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July 2, 2015

IBGE. 02/07/2015. Produção industrial avança 0,6% em maio/2015

Maio 2015 / Abril 2015
0,6%
Maio 2015 / Maio 2014
-8,8%
Acumulado em 2015
-6,9%
Acumulado em 12 meses
-5,3%
Média móvel trimestral
-0,5%
Em maio de 2015, a produção industrial nacional avançou 0,6% frente a abril de 2015, na série livre de influências sazonais, interrompendo três meses de resultados negativos consecutivos, período em que acumulou perda de 3,2%. No confronto com maio de 2014, o total da indústria apontou queda de 8,8% em maio de 2015, 15ª taxa negativa consecutiva. Assim, o setor industrial acumulou redução de 6,9% nos cinco primeiros meses de 2015. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, com o recuo de 5,3% em maio de 2015, manteve a trajetória descendente iniciada em março de 2014 (2,1%) e assinalou o resultado negativo mais intenso desde dezembro de 2009 (-7,1%).

Indicadores da Produção Industrial por Grandes Categorias Econômicas
Brasil - Maio de 2015
Grandes Categorias
Econômicas
Variação (%)
Maio 2015/
Abril 2015*
Maio 2015/
Maio 2014
Acumulado
Janeiro-Maio
Acumulado nos
Últimos 12 Meses
Bens de Capital
0,2
-26,3
-20,6
-15,8
Bens Intermediários
-0,5
-4,9
-3,4
-3,2
Bens de Consumo
1,4
-12,0
-9,6
-6,2
   Duráveis
-0,1
-17,8
-16,4
-14,5
   Semiduráveis e não Duráveis
1,2
-10,4
-7,5
-3,5
Indústria Geral
0,6
-8,8
-6,9
-5,3
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
*Série com ajuste sazonal
14 dos 24 ramos pesquisados crescem em maio
O avanço de 0,6% da atividade industrial na passagem de abril para maio mostrou taxas positivas em duas das quatro grandes categorias econômicas e em 14 dos 24 ramos pesquisados. Entre os setores, as principais influências positivas foram registradas por outros equipamentos de transporte (8,9%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,1%) e perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (1,9%). Outras contribuições positivas vieram das atividades de bebidas (2,7%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (3,6%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (3,4%), produtos diversos (6,2%), produtos de madeira (4,9%) e celulose, papel e produtos de papel (1,7%). Por outro lado, entre os dez ramos que reduziram a produção nesse mês, os desempenhos de maior importância foram assinalados por produtos alimentícios (-1,9%), máquinas e equipamentos (-3,8%) e produtos têxteis (-6,5%). Vale citar também os impactos negativos assinalados por indústrias extrativas (-0,5%), produtos de metal (-2,1%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-0,5%) e produtos de borracha e de material plástico (-1,2%).
Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação maio frente a abril de 2015, bens de consumo semi e não-duráveis (1,2%) mostrou o maior avanço, interrompendo sete meses consecutivos de resultados negativos, período em que acumulou perda de 8,5%. O segmento de bens de capital (0,2%) também apontou taxa positiva nesse mês. Por outro lado, os setores produtores de bens intermediários (-0,5%) e de bens de consumo duráveis (-0,1%) tiveram quedas.
Média móvel trimestral cai 0,5%
Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral apontou recuo de 0,5% no trimestre encerrado em maio de 2015 frente ao nível do mês anterior, mantendo a trajetória descendente iniciada em setembro de 2014. Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, bens de capital (-2,8%) mostrou a redução mais acentuada. Os segmentos de bens de consumo duráveis (-1,6%), de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,6%) e de bens intermediários (-0,5%) também registraram taxas negativas nesse mês.
Produção industrial cai 8,8% em relação a maio de 2014
Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial mostrou queda de 8,8% em maio de 2015, com perfil disseminado de resultados negativos, alcançando as quatro grandes categorias econômicas, 23 dos 26 ramos, 64 dos 79 grupos e 72,4% dos 805 produtos pesquisados. Vale citar que maio de 2015 (20 dias) teve um dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (21). Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias (-25,5%) exerceu a maior influência negativa na formação da média da indústria. Outras contribuições negativas relevantes vieram de produtos alimentícios (-8,7%), máquinas e equipamentos (-20,8%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-32,4%), produtos de metal (-14,3%), metalurgia (-8,0%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-16,4%), produtos de borracha e de material plástico (-10,0%), bebidas (-10,9%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-11,7%), produtos têxteis (-17,3%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-11,9%), produtos de minerais não-metálicos (-6,9%) e outros produtos químicos (-4,4%). Por outro lado, entre as três atividades que aumentaram a produção, o principal impacto foi observado em indústrias extrativas (7,7%), impulsionado, em grande parte, pelos avanços nos itens minérios de ferro pelotizados e em bruto e óleos brutos de petróleo.
Ainda na comparação com maio de 2014, bens de capital (-26,3%) e bens de consumo duráveis (-17,8%) assinalaram as reduções mais acentuadas entre as grandes categorias econômicas. Os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis (-10,4%) e de bens intermediários (-4,9%) também apontaram resultados negativos.
Produção industrial acumula queda de 6,9% em 2015
No índice acumulado para o período janeiro-maio de 2015, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou queda de 6,9%, com perfil disseminado de taxas negativas, já que as quatro grandes categorias econômicas, 24 dos 26 ramos, 67 dos 79 grupos e 71,4% dos 805 produtos pesquisados apontaram recuo na produção. Entre os setores, o principal impacto negativo foi observado em veículos automotores, reboques e carrocerias (-22,3%). Outras contribuições negativas relevantes vieram dos setores de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-29,2%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-6,4%), máquinas e equipamentos (-11,0%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-18,1%), produtos alimentícios (-3,4%), metalurgia (-7,6%), produtos de metal (-9,1%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-13,2%), bebidas (-7,5%), produtos de borracha e de material plástico (-6,5%), produtos de minerais não-metálicos (-5,7%), outros produtos químicos (-3,3%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,0%), produtos têxteis (-9,0%) e outros equipamentos de transporte (-7,0%). Por outro lado, entre as duas atividades que ampliaram a produção, a principal influência foi observada em indústrias extrativas (9,9%).
Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os cinco primeiros meses de 2015 mostrou menor dinamismo para bens de capital (-20,6%) e bens de consumo duráveis (-16,4%), pressionadas especialmente pela redução na fabricação de bens de capital para equipamentos de transporte (-26,8%), na primeira, e de automóveis (-16,0%), na segunda. Os segmentos de bens de consumo semi e não-duráveis (-7,5%) e de bens intermediários (-3,4%) também assinalaram taxas negativas no índice acumulado no ano.

DOCUMENTO: http://saladeimprensa.ibge.gov.br/pt/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=2929


MDIC. 01/07/2015. Balança Comercial registra superávit de US$ 4,527 bilhões em junho/2015


Brasília (1º de julho) – A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 4,527 bilhões em junho, o segundo maior resultado para o mês de junho em toda a série histórica, atrás apenas de junho de 2009 (US$ 4,6 bilhões). O saldo comercial do mês é 92,8% maior que o registrado no mesmo período de 2014 (US$ 2,348 bilhões).

O desempenho é resultado de exportações de US$ 19,628 bilhões e importações de US$ 15,101 bilhões. No período, a corrente de comércio – soma das exportações e das importações – foi de US$ 34,729 bilhões, valor 7,5% acima do registrado em maio passado (US$ 30,777 bilhões). Os dados foram divulgados em coletiva de imprensa, realizada na sede da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

De acordo com Herlon Brandão, diretor do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação (Deaex) da Secex, o saldo positivo em junho é decorrente do aumento das exportações de manufaturados para os Estados Undidos de 13,7% em relação a junho do ano passado.

Brandão ressaltou ainda os volumes expressivos exportados no mês, principalmente de minério de ferro (32 milhões de toneladas), soja (9,8 milhões de toneladas), petróleo (4 milhões de toneladas), celulose (1,1 milhão de toneladas) e carne de frango (371 mil toneladas). O aumento da capacidade de escoamento do Brasil, que passou a contar com novas estruturas portuárias ou aumento da capacidade de alguns terminais também foi destaque.

“Nos embarques de soja, por exemplo, percebemos que os portos de Itaqui e Barcarena exportaram 2,2 milhões de toneladas de soja a mais, na comparação com junho do ano passado. Os maiores embarques são registrados em Santos, Paranaguá e Rio Grande, mas estamos percebendo diversificação nos embarques em outras regiões do país”, disse.

A média diária das exportações em junho chegou a US$ 934,7 milhões, 11,5% acima da média verificada em maio deste ano (US$ 838,5 milhões), resultado do embarque de produtos básicos (US$ 9,537 bilhões), manufaturados (US$ 7,368 bilhões) e semimanufaturados (US$ 2,249 bilhões). Na comparação com junho do ano passado, a média diária das exportações caiu 8,7% (US$ 1,023 bilhão). 

No comparativo com o mesmo mês de 2014, as exportações de produtos básicos, em média diária, apresentaram queda de 16,4%, especialmente pela queda do minério de ferro (-49,8%), farelo de soja (-35,7%), carne suína (-33%), café em grão (-25%), carne bovina (-19,6%), fumo em folhas (-16,1%) e petróleo em bruto (-2,9%). Por outro lado, cresceram as exportações de minério de cobre (39,1%), carne de frango (6,3%) e soja em grão (0,3%).

Com relação aos básicos, Brandão explicou que está havendo um aumento considerável dos volumes exportados. “No mês, verificamos uma redução da queda das exportações. Porém, os preços internacionais permanecem baixos, impactando fortemente o valor apurado nas exportações brasileiras”, explicou. 

As exportações de semimanufaturados, em média diária, reduziram 8,4% no mês em comparação com junho de 2014. O desempenho do grupo foi puxado principalmente pela queda nas exportações de alumínio em bruto (-33,7%), ferro-ligas (-28,1%), óleo de soja em bruto (-24,3%), couro e peles (-24,1%), açúcar em bruto (-23,7%) e ferro fundido (-12,7%).

As maiores altas foram de catodos de cobre (641,4%), ouro em forma semimanufaturada (49%), madeira serrada (21,3%), celulose (4,4%) e semimanufaturados de ferro/aço (1,5%).
No grupo de produtos manufaturados, que apresentou crescimento – em média diária – de 4,1% no comparativo com junho de 2014, os resultados mais destacados foram: torneiras/válvulas (90,7%), aviões (51,4%), automóveis de passageiros (45,9%), laminados planos (35%), veículos de carga (26,3%), polímeros plásticos (25,5%), suco de laranja não congelado (16,6%), óxidos e hidróxidos de alumínio (11,9%), autopeças, (6,9%) e motores para veículos (1,6%).

Importações

Pelo lado das importações, a média diária em junho de 2015 foi de US$ 719,1 milhões, o que representa uma alta de 2,7% sobre maio deste ano (US$ 700,4 milhões) e uma queda de 20,6% na comparação com junho de 2014 (US$ 906 milhões). Decresceram as importações de combustíveis e lubrificantes (-42,6%), bens de capital (-21,5%), matérias-primas e intermediários (-13,7%) e bens de consumo (-13,7%).

Brandão explica que no caso das importações há queda tanto nos preços, quanto nos volumes. “No mês foi registrada queda de 13,3%, em média, nos preços dos produtos importados e também uma redução de 8,8% nos volumes desembarcados no Brasil”.

No grupo dos combustíveis e lubrificantes, a retração ocorreu principalmente pela diminuição dos preços de petróleo, naftas, óleos combustíveis, gasolina, gás natural e carvão. Entre os bens de capital, houve queda no desembarque de equipamento móvel de transporte, partes e peças para bens de capital para indústria, acessórios de maquinaria industrial, maquinaria industrial e máquinas e aparelhos de escritório e serviço científico.

No segmento de matérias-primas e intermediários, decresceram as aquisições de partes e peças de produtos intermediários, produtos alimentícios, acessórios de equipamento de transporte, produtos agropecuários não alimentícios, produtos minerais e produtos químicos e farmacêuticos.

As principais quedas nas aquisições de bens de consumo foram observadas nas importações de automóveis de passageiros e partes, produtos alimentícios, móveis, partes e peças para bens de consumo duráveis, produtos farmacêuticos, objetos de adorno, bebidas e tabaco e máquinas e aparelhos de uso doméstico.

Janeiro a junho

No acumulado do ano, as exportações somam US$ 94,329 bilhões e as importações US$ 92,107 bilhões, valores 14,7% e 18,5% menores, respectivamente, que os verificados no mesmo período do ano passado pela média diária. A corrente de comércio totalizou US$ 186,436 bilhões, uma queda de 16,6% sobre o mesmo período de 2014 (US$ 223,574 bilhões), pela média diária. Entre janeiro e junho de 2015, a balança comercial acumula um superávit de US$ 2,222 bilhões, revertendo o saldo negativo alcançado em igual período de 2014 (US$ 2,512 bilhões).

Brandão destacou que desde 2012 não havia superávit na balança comercial no primeiro semestre. O diretor reforçou a expectativa do MDIC em finalizar o ano com saldo positivo. “Temos registrado aumento nos volumes exportados e acomodação dos preços internacionais. Dessa forma, entendemos que vamos ter resultados mais robustos no segundo semestre do ano”, finalizou.

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LGCJ.: