segunda-feira (22) que não espera qualquer oposição na Opep para prorrogar os cortes na produção de petróleo por mais nove meses, depois de se encontrar com o ministro de Energia iraquiano em Bagdá.
O ministro saudita disse em entrevista coletiva que um novo acordo de produção de petróleo seria semelhante ao pacto anterior, com pequenas mudanças. Ele afirmou que qualquer decisão não será finalizada até uma reunião da Opep no fim desta semana.
O ministro iraquiano do Petróleo, Jabar Ali al-Luaibi, disse que concorda com a Arábia Saudita sobre a necessidade de ampliar os cortes na produção de petróleo da Opep por mais nove meses.
As restrições de produção existentes por parte dos produtores da Opep e outros produtores não membros deveriam durar os primeiros seis meses de 2017. Uma reunião desta semana da Opep discutirá se os cortes serão estendidos.

OPEP. FRANCE PRESS. PORTAL G1. 23/05/2017. Opep e seus sócios buscam acordo para continuar reduzindo a produção. Pacto já levou 24 países de dentro e fora da Opep a reduzir sua produção em 1,8 milhão de barris diários (mbd) em relação a outubro de 2016.
Agence France-Presse

Os países da Opep e seus sócios, entre eles a Rússia, buscam esta semana um acordo para continuar reduzindo sua produção e apoiar os preços do petróleo, em um mercado mundial marcado pelo auge do petróleo americano.
Tudo indica que os membros da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) e vários produtores externos ao cartel renovarão nesta quinta-feira (25) em Viena seu acordo de novembro passado.
A Arábia Saudita, membro do cartel, e a Rússia, os dois principais produtores mundiais, já anunciaram que farão "todo o possível" para prorrogá-lo, provavelmente por um período de nove meses, até março de 2018.
Alguns dos 13 membros do cartel, como Iraque, Kuwait Venezuela, deram aval à extensão. "Nove meses me parece bom", disse o ministro argelino do petróleo nesta terça-feira em sua chegada a Viena.
O pacto de novembro, o primeiro importante em anos de um cartel que parecia ter perdido sua capacidade de influência, levou 24 países de dentro e de fora da Opep a reduzir sua produção em um total de 1,8 milhão de barris diários (mbd) em relação aos níveis de outubro de 2016.
O resultado é um barril que agora se aproxima dos 50 dólares, preço que ainda é menos da metade em comparação ao de 2014.
"Por um lado não cumpriram seus objetivos [de aumento significativo do preço] porque não eram alcançáveis no curto prazo, mas por outro drenaram um pouco os enormes estoques que havia, mudaram o sentimento do mercado e frearam o motivo da queda", explicou à AFP Gonzalo Escribano, responsável pelo programa de energia do Real Instituto Elcano, com sede em Madri.
Xisto na mira
O principal responsável pela oferta abundante em nível mundial é o petróleo de xisto produzido nos Estados Unidos.
Em relação a isso, os países da Opep e seus sócios buscam uma difícil quadratura do círculo para alcançar um preço do barril que não seja nem muito alto nem muito baixo.
"Não querem fazer um corte dramático de produção, com o qual os preços comecem a subir, enriquecendo os americanos, os brasileiros e os noruegueses às suas custas", opina Escribano.
Ao mesmo tempo, um preço muito baixo coloca em risco as economias dos produtores do Golfo e de países muito dependentes, como a Venezuela.
Este era o panorama antes do acordo do ano passado, quando a política da Opep de inundar o mercado para competir com o xisto fez cair o barril a níveis historicamente baixos.
Até agora a situação se inverteu e a produção nos Estados Unidos (de xisto e convencional) passou de 850.000 barris por dia em 2016 para 9,3 milhões atualmente, aproximando-se do recorde histórico de 2015.
Trata-se da "maior recuperação dos últimos 30 anos", avalia Martijn Rats, da Morgan Stanley.
Diferentemente de alguns anos atrás, quando por sua complexidade a produção de xisto precisava de um barril a um preço muito alto para ser rentável, o setor pode agora "abrir e fechar a torneira com uma flexibilidade nunca vista", explica Thomas Pugh, analista da Capital Economics.
Dúvidas nos mercados
A questão agora é saber se uma nova prorrogação será eficaz para estimular os preços, após os primeiros meses de 2017 nas quais as reservas continuaram aumentado apesar dos esforços da Opep.
"O esforço da Opep deveria ser mais eficaz no segundo semestre, porque há um aumento da demanda de 2%", indica Pugh.
Ao mesmo tempo, Gonzalo Escribano afirma que o cartel "sabe que tem um teto dos 60 dólares que não vai poder superar".
Por sua vez, a Arábia Saudita tem um especial interesse em que haja acordo nesta semana em Viena porque está preparando para 2018 a estreia da Aramco, companhia de petróleo nacional, na Bolsa de Valores. O preço do barril será determinante na valorização das ações.

OPEP. REUTERS. 23/05/2017. Opep deve prolongar cortes de produção; delegados preveem reunião tranquila
Por Alex Lawler e Rania El Gamal

VIENA (Reuters) - A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) provavelmente concordará em estender os cortes na produção por mais nove meses, disseram delegados nesta terça-feira, enquanto o grupo de produtores se reúne nesta semana para discutir como lidar com um excesso global de petróleo.

O líder de fato da Opep, a Arábia Saudita, defende a extensão dos cortes de produção em nove meses, em vez dos seis meses inicialmente previstos, enquanto procura acelerar o reequilíbrio do mercado e evitar que os preços do petróleo recuem abaixo dos 50 dólares por barril.

Na segunda-feira, o ministro da Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, recebeu apoio do segundo maior produtor da Opep, o Iraque, para uma extensão de nove meses e disse que não esperava objeções de ninguém.

A Opep se reúne em Viena na quinta-feira para considerar se deve prolongar o acordo alcançado em dezembro, no qual a Opep e outros 11 países, incluindo a Rússia, concordaram em reduzir a produção em cerca de 1,8 milhão de barris por dia (bpd) na primeira metade de 2017.

A decisão empurrou os preços para acima de 50 dólares por barril. Mas também estimulou o crescimento da indústria de xisto dos Estados Unidos, que não participa do acordo de cortes, retardando assim o reequilíbrio do mercado.

"A opinião do ministro do Petróleo saudita parece exata e nenhuma objeção séria é esperada", disse um delegado, que pediu para não ser identificado por não estar autorizado a falar com a imprensa. "Sem surpresas", disse um segundo delegado.

(Reportagem adicional de Ahmad Ghaddar e Ernest Scheyder)

PETROBRÁS. REUTERS. 23/05/2017. Petrobras quita US$500 mi com Citibank e faz novo financiamento com prazo mais longo

SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras informou nesta terça-feira que efetuou uma operação de pré-pagamento de dívida com o Citibank, no valor de 500 milhões de dólares e vencimentos previstos para 2017 e 2018, e que simultaneamente realizou a contratação de novo financiamento com a instituição, no mesmo valor, com prazo de vencimento em 2022 e sem garantias reais.

"A Petrobras continuará avaliando novas oportunidades de financiamento de acordo com a sua estratégia de gerenciamento de passivos, que visa a melhora do perfil de amortização e a redução do custo da dívida, levando em consideração as metas de desalavancagem previstas em seu Plano de Negócios e Gestão 2017-2021", disse a empresa em comunicado.

(Por Roberto Samora; Edição de Gabriela Mello)


________________


CHINA

MRE. AIG. 22/05/2017. NOTA 156 – Salvaguardas da China contra importações de açúcar 

O governo chinês adotou hoje, 22/05/17, medidas de salvaguarda contra as importações de açúcar pela China. A decisão teria o objetivo de proteger os produtores locais contra alegado surto de importações de açúcar nos últimos anos.

Tendo em vista que o Brasil é o maior exportador de açúcar para o mercado chinês, tendo exportado US$ 818 milhões em 2016, o governo brasileiro acompanhou ativamente a investigação de salvaguardas iniciada em setembro de 2016. O governo brasileiro também manteve diversos contatos com as autoridades chinesas, tanto em Genebra, na Organização Mundial do Comércio (OMC), quanto em Pequim, a fim de manifestar suas preocupações com a investigação e questionar a necessidade das salvaguardas.

O governo brasileiro seguirá em contato com o governo chinês, com o objetivo de obter maior clareza sobre a entrada em vigor e o conteúdo das medidas adotadas. Seguirá, também, desenvolvendo todas as ações possíveis para defender os interesses de nossos exportadores.

OMC. BRASIL-CHINA. 22/05/2017. China impõe tarifas de importação sobre açúcar e Brasil avalia contestação na OMC. País asiático é o principal destino das exportações de açúcar do Brasil.

A China anunciou nesta segunda-feira (22) que irá impor pesadas taxas sobre importações de açúcar, o que pode prejudicar as exportações brasileiras para o Brasil.
A União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) avaliou que o setor sucroenergético nacional poderá deixar de exportar 800 mil toneladas de açúcar para a China nos próximos 12 meses e não descartam abertura de um painel de contestação na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Em comunicado, a Unica disse que, em parceria com o governo, o setor continuará a buscar um acordo com o governo chinês. de forma a "amenizar potenciais prejuízos" aos produtores e exportadores brasileiros.
"As negociações começaram na sexta-feira passada na sede da OMC, em Genebra (Suíça). A entidade espera que os governos avancem neste diálogo para que não haja necessidade de abrir painel na OMC", destacou a Unica.
Pela medida tomada pelo governo chinês, tarifa será de 95% nos próximos 12 meses, caindo para 90% no segundo ano e encerrando 85% no ano subsequente. Até a aplicação desta medida, a tarifa de importação imposta fora da cota era de 50%.
Atendendo a reivindicações do setor produtivo local, a China iniciou em setembro do ano passado uma investigação sobre as importações de açúcar no período de janeiro de 2011 a março de 2016, quando as compras desse produto cresceram 663%.
A Unica afirma que a salvaguarda não se justifica. "Com base na análise do volume e do valor exportado por todos os países envolvidos entre os anos de 2011 e 2016, não se configura 'surto inesperado de importações', nem se observa a relação de causalidade entre o nível de exportações e o desempenho da produção chinesa", argumenta.
A entidade também alerta para o risco de que essa medida poderá aumentar o contrabando do produto, em vez de proteger a indústria local, o que poderia prejudicar o mercado internacional como um todo.
A China é o principal destino das exportações de açúcar do Brasil. Na safra 2016/2017, o Brasil exportou para a China 2,149 milhões de toneladas, com previsão para chegar a 3 milhões nesta safra.

REUTERS. PORTAL G1. 22/05/2017. China propõe cooperação mais forte a representante comercial dos EUA. Os dois países têm divergências em relação ao comércio global.
Por Reuters

O ministro do Comércio da China, Zhong Shan, afirmou ao novo representante de Comércio dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, que os dois lados devem fortalecer a cooperação e lidar com as disputas no comércio, de acordo com comunicado no site do Ministério do Comércio da China nesta segunda-feira (22).
Os dois se encontraram no domingo, durante o fórum Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec, na sigla em inglês).
Lighthizer disse na reunião com Zhong Shan que as guerras comerciais não são do interesse de nenhum país, segundo o comunicado do Ministério do Comércio chinês.
Desacordos em relação às negociações de comércio global vieram à tona no fórum Apec, que não chegou a um entendimento sobre seu comunicado conjunto após a oposição dos EUA em relação ao texto sobre combate ao protecionismo.

BBC. PORTAL G1. 22/05/2017. 5 ambiciosos projetos de infraestrutura com os quais a China quer 'sacudir' a ordem econômica mundial. Para o banco mundial, país asiático faz "esforço sem precedentes" para ampliar sua influência no mundo.
Por BBC

Plano multimilionário de construção e expansão de redes ferroviárias, portos, oleodutos e gasodutos, conhecido como Nova Rota da Seda, busca melhorar conexões comerciais entre a Ásia e outras regiões do mundo.
A China quer ampliar sua influência mundial através de um colossal e dispendioso plano de infraestrutura.
"Esperamos desencadear novas forças econômicas para o crescimento global, construir novas plataformas para o desenvolvimento mundial e reequilibrar a globalização para que a humanidade chegue mais perto de uma comunidade de destino comum", disse o presidente chinês, Xi Jinping, ao abrir, na semana passada, um fórum internacional sobre o projeto, batizado de Nova Rota da Seda.
O fórum contou com a participação de cerca de 30 líderes mundiais, entre eles os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, da Argentina, Maurício Macri, e do Chile, Michelle Bachelet.
A ideia da Nova Rota da Seda - com nome inspirado na antiga rota comercial que ligou o Oriente e o Ocidente há dois mil anos - é melhorar conexões comerciais entre Ásia e Europa e Ásia e o leste da África, promovendo desenvolvimento, com a construção ou expansão de redes de ferrovia de alta velocidade, gasodutos, oleodutos, portos e centros logísticos.
"É um esforço ambicioso sem precedentes", disse, por sua vez, o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, sobre o plano com o qual a China pretende "sacudir" a ordem econômica mundial.
O investimento total chega a US$ 900 bilhões (R$ 2,9 trilhões).
Ainda que, em teoria, o objetivo do projeto é aumentar a integração econômica entre Europa, Ásia e África, críticos em países ocidentais acreditam que o governo chinês busca, na verdade, expandir sua influência para o campo geopolítico.
Segundo a analista para assuntos chineses da BBC Carrie Gracie, tanto os oleodutos e gasodutos que atravessam a Ásia Central, como os portos do Paquistão e Sri Lanka, no Oceano Índico, poderiam servir para fins militares no futuro.
Abaixo, apresentamos cinco grandes obras que fazem parte da Rota da Seda.
1. Transporte de mercadorias China-Europa
Atualmente, a China já opera cerca de 20 linhas de trem de carga que ligam o país a cidades europeias como Londres, Madri, Roterdã ou Varsóvia. A rota China-Madri funciona há mais de um ano e é o mais extenso serviço ferroviário do mundo.
Agora, o objetivo do governo de Xi Jinping é otimizar esta rede e torná-la uma alternativa mais rápida - embora mais dispendiosa - ao tradicional transporte marítimo de produtos chineses.
As obras do novo trem de alta velocidade, que unirá os sete mil quilômetros de Pequim a Moscou, devem terminar em 2025, segundo a companhia estatal russa OAO Russian Railways. Ela reduzirá o tempo de viagem, de cinco dias, para 30 horas.
Por trás desta grande iniciativa, está a intenção da China de se consolidar como uma potência comercial global, comenta Carrie Gracie.
Custo: US$ 242 bilhões
2. Rede de trens na Ásia
Nesta seção, há dois grandes projetos futuros:
. A Rede Pan-asiática
A China planeja conectar a cidade de Kunming, situada no sul do país, com Vientiane, a capital do país vizinho Laos, e com a rede ferroviária de Mianmar.
Assim que esta e outras obras semelhantes previstas em Tailândia, Camboja e Vietnã estiverem concluídas, estará formada uma rede pan-asiática ligando a China ao Sudeste asiático.
Custo: US$ 7 bilhões (apenas o trem de alta velocidade entre Kunming e Vientiane)
. Alta velocidade na Indonésia
A ferrovia Jacarta-Bandung será o primeiro trem de alta velocidade da Indonésia e ajudará a melhorar o transporte público entre a capital do arquipélago e um dos principais centros econômicos de Java.
Embora várias empresas japonesas também aspirassem ganhar o projeto, o governo indonésio acabou preferindo as empresas chinesas.
Custo: US$ 5,9 bilhões
3. Corredor China-Paquistão
Aproveitando que o vizinho Paquistão é um de seus aliados históricos, a China investirá no país e ajudará no desenvolvimento do porto de Gwadar, no Mar Árabe.
A ideia de ambos os países é que se converta na versão paquistanesa do complexo portuário de Shenzhen.
A implementação deste projeto dará à China uma saída para o mar sem necessidade de que seus produtos passem pelo estreito de Malaca, onde operam piratas e o clima é desfavorável.
O projeto contempla a ampliação da rodovia de Kakarorum, umas das mais altas do mundo, que conecta a China ao Paquistão.
Custo total: US$55 bilhões
4. Porto de Colombo
Outro porto-chave nos planos da Nova Rota da Seda é o de Colombo, capital do Sri Lanka.
Embora tenha sido paralisado com a troca de governo no país - mais próximo, politicamente, da Índia -, negociações recentes permitiram a continuidade do projeto; as obras já foram retomadas.
Custo: US$1,4 bilhão
5. Projetos na África
A China já está construindo a ferrovia que unirá as duas principais cidades do Quênia: a capital, Nairóbi, e Mombasa, na costa do país.
Este projeto faz parte da futura rede de transportes da África Oriental, que conectará as cidades do Quênia com as capitais de Uganda (Kampala), Sudão do Sul (Juba), Ruanda (Kigali) e Burundi (Bujumbura).
A China já inaugurou o trem que une Adis Abeba, capital da Etiópia, com Djibouti, capital do país do mesmo nome na costa do Mar Vermelho, onde companhias chinesas estão construindo um centro logístico marítimo.
"É um desenvolvimento estratégico enorme", disse ao jornal New York Times Peter Dutton, professor de estudos estratégicos da Escola Naval de Guerra de Rhode Island, nos Estados Unidos.
"Trata-se de uma expansão do poder naval para proteger o comércio e os interesses regionais da China no Chifre da África. Isto é o que as potências em expansão costumam fazer. E a China aprendeu as lições do império britânico de 200 anos atrás", concluiu.
Custo total: US$13,8 bilhões

MDIC. REUTERS. 23/05/2017. Importação de soja do Brasil pela China sobe 27,7% em abril

(Reuters) - As importações de soja do Brasil pela China em abril aumentaram 27,7 por cento na comparação com o mesmo período do ano passado, para 6,15 milhões de toneladas, em um ano em que os brasileiros iniciaram a colheita de forma antecipada, de acordo com dados do governo chinês divulgados nesta terça-feira.

As importações de soja norte-americana pelos chineses somaram 1,77 milhão de toneladas, queda de 12 por cento na comparação anual, com o Brasil (maior exportador global da oleaginosa) iniciando os embarques com mais intensidade mais cedo em 2017.

No acumulado do ano, as importações de soja brasileira pela China, o maior importador global, somaram 8,8 milhões de toneladas, alta de 27 por cento.

Já as importações de soja dos EUA somaram no ano até abril 17,2 milhões de toneladas, alta de 13,8 por cento na mesma comparação.

(Por Roberto Samora)

UNICA. MDIC. 22/05/2017. AÇÚCAR. UNICA E GOVERNO BRASILEIRO BUSCAM ACORDO COM A CHINA, MAS NÃO DESCARTAM ABERTURA DE UM PAINEL NA OMC

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) e o governo brasileiro continuarão a buscar um acordo com o governo chinês no que diz respeito à salvaguarda imposta sobre importações de açúcar, anunciada nesta segunda-feira (22/05). O objetivo é avançar nas negociações bilaterais que permitam a identificação de mecanismos que possam amenizar potenciais prejuízos aos produtores e exportadores brasileiros.
As negociações começaram na sexta-feira passada (19/05), na sede da Organização Mundial do Comércio (OMC), em Genebra (Suíça). A entidade espera que os governos avancem neste diálogo para que não haja necessidade de abrir painel na OMC.

A salvaguarda inclui uma tarifa adicional para volumes que ultrapassem a cota atual de 1,945 milhão/ton. Nos próximos 12 meses, a tarifa será de 95%, caindo para 90% no segundo ano e encerrando 85% no ano subsequente. Até a aplicação desta medida, a tarifa de importação imposta fora da cota era de 50%.

A UNICA tem sustentado desde o início do processo de investigação da China (setembro de 2016) a inexistência de requisitos da OMC que justifiquem a imposição de salvaguarda. Com base na análise do volume e do valor exportado por todos os países envolvidos entre os anos de 2011 e 2016, não se configura “surto inesperado de importações”, nem se observa a relação de causalidade entre o nível de exportações e o desempenho da produção chinesa.

A entidade também alerta para o risco de que essa medida poderá aumentar o contrabando da commodity, em vez de proteger a indústria local, o que poderia prejudicar o mercado internacional como um todo.

Na safra 2016/2017, o Brasil exportou para a China 2,149 milhões de toneladas, com previsão para chegar a 3 milhões nesta safra. A China é o principal destino das exportações de açúcar do Brasil.

________________


BACEN. BOLETIM FOCUS: RELATÓRIO SEMANAL DE MERCADO
(Projeções atualizadas semanalmente pelas 100 principais instituições financeiras que operam no Brasil, para os principais indicadores da economia brasileira)

ANÁLISE

BACEN. PORTAL G1. 22/05/2017. Mercado financeiro baixa estimativa de inflação para 2017 e 2018. Expectativa dos economistas de bancos, divulgada nesta segunda (22) pelo Banco Central, é de inflação em 3,92% neste ano e de 4,34% em 2018.
Por Alexandro Martello, G1, Economia

Os economistas das instituições financeiras reduziram sua estimativa de inflação para este ano e para 2018.
As expectativas dos analistas do mercado financeiro foram coletadas pelo Banco Central na semana passada e divulgadas nesta segunda-feira (22) por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus. Mais de cem instituições financeiras foram ouvidas.
Para o comportamento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2017 – a "inflação oficial" do país –, o mercado baixou sua previsão de 3,93% para 3,92%. Foi a décima primeira redução seguida do indicador.
Com isso, manteve-se a expectativa de que a inflação deste ano ficará abaixo da meta central, que é de 4,5%. A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e deve ser perseguida pelo Banco Central, que, para isso, eleva ou reduz a taxa de juros (Selic).
A meta central de inflação não é atingida no Brasil desde 2009. À época, o país ainda sentia os efeitos da crise financeira internacional de forma mais intensa, que acabou se espalhando pelo mundo.
Pelo sistema vigente no Brasil, a meta de inflação é considerada formalmente cumprida quando o IPCA fica dentro do intervalo de tolerância também fixado pelo CMN. Para 2017, esse intervalo é de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima do centro da meta. Assim, o BC terá cumprido a meta se o IPCA terminar este ano entre 3% e 6%.
No ano passado, a inflação ficou acima da meta central, mas dentro do intervalo definido pelo CMN. Já em 2015, a meta foi descumprida pelo BC – naquele ano, a inflação superou a barreira dos 10%.
Para 2018, a previsão do mercado financeiro para a inflação recuou de 4,36% para 4,34%. Com isso, o índice está abaixo da meta central de inflação para o período (4,5%) e também do teto de 6% fixado para o ano que vem.
Produto Interno Bruto
Para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2017, o mercado financeiro manteve sua estimativa de crescimento estável em 0,50%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.
Em 2016, o PIB brasileiro caiu pelo segundo ano seguido e confirmou a pior recessão da história do país, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para 2018, os economistas das instituições financeiras mantiveram sua estimativa de expansão do PIB estável em 2,50%.
Taxa de juros
O mercado financeiro manteve sua previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 8,5% ao ano no fechamento de 2017. Ou seja, os analistas continuam estimando novas reduções de juros neste ano. Atualmente, a Selic está em 11,25% ao ano.
Para o fechamento de 2018, a estimativa dos economistas dos bancos para a taxa Selic continuou em 8,5% ao ano. Com isso, estimaram que os juros ficarão estáveis no ano que vem.
A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. A instituição tem de calibrar os juros para atingir índices pré-determinados pelo sistema de metas de inflação brasileiro.
As taxas mais altas tendem a reduzir o consumo e o crédito, o que pode contribuir para o controle dos preços. Entretanto, também prejudicam a economia e geram desemprego.
Câmbio, balança e investimentos
Na edição desta semana do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio do dólar no fim de 2017 recuou de R$ 3,25 para R$ 3,23. Para o fechamento de 2018, a previsão dos economistas para a moeda norte-americana continuou em R$ 3,36.
A projeção do relatório Focus para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2017 subiu de US$ 55,15 bilhões para US$ 56 bilhões de resultado positivo. Para o próximo ano, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit ficou estável em US$ 42,9 bilhões.
A projeção do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2017, subiu de US$ 78,5 bilhões para US$ 79,5 bilhões. Para 2018, a estimativa dos analistas avançou de US$ 75 bilhões para US$ 78,75 bilhões.

BACEN. REUTERS. 22/05/2017. Economistas voltam a reduzir projeção para inflação e veem 3,92% em 2017

SÃO PAULO (Reuters) - Economistas de instituições financeiras voltaram a reduzir a perspectiva para a inflação tanto deste ano quanto do próximo na pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira.

Agora eles passaram a ver alta do IPCA de 3,92 por cento ao final deste ano, 0,01 ponto percentual a menos do que na semana anterior, na 11ª redução seguida. Para o ano que vem, a redução foi de 0,02 ponto, chegando a 4,34 por cento.

Já a perspectiva de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) não foi alterada, ficando em 0,5 por cento em 2017 e 2,5 por cento no ano que vem.

Entretanto, os economistas consultados no levantamento podem não ter tido tempo de refletir em suas projeções as denúncias contra o presidente Michel Temer e a turbulência política no país, bem como a reação do mercado.

A expectativa para a taxa básica Selic continuou em 8,5 por cento ao final de 2017, com persectiva de corte de 1 ponto percentual na reunião deste mês. Atualmente, a Selic está em 11,25 por cento.

Já o Top-5, grupo que reúne os que mais acertam as previsões, voltou a reduzir a previsão, a 8,13 por cento na mediana das estimativas, de 8,25 por cento na semana anterior.

O mercado vinha apostando em um corte de 1,25 ponto no final deste mês, porém o cenário mudou após as denúncias contra Temer e o mercado futuro de juros passou a precificar no fechamento de sexta-feira cerca de 85 por cento de chances de a Selic ser reduzida em 0,75 ponto percentual no encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) que termina em 31 de maio.

O temor no mercado é de que as reformas, principalmente da Previdência, emperrem no Congresso, afetando a recuperação da economia.

Para 2018, a pesquisa mostra manutenção do cenário de juros a 8,5 por cento, enquanto o Top-5 reduziu a estimativa a 8 por cento, de 8,13 por cento.

(Por Camila Moreira)

________________


INDICADORES/INDICATORS




________________

LGCJ.: