Em dezembro de 2015, o total do pessoal ocupado assalariado na indústria mostrou queda de 0,6% frente ao patamar do mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, 12ª taxa negativa consecutiva, acumulando nesse período perda de 7,8%. Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral apontou recuo de 0,6% no trimestre encerrado em dezembro de 2015 frente ao patamar assinalado no mês anterior, e manteve a trajetória descendente iniciada em abril de 2013. Na comparação com dezembro de 2014, o emprego industrial mostrou queda de 7,9%, 51º resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e o mais intenso desde o inicio da série histórica. Com isso, o índice acumulado no ano de 2015 ficou em -6,2%, redução mais elevada da série histórica iniciada em 2002. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos 12 meses, ao recuar 6,2% em dezembro de 2015, apontou o resultado negativo mais intenso desde o início da série histórica e manteve a trajetória descendente iniciada em setembro de 2013 (-1,0%).
Com esta divulgação, o IBGE encerra a série da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário.
Indicadores Conjunturais da Indústria
Brasil - Dezembro de 2015
Brasil - Dezembro de 2015
Variáveis | Variação (%) | |||
---|---|---|---|---|
Dezembro 2015/
Novembro 2015* |
Dezembro 2015/
Dezembro 2014 |
Acumulado
Janeiro - Dezembro |
Acumulado nos
Últimos 12 Meses | |
Pessoal Ocupado Assalariado |
-0,6
|
-7,9
|
-6,2
|
-6,2
|
Número de Horas Pagas |
-0,1
|
-7,4
|
-6,7
|
-6,7
|
Folha de Pagamento Real |
0,0
|
-11,5
|
-7,9
|
-7,9
|
*Série com Ajuste Sazonal
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
No confronto com igual mês do ano anterior, o emprego industrial recuou 7,9% em dezembro de 2015. O contingente de trabalhadores apontou redução nos 18 ramos pesquisados, com destaque para as pressões vindas de meios de transporte (-14,3%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-16,2%), máquinas e equipamentos (-11,3%), borracha e plástico (-12,7%), vestuário (-9,8%), produtos de metal (-10,5%), minerais não-metálicos (-9,8%), outros produtos da indústria de transformação (-11,2%), alimentos e bebidas (-2,2%), produtos têxteis (-9,2%), metalurgia básica (-9,4%), calçados e couro (-5,3%), papel e gráfica (-3,6%), madeira (-7,9%), indústrias extrativas (-4,4%) e produtos químicos (-1,9%).Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
No índice acumulado nos 12 meses do ano, o emprego industrial mostrou queda de 6,2%, com taxas negativas nos 18 setores investigados. As contribuições mais relevantes sobre a média nacional vieram de meios de transporte (-11,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-13,9%), produtos de metal (-10,7%), máquinas e equipamentos (-8,3%), alimentos e bebidas (-2,2%), outros produtos da indústria de transformação (-9,7%), vestuário (-6,4%), borracha e plástico (-5,7%), calçados e couro (-6,8%), metalurgia básica (-7,5%), minerais não-metálicos (-4,8%), produtos têxteis (-5,7%), papel e gráfica (-3,5%) e indústrias extrativas (-4,7%).
Número de horas pagas varia -0,1% em dezembro
Em dezembro de 2015, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, já descontadas as influências sazonais, apontou variação negativa de 0,1% frente ao mês imediatamente anterior, décima taxa negativa consecutiva, acumulando nesse período perda de 7,4%. Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral mostrou redução de 0,4% no trimestre encerrado em dezembro de 2015 frente ao patamar assinalado no mês anterior e manteve a trajetória descendente iniciada em maio de 2013.
Na comparação com igual mês do ano anterior, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria mostrou redução de 7,4% em dezembro de 2015, 31ª taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto. Todos os 18 ramos pesquisados apontaram redução. As principais influências negativas vieram de meios de transporte (-14,1%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-17,2%), máquinas e equipamentos (-9,4%), borracha e plástico (-11,9%), produtos de metal (-10,4%), vestuário (-9,0%), outros produtos da indústria de transformação (-12,3%), minerais não-metálicos (-9,1%), produtos têxteis (-8,5%), calçados e couro (-6,7%), alimentos e bebidas (-1,3%), metalurgia básica (-8,7%), papel e gráfica (-3,4%), madeira (-7,5%) e indústrias extrativas (-5,3%).
No índice acumulado para o ano de 2015, o número de horas pagas na indústria assinalou recuo de 6,7% frente a igual período do ano anterior, redução mais elevada da série histórica iniciada em 2002, com os 18 setores pesquisados apontando redução. Os impactos negativos mais relevantes na média global da indústria foram verificados nos ramos de meios de transporte (-12,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-13,5%), produtos de metal (-11,0%), máquinas e equipamentos (-8,6%), alimentos e bebidas (-2,4%), outros produtos da indústria de transformação (-10,5%), borracha e plástico (-7,1%), vestuário (-6,1%), calçados e couro (-8,5%), minerais não-metálicos (-5,9%), metalurgia básica (-9,5%), produtos têxteis (-5,3%), papel e gráfica (-4,4%), refino de petróleo e produção de álcool (-7,3%), indústrias extrativas (-4,5%) e madeira (-6,0%).
A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de -6,5% em novembro para -6,7% em dezembro, assinalou o resultado negativo mais intenso desde o início da série histórica e manteve a trajetória descendente iniciada em setembro de 2013 (-1,0%).
Valor da folha de pagamento real mostra variação nula (0,0%) em dezembro
Em dezembro de 2015, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente mostrou variação nula (0,0%) frente ao mês imediatamente anterior, após registrar cinco meses consecutivos de resultados negativos e que acumularam redução de 7,2%. No índice desse mês, verifica-se a influência negativa da indústria de transformação (-0,6%), que permaneceu apontando taxas negativas pelo 12º mês seguido, já que o setor extrativo avançou 5,3%. Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral para o total da indústria assinalou recuo de 0,9% no trimestre encerrado em dezembro de 2015 frente ao patamar do mês anterior e prosseguiu com a trajetória descendente iniciada em fevereiro último.
Na comparação com igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento real mostrou queda de 11,5% em dezembro de 2015, redução mais elevada da série histórica nesse tipo de confronto, com resultados negativos nos 18 ramos investigados, com destaque para meios de transporte (-18,1%), máquinas e equipamentos (-14,4%), alimentos e bebidas (-8,3%), produtos de metal (-16,9%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-15,3%), borracha e plástico (-11,6%), metalurgia básica (-12,4%), outros produtos da indústria de transformação (-16,6%), produtos têxteis (-14,9%), minerais não-metálicos (-10,3%), indústrias extrativas (-6,4%), calçados e couro (-11,8%), vestuário (-9,4%), produtos químicos (-3,5%), papel e gráfica (-3,8%) e refino de petróleo e produção de álcool (-7,6%).
No índice acumulado nos 12 meses de 2015, o valor da folha de pagamento real assinalou redução de 7,9%, redução mais elevada da série histórica iniciada em 2002, com taxas negativas nas 18 atividades pesquisadas, pressionado, principalmente, pelas quedas vindas de meios de transporte (-13,4%), máquinas e equipamentos (-8,1%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-12,8%), alimentos e bebidas (-4,1%), produtos de metal (-12,3%), metalurgia básica (-11,0%), indústrias extrativas (-7,3%), borracha e plástico (-7,5%), outros produtos da indústria de transformação (-10,6%), papel e gráfica (-4,3%), calçados e couro (-9,8%), minerais não-metálicos (-5,4%), produtos têxteis (-7,6%), refino de petróleo e produção de álcool (-6,8%), produtos químicos (-2,0%) e vestuário (-3,7%).
A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos 12 meses, ao mostrar redução de 7,9% em dezembro de 2015, permaneceu com a trajetória descendente iniciada em janeiro de 2014 (1,6%).
DOCUMENTO: http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=3101
BACEN. 18/02/2016. Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) de dezembro/2015
DOCUMENTO: http://www.bcb.gov.br/pec/Indeco/Port/ie1-54.xlsx
BACEN. PORTAL G1. 18/02/2016. 'Prévia' do PIB do Banco Central mostra retração de 4,08% em 2015. Se confirmada, será 1ª contração desde 2009 e a maior queda em 25 anos. Resultado oficial do PIB, do IBGE, será divulgado somente em 3 de março.
Alexandro Martello
Do G1, em Brasília
A recessão bateu forte na economia brasileira em 2015. O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), que busca ser uma "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB), mostrou contração de 4,08% no ano passado. O número foi divulgado nesta quinta-feira (18) pelo Banco Central.
VARIAÇÃO MENSAL, em %
Última alta do indicador foi em fevereiro
Fonte: BC
O resultado oficial do PIB será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 3 de março. Se a prévia do BC for confirmada, será a primeira retração da economia brasileira em seis anos e, também, o maior "encolhimento" do PIB desde 1990 – quando houve uma queda de 4,35%.
A comparação foi feita sem ajuste sazonal, pois considera períodos iguais (ano contra ano), o que é avaliado como mais apropriado por economistas.
Levando em conta o resultado de 2015 com ajuste sazonal (dessazonalizado), menos apropriado segundo o mercado, o índice recuou 4,11%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia. Segundo dados oficiais, o país está atualmente em recessão técnica – que se caracteriza por dois trimestres consecutivos de queda do PIB.
Componentes do PIB já indicavam que o tombo da economia foi grande no ano passado. A produção industrial encerrou o ano de 2015 com queda acumulada de 8,3%, o maior recuo da série, iniciada em 2003, ao mesmo tempo em que o volume do setor de serviços teve queda de 3,6%, também a maior da série histórica do indicador. O mesmo aconteceu com as vendas no varejo, que tiveram recuo de 4,3% – pior resultado da história.
Expectativas
O resultado da "prévia do PIB" veio pior que expectativa do mercado financeiro, colhida na semana passada. Os analistas dos bancos previram uma retração de 3,8% para o PIB do ano passado. O próprio BC previu, em dezembro de 2015, que o PIB teria contração de 3,6% em 2015. Ja a última previsão do governo, feita em novembro, era de uma queda de 3,1%.
Para 2016, o mercado financeiro acredita que o PIB terá uma nova contração, um pouco menor, de 3,33%. Se a previsão se concretizar, será a primeira vez que o país registra dois anos seguidos de contração na economia – a série histórica oficial, do IBGE, tem início em 1948.
Percepção ruim
O fraco ritmo do nível de atividade, o aumento da inflação e as dificuldades para promover o ajuste das contas públicas (que estão há dois anos no vermelho), além do ambiente político conturbado e da alta do desemprego, afetam a percepção sobre a economia brasileira. Nesta quarta-feira (17), a Standard & Poor's rebaixou novamente a nota de crédito do Brasil.
O Ministério da Fazenda, por sua vez, avaliou que há uma perspectiva de recuperação da economia brasileira no "médio prazo" e acrescentou que o governo federal "continua trabalhando para alcançar o reequilíbrio fiscal e construir as bases para a retomada do crescimento".
Segundo o governo, a prioridade para o início de 2016 é a aprovação das propostas de emendas constitucionais da DRU e da CPMF que tramitam no Congresso Nacional.
Resultados do IBC-Br x PIB
Embora o cálculo seja um pouco diferente, o IBC-Br foi criado para tentar ser um "antecedente" do PIB. O índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos. Os resultados do IBC-Br, porém, nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais do PIB, divulgados pelo IBGE.
Em 2012, por exemplo, o IBC-Br mostrou um crescimento de 1,6%. Posteriormente, o resultado oficial do PIB mostrou uma alta menor, de 1%. Em 2013, o BC acertou. Previu uma alta de 2,5%, que foi depois confirmada com a revisão feita pelo IBGE. Em 2014, o BC estimava uma retração de 0,15% no PIB, mas os dados oficiais mostraram uma alta de 0,1% no ano passado.
O Banco Central já informou anteriormente que o IBC-Br não seria uma medida do PIB, mesmo que tenha sido criado para tentar antecipar o resultado, mas apenas "um indicador útil" para o BC e para o setor privado.
Definição dos juros
O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros (Selic) do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária. Atualmente, os juros básicos estão em 14,25% ao ano, o maior nível em nove anos.
Pelo sistema de metas de inflação que vigora no Brasil, o BC precisa ajustar os juros para atingir as metas preestabelecidas. Quanto maiores as taxas, menos pessoas e empresas dispostas a consumir, o que tende a fazer com que os preços baixem ou fiquem estáveis.
Para 2016, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Desse modo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país e medida pelo IBGE, pode ficar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida.
Neste ano, o mercado financeiro acredita que a inflação oficial ficará novamente acima do teto de 6,5% do sistema de metas. Em 2015, somou 10,67%, a maior em 13 anos, e estourou a meta de inflação. Para os analistas dos bancos, a inflação somará 7,61% em 2016. O Banco Central tem dito que trabalha para trazer a inflação para dentro da banda do sistema de metas em 2016 e próxima do objetivo central, de 4,5%, em 2017.
BACEN. PORTAL UOL. REUTERS. 18/02/2016. BC: 'Prévia' do PIB recua 4,08% em 2015 e aponta pior recessão em 25 anos
O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), considerado uma "prévia"informal do PIB (Produto Interno Bruto), fechou 2015 com queda de 4,08%. O número considera os dados sem ajustes sazonais, pois compara dois períodos iguais (o ano de 2015 ao de 2014).
Se forem consideradas as diferenças sazonais, a queda é um pouco maior: de 4,11%.
As informações foram divulgadas pelo Banco Central (BC) nesta quinta-feira (18).
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) deve divulgar os dados oficiais do PIB do ano passado no dia 3 de março. O PIB é a soma de tudo o que é produzido no país.
Se o resultado do IBGE for semelhante ao indicado pelo BC, será a pior recessão no Brasil em 25 anos, desde 1990, quando a retração foi de 4,35%.
10ª queda mensal
Em dezembro, a atividade econômica recuou 0,52% em relação a novembro, segundo o BC. A comparação é feita já descontando as diferenças sazonais entre os meses de novembro e dezembro.
Essa foi a décima queda mensal consecutiva do indicador.
Ainda segundo o BC, a atividade econômica no quarto trimestre encolheu 1,87% na comparação com o terceiro trimestre, descontando as diferenças sazonais.
IBC-Br é diferente do PIB
O indicador do BC é visto pelo mercado como uma antecipação do resultado do PIB, e serve de base para investidores e empresas adotarem medidas de curto prazo. Porém, não necessariamente reflete o resultado anual do PIB e, em algumas vezes, distancia-se bastante.
O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços).
A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE, por sua vez, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.
Recessão cada vez pior
O resultado do IBC-Br mostra que o cenário de recessão piora cada vez mais, em meio às incertezas políticas e econômicas no país.
Quase todos os setores da economia vêm registrando sucessivos resultados negativos. Além disso, o desemprego está alto, os índices de confiança vêm caindo, e a inflação e os juros estão em patamares elevados.
Queda também neste ano
Analistas não veem recuperação da economia em breve. A expectativa de economistas consultados pelo Banco Central é de encolhimento de 3,33% em 2016, com as projeções para 2017, hoje de crescimento de apenas 0,59% do PIB, piorando a cada semana.
Nesta quinta, a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgou previsão de queda de 4% da economia brasileira neste ano e de estagnação em 2017.
O FMI (Fundo Monetário Internacional) piorou, em janeiro, as expectativas para o PIB em 2016, de -1% para -3,5%. Para 2017, o FMI também mudou a projeção: de crescimento de 2,3% para estagnação. Em 2015, segundo previsão do órgão, a economia deve ter encolhido 3,8%.
(Com Reuters)
SERASA. PORTAL G1. 18/02/2016. 'PIB' da Serasa indica que recessão de 2015 foi a pior desde 1990. Queda foi de 3,8%; em dezembro, o recuo foi de 0,6%. Indústria puxou para baixo retração da atividade econômica.
Do G1, em São Paulo
A economia brasileira recuou 3,8% no ano de 2015, o pior resultado desde a queda de 4,35% ocorrida em 1990 na crise do Plano Collor-1, segundo indicador da Serasa Experian, conhecido também como "PIB". Em dezembro, o recuo foi de 0,6%, repetindo o mesmo ritmo de retração observado no mês anterior.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, a recessão econômica foi causada pelo aumento das taxas de juros, da inflação e do desemprego e pela deterioração contínua dos níveis de confiança de consumidores e empresários.
Pelo lado da oferta agregada, a indústria caiu 6,6% e foi o grande destaque negativo da atividade econômica no ano passado. Já o setor agropecuário foi o que teve melhor desempenho em 2015, crescendo 0,5%, devido à safra recorde de grãos produzida no ano passado (209,5 milhões de toneladas, segundo o IBGE). Já o setor de serviços teve um desempenho menos negativo em 2015: queda de 2,3%.
Na análise dos elementos da demanda agregada, também utilizados no cálculo do PIB, os investimentos recuaram 14,9% em 2015, "decorrente da perda da confiança dos agentes econômicos quanto ao cenário prospectivo da economia brasileira", enquanto o consumo das famílias sofreu redução de 3,8%, "por causa das altas do desemprego e da inflação". Já o consumo do governo retraiu 0,4% no ano passado. Segundo a Serasa, as exportações cresceram 5,9%. Já as importações caíram 14,3%.
OCDE. PORTAL G1. 18/02/2016. OCDE vê contração de 4% do Brasil em 2016. Organização também projeta estagnação em 2017. Projeções de crescimento global em 2016 caíram para 3%.
Da Reuters
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) jogou água fria em qualquer esperança de uma aceleração do crescimento econômico global este ano, ao reduzir nesta quinta-feira suas projeções para Estados Unidos, Europa e Brasil e pedir a líderes mundiais que tomem uma ação de forma conjunta para fortalecer a demanda.
PROJEÇÕES PARA 2016
em %
Fonte: OCDE
Entre as maiores economias emergentes, o Brasil está entre uma das maiores vítimas da queda dos preços das commodities, com uma recessão esperada este ano de 4% e estagnação em 2017.
A OCDE cortou sua projeções de crescimento global em 2016 para 3% em seu cenário econômico, ante 3,3% na projeção de novembro.
Isso significa que o crescimento global deste ano não será mais alto do que o de 2015, que já havia sido o mais fraco dos últimos cinco anos.
Brasil em 2015
A recessão bateu forte na economia brasileira em 2015. O chamado Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), também ivulgado nesta quinta-feira (18) pelo Banco Central e que busca ser uma espécie de "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB), registrou contração de 4,08% no ano passado.
O resultado oficial do PIB, porém, será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 3 de março. Se a prévia do BC for confirmada, será a primeira retração da economia brasileira em seis anos e, também, o maior "encolhimento" do PIB desde 1990 - quando houve uma queda de 4,35%.
A comparação foi feita sem ajuste sazonal, pois considera períodos iguais (ano contra ano), o que é avaliado como mais apropriado por economistas. Levando em conta o resultado de 2015 com ajuste sazonal (dessazonalizado), menos apropriado segundo o mercado, o índice recuou 4,11%.
OCDE. PORTAL UOL. 18/02/2016. OCDE pede que líderes detenham crescimento fraco, vê contração de 4% do Brasil em 2016
Reuters Michel Rose
PARIS (Reuters) - A OCDE jogou água fria em qualquer esperança de uma aceleração do crescimento econômico global este ano, ao reduzir nesta quinta-feira (18) suas projeções para Estados Unidos, Europa e Brasil e pedir a líderes mundiais que tomem uma ação de forma conjunta para fortalecer a demanda.
A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) cortou sua projeções de crescimento global em 2016 para 3% em seu cenário econômico, ante 3,3% na projeção de novembro.
Isso significa que o crescimento global deste ano não será mais alto do que o de 2015, que já havia sido o mais fraco dos últimos cinco anos.
O comércio, investimento e crescimento da renda permanecem muito fracos, disse a OCDE, pedindo aos líderes globais que usem todas as ferramentas de política econômica para estimular o crescimento urgentemente.
Brasil, EUA e Alemanha
Entre as maiores economias emergentes, o Brasil está entre uma das maiores vítimas da queda dos preços das commodities, com uma recessão esperada este ano de 4% e estagnação em 2017.
Os EUA e a Alemanha sofreram as maiores reduções entre as economias desenvolvidas, com a OCDE cortando suas projeções de 2016 em 0,5 ponto percentual para ambos os países, para 2% e 1,3% respectivamente.
Agora a organização espera que o crescimento norte-americano e da zona do euro desacelere em relação ao ano passado --para 1,4% no caso da zona do euro-- e que acelere apenas marginalmente em 2017, para 2,2% e 1,7% respectivamente.
A OCDE deixou suas previsões de crescimento da China inalteradas para os próximos dois anos, mas ainda espera que o crescimento do país desacelere para 6,5% em 2016 e 6,2% em 2017.
(Reportagem de Michel Rose)
OECD. 18/02/2016. Elusive global growth outlook requires urgent policy response
Achieving strong growth in the global economy remains elusive, with only a modest recovery in advanced economies and slower activity in emerging markets, according to the OECD’s latest Interim Economic Outlook.
The world economy is likely to expand no faster in 2016 than in 2015, its slowest pace in five years. Trade and investment are weak. Sluggish demand is leading to low inflation and inadequate wage and employment growth.
The downgrade in the global outlook since the previous Economic Outlook in November 2015 is broadly based, spread across both advanced and major emerging economies, with the largest impacts expected in the United States, the euro area and economies reliant on commodity exports, like Brazil and Canada.
Financial instability risks are substantial, as demonstrated by recent falls in equity and bond prices worldwide, and increasing vulnerability of some emerging economies to volatile capital flows and the effects of high domestic debt.
“Global growth prospects have practically flat-lined, recent data have disappointed and indicators point to slower growth in major economies, despite the boost from low oil prices and low interest rates,” said OECD Chief Economist Catherine L. Mann. “Given the significant downside risks posed by financial sector volatility and emerging market debt, a stronger collective policy approach is urgently needed, focusing on a greater use of fiscal and pro-growth structural policies, to strengthen growth and reduce financial risks.”
The OECD projects that the global economy will grow by 3 percent this year and 3.3 percent in 2017, which is well below long-run averages of around 3¾ percent. This is also lower than would be expected during a recovery phase for advanced economies, and given the pace of growth that could be achieved by emerging economies in convergence mode.
The US will grow by 2 percent this year and by 2.2 percent in 2017, while the UK is projected to grow at 2.1 percent in 2016 and 2 percent in 2017. Canadian growth is projected at 1.4 percent this year and 2.2 percent in 2017, while Japan is projected to grow by 0.8 percent in 2016 and 0.6 percent in 2017.
The euro area is projected to grow at a 1.4 percent rate in 2016 and a 1.7 percent pace in 2017. Germany is forecast to grow by 1.3 percent in 2016 and 1.7 percent in 2017, France by 1.2 percent in 2016 and 1.5 percent in 2017, while Italy will see a 1 percent rate in 2016 and 1.4 percent rate in 2017.
With China expected to continue rebalancing its economy from manufacturing to services, growth is forecast at 6.5 percent in 2016 and 6.2 percent in 2017. India will continue to grow robustly, by 7.4 percent in 2016 and 7.3 percent in 2017. By contrast, Brazil’s economy is experiencing a deep recession and is expected to shrink by 4 percent this year and only to begin to emerge from the downturn next year.
The Interim Economic Outlook calls for a stronger policy response, changing the policy mix to confront the current weak growth more effectively. It points out that sole reliance on monetary policy has proven insufficient to boost demand and produce satisfactory growth, while fiscal policy is contractionary in several major economies and structural reform momentum has slowed.
The OECD says monetary policies should remain highly accommodative in advanced economies, until inflation has shown clear signs of moving durably towards official targets. In emerging market economies, monetary support should be provided where possible, taking into account inflation developments and capital market responses.
The Outlook suggests that a stronger fiscal policy response, combined with renewed structural reforms, is needed to support growth and provide a more favourable environment for productivity-enhancing innovation and change, particularly in Europe.
“With governments in many countries currently able to borrow for long periods at very low interest rates, there is room for fiscal expansion to strengthen demand in a manner consistent with fiscal sustainability,” Ms Mann said. “The focus should be on policies with strong short-run benefits and that also contribute to long-term growth. A commitment to raising public investment would boost demand and help support future growth,” Ms Mann said.
DOCUMENT: http://www.oecd.org/economy/elusive-global-growth-outlook-requires-urgent-policy-response.htm
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LGCJ.: