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February 16, 2016

IBGE. 16/02/2016. Vendas no varejo caem (-2,7%) em dezembro e fecham 2015 em -4,3%.

PeríodoVarejoVarejo Ampliado
Volume de vendasReceita nominalVolume de vendasReceita nominal
Dezembro/Novembro
-2,7
-1,9
-0,9
-0,2
Média móvel trimestral
-0,3
0,6
-0,2
0,5
Dezembro 2015 / Dezembro 2014
-7,1
2,8
-11,0
-2,7
Acumulado 2015
-4,3
3,2
-8,6
-1,9
Acumulado 12 meses
-4,3
3,2
-8,6
-1,9

Em dezembro de 2015, as vendas no varejo recuaram 2,7% sobre o mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais. Nesse mesmo confronto, a variação da receita nominal foi de -1,9%. Para o volume de vendas, a queda registrada em dezembro ocorre após dois meses seguidos com variações positivas nessa comparação, período que acumulou crescimento de 1,9%. Com o resultado de dezembro, o indicador de média móvel para o volume de vendas volta ao campo negativo (-0,3%), enquanto a taxa para receita nominal permanece positiva (0,6%). Na série sem ajuste sazonal, o total das vendas assinalou queda de 7,1% em relação a dezembro de 2014, nona variação negativa consecutiva nesse tipo de comparação. Com isso, os resultados para o volume de vendas foram negativos tanto no quarto trimestre de 2015 (-6,9%), como para o fechamento do ano (-4,3%). Em ambos confrontos as variações são as mais acentuadas da série histórica, iniciada em 2001. A taxa anualizada de -4,3%, pela ótica do indicador acumulado nos últimos 12 meses, em movimento descendente iniciado em julho de 2014 (4,3%), assinala sua maior perda desde novembro de 2003 (-4,6%). A receita nominal, para essas mesmas comparações, mantém-se no campo positivo, com variações de: 2,8% frente a dezembro de 2014 e 3,2% para o acumulado no ano e nos últimos 12 meses.
O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, as variações sobre o mês imediatamente anterior foram negativas, com taxas de -0,9% para volume de vendas e de -0,2% para a receita nominal. No confronto com 2014, o volume de vendas apresentou resultados negativos, com quedas de 11,0% em relação a dezembro e de 8,6% no acumulado do ano. A receita nominal também apresentou decréscimo sobre dezembro de 2014 (-2,7%) e nos últimos 12 meses (-1,9%).

Seis das oito atividades pesquisadas apresentaram variação negativa

Na série ajustada sazonalmente, a passagem de novembro para dezembro de 2015 registrou recuo de 2,7% no volume de vendas, com predomínio de resultados negativos alcançando seis das oito atividades que compõem o varejo. Os principais destaques foram observados em móveis e eletrodomésticos (-8,7%), setor que vinha apresentando resultados positivos nos três meses anteriores, período que acumulou 7,8% de crescimento; outros artigos de uso pessoal e doméstico (-3,6%), após avanço de 4,1% no mês anterior; hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,0%), atividade de maior peso no varejo, que recua pelo segundo mês nessa comparação; tecidos, vestuário e calçados, que apontou queda de 2,1%, após dois meses de variações positivas, período que acumulou exatos 2,1%; e livros, jornais, revistas e papelarias (-1,4%), que registrou a segunda taxa negativa seguida. Houve também expressiva redução de 9,1% em equipamentos de escritório, informática e comunicação, compensando, em dezembro, o ganho de 18,8% registrado no mês anterior. As taxas positivas foram registradas no setor que comercializa uma parcela de bens essenciais, como é o caso de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,4%) e em combustíveis e lubrificantes (0,5%), setor que avançou após oito taxas negativas seguidas, período que acumulou uma perda de 7,7%. Considerando o varejo Ampliado, a variação foi de -0,9%, com veículos e motos, partes e peças (0,4%) e material de construção (1,1%), permanecendo no campo positivo.
Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor varejista mostrou queda de 7,1% em dezembro de 2015, com perfil disseminado de resultados negativos entre as atividades que compõem o comércio varejista. Os principais impactos negativos na formação da taxa geral vieram dos recuos de 17,7% no volume de vendas no setor de móveis e eletrodomésticos e de 3,7% no segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, seguidos por tecidos, vestuário e calçados (-10,3%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-7,9%) e combustíveis e lubrificantes (-10,0%). Esses cinco setores juntos respondem por mais de 95% do resultado global para o varejo. As demais atividades registraram taxas negativas a dois dígitos, mas praticamente não tiveram influência significativa no resultado interanual do volume de vendas em dezembro: equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-15,4%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-14,9%). Por outro lado, artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com avanço de 3,1% frente a dezembro de 2014, foi o único a exercer pressão positiva.

TABELA 1
BRASIL - INDICADORES DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO
SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES: PMC - Dezembro 2015
ATIVIDADESMÊS/MÊS ANTERIOR (1)MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIORACUMULADO
Taxa de Variação (%)Taxa de Variação (%)Taxa de Variação (%)
OUT
NOV
DEZ
OUT
NOV
DEZ
NO ANO
12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2)
0,3
1,6
-2,7
-5,7
-7,8
-7,1
-4,3
-4,3
1 - Combustíveis e lubrificantes
-2,6
-0,4
0,5
-11,4
-12,0
-10,0
-6,2
-6,2
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo
1,9
-1,7
-1,0
-0,4
-5,6
-3,7
-2,5
-2,5
2.1 - Super e hipermercados
1,6
-1,3
-1,1
-0,5
-5,8
-3,8
-2,5
-2,5
3 - Tecidos, vest. e calçados
1,4
0,6
-2,1
-10,5
-15,6
-10,3
-8,7
-8,7
4 - Móveis e eletrodomésticos
0,5
6,8
-8,7
-16,1
-14,7
-17,7
-14,0
-14,0
4.1 - Móveis
-
-
-
-21,5
-18,9
-18,6
-16,2
-16,2
4.2 - Eletrodomésticos
-
-
-
-13,7
-13,0
-17,3
-12,9
-12,9
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria
1,9
1,2
0,4
-0,4
2,0
3,1
3,0
3,0
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria
0,1
-0,6
-1,4
-9,3
-18,0
-14,9
-10,9
-10,9
7 - Equip. e mat. para escritório informatica e comunicação
-9,7
18,8
-9,1
-25,0
-5,6
-15,4
-1,7
-1,7
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico
-0,6
4,1
-3,6
-9,0
-5,4
-7,9
-1,3
-1,3
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3)
-0,1
0,5
-0,9
-11,9
-13,2
-11,0
-8,6
-8,6
9 - Veículos e motos, partes e peças
-1,1
1,3
0,4
-23,9
-24,4
-20,0
-17,8
-17,8
10- Material de Construção
-2,7
0,5
1,1
-15,8
-13,6
-13,0
-8,4
-8,4
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
(1) Séries com ajuste sazonal. (2) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8. 
(3) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10

Vendas no varejo ficam estáveis no 4º tri de 2015 (0,0%)

O comércio varejista fica estável (0,0%) no 4º trimestre de 2015, em relação ao trimestre imediatamente anterior (série com ajuste sazonal), interrompendo a sequência de três trimestres de queda. No varejo ampliado, o recuo nas vendas ficou em 2,0% na passagem do terceiro para o quarto trimestre. Das dez atividades pesquisadas, sete apresentaram taxas negativas para o volume de vendas no 4º trimestre de 2015 em relação ao trimestre imediatamente anterior (série com ajuste sazonal): veículos, motos, partes e peças (-4,9%); material de construção (-3,8%); combustíveis e lubrificantes (-3,7%); equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,6%); livros, jornais, revistas e papelaria (-2,8%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,2%) e tecidos, vestuário e calçados (-0,8%). Por outro lado, artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (2,2%); móveis e eletrodomésticos (1,5%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,6%) avançam frente ao 3º trimestre de 2015.
Na comparação com igual trimestre do ano anterior, o volume do comércio varejista, ao recuar 6,9% no quarto trimestre de 2015, assinalou a quarta taxa negativa consecutiva nesse confronto e registrou a queda mais acentuada da série histórica para essa comparação. Todas as atividades, à exceção de produtos farmacêuticos, registraram recuo nas vendas no 4º trimestre de 2015, frente a igual período de 2014. A perda de ritmo no varejo em 2015 fica evidente na análise trimestral, em que a taxa global passa de -0,8% no 1º trimestre de 2015 para -6,9% no último trimestre do ano. Essa desaceleração no ritmo das vendas do varejo é observada por todas as atividades, incluindo artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos que, mesmo sendo o único setor que fecha todos trimestres no campo positivo, também perde ritmo ao sair de 5,8% no 1º trimestre para 1,6% no 4º trimestre.
No comércio varejista ampliado, o volume de vendas do 4º trimestre de 2014, comparado com o mesmo período do ano anterior, apresentou queda de 12,0%, registrando o recuo mais acentuado da série histórica para esse tipo de comparação. Na atividade de veículos, motos, partes e peças, a variação foi de -22,7%, enquanto o segmento de material de construção registrou taxa de -14,2%. Ambos os resultados também representam as quedas mais elevadas de toda série histórica.

Vendas no varejo caem 4,3% em 2015

No índice acumulado para o período janeiro-dezembro de 2015, frente a igual período do ano anterior, o volume de vendas do comércio varejista registrou recuo de 4,3%, o mais elevado da série histórica iniciada em 2001. Esse comportamento foi acompanhado por um perfil disseminado de taxas negativas entre as oito atividades que compõem o varejo, das quais sete fecharam o ano com queda no volume de vendas. Os destaques, em termos de contribuição para o resultado global, foram: móveis e eletrodomésticos (-14,0%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,5%); tecidos, vestuário e calçados (-8,7%) e combustíveis e lubrificantes (-6,2%). As demais atividades com desempenho negativo foram: livros, jornais, revistas e papelaria (-10,9%); equipamentos e material de escritório, informática e comunicação (-1,7%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,3%). Na comparação com o ano de 2014, o único setor que apresentou aumento no volume de vendas foi artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com 3,0% de avanço.
Com queda de 14,0% em comparação a janeiro-dezembro de 2014, o setor de móveis e eletrodomésticos registrou a redução mais acentuada da série histórica iniciada em 2001, contribuindo com o maior impacto negativo na taxa anual do comércio varejista. Com uma dinâmica de vendas associada à disponibilidade de crédito e à evolução da massa real de rendimentos, o resultado do setor, abaixo da média geral, foi influenciado principalmente pela elevação da taxa de juros nas operações de crédito às pessoas físicas e pela queda da renda real , entre dezembro de 2014 e dezembro de 2015. A redução das vendas desse segmento reflete também a retirada dos incentivos via redução de impostos, em especial na linha branca, fato que vinha ocorrendo nos últimos anos.
O setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com queda de 2,5% no fechamento de 2015, teve o recuo mais acentuado desde 2003 (-4,9%) e exerceu a segunda maior influência negativa na redução do total do varejo. A redução da renda real ao longo de 2015 e o aumento de preços dos alimentos em domicílio, no mesmo período, foram os principais responsáveis pelo desempenho negativo do setor.
O segmento de tecidos, vestuário e calçados, com recuo de 8,7% no volume de vendas para o acumulado janeiro-dezembro de 2015, foi responsável pela terceira contribuição negativa no fechamento de 2015. Essa foi a maior queda na sua série histórica. Mesmo com os preços de vestuário se posicionando abaixo do índice geral de inflação, a atividade apresenta desempenho acumulado inferior à média geral do comércio varejista, refletindo o quadro de perda de poder de compra das famílias.
Combustíveis e lubrificantes, com queda de -6,2% no volume de vendas em relação a janeiro-dezembro de 2014, representou a quarta maior contribuição negativa no resultado total do varejo. Este resultado, abaixo da média geral, foi influenciado pela alta de preços dos combustíveis, cuja variação superou a inflação, além do impacto devido à redução do ritmo da atividade econômica.
A atividade de livros, jornais, revistas e papelaria apresentou queda de 10,9% no volume de vendas sobre janeiro-dezembro de 2014, a mais acentuada da sua série histórica. Além da redução da renda real, a trajetória declinante desta atividade vem sendo influenciada, em especial no que tange a jornais e revistas, por certa substituição dos produtos impressos pelos de meio eletrônico.
Equipamentos e material de escritório, informática e comunicação, com redução no volume de vendas de 1,7% no acumulado do ano de 2015, reflete não só o quadro de redução de renda real e elevação dos juros, como também, especialmente para informática, um processo de migração dos computadores de mesa para equipamentos de maior portabilidade e custos mais baixos, tais como tablets e smartphones.
Com queda de 1,3% no acumulado janeiro-dezembro de 2015, o segmento de outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos, etc., registrou a primeira variação negativa para o volume de vendas nesse tipo de comparação.
Somente artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos fechou 2015 com crescimento no volume de vendas (3,0%). Embora esse desempenho possa ser atribuído ao caráter essencial do uso de seus produtos, o crescimento no ano foi o mais baixo da série histórica do setor.
O comércio varejista ampliado registrou em 2015 uma variação acumulada de -8,6% sobre o ano anterior, a queda mais acentuada da série histórica. Esse resultado reflete o comportamento das vendas de veículos, motos, partes e peças (17,8%) e de material de construção (8,4%), os recuos mais elevados das suas séries históricas. Os fatores que justificam este desempenho são a diminuição do ritmo de crédito, a gradual retirada dos incentivos via redução do IPI, a elevação da taxa de juros e a restrição orçamentária das famílias.

TABELA 3
BRASIL - COMPOSIÇÃO DA TAXA MENSAL DO COMÉRCIO VAREJISTA,
POR ATIVIDADES: PMC - DEZEMBRO 2015
AtividadesMensalAcumulado
COMÉRCIO VAREJISTACOMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADOCOMÉRCIO VAREJISTACOMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO
Taxa de variação (%)Composição absoluta da taxa (p.p.)Taxa de variação (%)Composição absoluta da taxa (p.p.)Taxa de variação (%)Composição absoluta da taxa (p.p.)Taxa de variação (%)Composição absoluta da taxa (p.p.)
Taxa Global
-7,1
-7,1
-11,0
-11,0
-4,3
-4,3
-4,3
-8,6
Combustíveis e lubrificantes
-10,0
-0,8
-10,0
-0,5
-6,2
-0,6
-6,2
-0,3
Hiper, supermercados, bebidas e fumo
-3,7
-1,7
-3,7
-1,1
-2,5
-1,2
-2,5
-0,8
Tecidos, vest. e calçados
-10,3
-1,2
-10,3
-0,8
-8,7
-0,7
-8,7
-0,3
Móveis e eletrodomésticos
-17,7
-2,2
-17,7
-1,5
-14,0
-1,7
-14,0
-1,1
Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria
3,1
0,2
3,1
0,1
3,0
0,2
3,0
0,1
Livros, jornais, rev. e papelaria
-14,9
-0,1
-14,9
-0,1
-10,9
-0,1
-10,9
-0,1
Equip. e mat. para escritório informatica e comunicação
-15,4
-0,3
-15,4
-0,2
-1,7
0,0
-1,7
0,0
Outros arts. de uso pessoal e doméstico
-7,9
-1,0
-7,9
-0,7
-1,3
-0,1
-1,3
-0,1
Veículos e motos, partes e peças
-
-20,0
-5,3
-17,8
-17,8
-5,2
Material de Construção
-
-
-13,0
-0,9
-8,4
-8,4
-0,9
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
Nota: A composiçaõ da taxa mensal corresponde à participação dos resultados setoriais na formação da taxa global.

Resultados do varejo foram negativos em todas as 27 unidades da federação

Na passagem de novembro para dezembro de 2015, série com ajuste sazonal, as vendas no varejo foram negativas para as 27 unidades da federação, com as maiores taxas observadas no Pará (-11,0%), Bahia (-7,2%) e Sergipe (-6,4%).
Frente a dezembro de 2014, série sem ajuste sazonal, o comércio varejista também registrou queda no volume de vendas para os 27 estados, com destaque em termos de magnitude para o Amapá (-24,9%). Quanto à participação na composição da taxa negativa do varejo, destacaram-se São Paulo (-5,8%) e Rio de Janeiro (-5,5%).
Também no varejo ampliado, todas as 27 unidades da federação apresentaram variações negativas na comparação com dezembro do ano passado. Em termos de volume de vendas, destacaram-se Sergipe (-22,8%), Amapá (-22,2%) e Acre (-20,5%). Os estados com maior impacto negativo foram Rio de Janeiro (-13,7%), São Paulo (-4,7%) e Rio Grande do Sul (-17,2%).
Regionalmente, o desempenho acumulado de janeiro-dezembro de 2015 mostrou redução no volume das vendas do comércio varejista em 26 das 27 unidades da federação, com destaque par0a Amapá (-12,4%), Paraíba (-10,3%) e Goiás (-10,2%). A exceção ficou por conta de Roraima, com avanço de 6,5%.
Considerando o comércio varejista ampliado, todas as 27 Unidades da Federação apontaram queda, com destaque para Espírito Santo (-16,2%); Goiás (-15,0%); Tocantins (-14,9%) e Paraíba (-14,6%).

DOCUMENTO: http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=3099

FGV/IBRE. 16/02/2016. IPC-S desacelera na segunda semana do mês

 O IPC-S de 15 de fevereiro de 2016 apresentou variação de 1,42%, 0,38 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa registrada na última divulgação.

Nesta apuração, sete das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Alimentação (2,45% para 1,94%). Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de 18,59% para 12,23%.

Também registraram decréscimo em suas taxas de variação os grupos:

  • Educação, Leitura e Recreação (4,23% para 2,57%);
  • Transportes (2,25% para 1,91%);
  • Habitação (1,11% para 0,97%);
  • Vestuário (0,40% para 0,08%);
  • Comunicação (0,69% para 0,57%); e
  • Despesas Diversas (1,60% para 1,51%).

Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: cursos formais (7,76% para 4,29%), tarifa de ônibus urbano (6,60% para 4,84%), tarifa de eletricidade residencial (1,71% para 0,27%), roupas (0,30% para -0,04%), pacotes de telefonia e internet (1,59% para 0,94%) e tarifa postal (1,83% para 0,00%), respectivamente.

Em contrapartida, apenas o grupo Saúde e Cuidados Pessoais (0,65% para 0,66%) apresentou acréscimo em sua taxa de variação. Nesta classe de despesa, a maior contribuição partiu do item artigos de higiene e cuidado pessoal, que passou de 0,08% para 0,44%.

A próxima apuração do IPC-S, com dados coletados até o dia 22.02.2016, será divulgada no dia 23.02.2016.

DOCUMENTO: http://bit.ly/IPC-S_16-02-16

USP/FipeZAP - Índice Fipezap de Preços De Imóveis Anunciados

O Índice FipeZap de Preços de Imóveis Anunciados é o primeiro indicador com abrangência nacional que acompanha os preços de venda e locação de imóveis no Brasil. O índice é calculado pela Fipe com base nos anúncios de apartamentos prontos publicados na página do ZAP Imóveis e em outras fontes da Internet, formando uma base de dados com mais de 500.000 anúncios válidos por mês.

DOCUMENTO: http://www.fipe.org.br/pt-br/indices/fipezap/

USP/FipeZAP. PORTAL G1. 16/02/2016. Preço médio de aluguel começa 2016 em queda, diz FipeZap. Recuo foi de 0,16% em janeiro, na comparação com dezembro. Em janeiro, frente a dezembro, a maior queda partiu de São Paulo (-0,5%). Na Paraíba, a maior parte da procura é para aluguéis que custam entre R$ 3 mil e R$ 6 mil o mês.
Do G1, em São Paulo

Preço médio de aluguel começa 2016 em queda (Foto: Rizemberg Felipe/Jornal da Paraíba)
Os preços de locação registraram queda de 0,16% em janeiro frente a dezembro. Esse foi o nono recuo nominal seguido do indicador nessa base de comparação, segundo informou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

VARIAÇÃO POR CIDADE, EM JAN.
em %, frente a dezembro
-0,5-0,21-0,37-0,050,140,430,160,460,811,06-0,27S. PauloRioB.HorizonteDFRecifeSalvadorP. AlegreCuritibaS.B.CampoCampinasSantos-0,500,51-11,5
Fonte: FipeZap

O Índice FipeZap de locação, desenvolvido pela Fipe e pelo ZAP, acompanha o preço médio do m² de apartamentos prontos em 9 cidades. Os preços anunciados para locação considerados para o cálculo do índice são para novos aluguéis – ou seja, o índice não mede a variação dos contratos vigentes (normalmente reajustados automaticamente pelo IGP-M/FGV ou por outros índices de correção).
Nos últimos 12 meses encerrados em janeiro, o índice FipeZap acumula queda nominal (sem levar em conta a inflação) de 3,66%. No mesmo período, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, atingiu 10,71%.
De acordo com a Fipe, o preço médio anunciado para locação por metro quadrado nas 11 cidades pesquisadas em janeiro deste ano foi de R$ 30,97 por mês.
Em janeiro, frente a dezembro, a maior queda partiu de São Paulo (-0,5%). Na sequência, aparecem Belo Horizonte (-0,37%) e Santos (-0,27%).
Já em 12 meses, o recuo mais intenso foi registrado no Rio de Janeiro, onde o valor do aluguel caiu 8,56%, seguido por São Paulo (-4,5%) e Santos (-1,42%).

USP/FipeZAP. PORTAL G1. 16/02/2016. Setor imobiliário sofrerá pressão pelo menos até 2017, diz Moody's. Receitas das construtoras deverão recuar 10% em 2016, prevê agência. Agência estima que queda dos preços em 2015 foi entre 10% e 20%. Oferta de imóveis residenciais para alugar dispara em Curitiba.
Do G1, em São Paulo

A recuperação do setor imobiliário não deve acontecer antes de meados de 2017, segundo relatório da agência de classificação Moody's divulgado nesta terça-feira (16). A falta de liquidez (dificuldade em vender) será a grande preocupação para o setor.
As receitas das construtoras deverão recuar 10% em 2016, em comparação com o ano anterior, e as margens brutas permanecerão estáveis, de acordo com o relatório “Homebuilding – Brazil; Economic Downturn Will Delay Industry Recovery Until at Least Mid-2017.”

"O setor imobiliário brasileiro tem registrado uma desaceleração cíclica desde 2012, após um período de rápido crescimento. No passado, a oferta de residências alcançou a eventualmente a demanda, mas neste ciclo de deterioração corrente da atividade industrial, bem como de incertezas políticas, aumentaram a tensão do mercado", diz agência.

Segundo a Moody's, os preços dos imóveis recuaram mais no ano passado do que os quase 9% em termos reais em 20 cidades brasileiras medidos pelo FipeZap. O preço médio de oferta caiu quase 9% em termos reais em 20 cidades no Brasil em 2015. A Moody’s prevê que a queda atual dos preços seja ainda maior, de 15% a 20%, porque os preços anunciados não refletem os preços dos negócios fechados.

“Essas quedas de preços devem-se sobretudo a uma forte contração da confiança do consumidor, que se baseia em incertezas econômicas no Brasil, incluindo o emprego deficiente e taxas de inflação elevadas", disse Cristiane Spercel, vice-presidente e analista sênior da Moody’s.

Falta de liquidez

De acordo com o relatório, a liquidez é a preocupação mais grave atualmente para as construtoras no Brasil, à medida que as companhias tentam ajustar seus custos enquanto preservam suas receitas e lucros.

"Apesar de algumas construtoras já terem ajustado suas estratégias comerciais, o enfraquecimento prolongado da indústria poderia levar a mudanças nas estruturas de liquidez e capital das companhias. Isso por sua vez poderia elevar as perdas para os atuais credores do setor com e sem garantia", diz a agência.

A Cyrela (Ba2 negativo) tem o melhor perfil de liquidez entre as construtoras residenciais brasileiras com rating pela Moody's, com quase o dobro de caixa disponível como dívida de curto prazo. Reestruturações e renegociações de dívidas por devedores em dificuldades financeiras se tornarão mais frequentes em 2016, seguindo movimentos similares da PDG Realty (Caa3 negativo) e da Viver (Caa3 negativo) em 2015.

EMBRAER. PORTAL G1. 16/02/2016. Embraer projeta demanda de 1.570 jatos para região da Ásia-Pacífico. Previsão é para próximos 20 anos e indica que vendas somem US$ 75 bi. Substituição de frotas mais antigas é oportunidade na região.
Do G1, em São Paulo

A Embraer anunciou nesta terla-feira (16) que prevê que as companhias aéreas da Ásia-Pacífico vão encomendar 1.570 novos jatos no segmento de 70 a 130 assentos nos próximos 20 anos, no valor de US$ 75 bilhões. Isso representa, de acordo com a empresa,  25% da demanda mundial para o segmento no período.
"A região da Ásia-Pacífico tem experimentado rápido desenvolvimento social e econômico nas últimas décadas. A expansão acima da média da economia da região, com uma taxa de crescimento anual do PIB projetada em 4,1% para os próximos 20 anos, combinada com o aumento da urbanização e mudanças nos padrões demográficos, resultará em aumento do rendimento familiar e aumento dos gastos discricionários, incluindo viagens aéreas", diz a companhia.
De acordo com a Embraer, a substituição de frotas mais antigas é outra oportunidade na região, onde existem mais de 250 jatos na categoria de 50 a 150 assentos com mais de 10 anos de idade, que se tornarão alvos para substituição no futuro próximo.

EMBRAER. PORTAL UOL. REUTERS. 16/02/2016. Embraer vê 1.570 novas entregas de jatos de 70-130 assentos na Ásia Pacífico em 20 anos.

A Embraer informou que projeta 1.570 novas entregas de jatos com capacidade para entre 70 e 130 assentos na região Ásia Pacífico nos próximos 20 anos, no valor de US$ 75 bilhões a preços de lista, ou 25% da demanda mundial para o segmento no período.

A Embraer disse ver oportunidades inexploradas na Ásia-Pacífico, onde mais de 250 mercados, ou 30% dos mercados exclusivos de narrow-bodies (fuselagem estreita), são servidos com menos de uma frequência diária.

A empresa disse que nas próximas duas décadas todo o mercado vai demandar 6.350 novos jatos da categoria, que é avaliada em US$ 300 bilhões no período.

A substituição de frotas mais antigas é vista como outra oportunidade na região, onde existem mais de 250 jatos na categoria de 50 a 150 assentos com mais de 10 anos de idade, que se tornarão alvos para substituição no futuro próximo, disse a Embraer.

Fornecimento de peças
A empresa também anunciou nesta terça-feira (16) acordo de longo prazo com a chinesa Colorful Guizhou Airlines, para o programa de peças de reposição, no qual fornecerá um pacote de componentes à sua frota de jatos E190.

A Colorful Guizhou Airlines tem pedido para até 17 aeronaves E190 com a Embraer. Duas já foram entregues e entraram em operação em dezembro.

Segundo a fabricante brasileira, trata-se do primeiro contrato da Embraer para este programa para a aviação comercial na China.

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