De olho em oportunidades para ampliar o comércio com o Canadá, representantes do governo e do setor empresarial brasileiro intensificam o diálogo com negociadores daquele país para defender um acordo Mercosul-Canadá. Nesta quinta-feira (6), representantes dos dois países estiveram na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, para discutir a abertura das negociações para o acordo que permitirá ao Brasil identificar oportunidades, formas de atrair investimentos e de aproveitar o amplo mercado de compras governamentais do Canadá, avaliado em US$ 246 bilhões, 57% maior do que o brasileiro.
Embora a corrente de comércio entre os dois países esteja abaixo do potencial existente – US$ 4,2 bilhões em 2016 –, há grandes oportunidades de alavancar essas relações, já que o Canadá é o 10º maior importador do mundo. O país, que importou US$ 436 bilhões em 2015, está entre os mercados prioritários para o Brasil no Plano Nacional de Exportações. “Depois de União Europeia e México, os empresários do Mercosul devem apostar neste novo mercado para aumentar as exportações”, destacou o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi.
A grande aposta para aumentar as exportações brasileiras para o Canadá está em o Mercosul firmar acordos de livre comércio para produtos como automóveis, que têm tarifa de importação em 6,1%, calçados (18%), químicos (2%), alimentos (11%), carne bovina (13,25%), carne de ave (9%) e fumo (8%).
De acordo com o subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Carlos Conzendey, há possibilidades para que as negociações com o Canadá avancem. São países com interesses comuns e muitas semelhanças, como um vasto território e assentos em fóruns importantes como o G-20 e a Organização Mundial do Comércio (OMC). “Agora, o governo canadense deve começar a elaborar um cronograma para o avanço das negociações”, disse.
Representantes da CNI e da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) estiveram na reunião que também contou com a presença do subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Carlos Cozendey, e do vice-ministro de Comércio Internacional do Canadá, Timothy Sargent.
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INDICADORES
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BACEN. BOLETIM FOCUS: RELATÓRIO SEMANAL DE MERCADO
(Projeções atualizadas semanalmente pelas 100 principais instituições financeiras que operam no Brasil, para os principais indicadores da economia brasileira)
ANÁLISE
BACEN. PORTAL G1. 10/04/2017. Mercado reduz estimativa de inflação e de alta do PIB em 2017. Analistas das instituições financeiras também passaram a prever corte maior de juros neste ano e dólar mais baixo no fim de 2017.
Por Alexandro Martello, G1, Brasília
Os economistas das instituições financeiras baixaram sua estimativa de inflação para este ano e também para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
As previsões do mercado financeiro foram coletadas pelo Banco Central na semana passada e divulgadas nesta segunda-feira (10) por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus. Mais de cem instituições financeiras foram ouvidas.
Para o comportamento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2017, a "inflação oficial" do país, o mercado baixou sua previsão de 4,10% para 4,09%. Foi a quinta redução seguida do indicador.
Com isso, manteve a expectativa de que a inflação deste ano ficará abaixo da meta central, que é de 4,5%. A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e deve ser perseguida pelo Banco Central, que para isso eleva ou reduz a taxa de juros (Selic).
A meta central de inflação não é atingida no Brasil desde 2009. Naquele momento, o país ainda sentia os efeitos da crise financeira internacional de forma mais intensa, que acabou se espalhando pelo mundo.
Pelo sistema vigente no Brasil, a meta de inflação é considerada formalmente cumprida quando o IPCA fica dentro do intervalo de tolerância também fixado pelo CMN. Para 2017, esse intervalo é de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima do centro da meta. Assim, o BC terá cumprido a meta se o IPCA terminar este ano entre 3% e 6%.
No ano passado, a inflação ficou acima da meta central, mas dentro do intervalo definido pelo CMN. Já em 2015, a meta foi descumprida pelo BC - naquele ano, a inflação superou a barreira dos 10%.
Para 2018, a previsão do mercado financeiro para a inflação recuou de 4,50% para 4,46%. O índice está um pouco abaixo da meta central de inflação para o período (4,5%) e também do teto de 6% fixado para o ano que vem.
Produto Interno Bruto
Para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2017, o mercado financeiro baixou sua estimativa de crescimento de 0,47% para 0,41%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.
Em 2016, o PIB brasileiro caiu pelo segundo ano seguido e confirmou a pior recessão da história do país, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para 2018, os economistas das instituições financeiras mantiveram sua estimativa de expansão do PIB estável em 2,50%.
Taxa de juros
Na semana passada, o mercado financeiro baixou sua previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, de 8,75% para 8,5% ao ano no fechamento de 2017 - ou seja, passou a projetar um corte maior de juros neste ano. Atualmente, a Selic está em 12,25% ao ano.
Para o fechamento de 2018, a estimativa dos economistas dos bancos para a taxa Selic continuou em 8,5% ao ano. Com isso, estimaram que os juros ficarão estáveis no ano que vem.
A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. A instituição tem de calibrar os juros para atingir índices pré-determinados pelo sistema de metas de inflação brasileiro.
As taxas mais altas tendem a reduzir o consumo e o crédito, o que pode contribuir para o controle dos preços. Entretanto, também prejudicam a economia e geram desemprego.
Câmbio, balança e investimentos
Na edição desta semana do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2017 caiu de R$ 3,25 para R$ 3,23. Para o fechamento de 2018, a previsão dos economistas para o dólar recuou de R$ 3,40 para R$ 3,37.
A projeção do relatório Focus para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2017 subiu de US$ 50 bilhões para US$ 50,9 bilhões de resultado positivo. Para o próximo ano, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit avançou de US$ 41,9 bilhões para US$ 42,5 bilhões.
A projeção do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil em 2017 ficou estável em US$ 75 bilhões. Para 2018, a estimativa dos analistas recuou de US$ 74,5 bilhões para US$ 74 bilhões.
BACEN. PORTAL UOL. 10/04/2017. Mercado reduz previsão para o PIB e vê juro menor, de 8,5% no final do ano
Do UOL, em São Paulo
Economistas consultados pelo Banco Central reduziram as previsões para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e para a inflação neste ano. Eles também cortaram mais uma vez a projeção para a taxa básica de juros, a Selic, para 8,5% ao ano. Nesta semana, o Copom (Comitê de Política Monetária) se reúne para decidir se reduzirá os juros, hoje em 12,25% ao ano. O mercado espera um corte de 1 ponto percentual na taxa. Veja as projeções para 2017 do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (10) pelo BC:
- PIB: caiu de 0,47% para 0,41%;
- Inflação: caiu de 4,1% para 4,09;
- Taxa de juros: caiu de 8,75% para 8,5% ao ano;
- Dólar: caiu de R$ 3,25 para R$ 3,23.
A projeção de 4,09% na alta dos preços deixaria a inflação abaixo do centro da meta do governo. O objetivo é manter a inflação em 4,5% ao ano, com uma tolerância de 1,5 ponto para mais ou menos (ou seja, variando de 3% a 6%). Para manter o nível de inflação esperado, o governo faz uso da política monetária, por meio da taxa básica de juros, a Selic.
Entenda o que é o boletim Focus
Toda semana, o BC divulga um relatório de mercado conhecido como Boletim Focus, trazendo as apostas de economistas para os principais indicadores econômicos do país. Mais de 100 instituições são ouvidas e, excluindo os valores extremos, o BC calcula uma mediana das perspectivas do crescimento da economia (medido pelo Produto Interno Bruto, o PIB), perspectivas para a inflação e a taxa de câmbio, entre outros. Mediana apresenta o valor central de uma amostra de dados, desprezando os menores e os maiores valores.
(Com Reuters)
BACEN. REUTERS. 10/04/2017. Expectativa para Selic este ano cai a 8,5% na Focus, com projeção menor para a inflação em 2018
SÃO PAULO (Reuters) - A expectativa para a taxa básica de juros no final deste ano voltou a ser reduzida na pesquisa Focus do Banco Central junto a economistas, que continuam vendo aceleração do ritmo de corte da taxa básica de juros esta semana e passaram a projetar a inflação abaixo de 4,5 por cento em 2018.
O levantamento divulgado nesta segunda-feira mostrou que a perspectiva é de redução da Selic na reunião desta semana do BC de 1 ponto percentual, acelerando o ritmo de afrouxamento monetário.
Após dois cortes seguidos de 0,25 ponto percentual e outros dois de 0,75 ponto, a taxa básica de juros está agora em 12,25 por cento. Para o fim deste ano, os especialistas consultados passaram a ver a Selic a 8,50 por cento, de 8,75 por cento anteriormente.
Para 2018, permanece a projeção de que a Selic ficará em 8,50 por cento.
O Top-5, grupo que mais acerta as previsões, também vê a taxa básica de juros em 8,50 por cento em ambos os anos, em estimativas que não sofreram alterações.
A pesquisa semanal mostrou ainda queda de 0,01 ponto percentual na estimativa para a alta do IPCA em 2017, para 4,09 por cento.
Para 2018, a expectativa caiu pela primeira vez após 36 semanas, indo a 4,46 por cento de 4,5 por cento antes. A meta oficial de inflação para 2017 e 2018 é de 4,5 por cento, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Em março, o IPCA desacelerou a alta a 0,25 por cento, de 0,33 por cento em fevereiro, acumulando em 12 meses avanço de 4,57 por cento.
Para o crescimento do Produto Interno Bruto, os especialistas no Focus reduziram a perspectiva de crescimento este ano a 0,41 por cento, 0,06 ponto percentual a menos, e continuam vendo expansão de 2,5 por cento em 2018.
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MDIC. 10/04/2017. Exportações crescem 22% na primeira semana de abril. Vendas externas superaram importações em US$ 1,596 bilhão
Brasília (10 de abril) – Com cinco dias úteis, a primeira semana de abril teve superávit de US$ 1,596 bilhão, resultado de exportações no valor de US$ 4,688 bilhões e importações de US$ 3,092 bilhões. No ano, as exportações somam US$ 55,151 bilhões e as importações, US$ 39,137 bilhões, com saldo positivo de US$ 16,014 bilhões.
Nas exportações, se compararmos as médias da primeira semana (US$ 937,7 milhões) com a que foi registrada em abril do ano passado (US$ 768,6 milhões), houve crescimento de 22%, em razão do aumento nas vendas das três categorias de produtos: semimanufaturados (+32%; por conta de açúcar em bruto, ouro em formas semimanufaturadas, óleo de soja em bruto, ferro-ligas, couros e peles), manufaturados (+28,6%; em função de automóveis de passageiros, veículos de carga, hidrocarbonetos e derivados halogenados, açúcar refinado, óxidos e hidróxidos de alumínio) e básicos (+14,9%; influenciadas, principalmente, por soja em grãos, minério de ferro, carne suína, bovinos vivos, tripas e buchos de animais, minério de alumínio).
Em relação a março de 2017, houve crescimento de 7,4%, em virtude do aumento nas vendas das três categorias de produtos: semimanufaturados (+17,5%), manufaturados (+11%) e básicos (+2,1%).
Nas importações, a média diária da primeira semana de abril (US$ 618,5 milhões), ficou 17,7% acima da média de abril de 2016 (US$ 525,5 milhões). Neste comparativo, cresceram os gastos, principalmente, com combustíveis e lubrificantes (+55,7%), borracha e suas obras (+44,7%), equipamentos eletroeletrônicos (+43,7%), plásticos e obras (+32,3%), siderúrgicos (+25,6%). Ana comparação com março último, houve crescimento nas importações de 9,9%, pelos aumentos em combustíveis e lubrificantes (+39,4%), borracha e obras (+30,2%), plásticos e obras (+19,1%), equipamentos eletroeletrônicos (+15,5%), veículos automóveis e partes (+14,5%).
MF. MPOG. 10/04/2017. Governo divulga projeto da LDO para 2018. Executivo prevê déficit primário de R$ 129 bilhões para o governo central no ano que vem
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, anunciou na sexta-feira (07/04) a previsão de déficit primário de R$ 129 bilhões para as contas do governo central em 2018, equivalente a 1,8% do PIB. A meta de déficit de R$ 139 bilhões (2,1% do PIB) para este ano foi confirmada.
A estimativa para o ano que vem consta do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) que será encaminhado ao Congresso Nacional e foi apresentada em entrevista coletiva no Palácio do Planalto por Meirelles e pelo ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. O governo também projeta déficit primário de R$ 65 bilhões para 2019 e superávit primário de R$ 10 bilhões em 2020.
As projeções baseiam-se na expectativa de crescimento de 0,5% para o PIB neste ano, 2,5% em 2018 e 2019 e de 2,6% em 2020. Os números estão em linha com os do mercado. “É um orçamento bastante sólido, transparente, conservador, e leva em conta projeções alinhadas ao consenso dos analistas. Isso nos dá muito conforto”, disse Meirelles.
“Temos buscado ser muito transparentes a respeito da política fiscal e dos números que são apresentados”, disse Dyogo. “Temos sempre optado por apresentar metas críveis e que aumentem a credibilidade da política fiscal”, acrescentou o ministro do Planejamento.
Arrecadação
A principal explicação para o déficit esperado para o ano que vem é o efeito defasado da maior recessão da história do país sobre a arrecadação, segundo os ministros. “A recessão foi mais rigorosa do que se previa. No momento em que se incorporaram todos os dados do passado, mesmo com o resultado muito bom de crescimento econômico [de 2,5% esperado para 2018], nós temos o efeito defasado. Portanto houve impacto nas projeções de arrecadação”, disse Meirelles.
“Embora tenhamos uma recuperação considerável [do PIB], isso não impacta na arrecadação”, afirmou o ministro do Planejamento. “Teremos os efeitos da recessão se prolongando até 2018”, complementou. O ajuste fiscal, apontou, vai se dar muito mais pela redução das despesas, limitadas por um teto, que pelo aumento da receita.
Previdência
Meirelles também destacou na coletiva que os cinco principais pontos que poderão ser alvo de mudanças na reforma da Previdência, conforme anunciado pelo governo, fazem parte de um processo democrático de negociação com o Congresso Nacional. “Isso já estava dentro das nossas previsões e era precificado pelos mercados”, afirmou o ministro da Fazenda.
“O momento adequado para se fazer essa negociação com o Congresso é agora, quando o relatório está sendo preparado e será votado na comissão especial”, disse.
Essas mudanças, apontou Meirelles, podem reduzir em torno de 15% a 20% da economia total que se estima com a reforma da Previdência no horizonte de dez anos. No entanto, como essas alterações já estavam previstas, o governo, reiterou ele, não planeja adotar nenhuma medida compensatória, nem aumento de tributos.
Meirelles acrescentou que em qualquer país do mundo é de se esperar que uma reforma tão abrangente tenha espaço para negociação. “Estamos numa democracia e o Congresso Nacional tem espaço importante. Essa reforma tem que ser objeto de debate e me sinto muito confortável com o fato de estar havendo esse debate”, disse ele.
RESULTADOS GERAIS
Na primeira semana de abril de 2017 (de 01 a 09), com 5 dias úteis, a balança comercial registrou superávit de US$ 1,596 bilhão, resultado de exportações no valor de US$ 4,688 bilhões e importações de US$ 3,092 bilhões. No ano, as exportações somam US$ 55,151 bilhões e as importações, US$ 39,137 bilhões, com saldo positivo de US$ 16,014 bilhões.
ANÁLISE DO MÊS
Nas exportações, comparadas as médias da 1ª semana de abril/2017 (US$ 937,7 milhões) com a de abril/2016 (US$ 768,6 milhões), houve crescimento de 22,0%, em razão do aumento nas vendas das três categorias de produtos: semimanufaturados (+32,0%, de US$ 91,8 milhões para US$ 121,2 milhões, por conta de açúcar em bruto, ouro em formas semimanufaturadas, óleo de soja em bruto, ferro-ligas, couros e peles), manufaturados (+28,6%, de US$ 271,6 milhões para US$ 349,3 milhões, por conta de automóveis de passageiros, veículos de carga, hidrocarbonetos e derivados halogenados, açúcar refinado, óxidos e hidróxidos de alumínio) e básicos (+14,9%, de US$ 386,9 milhões para US$ 444,7 milhões, por conta, principalmente, de soja em grãos, minério de ferro, carne suína, bovinos vivos, tripas e buchos de animais, minério de alumínio). Relativamente a março/2017, houve crescimento de 7,4%, em virtude do aumento nas vendas das três categorias de produtos: semimanufaturados (+17,5%, de US$ 103,2 milhões para US$ 121,2 milhões), manufaturados (+11,0%, de US$ 314,8 milhões para US$ 349,3 milhões) e básicos (+2,1%, de US$ 435,4 milhões para US$ 444,7 milhões).
Nas importações, a média diária da 1ª semana de abril/2017, de US$ 618,5 milhões, ficou 17,7% acima da média de abril/2016 (US$ 525,5 milhões). Nesse comparativo, cresceram os gastos, principalmente, com combustíveis e lubrificantes (+55,7%), borracha e suas obras (+44,7%), equipamentos eletroeletrônicos (+43,7%), plásticos e obras (+32,3%), siderúrgicos (+25,6%). Ante março/2017, houve crescimento nas importações de 9,9%, pelos aumentos em combustíveis e lubrificantes (+39,4%), borracha e obras (+30,2%), plásticos e obras (+19,1%), equipamentos eletroeletrônicos (+15,5%), veículos automóveis e partes (+14,5%).
IPEA. 06/04/2017. Indicador Ipea de investimentos registra alta de 3,4% em fevereiro
Resultado foi influenciado pelo avanço de 8,9% no consumo aparente de máquinas e equipamentos
O Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) registrou alta de 3,4% em fevereiro, na comparação com janeiro de 2017 (série com ajuste sazonal). Em relação ao mesmo mês do ano anterior, o indicador apontou queda de 1,0%. O resultado de fevereiro contribuiu para amenizar a queda acumulada nos últimos 12 meses, que passou de 9% para 7,9%.
O consumo aparente de máquinas e equipamentos (Came) – um dos principais componentes da FBCF, ao lado do indicador de construção civil – avançou 8,9% na margem. O Came é uma estimativa dos investimentos em máquinas e equipamentos e corresponde à produção industrial doméstica acrescida das importações e diminuída das exportações.
A produção doméstica de bens de capital cresceu 7,2% em fevereiro. Enquanto as exportações avançaram 15,4% na margem, as importações de bens de capital permaneceram estáveis, com avanço de apenas 0,1%. O indicador de construção civil, por sua vez, registrou aumento de 0,3% na série com ajuste sazonal.
Carta de Conjuntura: http://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura/
FGV. IBRE. 10/04/2017. IGP-M desacelera na primeira prévia de abril
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou taxa de variação de -0,74%, na apuração referente ao primeiro decêndio de abril. No mesmo período de apuração do mês anterior, este índice registrou taxa de 0,25%. A apuração referente ao primeiro decêndio do IGP-M de abril compreendeu o intervalo entre os dias 21 e 31 do mês de março.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) registrou variação de -1,21%, no primeiro decêndio de abril. No mesmo período do mês de março, o índice variou 0,23%. A taxa de variação do índice referente a Bens Finais passou de 0,03% para 0,27%. Contribuiu para este movimento o subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de -2,81% para 0,33%. O índice correspondente aos Bens Intermediários variou -0,79%, ante -0,02%, no mês anterior. A principal contribuição para este recuo partiu do subgrupo materiais e componentes para a manufatura,que passou de 0,24% para -0,90%.
O índice referente a Matérias-Primas Brutas registrou variação de -3,32%. No mês anterior, a taxa foi de 0,71%. Entre os itens com taxas em trajetória decrescente, destacam-se: minério de ferro (5,84% para -1,60%), milho (em grão) (-2,62% para -11,04%) e mandioca (aipim) (-2,61% para -13,74%). Em sentido oposto, vale mencionar: cacau (-10,10% para 4,32%), carvão mineral (-3,80% para 0,00%) e trigo (em grão) (-1,85% para 0,31%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou taxa de variação de 0,30%, no primeiro decêndio de abril. No mesmo período do mês anterior, a taxa foi de 0,17%. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação, com destaque para o grupo Alimentação (-0,19% para 0,41%). Nesta classe de despesa, vale destacar o comportamento do itemhortaliças e legumes, cuja taxa passou de -0,87% para 5,21%.
Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos:Habitação (0,27% para 0,68%), Educação, Leitura e Recreação (-0,44% para 0,13%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,51% para 0,75%) e Despesas Diversas (0,45% para 0,50%). Nestas classes de despesa, destacam-se os itens: tarifa de eletricidade residencial (0,12% para 3,02%), passagem aérea (-20,37% para 9,66%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,21% para 1,56%) e despesas com animais domésticos (0,63% para 1,17%), respectivamente.
Em contrapartida, apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: Transportes (0,64% para -0,39%), Vestuário (0,14% para -0,40%) e Comunicação (-0,01% para -0,25%). Nestas classes de despesa, vale mencionar: gasolina (0,33% para -2,33%), roupas (0,17% para -0,41%) e tarifa de telefone residencial (-0,23% para -0,87%), respectivamente.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou variação de -0,14%, no primeiro decêndio de abril. No mês anterior, esse índice apresentou taxa de variação de 0,54%. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de -0,31%. No mês anterior, este índice variou 0,23%. O índice que representa o custo da Mão de Obra não registrou variação. No mês anterior, este índice variou 0,80%.
DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&lumItemId=8A7C82C5593FD36B015B577AAFC57227
FGV. IBRE. 10/04/2017. Inflação pelo IPC-S avança na primeira semana do mês
O IPC-S de 07 de abril de 2017 apresentou variação de 0,49%, 0,02 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada na última divulgação.
Nesta apuração, quatro das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Alimentação (0,71% para 1,03%). Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de 5,45 % para 11,44%.
Também registraram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Educação, Leitura e Recreação (-0,11% para 0,10%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,71% para 0,79%) e Comunicação (-0,95% para -0,65%). Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: passagem aérea (-6,58% para 5,24%), medicamentos em geral (0,03% para 0,34%) e tarifa de telefone residencial (-3,55% para -2,55%), respectivamente.
Em contrapartida, os grupos: Habitação (1,10% para 0,78%), Transportes (-0,30% para -0,39%), Vestuário (0,11% para -0,20%)e Despesas Diversas (0,90% para 0,77%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens: tarifa de eletricidade residencial (6,15% para 3,69%), gasolina (-1,93% para -2,21%), calçados (0,51% para -0,21%) e cigarros (1,41% para 1,03%), respectivamente.
DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&lumItemId=8A7C82C5593FD36B015B57721E8941C6
SPC-BRASIL. CNDL. 07/04/2017. Indicador de propensão ao consumo mostra que apenas 15% dos consumidores tiveram sobra de dinheiro em março, dizem SPC Brasil e CNDL. 63% dos consumidores planejam cortar os gastos em abril. Cartão de crédito é a modalidade mais utilizada em fevereiro
O novo Indicador de Uso de Crédito e de Propensão ao Consumo, calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), aponta que somente 15% dos consumidores disseram ter ficado no azul em março, com sobra de dinheiro, sendo que 12% pretendem poupar a sobra e 4% pretendem gastar o dinheiro extra. Os dados mostram que 46% ficaram no “zero a zero”, garantindo não ter sobra nem falta de dinheiro no mês. O dado mais alarmante mostra que quase um terço dos entrevistados (32%) está no vermelho, sem conseguir pagar todas as contas.
Segundo especialistas do SPC Brasil, é preocupante o grande número de entrevistados que afirmou estar em vermelho ou mesmo no zero a zero. “Tal situação pode ter sido agravada pela crise, mas sofre influência também da falta de planejamento do orçamento pessoal. Organizar as finanças de forma que seja possível a formação de uma reserva para lidar com os imprevistos e emergências é essencial para que haja tranquilidade, e pode evitar o endividamento em momentos de maior dificuldade financeira”, afirma a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
O Indicador mostra ainda que 63% dos consumidores planejam cortar os gastos totais em abril, incluindo itens como supermercado, água, luz, telefone, transporte, roupas e lazer. Tal intenção de reduzir gastos é justificada por 23% dos entrevistados com o fato de estarem sempre tentando economizar. Porém, a crise econômica também tem sua influência sobre os respondentes: 18% pretendem realizar cortes porque os preços estão muito elevados, e 14% tiveram redução da renda ou dos ganhos.
Pouco menos de um terço dos entrevistados (28%) afirmaram que pretendem manter o mesmo nível de gastos e apenas 7% manifestaram a intenção de aumentar. Excluindo itens de supermercado, na lista dos produtos que os consumidores planejam comprar no mês de abril, os itens de farmácia aparecem em primeiro lugar, citados por 29%. Em seguida, aparecem a recarga de celular (25%), roupas, calçados e acessórios (22%), perfumes e cosméticos (17%) e os materiais de construção, citados por 10%.
Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, a conjuntura econômica começa a mostrar sinais de recuperação. “Com os preços mais controlados e uma redução na restrição ao crédito, é de se esperar que o consumo se recupere aos poucos. A inflação tem começado a ceder e, com isso, a queda nas taxas de juros deve se manter nos próximos meses”, afirma Pellizaro. “É de grande importância que o consumidor, diante deste cenário de recuperação econômica, aproveite para se organizar na formação de uma reserva e consuma com cautela, buscando evitar o endividamento e propiciando para sua família uma vida financeira saudável e sustentável.”
Cartão de crédito é a modalidade de crédito mais utilizada
O estudo também busca medir, numa escala de zero a 100, a utilização das principais modalidades de crédito pelos consumidores no mês anterior à pesquisa, sendo considerados empréstimos bancários, financiamentos, cartões de crédito, de loja, crediários, e limite do cheque especial. Quanto mais próximo de 100 estiver o indicador, maior o uso do crédito; quanto mais distante, menor o uso. Em março, foram registrados 24,6 pontos, abaixo dos 27,9 pontos de fevereiro.
Em termos percentuais, 37% dos consumidores disseram ter utilizado algum tipo de crédito em fevereiro, sendo que o cartão de crédito foi a modalidade mais utilizada pela maioria (31%, com gasto médio de R$ 902,74), seguido de cartão de loja e crediário (14%, com gasto médio de R$ 354,50) e limite do cheque especial (7%). Houve também utilização de empréstimos (5%) e financiamentos (4%), modalidades com critérios de concessão mais rigorosos.
Entre os consumidores que fizeram uso do cartão de crédito em fevereiro, 38% relataram aumento do valor da fatura, enquanto para 37% o valor permaneceu o mesmo e para 19% houve diminuição. Os itens de supermercado lideraram a lista de bens comprados, citados por mais da metade desses entrevistados (62%). Em seguida, 47% mencionaram a compra de remédios e itens de farmácias.
No caso do crediário ou cartão de loja, as roupas, calçados e acessórios lideraram a lista, citadas por 49%. Já entre os que possuem financiamentos, 30% utilizaram para comprar carro, 12% para eletrônicos, 12% para eletrodomésticos, 11% para faculdade, 10% para apartamento e 10% para casa.
“Antes de utilizar qualquer tipo de crédito, é importante avaliar se a compra é mesmo necessária e se não é possível aguardar para juntar o valor, levando o item à vista. Caso a compra seja inadiável, o consumidor deve buscar informação sobre as taxas de juros e verificar se as parcelas caberão em seu orçamento”, afirma a economista-chefe.
Metodologia
A pesquisa abrangeu 12 capitais das cinco regiões brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Manaus e Belém. Juntas, essas cidades somam aproximadamente 80% da população residente nas capitais. A amostra, de 800 casos, foi composta por pessoas com idade superior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais.
DOCUMENTO: https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/noticia/2736
SCPC-BRASIL. CNDL. PORTAL G1. 10/04/2017. 2 em cada 10 inadimplentes ficaram no vermelho por emprestarem o nome, diz pesquisa. Em apenas 3% dos casos, a dívida foi paga integralmente pelas pessoas ajudadas, dizem SPC Brasil e CNDL.
Por G1
De cada 10 consumidores com o nome na lista de devedores, 2 entraram nessa situação por terem emprestado o nome para outras pessoas, segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira (10) pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). O estudo mostra ainda que, mesmo após os transtornos gerados, 24% voltaram a emprestar o nome para outras pessoas.
Entre os consumidores que emprestaram o nome para outras pessoas, 31% o fizeram para ajudar amigos, e outros 22% para irmãos. “É difícil dizer não a amigos ou parentes, mas é preciso lembrar que talvez essa pessoa esteja pedindo ajuda porque não pôde comprovar sua renda ou então porque não conseguiu pagar uma dívida anterior. Seja qual for o motivo, o risco de que não consiga honrar o compromisso sempre existe”, afirma José Vignoli, educador financeiro do SPC Brasil e do portal Meu Bolso Feliz.
O tamanho das dívidas
A pesquisa mostra ainda que boa parte das pessoas que emprestam seu nome para outro consumidor sequer sabe o valor do gasto que seria feito por terceiros.
Os que conheciam o valor que seria gasto antes de aceitar emprestar seus nomes foram 49% dos entrevistados. Além disso, em 18% dos casos, a pessoa ajudada gastou mais do que o combinado antes do empréstimo do nome. Outros 32% emprestaram o nome sem saber qual era o valor do gasto.
Quem paga essa conta?
Segundo o levantamento, em apenas 3% dos casos de empréstimo de nome a dívida foi liquidada integralmente pela pessoa ajudada. Já os casos em que a pessoa que emprestou o nome pagou a dívida sozinha são 41%.
Em 19% dos casos, a pessoa que ficou no vermelho ao ajudar outro consumidor diz que o devedor sumiu, e não tem como ser cobrado. Em outros 33% dos casos, a pessoa ajudada afirma que não tem dinheiro para quitar o débito.
Em 69% dos casos, a relação entre as pessoas ficou abalada após o transtorno.
O valor médio da dívida de inadimplentes por emprestarem o nome para outras pessoas é de R$ 1.215.
A decisão de emprestar
“Não se deve tomar uma decisão dessas sem antes considerar cuidadosamente a questão. Você tem o dinheiro para honrar a dívida, caso a pessoa que pediu seu nome não possa pagar? Do contrário, você é que ficará inadimplente, tendo de enfrentar a restrição ao crédito e todos os transtornos relacionados a essa situação", aconselha José Vignoli.
O SPC Brasil e a CNDL destacam que "o inadimplente não pode financiar veículo ou imóvel, fazer um empréstimo, adquirir cartão de crédito e contratar serviços como plano de TV por assinatura ou celular pós-pago".
"Não há garantias legais para quem empresta o nome. A dívida, perante a Justiça, pertence a quem emprestou e não a quem realizou a compra de produtos ou serviços", destacam as entidades.
PROCON-SP. 10/04/2017. Pesquisa de juros. Taxas de juros não apresentaram alteração no mês de abril
Pesquisa de taxas de juros realizada pelo Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, em 4 de abril, aponta que, todas as instituições financeiras mantiveram as taxas de juros de ambas as modalidades. Desta forma, as taxas médias do empréstimo pessoal e cheque especial não sofreram alteração em relação ao mês anterior, permanecendo em 6,40% ao mês e 13,53% ao mês, respectivamente.
Participam da pesquisa os seguintes bancos: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú, Safra e Santander
Veja o quadro comparativo.
Bancos | empréstimo pessoal | cheque especial |
Banco do Brasil | 5,81% | 12,89% |
Bradesco | 6,54% | 13,49% |
Caixa Econômica Federal | 5,70% | 13,55% |
Itaú | 6,43% | 13,23% |
Safra | 5,90% | 12,60% |
Santander | 7,99% | 15,43% |
Especialistas do Procon-SP alertam que, apesar das taxas não terem sofrido aumento, o consumidor deve continuar evitando utilizar essas linhas de crédito, principalmente, a do cheque especial, já que a taxa anual ultrapassa 358% ao ano.
DOCUMENTO: http://www.procon.sp.gov.br/pdf/txjuros-abr2017.pdf
IMF. April 10, 2017. Emerging Markets and Developing Economies: Sustaining Growth in a Less Supportive External Environment
By Bertrand Gruss, Malhar Nabar, and Marcos Poplawski-Ribeiro
It is quite likely you are reading this on a smartphone or tablet assembled in an emerging market economy. The beverage beside you could well be tea grown in Sri Lanka or Kenya. And there is a chance that you are —or soon will be—on a plane headed for Shanghai, Sao Paulo, or St. Petersburg.
The list could go on. But even from a few examples around us, it is easy to detect the pervasive role of emerging market and developing economies in the global economy these days—a role that has grown more important over time.
Improved policy frameworks and structural reforms in emerging market and developing economies over the past twenty years have been crucial for this transformation. But as our research in Chapter 2 of the April 2017 World Economic Outlook shows, the external environment has also played its part in facilitating their rise.
These economies now face a possibly more complicated external environment than they have grown accustomed to in recent decades. Nevertheless, they can still enhance the growth impulse from less supportive external conditions with the right policy mix and by continuing to strengthen their institutional frameworks.
Role of external conditions
Emerging market and developing economies now account for close to 80 percent of global economic growth, almost double their share from two decades ago. Their relevance for the global economy isn’t simply as centers of production or trading hubs packaging and shipping goods to advanced economies. They have also become increasingly important as final destinations for consumer goods and services, now accounting for close to 85 percent of the growth in global consumption, more than double their share in the 1990s.
These economies have become more integrated into the global trading system and international capital markets since the 1990s. And as this process has unfolded, the relative prices of their exports and imports, external demand, and, in particular, external financial conditions, have increasingly influenced their growth in real income per capita.
Our study finds, for instance, that about one third of the 1½ percentage points pickup in the average growth rate of income per capita since 2005, relative to the 1995-2004 period, can be attributed to stronger capital inflows. Over time, demand for exports from other emerging market and developing economies has also exerted a more powerful force on these economies’ medium-term growth.
Beyond the numbers, the influence of the external environment has extended to the nature of their growth process. Several of these economies have experienced episodes of growth accelerations and reversals with sustained changes in growth rates. These episodes appear to have a long-lasting effect on the level of income per capita. The chapter finds that favorable external conditions increase the likelihood of growth accelerations and lower that of reversals.

Growth in a more complicated external environment
Emerging market and developing economies enjoyed exceptionally favorable external conditions over long stretches of the post-2000 period—strong external demand, relatively abundant capital inflows, and an upswing in commodity prices.
Over the past few years, however, the external environment has become more complicated for these economies. The slow recovery from the crisis in advanced economies has weakened demand for emerging market and developing economy exports. China has relied less on commodity imports as it rebalances its economy toward consumption and services. And the commodity cycle, more broadly, has turned since 2014, reducing growth rates among commodity exporters.
Some of these shifts in the external environment may persist. Additional elements in the mix are a risk of protectionism in advanced economies, and a general tightening of external financial conditions as US monetary policy normalizes. Emerging market and developing economies are therefore likely to experience a weaker growth impulse from external conditions than in the past.

Room for convergence
Despite this more complicated environment, the chapter’s analysis finds that these economies can still get the most out of a weaker growth impulse from external conditions by strengthening their institutional frameworks, protecting trade integration, permitting exchange rate flexibility, and containing vulnerabilities from high current account deficits and large public debts.
Some of these policies can also directly help boost growth in emerging market and developing economies, regardless of the shift in external conditions. After all, with 90 percent of the group at levels of income per capita less than half that in the United States, there is still considerable room for catch-up growth and convergence.
April 2017 World Economic Outlook: http://www.imf.org/en/publications/weo
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ENTREVISTA
PORTAL G1. COLUNA DE Thais Herédia. 10/04/2017. 'Estamos longe de estar numa recuperação sólida e sustentável', diz economista. Carlos Kawal, economista-chefe do banco Safra.
Já estamos em abril e o quebra-cabeças do primeiro trimestre do ano vai ganhando mais peças. Há uma percepção de enfraquecimento do ritmo de recuperação da economia, tanto assim que a previsão média para o PIB feita dos economistas ouvidos pelo Banco Central baixou para 0,41%, ante 0,47% de uma semana atrás.
O que os analistas estão buscando é uma calibragem equilibrada entre os fatos, ou seja, os dados que já estão disponíveis, e as expectativas formadas pela alta da confiança de consumidores e empresários. Será que esta retomada da confiança vai se traduzir em maior crescimento nos próximos meses?
Eu fiz esta e outras perguntas ao economista-chefe do Banco Safra, Carlos Kawal. Ele me recebeu em seu escritório na semana passada e sugeriu cautela para quem acredita que “agora tudo vai virar” na economia. Mesmo sobre este início de ano, onde estão concentradas as esperanças de que o país tenha deixado a recessão para trás, Kawal prefere o conservadorismo até que todas as informações estejam completas.
“A ideia de um primeiro trimestre bastante robusto, alguma coisa em torno de 0,5%, está sendo revista para baixo”, ressalva o economista.
A seguir, os principais trechos da entrevista.
Já começamos a superar a crise ou apenas saímos da recessão?
Já são oito trimestres seguidos de contração do PIB. Em tese, tecnicamente sairemos da recessão se tivermos o primeiro trimestre positivo, mas até isso começa a ficar em dúvida. As divulgações que ocorreram sobre janeiro, comércio, indústria e serviços, foram fortemente no terreno negativo. A ideia de um primeiro tri bastante robusto, alguma coisa em torno de 0,5%, está sendo revista para baixo.
Nós estávamos com previsão de crescimento zero para o primeiro tri.
Começamos o ano imaginando que teríamos uma situação melhor e de repente nós reveríamos o PIB para cima. O que acabou não acontecendo. Faltam indicadores de fevereiro fechados, mas o que vimos até agora estão nos dando um certo conforto de ter ficado no zero. Isto coloca ideia de que se for 0,1%, tecnicamente saímos da recessão, mas está longe de ser algo que mostra uma recuperação solida e sustentável.
De onde pode vir a surpresa positiva?
Temos que levar em conta, do lado da oferta, que o PIB vai se beneficiar da safra agrícola, que gera um efeito importante da cadeia do agronegócio, da renda agrícola que sobe, mas é muito pouco a gente ficar otimista com a recuperação da economia porque houve uma excelente safra.
Isto obviamente ajuda. Mas tem aquela história. Não basta ter uma boa política econômica, também tem que dar sorte.
Na verdade, estamos com cenário internacional surpreendendo do lado positivo, [os preços] as commodities nos ajudando, o juro lá fora numa trajetória de alta moderada, os piores temores do governo Trump não se confirmaram. A queda dos preços dos alimentos ajudando o BC na sua tarefa de reduzir juros. Agora, a economia pegar tração e sair por si só numa recuperação mais rigorosa, mais sustentável, os dados do primeiro trimestre estão jogando um pouco de dúvida nesta direção.
Carlos Kawal, economista-chefe do banco Safra.
Se a expectativa de saída da recessão morrer na praia, que tipo de contaminação pode gerar na confiança, ou na própria recuperação da economia?
Temos que olhar o diagnóstico da situação. A gente sabe que no mercado de trabalho existe alguma sugestão, dada pelo Caged de fevereiro, de que está melhor. Mas a taxa de desemprego continuará subindo mais um pouco. O emprego não ajudará no curto prazo. Eu tenho insistido num diagnostico de que temos um país num processo de desalavancagem. Continuamos vendo empresas com balanços muito comprometidos, buscando reduzir passivos, cortando investimentos e fazendo esforço nessa direção.
É verdade que a taxa de juros está caindo. Olhando para frente a expectativa de inflação e os juros, é de queda. Mas quando olhamos pelo CDI, que é o que corrige as dívidas das empresas, e considera que é uma crise com componente de balanço (financeiro do setor privado) importante, a taxa de juros real ainda é muito alta.
O alto endividamento das empresas é um obstáculo para a retomada?
Sim, e o juro caiu pouco ainda frente a situação que elas têm. Endividamento de empresa em moeda local é essencialmente baseado no CDI. Isto significa que ele é beneficiado mais diretamente quando a Selic cai. Acontece que a taxa caiu pouco ainda. Isto dificulta este processo de desalavancagem que precisamos que chegue a um bom termo para que os empresários tomem coragem para voltar a investir, voltar a crescer.
Mas de novo, como aconteceu em meados de 2016, os indicadores de confiança estão subindo descolados desta realidade que você acabou de descrever.
Temos visto esta desconexão entre indicadores de confiança e a atividade em si. Quando vêm os dados da atividade, eles não acompanham. E tampouco o desemprego e os dados de crédito. A orientação da política econômica, principalmente a agenda das reformas, tudo isto continua na direção correta, mesmo com enormes dificuldades. Mas não vemos a recuperação vir na velocidade que gostaríamos e seria importante para mitigar os efeitos da crise, sobretudo o lado do desemprego.
A política fiscal está bloqueada, nos estados um quadro também de bastante contração. A compensação tem que vir do lado da política monetária. Agora passamos a prever que o juro termine em 8% este ano. De novo, tudo é uma questão de diagnóstico. Qual é o grande problema na economia? Fiscal estrutural, muito intervencionismo, muito problema nas empresas estatais. Estamos entrando na agenda microeconômica, tem muita coisa acontecendo na direção correta.
Carlos Kawal, economista-chefe do banco Safra.
Quem vai financiar esta travessia?
Estamos vendo certo renascimento do mercado de capitais. Esta temperatura é um contraponto positivo. Mesmo em renda variável, vemos muitas ofertas na prateleira. Tem também operações de renda fixa, além das operações de fusões e aquisições. Tudo isto está indo muito bem e ajuda a aumentar a velocidade de ajuste patrimonial das empresas.
Existe naturalmente uma dificuldade maior quando faz você faz isso com juros reais elevados. Não vejo que isto seja diagnóstico consensual entre economistas. Se este é um diagnóstico correto, ele reclama uma taxa de juros bem mais baixa neste momento para que a gente consiga sair deste atoleiro dado por esta herança de endividamento do setor empresarial e das famílias que ainda é bastante elevado.
Mas os juros já estão caindo e isto pode ajudar, não?
Há uma leitura de que o juro real de equilíbrio é de 5% a 6%. Isto não faz sentido. Como (poderia ser tão alto), se as empresas não têm capacidade de crescer? Tinha que ser bem menor. E se a situação é de recessão, tem que ir abaixo do juro de equilíbrio. Nós estamos muito distantes desta realidade.
A gente sabe que o governo não vai ser fonte de estimulo à atividade, ao contrário. A gente sabe que os bancos públicos também não vão ser fonte de estimulo, nem concessão de subsídios pela situação fiscal. Neste contexto, as condições financeiras ainda são bastante restritivas para que a gente tenha recuperação mais sustentável.
Está no momento de rever as expectativas para a economia?
Acho que está um pouco cedo. Ninguém quer sair falando que vamos ter mais um trimestre de recessão. Até porque a gente tem que fazer isto com cautela. Agora, sai um dado ruim, depois sai outro...Ainda assim, tem coisas boas acontecendo como o efeito da agricultura e do FGTS.
Eu sinto que tem gente dizendo ‘agora vai’, “vai dar a virada”. Não necessariamente será assim, não vamos ver um estrondo super forte da economia. Como vai se comportar o consumidor, por exemplo? Hoje a gente tem a ressaca de um aprendizado de que não vamos mais ter a conjuntura que tivemos no passado.
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LGCJ.: