O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas recuou 1,0 ponto em agosto, para 86,1 pontos, interrompendo a sequência de cinco altas consecutivas que levaram a um ganho acumulado de 12,4 pontos entre março e julho.
“A queda do ICI em agosto pode ser interpretada como uma acomodação após uma sequência de altas expressivas, sem alterar a tendência de alta do índice no ano. A combinação de resultados mostra continuidade da tendência de ajuste de estoques associada a uma calibragem para baixo do nível de atividade. Apesar dos avanços nos últimos meses, o setor continua desapontado com a lentidão da recuperação da demanda interna e incerto em relação à política econômica que vigorará daqui por diante”, afirma Aloisio Campelo Junior, Superintendente de Estatísticas Públicas da FGV/IBRE.
Um fator atenuante à queda do ICI em agosto é a relativamente baixa disseminação de queda entre os segmentos industriais. O índice recuou em 9 dos 19 segmentos pesquisados.
A retração da confiança no mês foi determinada pela piora das expectativas em relação aos meses seguintes. O recuo de 1,7 ponto, para 87,3 pontos, do Índice de Expectativas (IE), no entanto, sugere também uma acomodação após alta acumulada de 17 pontos nos quatro meses anteriores. O Índice da Situação Atual (ISA) manteve-se estável em 85,2 pontos, maior patamar desde fevereiro de 2015 (86,0 pontos).
A queda do IE no mês foi influenciada principalmente pela acomodação do indicador de expectativas com a produção nos três meses seguintes que, após subir 21,4 pontos entre abril e junho, registrou quedas de 1,9 ponto em julho e de 2,5 pontos em agosto, fechando o mês em 89,5 pontos.
A estabilidade nas avaliações quanto à situação atual resultou da combinação de melhora na avaliação dos estoques com piora na percepção sobre a demanda e o ambiente de negócios. O indicador que mede o grau de satisfação com o nível atual da demanda recuou 1,6 ponto, para 82,8 pontos, influenciado pelo mercado interno; e o indicador que mensura a satisfação com a situação atual dos negócios caiu 1,9 ponto, para 81,2 pontos. O percentual de empresas avaliando o nível atual de estoques como excessivos passou de 14,5% para 14,1%, enquanto as que os consideram insuficientes aumentou de 4,7% para 5,4% do total.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) recuou 0,5 ponto percentual em agosto em relação ao mês anterior, para 73,8%, ficando idêntico ao de maio passado.
A edição de agosto de 2016 coletou informações de 1.107 empresas entre os dias 01 e 24 deste mês.
DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&contentId=8A7C82C5557F25F20156D5CC99113F73
FGV. IBRE. 29/08/2016. Sondagens e Índices de Confiança. Sondagem de Serviços. Confiança de Serviços atinge maior nível desde fevereiro de 2015
O Índice de Confiança de Serviços (ICS) da Fundação Getulio Vargas subiu 2,8 pontos entre julho e agosto, alcançando 78,8 pontos. Após a sexta alta consecutiva, o índice atinge o maior nível desde fevereiro do ano passado (81,3 pontos).
“As expectativas em relação à evolução dos negócios nos meses seguintes continuam melhorando para as empresas do setor de Serviços. A avaliação mais favorável atinge a maioria dos segmentos pesquisados e influencia positivamente a intenção de contratações para os próximos meses. Apesar disso, após seis meses de alta da confiança permanece a dúvida sobre a sustentabilidade desta reação, uma vez que está apoiada, sobretudo, nas expectativas, sem alterar significativamente a visão do setor a respeito do cenário atual” avalia Silvio Sales, consultor do FGV/IBRE.
Em agosto, 9 das 13 atividades pesquisadas registraram alta da confiança. A evolução do índice geral foi determinada por avanços nas expectativas para os próximos meses, enquanto a percepção do momento apresentou leve retração. O Índice de Situação Atual (ISA-S) caiu 0,2 ponto, para 70,9 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-S) avançou 5,7 pontos, alcançando 87,1 pontos. Com este resultado, apoiado em nova elevação das expectativas e numa virtual estabilidade na percepção sobre a situação atual, a diferença entre os dois índices alcança novo recorde de 16,2 pontos.
A queda de 1,8 ponto do indicador de satisfação com a situação atual dos negócios, para 70,3 pontos, exerceu a principal contribuição para a ligeira queda do ISA-S, uma vez que o indicador de Demanda Atual avançou 1,4 ponto, 71,4 pontos. Pela ótica das expectativas (IE-S), o destaque é o indicador de tendência dos negócios nos seis meses seguintes, que avançou 7,2 pontos, alcançando 87,5 pontos. O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) do setor ficou em 82,6% em agosto, 0,3 ponto percentual abaixo do resultado de julho.
Efeito dos Jogos?
Embora a Sondagem de Serviços do FGV/IBRE não seja estratificada por regiões, um exercício de corte para as empresas atuantes única ou majoritariamente no Estado do Rio de Janeiro sugere que a queda registrada no ISA-S em nível nacional teria sido amortecida por uma alta de 5,0 pontos do indicador nesta Unidade da Federação. Ressalve-se que, além de reduzir o grau de confiabilidade da abordagem regional, o desenho amostral da pesquisa dificulta a quantificação do impacto desta diferença entre os diferentes níveis de agregação. De qualquer forma, o expressivo descolamento - possivelmente influenciado pelo enorme fluxo de visitantes ao estado fluminense durante os dias dos Jogos Olímpicos de 2016 - sugere que a percepção mais favorável das empresas de Serviços sobre a situação corrente no Rio de Janeiro teria evitado uma queda mais acentuada do ISA-S do Brasil em agosto.
A edição de agosto de 2016 coletou informações de 1987 empresas entre os dias 2 e 24 deste mês.
DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&contentId=8A7C82C5557F25F20156D5DFBD0D1CB4
FGV. IBRE. 26/08/2016. Sondagens e Índices de Confiança. Sondagem da Construção. Confiança da Construção acelera em agosto
O Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu 1,8 ponto em agosto, alcançando 72,5 pontos – o maior nível desde julho de 2015. Após a segunda alta consecutiva, o índice acumula ganho de 5,9 pontos desde o mínimo histórico de fevereiro. Embora o índice continue muito mais próximo do registro mínimo que da média histórica e mostre uma evolução em 2016 menos favorável que a de outros segmentos produtivos acompanhados pelo FGV/IBRE, a tendência de redução do pessimismo já parece evidente.
“O empresário da construção começou a sinalizar que não está apenas com expectativas menos negativas. A percepção dominante é de que a atividade lentamente começa uma retomada, o que já está se refletindo no indicador de mão de obra prevista. Nos últimos três meses, os empresários passaram a apontar maior intenção de contratar”, observou Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção da FGV/IBRE.
O Índice da Situação Atual (ISA-CST) subiu 1,5 ponto em agosto, alcançando 64,2 pontos, o maior desde janeiro passado. Por outro lado, o fato de o índice permanecer entre os 10% mais baixos entre as 74 observações desde julho de 2010, ilustra como o nível de satisfação com o ambiente de negócios presente continua muito baixo neste início de segundo semestre. A principal contribuição à alta veio do indicador que capta a percepção da empresa em relação à situação atual da carteira de contratos, que registrou alta de 1,7 ponto em relação ao mês anterior, atingindo 63,3 pontos.
O Índice de Expectativas (IE-CST) alcançou 81,4 pontos, ficando 2,1 pontos acima de julho. Dentre os quesitos que integram o índice-síntese, a expectativa com a demanda dos negócios para os próximos três meses foi o que mais contribuiu para alta no mês, com variação de 4,0 pontos, atingindo 81,2 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) do setor ficou em 64,5% em agosto, 0,1 ponto percentual acima do resultado de julho, sinalizando certa estabilização do nível de atividade entre os dois meses.
SEGMENTO EM DESTAQUE: PREPARAÇÃO DO TERRENO
O segmento de Preparação do Terreno pode ser considerado um indicador antecedente do setor da construção por representar uma atividade que costuma registrar aceleração no início efetivo de obras previamente contratadas. Por isso, a evolução mais favorável deste segmento em relação à média do setor da Construção nos últimos meses, pode ser considerada uma boa notícia. Em julho e agosto, o ICST das empresas de Preparação do Terreno subiu 6,3 e 5,6 pontos, respectivamente.
Na comparação interanual, o ICST da atividade já supera o resultado do ano passado em 9,5 pontos. “As expectativas dos empresários dessa atividade começaram a melhorar em março, mas somente nos dois últimos meses, houve também a melhora na percepção sobre a situação corrente dos negócios. Sem dúvida, essa é uma importante sinalização de que o pior para a construção pode já ter ficado para trás.”, conclui Ana Castelo.
A edição de agosto de 2016 coletou informações de 700 empresas entre os dias 01 e 23 deste mês.
DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&contentId=8A7C82C5557F25F20156C659CE8D4589
FGV. IBRE. 26/08/2016. Índices Gerais de Preços. INCC-M. Índice Nacional de Custo da Construção recua em agosto
O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) registrou, em agosto, taxa de variação de 0,26%, Abaixo do resultado do mês anterior, de 1,09%. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,26%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,12%. O índice referente à Mão de Obra registrou variação de 0,26%. No mês anterior, a taxa de variação foi de 1,93%. O INCC-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
Materiais, Equipamentos e Serviços
No grupoMateriais, Equipamentos e Serviços, o índice correspondente a Materiais e Equipamentos registrou variação de 0,26%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,15%. Dos quatro subgrupos componentes, dois apresentaram acréscimo em suas taxas de variação, destacando-se materiais para instalação, cuja taxa passou de -0,36% para 1,19%.
A parcela relativa a Serviços passou de uma taxa de -0,01%, em julho, para 0,28%, em agosto. Neste grupo, vale destacar a aceleração da taxa do subgrupo projetos, cuja variação passou de 0,44% para 0,84%.
Mão de obra
O índice referente à Mão de Obra registrou variação de 0,26% em agosto, ante 1,93% no mês anterior. Esta variação ocorreu devido aos reajustes salariais registrados em Porto Alegre e Salvador. Esta última cidade captou a segunda parte do reajuste salarial praticado em janeiro de 2016.
Capitais
Cinco capitais apresentaram aceleração em suas taxas de variação: Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Recife e Porto Alegre. Em contrapartida, Rio de Janeiro e São Paulo registraram desaceleração.
DOCUMENTO: http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumPageId=402880972283E1AA0122841CE9191DD3&contentId=8A7C82C5557F25F20156C663B2DB7A36
FGV. IBRE. PORTAL UOL. AGÊNCIA ESTADO. 29/08/2016. Sete dos dez principais setores indicam recuperação
Alexa Salomão
Os economistas já afirmam quase unanimemente que a economia bateu no fundo do poço e começa a reagir. Dos 10 principais setores que fazem a roda do crescimento girar, 7 já esboçam recuperação, segundo levantamento feito pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Mas há outro consenso entre os especialistas: a robustez e a velocidade da retomada estão nas mãos do governo. O ponto de partida de um novo ciclo virtuoso é o ajuste fiscal nas contas públicas. Na avaliação geral, o ajuste será deslanchado após o julgamento do impeachment, nesta semana, com a definição de quem por direito tem aval para bancar medidas duras de cortes de gastos.
Prévias do Produto Interno Bruto (PIB) já mostram que alguns setores, em especial na indústria, reagiram no segundo trimestre. A expectativa é que os dados oficiais do PIB, que serão divulgados nesta semana, já apontem uma retração menor da economia, perto de 0,2%.
Economistas ouvidos pelo Estado estimam que devem contribuir para esse resultado reações pontuais, como a alta média de 2,4% em têxteis e calçados e de 0,9% no setor automotivo, em especial graças às exportações. Também deve pesar a favor o avanço de 1,3% no setor químico, impulsionado pela reposição de estoques. Outros setores tiveram crescimento zero, o que é bom, pois indica que a atividade deixou de se contrair e pode voltar a crescer, caso de construção e metalurgia.
Confiança do Comércio sobe 7,2 pontos em agosto ante julho, aponta FGV
Caio Megale, economista do Itaú Unibanco, lembra que a recuperação econômica virá de duas frentes. Uma parte, diz, ficará por conta da "regeneração natural do tecido econômico". Nesse caso, cumpriu-se um ciclo: a recessão derrubou o consumo e a produção, o que levou ao uso de estoques. Gradativamente, a produção é retomada, mas para atender a um consumo menor. Nesse processo, o câmbio cedeu, favorecendo a produção voltada à exportação.
Foi esse fenômeno natural que levou a indústria em geral a apresentar crescimento em volume físico de 1,2% no segundo trimestre, o primeiro saldo desde junho de 2013. "Os eventos esportivos pautaram a recessão: ela começou depois da Copa e tudo indica que se encerra na Paralimpíada", diz Megale.
Três motores fundamentais da economia, porém, estão desligados: óleo, gás e biocombustíveis têm retração de 5,5% e a agropecuária, de 0,5%. Preocupa o comércio, com queda de 0,4%, item do setor de serviços, que sozinho sustenta dois terços do crescimento. "O setor de serviços depende do consumo das famílias, que deve continuar deprimido", diz Silvia Matos, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).
IEDI. PORTAL UOL. AGÊNCIA ESTADO. 29/08/2016. Crescimento da indústria só deve vir em 2017
Luiz Guilherme Gerbelli
O setor de média baixa intensidade - que inclui produtos de borracha, metálicos, não metálicos, entre outros - tem sido a exceção no processo de recuperação da indústria brasileira.
O patamar da queda continua similar ao verificado no período mais intenso da crise. No trimestre encerrado em junho, o recuo foi de 10,4% ante o mesmo período do ano passado. "A indústria de média baixa segue andando de lado", afirma Rafael Cagnin, economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).
Essa fatia da indústria sofre com a baixa demanda por produtos metálicos - resultado da crise do setor automobilístico e da construção civil - e pelo excesso de produção em siderurgia no mundo, o que dificulta o caminho das exportações para aliviar o mau momento do mercado brasileiro.
"O setor de média baixa tecnologia ainda enfrenta as dificuldades do setor de petróleo e combustível. Ele não sente só o efeito da crise, mas também as questões envolvendo a Petrobrás", diz o economista do Iedi.
Sem recuperação
Embora o cenário comece a melhorar para a indústria de forma geral, um crescimento da produção industrial só deverá ser observado no ano que vem. De acordo com os analistas consultados pelo relatório do Focus, do Banco Central, a expectativa para a produção industrial é de uma alta de 1,05% em 2017. Neste ano, os economistas estimam uma retração de 5,95%.
"Se vier uma recuperação, ela deve ocorrer em 2017. Estamos num momento delicado. Possíveis reversões dessa trajetória de recuperação podem ocorrer", afirma Cagnin.
Um dos pontos de incerteza da indústria nacional é o patamar do câmbio por causa da recente a valorização do real. Neste ano, a moeda americana já recuou 17,4% ante a brasileira.
No ano passado, a forte desvalorização do real tornou a indústria brasileira mais competitiva no exterior e reduziu o ritmo de importações, o que beneficiou duplamente os produtores nacionais.
"Com o câmbio a R$ 3,50, a perspectiva era de uma melhora imediata. O real desvalorizado ajudou na substituição de importação de 300, 350 mil toneladas no setor têxtil e algo em torno de 400 e 450 milhões de peças de vestuário", afirma Rafael Cervone, presidente da Associação Brasileira de Indústria Têxtil(Abit).
"Se conseguimos mexer com questões mais estruturantes, como a modernização da legislação trabalhista e avançar nos acordos comerciais, rapidamente o cenário pode e os investimentos serão retomados", afirma Cervone.
CNC. 29/08/2016. Demissões no varejo perdem força. Ainda assim, CNC prevê que 230 mil vagas no setor serão cortadas em 2016, pior resultado em mais de uma década
Adicionar aos meus Itens A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê que, em 2016, o saldo entre trabalhadores admitidos e demitidos no varejo brasileiro deverá ficar negativo em 230 mil postos de trabalho. Confirmada essa projeção, a força de trabalho no setor encolheria 3%, sendo o pior resultado em mais de uma década. Apesar do resultado desfavorável, a entidade reduziu sua projeção: em maio, esperava-se que o saldo deste ano fosse de -279 mil vagas no comércio.
A análise da Confederação sobre os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho verificou que, na comparação mensal, houve uma redução no saldo entre admitidos e demitidos no varejo: -27,9 em junho ante -15,2 mil em julho. Além disso, a quantidade de trabalhadores do setor demitidos em julho (250,6 mil) foi a menor desde 2009, quando o total foi de 239,5 mil.
“A confiança do comércio tem aumentado nos últimos meses, mas ela ainda evidencia um pessimismo no setor. Essa confiança é o principal obstáculo à retomada das contratações e só vai se recuperar realmente quando os fatores que afetam o consumo, como o acesso ao crédito, por exemplo, se combinarem de forma mais favorável”, aponta o economista da CNC Fabio Bentes.
Desempenho por segmento do varejo
Nos últimos 12 meses, 3,52 milhões de pessoas foram desligadas – o menor nível desde dezembro de 2010, quando foram 3,5 milhões. O ranking da queda de emprego no varejo é liderado pelos ramos de móveis e eletrodomésticos (-9,1%), livrarias e papelarias (-6%) e comércio automotivo (-5,9%). Esses segmentos também são os que mais se destacam negativamente em termos de volume de vendas: respectivamente -15,7%, -15,5% e -17,1%.
Já em números absolutos, o maior destaque negativo é o segmento de vestuário e calçados, com redução de 59,9 mil vagas. Responsável por 13% da força de trabalho no varejo, esse setor registrou, nos últimos 12 meses, queda de 11,3% no volume de vendas. Por outro lado, os segmentos de hiper e supermercados e de farmácias e perfumarias ainda têm gerado vagas nos últimos meses (7,5mil e 13,6 mil postos, respectivamente).
Comportamento regional
Das 27 unidades da Federação, 26 registraram retração no número de vagas nos últimos 12 meses. Roraima foi a única exceção. Em termos relativos, destacam-se as taxas negativas no Amapá (-6,4%), Acre (-5%) e no Distrito Federal (-4,9%). Em números absolutos, os três estados no topo da lista são do Sudeste: São Paulo (-68,9 mil), Minas Gerais (-21,7 mil) e Rio de Janeiro (-21,6 mil), representando 49% do saldo negativo acumulado nos últimos 12 meses.
DOCUMENTO: http://cnc.com.br/sites/default/files/arquivos/caged_varejo_2016_07.pdf
SCPC. BOA VISTA CONSULTORIA. 29/08/2016. Até julho, movimento do comércio caiu 5,1% em 12 meses, diz Boa Vista SCPC
De acordo com os dados do varejo apurados pela Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), o Movimento do Comércio caiu 5,1% na avaliação dos valores acumulados em 12 meses (desde agosto de 2015 até julho de 2016 contra os 12 meses antecedentes). Na avaliação dos dados com ajuste sazonal, julho apresentou retração de 1,5% frente a junho. Já na comparação mensal contra o mesmo mês do ano anterior, houve queda de 1,7%, acumulando no ano 4,9% de queda, mantida a base de comparação.
Apesar das dificuldades que ainda permeiam o cenário econômico brasileiro, tais como juros elevados, mercado de trabalho em deterioração e inflação alta, na avaliação interanual os dados de julho repetiram a performance dos últimos 2 meses, com quedas mais amenas que as consolidadas até então. Caso o cenário mais benigno apontado pelas projeções de mercado se consolide, o atual movimento inflexão da tendência (valores acumulados em 12 meses) deverá ser mantido de modo consistente, recuperando gradativamente as vendas do setor para um patamar positivo já no primeiro trimestre de 2017.
Setores
Na análise mensal, dentre os principais setores, o setor de “Móveis e Eletrodomésticos” apresentou queda de 2,8% entre junho e julho, descontados os efeitos sazonais. Nos dados sem ajuste sazonal, a variação acumulada em 12 meses foi de -6,9%.
A categoria de “Tecidos, Vestuários e Calçados” caiu 2,6% no mês, expurgados os efeitos sazonais. Já na comparação da série sazonal, nos dados acumulados em 12 meses houve recuo de 7,7%.
A atividade do setor de “Supermercados, Alimentos e Bebidas” cedeu 0,3% no mês, na série dessazonalizada. Na série sem ajuste, a variação acumulada em 12 meses recuou 4,6%.
Por fim, o segmento de “Combustíveis e Lubrificantes” subiu 0,5% no mês – considerando dados dessazonalizados. Na série sem ajuste, a variação acumulada em 12 meses apresentou queda de 4,8%.
Abaixo segue a tabela contemplando os valores citados acima.
Metodologia
O indicador Movimento do Comércio é elaborado a partir da quantidade de consultas à base de dados da Boa Vista, por empresas do setor varejista. As séries têm como ano base a média de 2011 = 100, e passam por ajuste sazonal para avaliação da variação mensal. A partir de janeiro de 2014, houve atualização dos fatores sazonais e reelaboração das séries dessazonalizadas, utilizando o filtro sazonal X-12 ARIMA, disponibilizado pelo US Census Bureau.
DOCUMENTO: http://www.boavistaservicos.com.br/noticias/indicadores-economicos/movimento-do-comercio/ate-julho-movimento-do-comercio-caiu-51-em-12-meses-diz-boa-vista-scpc/
SPC-BRASIL. CNDL. 29/08/2016. INADIMPLÊNCIA DAS EMPRESAS CRESCE 12% EM JULHO, MAS DESACELERA PELO QUARTO MÊS CONSECUTIVO, MOSTRA INDICADOR DO SPC BRASIL. Entre as quatro regiões analisadas, Nordeste teve a maior alta anual no número de empresas devedoras. Sudeste não foi considerado devido à lei que dificulta a negativação de pessoas físicas e jurídicas em São Paulo
O número de empresas devedoras ainda é alto, mas pelo quarto mês seguido houve uma desaceleração no crescimento da inadimplência. Dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostram que o total de pessoas jurídicas com pendências atrasadas cresceu 11,61% em julho na comparação com o mesmo mês do ano anterior, percentual referente a quatro regiões pesquisadas – Centro-Oeste, Norte, Nordeste e Sul. A região Sudeste não foi considerada devido à Lei Estadual nº 15.659 que vigora no estado de São Paulo e dificulta a negativação de pessoas físicas e jurídicas no estado.
Entre as quatro regiões analisadas, o Nordeste foi a que apresentou a maior variação no número de empresas com o CNPJ registrado nas listas de negativados: um avanço anual de 14,22%. No Norte, a inadimplência de pessoas jurídicas também registrou forte avanço, crescendo 11,56% na comparação entre julho e o mesmo mês do ano anterior. As regiões Sul e Centro-Oeste apresentaram variações menores do número de devedores mas, ainda assim, os números são expressivos: 9,69% e 9,66%, respectivamente.
“A inadimplência das empresas cresceu significativamente ao longo de 2015, e desde o início de 2016 vem mostrando certa acomodação. O resultado de julho representa a quarta desaceleração consecutiva do indicador, ainda que este continue crescendo de forma bastante significativa em relação à série histórica como um todo, o que reflete as dificuldades econômicas enfrentadas no país”, explica o presidente da CNDL, Honório Pinheiro. “O aumento do desemprego, a inflação em patamares elevados e a baixa confiança dos consumidores e empresários afetam a capacidade de pagamento tanto das empresas quanto da população”, analisa.
Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro, o crescimento da taxa de inadimplência demonstra o quanto o aprofundamento da recessão, que somente agora parece começar a ceder, afetou as empresas. “A alta da inadimplência observada entre as empresas é um duro reflexo do cenário que limita o crédito e engessa o crescimento das pessoas jurídicas”, afirma. “A economia brasileira deteriorou-se rapidamente, o que impactou a renda das famílias e o faturamento das empresas.”
Setor de Serviços concentra maior parte das dívidas pendentes
O setor credor de Serviços, que engloba os bancos e financeiras, lidera a participação no total de dívidas em atraso das empresas em todas as regiões pesquisadas, ou seja, para quem as empresas e pessoas estão devendo. Em todas as quatro regiões analisadas, o setor concentra mais da metade das dívidas. O segundo maior credor em todas as regiões é o setor de Comércio.
Considerando o total de dívidas em atraso pendentes das empresas, englobando os segmentos de serviços, indústria, comércio, agricultura e outros setores, o destaque também fica no Nordeste: um aumento de 17,69% na comparação entre julho de 2016 e o mesmo mês do ano anterior. Na região Norte, o crescimento do número de dívidas de pessoas jurídicas também foi alto, de 14,80% e, com variação menor, aparecem o Sul (12,70%) e o Centro-Oeste (11,81%).
DÓLAR/ANÁLISE
BACEN. PORTAL G1. 29/08/2016. Dólar fecha em queda, de olho em julgamento do impeachment. Moeda perdeu 1,21%, vendida a R$ 3,2323. Em agosto, dólar recua 0,32% e tem desvalorização de 18,1% no ano.
Do G1, em São Paulo
O dólar fechou em queda nesta segunda-feira (29), em dia de julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, e após discursos na sexta-feira (26) de autoridades do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos), alimentarem expectativas sobre os juros no país.
A moeda norte americana caiu 1,21%, vendida a R$ 3,2323. Veja a cotação do dólar hoje.
No mês de agosto, o dólar tem variação negativa de 0,32%. No acumulado de 2016, a moeda recua 18,1%
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
- Às 9h10, alta de 0,37%, a R$ 3,284
- Às 9h50, alta de 0,13%, a R$ 3,2762
- Às 10h39, queda de 0,08%, a R$ 3,2692
- Às 11h29, queda de 0,53%, a R$ 3,2546
- Às 12h40, queda de 0,76%, a R$ 3,247
- Às 13h20, queda de 0,62%, a R$ 3,251
- Às 13h49, queda de 0,54%, a R$ 3,254.
- Às 14h48, queda de 0,92% a R$ 3,2415
- Às 15h42, queda de 0,84%, a R$ 3,2443
- Às 16h45, queda de 1,08%, a R$ 3,2365
Segundo a Reuters, investidores evitam fazer grandes apostas antes dos dados de emprego nos Estados Unidos de sexta-feira, que podem dar pistas sobre o rumo dos juros no país, e do desfecho do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.
"A cautela predomina porque é uma semana de eventos muito importantes", disse à agência o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.
Impeachment
Nesta segunda, o processo de impeachment de Dilma dá seus últimos passos com a defesa pessoal da própria presidente no Senado.
Segundo a Reuters, operadores dão como certo seu afastamento definitivo, mas esperavam um sinal de força política de Michel Temer que comprove que será capaz de angariar apoio no Congresso Nacional a medidas de ajuste fiscal, após enfrentar dificuldades para fazê-lo enquanto presidente interino.
"Daqui para frente, ou vai ou racha", disse à Reuters o operador de uma corretora nacional. Por isso, o volume de negócios foi baixo nesta segunda, deixando as cotações sensíveis a operações pontuais.
Juros nos EUA
O mercado seguiu atento a pistas sobre o rumo dos juros nos EUA. Com taxas mais altas por lá, seriam atraídos para o país recursos aplicados atualmente em outros mercados, motivando assim uma tendência de alta do dólar em relação a moedas energentes como o real.
Em discurso na sexta-feira, a presidente do Federal Reserve (Fed), Janet Yellen, afirmou que aumentaram as razões para subir os juros, mas evitou sinalizar um aumento iminente na taxa. Em um primeiro momento, segundo a Reuters, os mercados haviam interpretado que Yellen deu sinais de que os juros não subiriam tão cedo. Mas, em seguida, comentários do vice-presidente do Fed, Stanley Fischer, levaram os investidores a apostar que o BC dos EUA pode elevar os juros até o final deste ano.
Banco Central
Os negócios desta segunda também foram marcados, com a proximidade do fim do mês, pela briga pela Ptax, taxa calculada pelo Banco Central que serve de referência para diversos contratos cambiais. Operadores costumam disputar para deslocar a taxa formulada no último dia de negócios do mês para favorecer suas posições cambiais.
O Banco Central anunciou mais um leilão de swap cambial reverso, equivalente a compra futura de dólares, com oferta de até 10 mil contratos.
Último fechamento
O dólar fechou em alta de mais de 1% na sexta-feira (26), após sessão de forte volatilidade, com investidores elevando suas apostas de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, pode elevar os juros já na sua próxima reunião, em setembro. A moeda avançou 1,25%, a R$ 3,2719, após chegar a R$ 3,2787 na máxima da sessão e R$ 3,1898 na mínima, segundo a Reuters.
FED. PORTAL G1. 26/08/2016. 'Aumentaram as razões para subir as taxas de juros', diz presidente do Fed. 'Política monetária precisará responder a qualquer perturbação.' Yellen participou de simpósio anual do Fed realiza em Wyoming.
Do G1, em São Paulo
As razões para subir as taxas de juros nos Estados Unidos aumentaram nos últimos meses, disse a presidente do Federal Reserve, Janet Yellen.
"À luz do sólido e sustentável desempenho do mercado trabalhista, de nossas perspectivas de atividade econômica e da inflação, acho que o argumento para aumentar a taxa básica de juros se fortaleceu nos últimos meses", afirmou durante o simpósio anual que o Fed realiza em Jackson Hole, Wyoming.
A presidente do Federal Reserve afirmou que manterá um política monetária flexível para responder a potenciais mudanças abruptas no cenário econômico.
Dois meses depois do Brexit e dez semanas antes das eleições presidenciais nos Estados Unidos, Janet Yellen disse que foi difícil prever as taxas de juros "porque a política monetária precisará responder a qualquer perturbação que abale a economia".
BACEN. PORTAL UOL. 29/08/2016. Dólar cai 1,2% e fecha a R$ 3,232, de olho em impeachment e juros nos EUA.
Do UOL, em São Paulo
O dólar comercial fechou esta segunda-feira (29) em queda de 1,21%, cotado a R$ 3,232 na venda, após duas altas seguidas. Na sexta-feira, a moeda havia subido 1,25%.
Com a baixa de hoje, o dólar passa a acumular queda de 0,33% no mês. No ano, a moeda tem desvalorização acumulada de 18,13%.
A sessão desta segunda foi influenciada pelo julgamento final do processo de impeachment e pela expectativa em relação aos juros nos Estados Unidos.
Impeachment na reta final
Investidores acompanhavam a fase final do processo de impeachment. Nesta segunda-feira, a presidente afastada, Dilma Rousseff, foi ao Senado para se defender das acusações.
Grande parte dos investidores acredita que o impeachment será confirmado. No entanto, o mercado aguarda sinais de força política de Michel Temer, que comprove que ele será capaz de conseguir apoio no Congresso para aprovar medidas para equilibrar as contas públicas.
A votação que definirá se a presidente deixa o cargo definitivamente deve acontecer até quarta-feira (31).
Atuação do BC
Nesta sessão, o Banco Central voltou a atuar no mercado de câmbio. Ao todo, foram vendidos 10 mil swaps reversos, contratos que equivalem à compra futura de dólares.
Também influenciou a cotação da moeda a briga pela formação do dólar Ptax, taxa calculada pelo BC que serve de referência para diversos contratos cambiais. No fim de cada mês, operadores costumam tentar deslocar essa taxa para cima ou para baixo, buscando favorecer seus negócios.
Juros nos EUA
No exterior, investidores estavam cautelosos antes da divulgação de dados sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos, o que pode trazer novas indicações sobre quando os juros no país poderão subir.
Na sessão anterior, declarações de autoridades do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) recolocaram sobre a mesa a possibilidade de alta nos juros no mês que vem.
"A cautela predomina porque é uma semana de eventos muito importantes", disse à agência de notícias Reuters o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.
Juros mais altos nos EUA podem atrair para lá recursos atualmente aplicados em países onde as taxas são maiores, como o Brasil.
(Com Reuters)
BOVESPA/ALÁLISE
BOVESPA. PORTAL G1. 29/08/2016. Bovespa fecha em alta com ajuda de NY e em fase final do impeachment. Ibovespa, principal índice de ações, avançou 1,55%, a 58.610 pontos. O dia também é marcado pela fraqueza de preços de commodities.
Do G1, em São Paulo
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta nesta segunda-feira (29), apoiada em ações como Petrobras e Vale e tendo como pano de fundo a reta final do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.
O Ibovespa, principal indicador da bolsa, subiu 1,55%, aos 58.610 pontos. Veja a cotação.
A moeda norte americana caiu 1,21%, vendida a R$ 3,2323. Veja a cotação do dólar hoje.
As atenções estão voltadadas para o que agentes do mercado classificaram como "capítulo final" do impeachment de Dilma Rousseff, que faz sua defesa no Senado antes da votação final do julgamento no qual ela é acusada de crimes de responsabilidade.
O dia também é marcado pela fraqueza de preços de commodities, resultado principalmente do fortalecimento do dólar, após discursos em conferência anual do Federal Reserve, em Jackson Hole, que elevaram a chance de uma alta de juros no curto prazo nos Estados Unidos, destaca a Reuters.
As ações da Petrobrasfecharam em alta de 2,23%. O presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse a jornalistas mais cedo nesta segunda que a companhia espera ter uma decisão sobre propostas vinculantes pela BR Distribuidora no primeiro trimestre de 2017, segundo a Reuters.
Após forte queda na sexta-feira, a Vale também subiu 2,26%. A mineradora divulga nesta sexta-feira o resultado da investigação encomendada à Cleary Gottlieb Steen&Hamilton sobre o rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana (MG), da mineradora Samarco.
Último fechamento
A Bovespa fechou quase estável na sexta-feira (26), depois de um dia de pregão volátil. Os investidores analisaram o discurso da chair do Federal Reserve sobre o rumo dos juros norte-americanos. Janet Yellen afirmou que as razões para subir as taxas de juros nos Estados Unidos aumentaram nos últimos meses.
O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, fechou em queda de 0,01%, a 57.716 pontos. Na semana, o indicador recuou 2,33%. Foi a primeira queda semanal desde o início de junho – o Ibovespa acumulava até então dez semanas consecutivas de valorização.
BOVESPA. PORTAL UOL. 29/08/2016. Bolsa fecha em alta de 1,5%, com Petrobras, Vale e bancos; BB salta 4%
Do UOL, em São Paulo
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou esta segunda-feira (29) em alta de 1,55%, a 58.610,39 pontos. Na sexta-feira, a Bovespa havia ficado praticamente estável, com leve baixa de 0,01%.
Com isso, a Bolsa acumula valorização de 2,27% no mês e de 35,2% no ano.
A sessão de hoje foi influenciada, principalmente, pela alta das ações da Petrobras, da Vale e dos bancos, que têm grande peso sobre o Ibovespa. O papel do Banco do Brasil saltou 4%.
Bancos avançam
As ações do Banco do Brasil (BBAS3) dispararam 4,02%, a R$ 23,82.
As ações do Bradesco (BBDC4) tiveram alta de 1,82%, a R$ 29,16, e as ações do Itaú Unibanco (ITUB4) se valorizaram 1,76%, a R$ 36,36.
Petrobras sobe 2,55%
As ações preferenciais da Petrobras (PETR4), que dão prioridade na distribuição de dividendos, subiram 2,55%, a R$ 12,87.
As ações ordinárias da Petrobras (PETR3), com direito a voto em assembleia, ganharam 1,54%, a R$ 15,19.
Os papéis da estatal foram influenciados por declaração do presidente da companhia, Pedro Parente, de que espera ter uma decisão sobre propostas de venda da BR Distribuidora no primeiro trimestre de 2017.
Vale ganha 2,39%
As ações preferenciais da Vale (VALE5) ganharam 2,39%, a R$ 15,43, e as ações ordinárias da Vale (VALE3) se valorizaram 2,2%, a R$ 18,10.
Nesta segunda, a agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) melhorou a perspectiva para a nota de crédito da mineradora. Além disso,
Dólar cai 1,21%, a R$ 3,232
No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em queda de 1,21%, cotado a R$ 3,232 na venda, após duas altas seguidas. Na sexta-feira, a moeda havia subido 1,25%.
Com a baixa de hoje, o dólar passa a acumular queda de 0,33% no mês. No ano, a moeda tem desvalorização acumulada de 18,13%.
Bolsas internacionais
Das seis principais Bolsas de Valores da Europa, quatro fecharam com queda, uma ficou praticamente estável e outra não operou:
- Itália: -1,12%
- Alemanha: -0,41%
- França: -0,4%
- Espanha: -0,5%
- Portugal: -0,03%
- Inglaterra não operou
Das sete principais Bolsas da Ásia e do Pacífico, cinco encerraram o dia em baixa, um ficou estável e só a Bolsa do Japão teve alta:
- Japão: +2,3%
- China: fechou estável
- Cingapura: -0,09%
- Coreia do Sul: -0,25%
- Taiwan: -0,24%
- Hong Kong: -0,38%
- Austrália: -0,84%
(Com Reuters)
BACEN. REUTERS. 29/08/2016. Dólar cai mais de 1% e vai abaixo de R$3,25 com baixo volume, de olho em Fed e impeachment
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou com a maior queda em quase um mês e voltou abaixo de 3,25 reais nesta segunda-feira, dia marcado por baixo volume de negócios antes dos dados de emprego nos Estados Unidos no fim da semana e do desfecho do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.
Na sessão anterior, declarações de autoridades do Federal Reserve recolocaram sobre a mesa a possibilidade de o banco central norte-americano elevar os juros no mês que vem, adicionando incerteza aos mercados financeiros globais.
O dólar recuou 1,21 por cento, a 3,2323 reais na venda, após bater 3,2910 reais na máxima do dia e 3,2287 reais na mínima. Foi a maior queda diária de fechamento desde o dia 4 de agosto (-1,43 por cento).
O dólar futuro recuava cerca de 1 por cento no fim desta tarde.
(Por Bruno Federowski)
BACEN. BOLETIM FOCUS: RELATÓRIO SEMANAL DE MERCADO
(Projeções atualizadas semanalmente pelas 100 principais instituições financeiras que operam no Brasil, para os principais indicadores da economia brasileira)
ANÁLISE
BACEN. PORTAL G1. 29/08/2016. Mercado prevê mais inflação e melhora do PIB em 2016 e 2017. Estimativa dos analistas para o IPCA deste ano subiu de 7,31% para 7,34%. Para PIB, previsão de encolhimento em 2016 passou de 3,20% para 3,16%.
Alexandro Martello
Do G1, em Brasília
Os analistas do mercado financeiro elevaram sua estimativa de inflação e também passaram a esperar um comportamento melhor do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e em 2017.
As expectativas foram coletadas pelo Banco Central na semana passada e divulgadas nesta segunda-feira (29), por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus. Mais de 100 instituições financeiras foram ouvidas.
ESTIMATIVAS PARA O IPCA 2016
Em %
Fonte: BC
A estimativa do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu de 7,31% para 7,34% na semana passada. Assim, permanece acima do teto de 6,5% do sistema de metas e bem distante do objetivo central de 4,5% fixado para 2016.
Recentemente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA - considerado a inflação oficial do país – atingiu 0,52% em julho, ganhando força. Considerando os últimos 12 meses, o índice é de 8,74%.
Para 2017, a estimativa do mercado financeiro para a inflação avançou de 5,12% para 5,14%, informou o BC. Deste modo, permanece abaixo do teto de 6% – fixado para 2017 – mas ainda longe do objetivo central de 4,5% para o IPCA no período.
O BC tem informado que buscará "circunscrever" o IPCA aos limites estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 2016 (ou seja, trazer a taxa para até 6,5%), e também fazer convergir a inflação para a meta de 4,5%, em 2017.
Produto Interno Bruto
Os economistas do mercado financeiro melhoraram sua estimativa para o nível de atividade neste ano de uma contração de 3,2% para uma queda um pouco menor, de 3,16%.
Para o comportamento do Produto Interno Bruto em 2017, os economistas das instituições financeiras elevaram sua previsão de uma alta de 1,2% para um crescimento de 1,23%, informou o BC.
ESTIMATIVAS PARA O PIB 2016
Em %
Fonte: BC
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.
Com a previsão de um novo "encolhimento" do PIB neste ano, essa também será a primeira vez que o país registra dois anos seguidos de queda no nível de atividade da economia – a série histórica oficial, do IBGE, tem início em 1948. No ano passado, o recuo foi de 3,8%, o maior em 25 anos.
Taxa de juros
O mercado financeiro manteve a previsão de que a taxa básica de juros deverá ficar estável em 14,25% ao ano na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) marcada para esta terça e quarta-feiras (30 e 31).
Para o fim de 2016, a estimativa dos economistas dos bancos para a taxa Selic permaneceu estável em 13,75% ao ano. Com isso, estimativa do mercado é de um corte na taxa até o fim de 2016.
Já para o fechamento de 2017, a estimativa para a taxa de juros subiu de 11% para 11,25% ao ano.
BACEN. PORTAL UOL. 29/08/2016. Analistas pioram projeção de inflação, mas veem queda menor do PIB em 2016
Do UOL, em São Paulo
Economistas consultados pelo Banco Central melhoraram a estimativa para o PIB (Produto Interno Bruto), mas pioraram a projeção de inflação para o fim de 2016.
Veja as estimativas para 2016 do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (29) pelo BC:
- PIB (Produto Interno Bruto): melhorou de -3,20% para -3,16%;
- Inflação: aumentou de 7,31% para 7,34%
- Taxa básica de juros (Selic): manteve-se em 13,75%;
- Dólar: caiu de R$ 3,30 para R$ 3,29
Para o ano que vem, a projeção de crescimento do PIB também melhorou, de 1,20% para 1,23%.
A projeção para a inflação continua acima do limite máximo da meta do governo. O objetivo é manter a alta dos preços em 4,5% ao ano, mas há uma tolerância de dois pontos para mais ou menos (ou seja, variando de 2,5% a 6,5%).
A estimativa para 2017 aumentou de 5,12% para 5,14%. Para os próximos 12 meses, a projeção de inflação caiu de 5,34% para 5,32%.
A inflação oficial no Brasil acelerou e fechou julho em 0,52%.
Para manter o nível de inflação esperado, o governo faz uso da política monetária, por meio da taxa básica de juros, a Selic. No mês passado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve os juros em 14,25% ao ano.
Entenda o que é o boletim Focus
Toda semana, o BC divulga um relatório de mercado conhecido como Boletim Focus, trazendo as apostas de economistas para os principais indicadores econômicos do país.
Mais de 100 instituições são ouvidas e, excluindo os valores extremos, o BC calcula uma mediana das perspectivas do crescimento da economia (medido pelo Produto Interno Bruto, o PIB), perspectivas para a inflação e a taxa de câmbio, entre outros.
Mediana apresenta o valor central de uma amostra de dados, desprezando os menores e os maiores valores.
(Com Reuters)
BACEN. REUTERS. 29/08/2016. Economistas veem mais inflação em 2016 e 2017, com menor corte da Selic no próximo ano, diz Focus
SÃO PAULO (Reuters) - Economistas ouvidos semanalmente pelo Banco Central aumentaram suas projeções para inflação este ano e no próximo e passaram a ver menor corte da taxa básica de juros em 2017, em meio à persistente alta de preços sobretudo dos alimentos.
Pesquisa Focus do BC também mostrou que o Top 5 --grupo que mais acerta as previsões-- voltou a ver que a autoridade monetária vai reduzir a Selic, hoje a 14,25 por cento, neste ano.
O levantamento, divulgado nesta segunda-feira, mostrou que a estimativa para a alta do IPCA este ano subiu para 7,34 por cento, sobre 7,31 por cento na pesquisa anterior, estourando ainda mais a meta do governo, de 4,5 por cento, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos.
Para 2017, as expectativas sobre o IPCA subiram pela primeira vez após dez semanas, para 5,14 por cento, frente a 5,12 por cento do Focus anterior.
Apesar de recentemente ter perdido um pouco da força, os preços dos alimentos continuavam colocando pressão sobre a inflação. O IPCA-15, prévia do indicador oficial, mostrou alta próxima de 9 por cento em 12 meses acumulados até agosto.
Para a Selic, segundo o Focus, a projeção para o fim de 2017 subiu a 11,25 por cento, sobre 11 por cento na semana anterior, o primeiro movimento de alta após oito semanas de estabilidade.
A estimativa para a taxa básica de juros ao final deste ano foi mantida em 13,75 por cento.
O Top 5, por sua vez, voltou a ver a Selic no fim deste ano a 13,75 por cento, após indicar na semana passada que não haveria corte do juros básico até o fim do ano. Para 2017, a projeção permaneceu em 11,25 por cento.
O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne esta semana para definir o rumo da Selic e a expectativa é que seja mantida nos atuais 14,25 por cento.
O Focus mostrou ainda que a expectativa dos economistas para a retração do Produto Interno Bruto (PIB) este ano passou a 3,16 por cento, sobre 3,20 por cento na semana anterior. Para 2017, a expansão esperada era de 1,23 por cento, ante 1,20 por cento na semana passada.
Houve forte queda nas projeções de expansão da produção industrial de 2017, que passou a 0,50 por cento, sobre 1,05 por cento.
(Por Flavia Bohone)
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LGCJ.: