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March 3, 2017


USP. FIPE. PORTAL G1. 03/03/2017. Índice que mede preços em SP termina fevereiro com deflação de 0,08%. Com o resultado, o IPC-Fipe acumula alta de 0,24% no ano e de 4,43% em 12 meses.
Por Valor Online

O Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que mede a inflação para famílias com renda de até 10 salários mínimos que vivem na cidade de São Paulo, registrou queda de 0,08% no fim de fevereiro, após deflação de 0,05% na terceira quadrissemana do mês. Em janeiro, o indicador tinha subido 0,32%.
Com o resultado, o IPC-Fipe acumula alta de 0,24% no ano e de 4,43% em 12 meses.
Quatro das sete classes de despesas do indicador registraram deflação na última apuração de fevereiro. O grupo Alimentação foi o que mais influenciou a retração do IPC-Fipe ao sair de baixa de 0,61% para recuo de 0,69%. Ele teve impacto negativo de 0,17 ponto percentual na formação do índice. Transportes passaram de decréscimo de 0,08% para queda de 0,17% e tirou outro 0,025 ponto do IPC-Fipe. Despesas pessoais também aprofundaram a deflação, de 0,02% para 0,13% da terceira para a quarta quadrissemana e contribuíram com -0,018 ponto. Vestuário amenizou a queda, de 0,48% para 0,42%, mas ainda assim tirou 0,028 ponto do IPC.
Houve abrandamento no ritmo de alta em Educação (1,86% para 0,13%) e Saúde (de 0,81% para 0,69%). Habitação avançou mais, de 0,13% para 0,36%.

USP. FIPE. REUTERS. 03/03/2017. IPC-Fipe tem queda de 0,08% em fevereiro com recuo nos preços de alimentos

SÃO PAULO (Reuters) - O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo registrou queda de 0,08 por cento em fevereiro depois de subir 0,32 por cento no mês anterior, com recuo nos preços de alimentos, transportes, despesas pessoais e vestuário.

Essa foi a primeira vez em que o indicador fechou o mês com deflação desde setembro de 2016, quando ele caiu 0,14 por cento.

A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) informou nesta sexta-feira que os preços de Alimentação recuaram 0,69 por cento, exercendo o maior peso negativo, de -0,1703 ponto percentual.

Já o grupo Vestuário recuou 0,42 por cento, enquanto Transportes registrou queda de 0,17 por cento e Despesas Pessoais cedeu 0,13 por cento.

Na outra ponta, Habitação registrou alta de 0,36 por cento.

A expectativa em pesquisa da Reuters era de que o indicador tivesse recuo de 0,04 por cento em fevereiro.

O IPC-Fipe mede as variações quadrissemanais dos preços às famílias paulistanas com renda mensal entre 1 e 10 salários mínimos.

(Por Camila Moreira)

USP. FIPE. ZAP IMÓVEIS. PORTAL G1. 03/03/2017. Preço dos imóveis tem alta de 0,84% em 12 meses, diz FipeZap. Em 5 das 20 cidades pesquisadas houve queda nominal nos preços nos últimos 12 meses.
Por G1




O preço de venda dos imóveis subiram 0,13% de janeiro para fevereiro e, nos últimos 12 meses, a alta acumulada é de 0,84%, ambos abaixo da inflação estimada pelos analistas do mercado financeiro, por meio do Boletim Focus, do Banco Central, de 0,44% e 4,36%, respectivamente. Por enquanto, a prévia da inflação oficial medida pelo IBGE em fevereiro é de 0,54%.
O preço médio anunciado do m² apresenta queda real (descontada a inflação) de 4,58% nos últimos 12 meses, segundo o FipeZap.
Segundo o indicador, em 9 das 20 cidades pesquisadas houve variação negativa nos preços entre janeiro e fevereiro, e apenas em Belo Horizonte o aumento dos preços dos imóveis superou a inflação esperada para o mesmo período.
Já levando em conta a variação acumulada nos últimos 12 meses, 5 das 20 cidades pesquisadas registraram queda nominal de preço. E de novo somente Belo Horizonte teve variação dos preços superior à inflação do período.
Em fevereiro, o valor médio do m² anunciado das 20 cidades foi de R$ 7.701. Rio de Janeiro se manteve como o a referência do m² mais caro do país (R$ 10.257), seguido por São Paulo (R$ 8.641) e Distrito Federal (R$ 8.427) . Já as cidades com menor valor médio por m² entre as 20 consideradas pelo Índice FipeZap foram: Contagem (R$ 3.546), Goiânia (R$ 4.111) e Vila Velha (R$ 4.601).
O Índice FipeZap, desenvolvido em conjunto pela Fipe e pelo portal ZAP, acompanha o preço médio do m² de apartamentos prontos em 20 cidades brasileiras, com base em anúncios da internet.

SPC-BRASIL. 02/03/2017. Confiança dos micro e pequenos empresários registra maior resultado desde maio de 2015, de acordo com SPC Brasil e CNDL. Indicador apresentou 52,5 pontos em fevereiro. No entanto, otimismo ainda é moderado. Metade dos empresários esperam aumento no faturamento

O Indicador de Confiança dos micro e pequenos empresários de varejo e serviços (MPEs) calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) registrou 52,5 pontos em fevereiro de 2017, sendo este o maior resultado da série histórica, iniciada em maio de 2015. Ainda assim, o número demonstra otimismo moderado: quanto mais próximo de 100 está o indicador, mais otimistas estão os empresários, e quanto mais próximo de zero, menos confiantes eles estão. O indicador é considerado otimista quando marca mais de 50 pontos e pessimista ao marcar menos de 50; caso marque 50, é considerado neutro. Na comparação com fevereiro de 2016, quando marcou 43,0 pontos, o indicador avançou 9,5 pontos. Já na comparação com janeiro de 2017, o aumento foi de 1,5 ponto. Em termos percentuais, a variação anual foi de 22,1% e a mensal de 2,9%.

Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, a melhora da confiança coincide com diversas medidas que o governo está colocando em pauta para retomar o crescimento do país. “Notícias positivas como recuo da inflação, aceleração no corte de juros aliadas à liberação de recursos do FGTS podem favorecer os setores de comércio e serviços, uma vez que estes recursos poderão ser destinados ao pagamento de dívidas e ao consumo, aliviando assim a inadimplência e impulsionando as vendas”, explica.

66% dos empresários estão confiantes com seus negócios e 57% com a economia

O Indicador de Confiança do SPC Brasil e da CNDL é composto pelo indicador de condições gerais e pelo de expectativas. Eles são baseados nas avaliações dos micro e pequenos empresários com relação às condições gerais da economia e do ambiente de negócios, além das expectativas para os próximos seis meses tanto para a economia quanto para as empresas.

Em fevereiro de 2017, o subindicador de expectativas registrou 65,4 pontos, 10,9 a mais do que o mesmo período do ano passado, quando marcou 54,5. Por outro lado, o subindicador de condições gerais permanece abaixo do nível neutro: foram registrados 35,2 pontos, um aumento de 7,5 pontos na escala em comparação a fevereiro de 2016.

Em termos percentuais, 66% dos empresários disseram estar confiantes com seus negócios, contra 11% que não estão. Entre os confiantes, 34% têm o sentimento de que as coisas irão melhorar, mas não sabem ao certo por que estão confiantes, 30% afirmam estar fazendo boa gestão do negócio e 13% dizem que a economia está dando sinais de melhora. Entre os pessimistas, 55% dizem que a crise econômica pode continuar, 17% afirmam que as vendas foram tão afetadas que não conseguem mais se recuperar e para 13% a procura de seus produtos não vai aumentar pelo fato de ser considerado supérfluo.

Com relação ao futuro da economia, 57% estão otimistas, sendo que 45% novamente não sabem explicar o motivo do otimismo, apesar de estarem com o sentimento, 21% dizem que indicadores econômicos apresentam sinais de melhora e 17% afirmam que a crise política será resolvida. 16% afirmam estar pessimistas, sendo que 35% têm este sentimento em razão de incertezas políticas, 23% acreditam que os problemas econômicos são graves e 20% dizem que as vendas ainda estão caindo.

“A confiança dos empresários com os negócios é maior do que a confiança na economia pelo fato de acreditarem ser possível realizar ajustes diante da crise, diferente do que acontece com a economia”, afirma o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro.

Na avaliação dos últimos seis meses, 61% dos entrevistados consideraram que a economia piorou, contra apenas 13% que observaram alguma melhora. Com relação aos próprios negócios, 49% consideraram que houve piora e 17,5% entenderam que houve melhora. No entanto, o índice permanece abaixo do nível neutro. Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a avaliação dos últimos meses não poderia ser diferente. “A percepção que os empresários têm dos últimos meses vem melhorando, mas o sentimento da maioria ainda é de que a situação está ruim. Isso acontece porque os sinais da recuperação econômica ainda são muito tímidos e não chegaram ao dia a dia do empresário”, observa Kawauti.

Metade dos empresários acreditam em aumento no faturamento para os próximos seis meses

Metade dos micro e pequenos empresários de varejo e serviços esperam que o faturamento cresça nos próximos seis meses (51%), enquanto 35% dizem que o faturamento não irá se alterar e 8% alegam que irá cair.

“Apesar de positivos, os dados devem ser vistos com cautela, já que ainda há tensão política e riscos à recuperação econômica. A consolidação da confiança e a retomada do crescimento dependerão, entre outras variáveis, do sucesso das reformas propostas pelo governo”, completa Honório Pinheiro.

Metodologia

O Indicador e suas aberturas mostram que houve melhora quando os pontos estiverem acima do nível neutro de 50 pontos. Quando o indicador vier abaixo de 50, indica que houve percepção de piora por parte dos empresários. A escala do indicador varia de zero a 100. Zero indica a situação limite em que todos os entrevistados consideram que as condições gerais da economia e dos negócios “pioraram muito”; 100 indica a situação limite em que todos os entrevistados consideram que as condições gerais “melhoraram muito”.

DOCUMENTO: https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/noticia/2589

BOA VISTA SERVIÇOS DE CONSULTORIA. SCPC. 03/03/2017. Pedidos de falência recuam 13,5% em fevereiro, segundo Boa Vista SCPC. Na análise mensal, os pedidos de falência aumentaram 28,7% na comparação com janeiro

3 de março de 2017 – Os pedidos de falência registraram queda de 13,5% em fevereiro na comparação contra o mesmo mês de 2016 (comparação interanual), de acordo com o indicador econômico da Boa Vista SCPC. Na análise mensal, fevereiro apresentou aumento de 28,7% na comparação com janeiro, enquanto na variação do acumulado em 12 meses (março de 2016 até fevereiro de 2017 comparado aos 12 meses antecedentes) houve elevação de 6,0%.

Em 12 meses, as falências decretadas ainda subiram 15,9% em relação ao período anterior, enquanto na comparação interanual houve alta de 11,1% e elevação de 38,9% ante o mês imediatamente anterior. Já para os pedidos de recuperação judicial e recuperações judiciais deferidas, no acumulado em 12 meses, também foram observadas elevações, de 22,5% e 31,3%, respectivamente.

A tabela 1 resume os dados.

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Considerando os resultados de longo prazo (acumulados em 12 meses), os indicadores de falências e recuperações judiciais demonstraram continuidade da tendência de desaceleração dos meses anteriores. Em comparação a fevereiro de 2016 os indicadores de solvência apresentaram resultados mais favoráveis, devido as melhores condições macroeconômicas, tais como a redução dos juros e desaceleração da inflação, e a retomada das expectativas em relação a atividade econômica e dos investimentos.

Metodologia

O indicador de falências e recuperações judiciais é construído a partir da apuração dos dados mensais registrados na base da Boa Vista SCPC, oriundos dos fóruns, varas de falências e dos Diários Oficiais e da Justiça dos estados.

DOCUMENTO: http://www.boavistaservicos.com.br/noticias/indicadores-economicos/falencias-e-recuperacoes-judiciais/pedidos-de-falencia-recuam-135-em-fevereiro-segundo-boa-vista-scpc/

FECOMÉRCIO. REUTERS. 03/03/2017. Intenção de consumo na cidade de SP melhora em fevereiro pelo 8º mês, diz FecomercioSP

SÃO PAULO (Reuters) - A intenção de compras dos paulistanos melhorou em fevereiro pelo oitavo mês seguido e alcançou o maior patamar desde junho de 2015, de acordo com levantamento da FecomercioSP, embora ainda sinalize insatisfação com as condições de consumo.

O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) alcançou 77,6 pontos no mês passado, alta de 8,8 por cento frente a fevereiro de 2016 e de 2,2 por cento em relação a janeiro, segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Apurado mensalmente, o índice varia de zero a 200 pontos, sendo que abaixo de 100 pontos significa insatisfação e acima de 100, satisfação em relação às condições de consumo.

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, conforme nota, os indicadores ligados ao consumo estão se recuperando, mas longe de um patamar ideal. A equipe da entidade, porém, destacou a tendência positiva, atreladando o movimento a uma menor pressão de preços.

(Por Paula Arend Laier)

FECOMÉRCIO. 03/03/2017. Intenção de consumo sobe pelo oitavo mês seguido e alcança o maior patamar desde 2015. Segundo Entidade, indicador registrou 77,6 pontos em fevereiro, alta de 2,2%, em relação a janeiro, e de 8,8% na comparação com mesmo mês de 2016. Segundo a FecomercioSP, os indicadores ligados ao consumo estão se recuperando, mas longe de um patamar ideal

Pelo oitavo mês consecutivo, o índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) registrou alta e alcançou os 77,6 pontos - o maior patamar desde junho de 2015. Com isso, foi registrado crescimento de 2,2% em relação a janeiro e alta de 8,8% na comparação com o mesmo mês de 2016. O ICF é apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e varia de zero a 200 pontos, sendo que abaixo de 100 pontos significa insatisfação e acima de 100, satisfação em relação às condições de consumo.

Todos os sete itens avaliados pela pesquisa apresentaram crescimento em fevereiro. O destaque, em termos de variação, foi do Nível de Consumo Atual que avançou 4,4% e se aproximou dos 50 pontos (49,8 pontos). Mesmo assim, ainda é o item com pior avaliação do indicador, com a maioria dos paulistanos (60%) dizendo que está gastando menos neste momento na comparação com o mesmo período de 2016.

Para o médio prazo a situação é similar, com redução do grau de insatisfação. O item Perspectiva de Consumo subiu 2,9% e atingiu 69,2 pontos no mês. Em relação a fevereiro de 2016, foi o item que apresentou a maior variação positiva, 32,2%. Em fevereiro de 2016 eram 62% que diziam que iriam consumir menos nos meses seguintes, e este porcentual agora é de 52%.

O conservadorismo dos varejistas em contarem com estoques mais baixos para as vendas de fim de ano, não permitiu que houvessem muitas liquidações no início do ano. Com isso, o item Momento para Duráveis, que cresceu em fevereiro do ano passado 11,4% contra o mês anterior, não teve essa mesma força agora, mas de qualquer forma registra alta mensal de 1,7% e o item ficou nos 57 pontos.

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, esses indicadores ligados ao consumo estão se recuperando, mas longe de um patamar ideal. O importante, de acordo com a Federação, é a tendência positiva e essas elevações estão atreladas a menor pressão de preços. A inflação vem baixando, inclusive a do grupo de alimentos, que, na Região Metropolitana de São Paulo, acumulou em 2016, 7,8%, enquanto em dezembro de 2015 os preços, para este grupo, subiam 11,3%. Além disso, houve reajuste do salário mínimo e existe a perspectiva de retirada de recursos do FGTS, das contas inativas.

O item Renda Atual também cresceu em fevereiro (2,8%), saindo de 82,5 pontos para 84,8 pontos, sendo o maior ganho entre os itens e, assim, foi o que mais contribuiu em termos absolutos para o resultado positivo do ICF. A variação foi similar a registrada pelo item Acesso a Crédito que aumentou 2,4%. A pontuação, entretanto, é menor de 70,7 pontos, mas vem na tendência de crescimento, que segundo a Entidade, mostra que os paulistanos estão enfrentando cada vez menos dificuldade na contratação de financiamento para compras de longo prazo.

E por fim, os dados dos itens relacionados ao emprego são os únicos no patamar de satisfação. O Emprego Atual registrou alta de 1,6% e passou dos 100 pontos (101 pontos) pela primeira vez desde julho de 2015. Já o item Perspectiva Profissional cresceu 1% e atingiu 110 pontos. São 52% dos entrevistados que dizem que haverá uma melhora profissional para o responsável pelo domicílio nos próximos seis meses.

Na segmentação por faixa de renda o crescimento foi maior para o grupo que ganha menos de dez salários mínimos, que registrou elevação de 2,8%. Porém o patamar de 77,1 pontos, aferido por esse grupo em fevereiro, é inferior ao apurado pelas famílias com renda superior a este montante, que foi de 79,1 pontos, ligeira alta mensal de 0,6%. Ambas as classes estão com níveis superiores ao visto no ano passado, 7,7% para o primeiro e 12,1% para o segundo.

De acordo com a FecomercioSP, o ICF continua sua rota positiva e deve ser esta a tendência para o ano. A economia está dando sinais mais seguros, como a inflação se aproximando do centro da meta, de 4,5%, e os juros caindo, da mesma forma que o dólar. Aliado a isso, a Entidade aponta que as reformas, especialmente a da Previdência, se aprovadas, trarão ainda mais otimismo aos investidores. E pelo lado dos consumidores a possibilidade de retirar o dinheiro do FGTS pode contribuir para redução do endividamento gerando, em um segundo momento, maior capacidade de consumo.

Portanto, as principais variáveis que afetam o consumo estão melhorando, mesmo que de forma gradual, e para a Federação, os paulistanos vão cada vez mais reduzindo o seu grau de insatisfação e perdendo o receio de ampliar o nível de consumo, tão importante para a volta do crescimento econômico.

FECOMÉRCIO. 02/03/2017. Índice de Expansão do Comércio tem segunda queda consecutiva em fevereiro. Segundo a Entidade, o indicador alcançou 78,4 pontos, recuo de 7,9% na comparação com janeiro. Índice de Expansão do Comércio tem segunda queda consecutiva em fevereiro. Todo início de ano diminui o fluxo de consumidores nos grandes centros, reduzindo a confiança e a intenção de investir, mas os números ainda se mostram melhores do que em 2016

O ano de 2017 mal começou e já acumula duas quedas consecutivas do Índice de Expansão do Comércio (IEC) - pesquisa realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Em fevereiro, houve retração de 7,9% na comparação com janeiro, passando dos 85,1 pontos para 78,4 pontos no mês.

Já em relação ao mesmo mês de 2016, quando o índice registrava 67,7 pontos, houve crescimento de 15,8%. Vale ressaltar que o indicador se mantém há mais de dois anos (25 meses) abaixo dos 100 pontos, o que sinaliza pouca disposição dos empresários para expandir seus negócios.

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, a sazonalidade explica parte desse movimento já que o primeiro bimestre tende a registrar poucos investimentos ou contratações. Entretanto, o empresário está mais confiante em relação ao mesmo período de 2016 e ratifica as expectativas de que está em gestação um processo de melhoria econômica. Para a Entidade, ainda existem muitos obstáculos a serem transpostos, mas essa consistência de melhoria das perspectivas não foi perdida apenas por momentos pontualmente ruins. As reformas e ajustes (aprovados ou em vias de aprovação) geram um ambiente mais propício para o efetivo crescimento dos investimentos, pondera a Federação, ao menos no médio prazo.

O desempenho negativo no mês foi motivado pela queda acentuada da Expectativa para Contratação de Funcionários, que alcançou os 94,8 pontos, retração de 9,6%, na comparação com janeiro. Porém, em relação ao mesmo mês de 2016, houve crescimento de 24,5%. Outro indicador que ajudou a rebaixar o resultado geral do IEC foi o Nível de Investimento das Empresas, que registrou 62 pontos, queda de 5,1% no contraponto mensal e alta de 4,6% na comparação com fevereiro do ano passado.

Para a Entidade, ao longo de 2016 houve um crescimento maior da propensão a contratar do que a investir, pelo fato de que em termos de capital físico as empresas do varejo ainda não pensam em expansão. Por outro lado, os dados mais recentes do Caged sobre emprego mostram que no varejo, de julho a dezembro houve contratações líquidas após um longo período de demissões no setor. Esse padrão confirma a hipótese da FecomercioSP de que, antes de retomar projetos de ampliação e modernização das empresas, os empresários vão aguardar um pouco mais, para se certificarem que estão pisando em terra firme. Enquanto isso, podem ampliar as vendas e avançar nos negócios apenas contratando um pouco mais.

Todo início de ano é um momento de esvaziamento do fluxo de consumidores nos grandes centros, pondera a Federação, o que leva a quedas na confiança e na intenção de investir, mas não pode ser considerado uma reversão da tendência gradativa de recuperação, dado que os números ainda se mostram melhores do que no início do ano passado. A partir de abril ou maio, a FecomercioSP acredita ser provável que todos os indicadores de confiança voltem a crescer, inclusive o de intenção de contratação e de investir, com a retomada do ritmo normal da economia, pós-carnaval e pagamento das contas de início de ano.

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LGCJ.: