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August 4, 2015

IBGE. 04/08/2015. Produção industrial varia -0,3% em junho/2015

Junho 2015 / Maio 2015
-0,3%
Junho 2015 / Junho 2014
-3,2%
Acumulado em 2015
-6,3%
Acumulado em 12 meses
-5,0%
Média móvel trimestral
-0,4%
Em junho de 2015, a produção industrial nacional mostrou variação negativa de 0,3% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após acréscimo de 0,6% em maio último. Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o total da indústria apontou queda de 3,2% em junho de 2015, 16ª taxa negativa consecutiva, mas menos acentuada do que as observadas em abril (-7,9%) e maio (-8,9%). Assim, o índice do setor industrial também foi negativo para o acumulado dos seis primeiros meses do ano (-6,3%). A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, com o recuo de 5,0% em junho de 2015, assinalou perda menos intensa do que a verificada em maio último (-5,3%) e interrompeu a trajetória descendente iniciada em março de 2014 (2,1%).

Indicadores da Produção Industrial por Grandes Categorias Econômicas
Brasil - Junho de 2015
Grandes Categorias
Econômicas
Variação (%)
Junho 2015/
Maio 2015*
Junho 2015/
Junho 2014
Acumulado
Janeiro-Junho
Acumulado nos
Últimos 12 Meses
Bens de Capital
-3,3
-17,2
-20,0
-15,4
Bens Intermediários
-0,2
-1,7
-3,1
-3,1
Bens de Consumo
0,0
-2,4
-8,6
-5,6
   Duráveis
-10,7
-2,4
-14,6
-12,3
   Semiduráveis e não Duráveis
1,7
-2,4
-6,7
-3,5
Indústria Geral
-0,3
-3,2
-6,3
-5,0
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
*Série com Ajuste Sazonal

15 dos 24 ramos pesquisados recuam em junho
A redução de 0,3% da atividade industrial na passagem de maio para junho teve predomínio de resultados negativos, alcançando três das quatro grandes categorias econômicas e 15 dos 24 ramos pesquisados. Entre os setores, as principais influências negativas foram registradas por máquinas e equipamentos (-7,2%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-12,7%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-2,8%). Outras contribuições negativas importantes sobre o total da indústria vieram das atividades de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,3%), de metalurgia (-2,2%), de produtos diversos (-7,2%), de produtos de borracha e de material plástico (-1,9%), de produtos de minerais não-metálicos (-1,4%) e de móveis (-3,8%). Por outro lado, entre os nove ramos que ampliaram a produção nesse mês, o desempenho de maior importância para a média global foi assinalado por produtos alimentícios, que avançou 3,0%, eliminando assim parte da perda de 3,3% acumulada nos meses de abril e maio últimos. Vale citar também os impactos positivos vindos dos setores de bebidas (3,6%), de perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (1,7%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,8%), de celulose, papel e produtos de papel (1,7%) e de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (2,4%).
Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com maio de 2015, bens de consumo duráveis (-10,7%) e bens de capital (-3,3%) mostraram as reduções mais acentuadas em junho de 2015, influenciadas, em grande parte, pela menor produção de automóveis e eletrodomésticos, na primeira, e de caminhões, na segunda. O setor produtor de bens intermediários (-0,2%) também registrou taxa negativa em junho de 2015. Por outro lado, o segmento de bens de consumo semi e não-duráveis, ao avançar 1,7%, mostrou o único resultado positivo nesse mês e intensificou o ritmo de crescimento frente ao verificado em maio último (1,2%).
Média móvel trimestral cai 0,4%
Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria apontou recuo de 0,4% no trimestre encerrado em junho de 2015 frente ao nível do mês anterior e manteve a trajetória descendente iniciada em setembro de 2014. Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo duráveis (-4,5%) e bens de capital (-2,9%) mostraram as reduções mais acentuadas. O setor produtor de bens intermediários (-0,4%) também registrou taxa negativa, enquanto o segmento de bens de consumo semi e não-duráveis, com o ligeiro acréscimo de 0,1%, interrompeu a trajetória descendente iniciada em setembro do ano passado.
Produção industrial cai 3,2% em relação a junho de 2014
Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial mostrou queda de 3,2% em junho de 2015, com perfil disseminado de resultados negativos, alcançando as quatro grandes categorias econômicas, 19 dos 26 ramos, 48 dos 79 grupos e 55,7% dos 805 produtos pesquisados. Vale citar que junho de 2015 (21 dias) teve um dia útil a mais do que igual mês do ano anterior (20). Entre as atividades, as de veículos automotores, reboques e carrocerias (-10,7%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-6,4%) e de máquinas e equipamentos (-14,2%) exerceram as maiores influências negativas na formação da média da indústria. Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram de metalurgia (-7,5%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-17,1%), de produtos alimentícios (-2,1%), de produtos de metal (-6,8%), de produtos de borracha e de material plástico (-4,8%), de produtos têxteis (-9,7%), de bebidas (-4,2%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-4,2%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-4,3%). Por outro lado, ainda na comparação com junho de 2014, entre as sete atividades que aumentaram a produção, o principal impacto foi observado em indústrias extrativas (8,1%). Vale destacar também as contribuições positivas vindas de outros equipamentos de transportes (15,8%), de celulose, papel e produtos de papel (4,5%) e de confecção de artigos do vestuário e acessórios (5,5%).
Ainda no confronto com junho de 2014, bens de capital (-17,2%) assinalou a redução mais acentuada entre as grandes categorias econômicas. Os setores produtores de bens de consumo duráveis (-2,4%), de bens de consumo semi e não-duráveis (-2,4%) e de bens intermediários (-1,7%) também apontaram resultados negativos nesse mês, mas com intensidade de queda menor do que a média nacional (-3,2%).
Produção industrial acumula queda de 6,3% no primeiro semestre de 2015
No índice acumulado para o fechamento do primeiro semestre de 2015, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou queda de 6,3%, com perfil disseminado de taxas negativas, já que as quatro grandes categorias econômicas, 24 dos 26 ramos, 67 dos 79 grupos e 70,1% dos 805 produtos pesquisados apontaram recuo na produção. Entre os setores, o principal impacto negativo foi observado em veículos automotores, reboques e carrocerias (-20,7%). Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram dos setores de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-27,8%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-6,3%), de máquinas e equipamentos (-11,3%), de produtos alimentícios (-3,4%), de metalurgia (-7,5%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-15,8%), de produtos de metal (-8,8%), de bebidas (-7,0%), de produtos de borracha e de material plástico (-6,3%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-10,2%), de produtos de minerais não-metálicos (-5,2%), de outros produtos químicos (-3,0%), de produtos têxteis (-8,9%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-5,4%).. Por outro lado, entre as duas atividades que ampliaram a produção, a principal influência foi observada em indústrias extrativas (9,4%).
Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os seis primeiros meses de 2015 mostrou menor dinamismo para bens de capital (-20,0%) e bens de consumo duráveis (-14,6%), pressionadas especialmente pela redução na fabricação de bens de capital para equipamentos de transporte (-25,8%), na primeira, e de automóveis (-15,2%), na segunda. Os segmentos de bens de consumo semi e não-duráveis (-6,7%) e de bens intermediários (-3,1%) também assinalaram taxas negativas no índice acumulado no ano.

DOCUMENTO: http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=2950

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LGCJ.: