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March 6, 2017

INDICADORES



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BACEN. BOLETIM FOCUS: RELATÓRIO SEMANAL DE MERCADO
(Projeções atualizadas semanalmente pelas 100 principais instituições financeiras que operam no Brasil, para os principais indicadores da economia brasileira)

ANÁLISE

BACEN. PORTAL G1. 06/03/2017. Mercado sobe previsão para o crescimento do PIB em 2017 e 2018. Expectativa dos analistas de mercado financeiro foi coletada na semana passada e divulgada nesta segunda-feira (6) pelo Banco Central.
Por Alexandro Martello, G1, Brasília

Os economistas das instituições financeiras elevaram marginalmente sua estimativa para o crescimento da economia brasileira em 2017 e 2018.
As expectativas do mercado financeiro foram coletadas pelo Banco Central na semana passada e divulgadas nesta segunda-feira (6) por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus. Mais de cem instituições financeiras foram ouvidas.
Para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2017, o mercado financeiro elevou a previsão de um crescimento de 0,48% para 0,49% de alta.
O governo estima uma alta de 1%, mas o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já confirmou que deverá revisar este número para baixo.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.
Em 2015, houve uma contração de 3,8%, a maior em 25 anos. O resultado de 2016 ainda não foi divulgado pelo IBGE, mas a previsão do mercado é de um "tombo" próximo de 3,5%. Essa será a primeira vez que o país registra dois anos seguidos de retração no nível de atividade da economia – a série histórica oficial, do IBGE, tem início em 1948.
Para 2018, os economistas das instituições financeiras subiram sua estimativa de expansão do PIB de 2,37% para 2,39%.
Inflação
Para o comportamento da inflação de 2017, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o mercado manteve sua previsão estável em 4,36% na semana passada.
Com isso, manteve a expectativa de que a inflação deste ano ficará abaixo da meta central, que é de 4,5%. A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e deve ser perseguida pelo Banco Central, que para isso eleva ou reduz a taxa de juros (Selic).
A meta central de inflação não é atingida no Brasil desde 2009. Naquele momento, o país ainda sentia os efeitos da crise financeira internacional de forma mais intensa, que acabou se espalhando pelo mundo. A piora da crise financeira veio após o anúncio de concordata do banco norte-americano Lehman Brothers, em setembro de 2008.
Pelo sistema vigente no Brasil, a meta de inflação é considerada formalmente cumprida quando o IPCA fica dentro do intervalo de tolerância também fixado pelo CMN. Para 2017, esse intervalo é de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima do centro da meta. Assim, o BC terá cumprido a meta se o IPCA terminar este ano entre 3% e 6%.
No ano passado, a inflação ficou acima da meta central, mas dentro do intervalo definido pelo CMN. Já em 2015, a meta foi descumprida pelo BC - naquele ano, a inflação superou a barreira dos 10%.
A previsão de que a meta central será atingida neste ano está relacionada com a forte recessão, embora indicadores comecem a apontar para uma melhora do nível de atividade nos últimos meses. Mesmo assim, o desemprego e a inadimplência permanecem altos.
Para 2018, a previsão do mercado financeiro para a inflação permaneceu estável em 4,50%. O índice está em linha com a meta de inflação do período (4,5%) e também abaixo do teto de 6% para o ano que vem.
Taxa de juros
O mercado financeiro manteve sua previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 9,25% ao ano no fechamento de 2017 - ou seja, continua prevendo queda dos juros no decorrer deste ano. Atualmente, a Selic está em 12,25% ao ano.
Para o fechamento de 2018, a estimativa dos economistas dos bancos para a taxa Selic continuou em 9% ao ano. Com isso, estimaram que o processo de corte dos juros terá continuidade no ano que vem.
A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. A instituição tem de calibrar os juros para atingir índices pré-determinados pelo sistema de metas de inflação brasileiro.
As taxas mais altas tendem a reduzir o consumo e o crédito, o que pode contribuir para o controle dos preços. Entretanto, também prejudicam a economia e geram desemprego.
Câmbio, balança e investimentos
Na edição desta semana do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2017 permaneceu em R$ 3,30. Para o fechamento de 2018, a previsão dos economistas para o dólar ficou estável em R$ 3,40.
A projeção do relatório Focus para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2017 recuou de US$ 47,6 bilhões para US$ 47,3 bilhões de resultado positivo. Para o próximo ano, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit permaneceu em US$ 40 bilhões.
A projeção do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil em 2017 permaneceu em US$ 72 bilhões. Para 2018, a estimativa dos analistas recuou de US$ 73,5 bilhões para US$ 72 bilhões.

BACEN. PORTAL UOL. 06/03/2017. Previsão de analistas para o PIB em 2017 tem leve alta, para 0,49%
Do UOL, em São Paulo

Economistas consultados pelo Banco Central mantiveram a previsão para a inflação no final de 2017 em 4,36%, abaixo da meta do governo, e subiram ligeiramente a projeção para o PIB (Produto Interno Bruto)

Veja as projeções para 2017 do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (6) pelo BC:

  • PIB: subiu de 0,48 para 0,49%;
  • Inflação: foi mantida em 4,36%;
  • Taxa de juros: foi mantida em 9,25% ao ano;
  • Dólar: foi mantido em R$ 3,30.

A projeção de 4,36% na alta dos preços deixaria a inflação abaixo do centro da meta do governo. O objetivo é manter a inflação em 4,5% ao ano, com uma tolerância de 1,5 ponto para mais ou menos (ou seja, variando de 3% a 6%).

Para os próximos 12 meses, a projeção de inflação subiu de 4,55% para 4,56%.

Para manter o nível de inflação esperado, o governo faz uso da política monetária, por meio da taxa básica de juros, a Selic. Na última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) reduziu os juros de 13% para 12,25% ao ano, no quarto corte seguido.

A  inflação fechou 2016 em 6,29%, dentro do limite máximo da meta do governo.

Entenda o que é o boletim Focus
Toda semana, o BC divulga um relatório de mercado conhecido como Boletim Focus, trazendo as apostas de economistas para os principais indicadores econômicos do país.

Mais de 100 instituições são ouvidas e, excluindo os valores extremos, o BC calcula uma mediana das perspectivas do crescimento da economia (medido pelo Produto Interno Bruto, o PIB), perspectivas para a inflação e a taxa de câmbio, entre outros.

Mediana apresenta o valor central de uma amostra de dados, desprezando os menores e os maiores valores.

(Com Reuters)

BACEN. REUTERS. 06/03/2017. Top-5 reduz estimativas para taxa básica de juros e vê Selic a 9% em 2017

SÃO PAULO (Reuters) - O grupo que mais acerta as previsões na pesquisa Focus do Banco Central reduziu as perspectivas para a taxa básica de juros tanto neste ano quanto no próximo, depois que o BC indicou que o cenário básico é de antecipação do ciclo de queda dos juros.

O Top-5, que reúne as instituições que mais acertam as projeções, reduziu a expectativa para a Selic em 2017 a 9 por cento, de 9,50 por cento anteriormente. Para 2018, a projeção caiu ainda mais, a 8,75 por cento ante 9,25 por cento.

No levantamento geral divulgado nesta segunda-feira, não houve alterações, com a perspectiva para a Selic sendo de 9,25 por cento ao final de 2017 e 9,0 por cento em 2018.

O BC afirmou que uma intensificação do ritmo de corte nos juros básicos equivale a maior grau de antecipação desse ciclo de flexibilização, segundo ata da última reunião, reforçando que pode acelerar o passo em breve.

Para a inflação, a pesquisa com uma centena de economista não teve mudanças, com a alta do IPCA estimada em 4,36 por cento este ano e em 4,50 por cento no próximo. Para ambos, a meta oficial de inflação é de 4,5 por cento, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Por sua vez, as estimativas para a atividade econômica melhoraram ligeiramente, com a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017 calculada em 0,49 por cento, 0,01 ponto percentual a mais, acelerando em 2018 a 2,39 por cento, 0,02 ponto acima da semana anterior.

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BACEN. 06/03/2017. Nota sobre a reuniāo com economistas no Rio de Janeiro

Principais pontos da fala dos diretores do Banco Central em reunião com economistas:

  1. A divulgação de projeções condicionais de inflação nos cenários produzidos pelo Copom faz parte da sua comunicação. A relevância das diferentes hipóteses subjacentes às projeções varia com o estado da economia e com o momento do ciclo de negócios e da política monetária. Dessa forma, o Copom pode decidir enfatizar projeções sob determinado conjunto de hipóteses que são mais informativas em determinado momento. A exclusão das projeções no cenário com taxas de juros e câmbio constantes do Comunicado da 205ª reunião do Copom foi decidida com base nesse princípio. Esse cenário, como os outros, continuará sendo divulgado nos Relatórios de Inflação.
  2. As notas da 205ª reunião do Copom reafirmaram o entendimento, já expresso na decisão da 204ª reunião do Copom, de que, com expectativas de inflação ancoradas, projeções de inflação na meta para 2018 e marginalmente abaixo da meta para 2017, e elevado grau de ociosidade na economia, o cenário básico do Copom prescreve antecipação do ciclo de distensão da política monetária.
  3. O ambiente com expectativas de inflação ancoradas permite ao Copom se concentrar em evitar possíveis efeitos secundários de ajustes de preços relativos que possam ocorrer ao longo do tempo. Essa prescrição é simétrica – ou seja, vale para choques favoráveis ou adversos sobre a inflação. Em particular, isso se aplica ao choque de oferta favorável nos preços de alimentos.
  4. A taxa de juros estrutural da economia brasileira depende de fatores como os listados nas Notas da 205ª Reunião do Copom. Suas estimativas invariavelmente envolvem elevado grau de incerteza e, por isso, necessariamente envolvem julgamento. As estimativas da extensão do ciclo de flexibilização monetária em curso dependem não apenas da trajetória vislumbrada para a taxa de juros estrutural da economia, mas também da evolução da atividade econômica, dos demais fatores de risco mencionados na decisão da 205ª reunião do Copom, e das projeções e expectativas de inflação.


MDIC. 06/03/2017. Exportações crescem 10,2% na primeira semana de março. Superávit acumulado chega a US$ US$ 7,976 bilhões

Brasília (6 de março) – Com três dias úteis, a primeira semana de março teve superávit de US$ 697 milhões na balança comercial, resultado de exportações de US$ 2,403 bilhões e importações de US$ 1,705 bilhão. No ano, as exportações somam US$ 32,784 bilhões e as importações, US$ 24,807 bilhões, com saldo positivo de US$ 7,976 bilhões.

Nas exportações, comparadas as médias da primeira semana de março (US$ 800,9 milhões) com a de março do ano passado (US$ 726,8 milhões), houve crescimento de 10,2%, em razão do aumento nas vendas das três categorias de produtos: básicos (+19,9%), semimanufaturados (+1,4%) e manufaturados (+0,3%).

Na categoria dos básicos houve crescimento, principalmente, dos embarques de minério de ferro, carnes suína, bovina, de frango e de peru, trigo em grãos e minério de manganês. Entre os semimanufaturados, o crescimento foi influenciado, principalmente, por semimanufaturados de ferro e aço, ferro-ligas, couros e peles, madeira em estilhas ou em partículas e estanho em bruto. Nos manufaturados, aumentaram as vendas de automóveis de passageiros, óleos combustíveis, hidrocarbonetos e derivados halogenados, tubos de ferro fundido, laminados planos de ferro ou aço e veículos de carga.

Nas exportações, em relação a fevereiro deste ano, pela média diária, houve retração de 6,8%, em virtude da diminuição nas vendas das três categorias de produtos: semimanufaturados (-20,6%), manufaturados (-8,7%) e básicos (-1,6%).

Nas importações, a média diária da primeira semana de março (US$ 568,5 milhões) ficou 8,2% acima da média de março do ano passado (US$ 525,5 milhões). Cresceram os gastos, principalmente, com bebidas e álcool (+203,2%), siderúrgicos (+54,3%), plásticos e obras (+51,4%), equipamentos eletroeletrônicos (+44,2%), veículos automóveis e partes (+21,5%). Na comparação com fevereiro deste ano, houve retração das compras externas de 37,7%, com quedas das importações de em combustíveis e lubrificantes (-74,1%), cereais e produtos da indústria da moagem (-60,6%), adubos e fertilizantes (-55,3%), leite e derivados (-52,6%) e farmacêuticos (-16,2%).

FGV. IBRE. 06/03/2017. Indicador de Incerteza da Economia atinge menor nível desde maio de 2015

O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas caiu 8,5 pontos entre janeiro e fevereiro, ao passar de 127,3 para 118,8 pontos, o menor nível desde maio de 2015 (116,8 pontos).

“O retorno do indicador de incerteza ao nível de dois anos atrás sugere que, ao menos no front econômico, a incerteza vem diminuindo nos últimos meses. O resultado parece refletir notícias favoráveis como a redução da inflação e dos juros, além da aprovação da PEC de limitação de gastos públicos para os próximos anos. Apesar do alento é preciso cautela, uma vez que fatores externos, o andamento da Operação Lava Jato e contratempos durante a tentativa de aprovação de novas medidas como a reforma da Previdência podem reverter rapidamente a tendência de queda do indicador”, afirma o economista Pedro Costa Ferreira da FGV\IBRE.

A incerteza econômica é um dos fatores que influenciam o movimento dos indicadores de confiança da economia, como identificado em evidências empíricas no Brasil para a indústria e os consumidores. Desta forma, a queda do IIE-Br no primeiro bimestre pode ter contribuído para a melhora dos indicadores de confiança divulgados pela FGV\IBRE no período.

Entre os componentes do IIE-Br, o IIE-Br Mídia apresentou redução, de 7,8 pontos, pelo segundo mês consecutivo, retornando ao nível de agosto passado. Seguindo a mesma tendência, o IIE-Br Mercado caiu 0,8 ponto, enquanto o IIE-Br Expectativa subiu 0,1 ponto.

DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&lumItemId=8A7C82C5593FD36B015AA32E1ADA6857

FGV. IBRE. 06/03/2017. Inflação para famílias com renda entre 1 e 2,5 salários mínimos recua em fevereiro

O Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) do mês de fevereiro apresentou variação de 0,07%, taxa 0,47 ponto percentual (p.p.) abaixo da apurada em janeiro, quando o índice registrou variação de      0,54%. Com este resultado, o indicador acumula alta de 0,61%, no ano e, 4,11%, nos últimos 12 meses.

Em fevereiro, o IPC-BR registrou variação de 0,31%. A taxa do indicador nos últimos 12 meses ficou em 4,57%, nível acima do registrado pelo IPC-C1, conforme ilustra a tabela a seguir.

Seis das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação: Alimentação (0,34% para -0,45%), Transportes (2,07% para 0,72%), Educação, Leitura e Recreação (2,74% para 0,67%), Vestuário (-0,14% para -0,37%), Despesas Diversas (0,49% para 0,36%) e Comunicação (0,42% para -0,02%). Nestes grupos, os destaques partiram dos itens: bebidas não alcoólicas (1,63% para       -0,58%), tarifa de ônibus urbano (3,42% para 0,90%), cursos formais (10,70% para 0,00%), roupas (-0,40% para -0,46%), cartório (7,55% para 2,56%) e tarifa de telefone móvel (1,12% para 0,16%), respectivamente.

Em contrapartida, os grupos: Habitação (0,06% para 0,27%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,23% para 0,32%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, destacam-se os itens: tarifa de eletricidade residencial (-0,62% para 0,38%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,27% para 0,26%), respectivamente.

DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&lumItemId=8A7C82C5593FD36B015AA3391E63266D

MTurismo. MRE. PORTAL G1. 05/03/2017. Proposta de isentar de visto turistas de quatro países opõe Turismo e Itamaraty. Medida beneficiaria visitantes de EUA, Japão, Canadá e Austrália. Para Ministério do Turismo, medida estimularia setor. Para Itamaraty, países teriam de conceder o mesmo direito a brasileiros.
Por Luciana Amaral, G1, Brasília

Uma proposta do Ministério do Turismo de acabar com a exigência de vistos para a entrada de turistas de quatro países no Brasil colocou a pasta em oposição ao Ministério das Relações Exteriores.
Com o objetivo de estimular o turismo e investimentos estrangeiros no país, a medida prevê dispensar da exigência de visto durante dois anos os visitantes de Estados Unidos, Japão, Canadá e Austrália.
Atualmente, os cidadãos desses países precisam obter visto em um consulado brasileiro. Em geral, o processo de emissão inclui o preenchimento de um formulário online, o pagamento de uma taxa, uma entrevista no consulado e a espera pela liberação do documento. A permissão costuma ser válida por dez anos e custa entre US$ 80 e US$ 160.
A isenção chegou a ser aplicada entre 1º de junho e 18 de setembro do ano passado, durante a Olimpíada do Rio de Janeiro. Segundo dados do Ministério do Turismo, dos 163,1 mil visitantes dos quatro países na época, 74% aproveitaram a dispensa do visto. Em 2016, os turistas dessas nacionalidades representaram quase 15% dos 6,6 milhões de estrangeiros no Brasil.
Os ministérios têm opiniões diferentes quanto sobre a proposta e sobre os resultados. Para o Ministério do Turismo, o custo e o processo de obtenção do visto são obstáculos às viagens ao Brasil. Para o Itamaraty a adoção da medida exige reciprocidade: os quatro países teriam de oferecer o mesmo benefício aos brasileiros.
A decisão vai depender dos resultados de uma série de reuniões entre representantes dos dois ministérios, da Casa Civil e da Presidência da República. O presidente Michel Temer pode tomar a decisão por meio da publicação de um decreto no "Diário Oficial da União".
No mês passado, um decreto do presidente Donald Trump que impõe restrições à entrada nos Estados Unidos de cidadãos de sete países também dificultou a obtenção de visto por brasileiros.
Argumentos
“O processo para a obtenção do visto é muito burocrático para esses visitantes, enquanto eles são um grande potencial. Além disso, o Brasil aparece mal em rankings de abertura internacional. Isso afeta o turismo no país e a nossa competitividade. Precisamos nos abrir mais”, afirmou um interlocutor do ministro da pasta, Marx Beltrão.
A projeção do Turismo é que a isenção dos vistos resulte em um aumento de até 25% de turistas de Estados Unidos, Canadá, Japão e Austrália. Com a medida, a estimativa do mininistério é da entrada de R$ 1,4 bilhão na economia em dois anos.
O Ministério das Relações Exteriores argumenta que todo acordo deve ser pautado pelo princípio da reciprocidade. Ou seja, a isenção de visto só pode ser concedida se os brasileiros também tiverem direito ao mesmo benefício. Atualmente, brasileiros necessitam de visto prévio antes de viajarem para os quatro países.
“As relações internacionais são baseadas na questão da reciprocidade. É um princípio básico e histórico do Itamaraty. Agora o Ministério do Turismo quer entender mais de relações exteriores do que a gente? Pensamos em um ‘paiseco’ se vamos para um país que não precisa de visto nem nada”, defendeu um assessor da pasta.
Segundo outro assessor, não há reclamações dos cidadãos dos quatro países quanto a uma suposta dificuldade em obter os vistos nem em relação às taxas cobradas. Eles consideram que a distância, o alto custo e a promoção pequena do Brasil no exterior são os principais motivos que inibem o fluxo de turistas estrangeiros.
“Ninguém reclama que não consegue visto, que é válido por dez anos. Ou seja, um estrangeiro precisaria tirar o visto brasileiro só umas quatro, cinco vezes na vida se sempre viesse para cá. Ninguém deixa de viajar por isso”, disse um assessor do Ministério das Relações Exteriores.
Para assessores do Ministério do Turismo e do Palácio do Planalto, uma das razões da resistência do Itamaraty é a eventual perda na arrecadação das taxas cobradas nas emissões.
“Essas cobranças são uma fonte de recursos muito grande. Quebraria os consulados lá fora”, disse um interlocutor do presidente Michel Temer.
O Itamaraty contesta. De acordo com a pasta, o dinheiro dos vistos não fica nos consulados brasileiros no exterior, mas é encaminhado ao Brasil. “Isso não tem fundamento”, afirmou um assessor.

BACEN. 06/03/2017. BC divulga o Relatório de Poupança de fevereiro de 2017.

DOCUMENTO: http://www.bcb.gov.br/Pre/SalaImprensa/port/poupanca.asp

BACEN. PORTAL G1. 06/03/2017. Poupança perde R$ 1,67 bilhão em fevereiro. Apesar de negativo, retirada foi bem menor que as registradas em fevereiro de 2015 e 2016. No fim do mês passado, clientes tinham R$ 660 bilhões aplicados na poupança.
Por Alexandro Martello, G1, Brasília

A caderneta de poupança continuou perdendo recursos em fevereiro de 2017, mas num volume bem menor que o registrados no mês nos últimos dois anos.
Segundo informações divulgadas pelo Banco Central nesta segunda-feira (6), as retiradas da poupança superaram os depósitos em R$ 1,67 bilhão em fevereiro. Em fevereiro de 2015 e de 2016, a mais tradicional modalidade de investimentos do país havia perdido, respectivamente, R$ 6,26 bilhões e R$ 6,63 bilhões.
O resultado do mês passado foi o melhor, para meses de fevereiro, desde 2014 - quando a poupança registrou ingresso de R$ 1,85 bilhão.
No acumulado do primeiro bimestre de 2017, a poupança registrou perda de R$ 12,4 bilhões. Em igual período do ano passado, a retirada foi de R$ 18,67 bilhões.
Em todo ano de 2016, R$ 40,7 bilhões deixaram a poupança. O resultado foi o segundo pior da série histórica, que começa em 1995, atrás apenas de 2015, quando saíram da poupança R$ 53,5 bilhões.
A saída de recursos da caderneta de poupança acontece em um momento de baixo nível de atividade econômica, com aumento do desemprego e inadimplência em patamar elevado. Além disso, a poupança também tem registrado baixo rendimento frente a outras aplicações financeiras.
Saldo da poupança
Apesar de os saques terem superado a entrada de recursos, no final de fevereiro o estoque da poupança, ou seja, o volume total aplicado, registrou alta.
No fim de dezembro de 2016, o saldo da poupança estava em R$ 664,9 bilhões. Ao fim de janeiro de 2017, recuou para R$ 658,5 bilhões e, em fevereiro, avançou para R$ 660,65 bilhões.
Isso ocorreu porque a esse estoque é somado o rendimento das cadernetas que, em fevereiro, somou R$ 3,75 bilhões - portanto, superior ao volume de retiradas do mês.
Rendimento
O baixo rendimento da poupança também tem contribuído para as retiradas. Enquanto o rendimento dos fundos de renda fixa sobe junto com a Selic (a taxa básica de juros determinada pelo Banco Central), o das cadernetas fica limitado a 6,17% ao ano mais a variação da Taxa Referencial (TR) quando a Selic está acima de 8,5% ao ano.
Atualmente, a Selici está em 12,25% ao ano.
Segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), na atual situação as aplicações em renda fixa, como fundos de investimento, ganham mais atratividade porque o rendimento fica acima do da poupança na maioria dos casos.
A poupança continua atrativa somente para fundos com taxas de administração acima de 2,5% ao ano.
No ano passado, de acordo com a Economatica, a caderneta de poupança rendeu 8,3%. Ou seja, o rendimento das cadernetas foi superior à inflação de 2016, que ficou em 6,29%. Foi o melhor resultado desde 2009, quando o ganho foi de 2,63%.
Mesmo assim, a poupança perdeu para a Bovespa (30,72% de rentabilidade, descontada a inflação) e para a renda fixa, representada pelo CDI, que teve ganho real de 7,25% em 2016.
Analistas avaliam que o Tesouro Direto, programa que permite que pessoas físicas comprem títulos públicos pela internet, via banco ou corretora, sem necessidade de aplicar em um fundo de investimentos, também pode ser uma boa opção para os investidores. O programa tem atraído a atenção de aplicadores nos últimos anos.
Quando a poupança pode ser atrativa
Apesar do baixo rendimento, especialistas avaliam que a caderneta de poupança ainda pode ser uma boa opção, mas somente em poucos casos. Por exemplo: para pequenos poupadores (com pouco dinheiro guardado), para pessoas que buscam aplicações de curto prazo (poucos meses) ou que procuram formar um "fundo de reserva" para emergências.
A vantagem da poupança em relação a outros investimentos é que não incide Imposto de Renda sobre a aplicação.
Nos fundos de investimento, ou até mesmo no Tesouro Direto (programa do governo de compra de títulos públicos pela internet) há cobrança do IR e, na maior parte dos casos, de taxa de administração. Nos fundos de investimento e no Tesouro Direto, o IR incide com alíquota regressiva, ou seja, quanto mais tempo os recursos ficarem aplicados, menor é o valor da alíquota incidente no resgate.

BACEN. PORTAL UOL. 06/03/2017. Poupança perde R$ 1,67 bilhão, mas tem o melhor fevereiro desde 2014

Os saques da poupança superaram os depósitos em R$ 1,67 bilhão em fevereiro, informou o Banco Central nesta segunda-feira (6). É o melhor resultado para o mês desde 2014. A perda líquida foi de R$ 486,984 milhões no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), enquanto na poupança rural houve retirada de R$ 1,183 bilhão. No acumulado dos dois primeiros meses do ano, a saída líquida de recursos soma R$ 12,405 bilhões. No ano passado, a caderneta de poupança perdeu R$ 40,7 bilhões.

BACEN. REUTERS. 06/03/2017. Poupança tem saída líquida de R$1,670 bi em fevereiro, diz Banco Central

SÃO PAULO (Reuters) - Os saques na caderneta de poupança superaram os depósitos em 1,670 bilhão de reais em fevereiro, divulgou o Banco Central nesta segunda-feira, melhor resultado para o mês desde 2014.

A perda líquida foi de 486,984 milhões de reais no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), enquanto na poupança rural houve retirada de 1,183 bilhão de reais.

No acumulado dos dois primeiros meses do ano, a saída líquida de recursos somava 12,405 bilhões de reais.

(Por Luiz Guilherme Gerbelli)

OPEP. REUTERS. 06/03/2017. Rússia reduz produção de petróleo para 11,08 mi bpd no início de março, dizem fontes

MOSCOU (Reuters) - A produção diária de petróleo da Rússia caiu para 11,083 milhões de barris por dia (bpd) entre os dias 1º e 5 de março, ante 11,11 milhões de bpd no mês passado, disseram duas fontes da indústria de energia à Reuters nesta segunda-feira.

A Rússia reduziu a produção em relação ao seu nível de outubro, de 11,247 milhão de bpd, trazendo seus cortes acumulados a 164 mil bpd até agora, de acordo com os dados fornecidos por fontes nesta segunda-feira.

As fontes disseram que a produção na primeira semana de março estava em 1,512 milhão de toneladas por dia. A Reuters usa uma relação tonelada/barris de 7,33.

A Rússia prometeu cortar sua produção de petróleo em 300 mil barris por dia no primeiro semestre de 2017, em um acordo com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e outros países produtores, fechado em dezembro para elevar preços.

(Por Olesya Astakhova)


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