O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas avançou 0,4 ponto em março, ao passar de 74,7 para 75,1 pontos. O resultado consolida a tendência de relativa estabilidade do indicador. Em termos trimestrais, o índice teria recuado de 75,5 pontos, na média do quarto trimestre de 2015, para 75,3 pontos, no primeiro trimestre de 2016.
O aumento da confiança em março combina melhora das avaliações do setor sobre a situação atual e piora nas expectativas para os próximos meses. O Índice da Situação Atual (ISA) aumentou para 78,6 pontos, o maior desde abril de 2015, enquanto o Índice de Expectativas (IE) recuou para 72,0 pontos, o menor da série histórica.
“Apesar da ligeira alta da confiança em março, os resultados da Sondagem da Indústria continuam de certa forma dúbios, refletindo o ambiente de elevada incerteza econômica e política. A percepção em relação à situação atual melhorou em função da continuidade do movimento de ajuste dos estoques. Mas isso tem se mostrado insuficiente para promover um aumento do otimismo do setor em relação aos meses seguintes”, afirma Aloisio Campelo Jr., Superintendente Adjunto para Ciclos Econômicos da FGV/IBRE.
A redução da proporçao de empresas com estoques excessivos foi o fator com maior influência na evolução favorável do ISA. O percentual de empresas com estoques excessivos diminuiu de 17,7% para 17,0% entre fevereiro e março, o menor desde abril de 2015 (16,3%), enquanto a parcela de empresas com estoques insuficientes aumentou de 5,7% para 6,2%, a maior desde agosto de 2013 (6,7%).
A maior contribuição para a piora do IE veio das expectativas com relação à evolução da produção física nos três meses seguintes. O indicador de produção prevista recuou 2,0 pontos em março, para 72,5 pontos, o menor nível da série histórica. Este resultado mostra que fatores negativos, como a ausência de sinais de recuperação da demanda interna, continuam pesando mais na formação de expectativas para os meses seguintes que os fatores positivos, como a redução recente do desequilíbrio de estoques.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) registrou relativa estabilidade em março, atingindo 73,7%, 0,1 ponto percentual acima do mês anterior, quando havia alcançado o mínimo histórico.
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FGV. IBRE. 31/03/2016. Índice de Confiança de Serviços registra elevação
O Índice de Confiança de Serviços (ICS) da Fundação Getulio Vargas subiu 0,1 ponto entre fevereiro e março, ao passar de 68,8 para 68,9 pontos¹. Em médias móveis trimestrais, o índice registrou alta de 0,3 ponto.
“Nos primeiros três meses do ano a confiança do setor estacionou próximo ao menor patamar da série histórica, observado no trimestre anterior. No entanto, o grau de incerteza que marca o cenário político e, em consequência, o campo econômico, coloca dúvidas sobre a sustentabilidade dessa trajetória nos próximos meses”, avalia Silvio Sales, consultor da FGV/IBRE.
Estatisticamente, a alta de 0,1 ponto não é significativa e pode ser interpretada como uma virtual estabilidade do índice no mês. Das 13 principais atividades investigadas na pesquisa, cinco apresentaram alta, uma ficou estável e sete caíram.
O resultado do índice geral foi determinado por movimentos em sentidos contrários de seus componentes. O Índice de Situação Atual (ISA-S) subiu 1,1 ponto no mês, enquanto o Índice de Expectativas (IE-S) recuou 0,9 ponto.
A alta do ISA-S entre fevereiro e março deveu-se integralmente à evolução do indicador de Volume de Demanda Atual, que subiu 2,8 pontos, enquanto o indicador da Situação Atual dos Negócios caiu 0,6 ponto. A queda das expectativas (IE-S) foi motivada pela retração de -2,4 pontos do indicador que mede a evolução da Situação dos Negócios nos seis meses seguintes.
Além do aumento da incerteza com a turbulência do ambiente político, a Sondagem de Serviços de março de 2016 captou elementos que mostram a reação das empresas às condições atuais da economia, marcada por redução contínua da demanda doméstica. Como exemplo, o indicador de Emprego Previsto para os próximos três meses recuou 1,6 ponto entre fevereiro e março, ao passar de 68,7 pontos para 67,1 pontos. Na média do primeiro trimestre, o percentual de empresas que planejam cortar pessoal manteve-se num patamar historicamente elevado, de 26,4% contra 18,8% há um ano atrás.
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IPC-S desacelera na última semana de março
01-Abr-2016 | |
O IPC-S de 31 de março de 2016 apresentou variação de 0,50%1, 0,11 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa registrada na última divulgação. Com este resultado, o indicador acumula alta de 3,07%, no ano e, 9,37%, nos últimos 12 meses.
Nesta apuração, sete das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Transportes (0,64% para 0,43%). Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item etanol, cuja taxa passou de 3,44% para 2,18%.
Também registraram decréscimo em suas taxas de variação os grupos:
- Despesas Diversas (1,88% para 1,02%);
- Alimentação (1,20% para 1,15%);
- Habitação (-0,07% para -0,15%);
- Saúde e Cuidados Pessoais (0,71% para 0,64%);
- Comunicação (0,98% para 0,70%); e
- Vestuário (0,36% para 0,32%).
Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: cigarros (3,97% para 2,12%), bares e restaurantes (0,78% para 0,53%), tarifa de eletricidade residencial (-3,26% para -3,41%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,76% para 0,41%), tarifa de telefone móvel (1,79% para 1,52%) e calçados femininos (-0,71% para -0,96%), respectivamente.
Em contrapartida, apenas o grupo Educação, Leitura e Recreação (0,14% para 0,19%) apresentou acréscimo em sua taxa de variação. Nesta classe de despesa, a maior contribuição partiu do item passeios e férias, que passou de-2,10% para -1,62%.
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LGCJ.: