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September 2, 2015

Destaques do dia/Daily highlights

IBGE. 02/09/2015. Produção industrial recua em julho (-1,5%)

Julho 2015 / Junho 2015
-1,5%
Julho 2015 / Julho 2014
-8,9%
Acumulado em 2015
-6,6%
Acumulado em 12 meses
-5,3%
Média móvel trimestral
-0,6%
Em julho de 2015, a produção industrial nacional recuou 1,5% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, segundo resultado negativo consecutivo, acumulando nesse período perda de 2,4%. Com isso, a indústria encontra-se 14,1% abaixo do nível recorde alcançado em junho de 2013. Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, a indústria apontou queda de 8,9% em julho de 2015, 17ª taxa negativa consecutiva e mais acentuada do que as observadas em março (-3,3%), abril (-7,7%), maio (-8,8%) e junho (-2,8%). Assim, o setor industrial acumulou redução de 6,6% nos sete meses de 2015. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, com o recuo de 5,3% em julho de 2015, assinalou perda mais intensa do que a verificada em junho último (-4,9%) e manteve a trajetória descendente iniciada em março de 2014 (2,1%).

Indicadores da Produção Industrial por Grandes Categorias Econômicas
Brasil - Julho de 2015
Grandes Categorias
Econômicas
Variação (%)
Julho 2015/
Junho 2015*
Julho 2015/
Julho 2014
Acumulado
Janeiro-Julho
Acumulado nos
Últimos 12 Meses
Bens de Capital
-1,9
-27,8
-20,9
-16,8
Bens Intermediários
-2,1
-5,6
-3,4
-3,2
Bens de Consumo
-1,1
-10,1
-8,7
-6,2
   Duráveis
9,6
-13,7
-14,2
-12,1
   Semiduráveis e não Duráveis
-3,4
-9,2
-7,0
-4,3
Indústria Geral
-1,5
-8,9
-6,6
-5,3
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
*Série com Ajuste Sazonal

Frente a junho, 14 dos 24 ramos investigados tiveram queda na produção
A redução de 1,5% da atividade industrial na passagem de junho para julho teve predomínio de resultados negativos, alcançando três das quatro grandes categorias econômicas e 14 dos 24 ramos pesquisados. Entre os setores, a principal influência negativa foi registrada por produtos alimentícios, que recuou 6,2%, eliminando a expansão de 4,3% observada no mês anterior. Outras contribuições negativas importantes sobre o total da indústria vieram das atividades de bebidas (-6,2%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,7%) e de indústrias extrativas (-1,5%), com o primeiro devolvendo parte do crescimento de 7,1% acumulado nos meses de maio e junho; o segundo interrompendo três meses de taxas positivas, período em que acumulou ganho de 3,6%; e o último acumulando queda de 2,6% nos últimos três meses, após avançar 4,3% entre dezembro de 2014 e abril de 2015. Houve perdas também nos setores de produtos de madeira (-7,6%), de produtos de borracha e de material plástico (-2,2%), de produtos diversos (-5,5%) e de produtos de metal (-1,8%). Por outro lado, entre os dez ramos que ampliaram a produção nesse mês, o desempenho de maior importância foi registrado por máquinas e equipamentos, que avançou 6,5%, interrompendo cinco meses consecutivos de taxas negativas, período em que acumulou redução de 11,9%. Outros impactos positivos importantes foram observados nos setores de veículos automotores, reboques e carrocerias (1,4%) e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (3,2%), com o primeiro voltando a crescer após acumular queda de 24,4% entre outubro de 2014 e junho de 2015; e o segundo apontando o primeiro resultado positivo desde janeiro último, acumulando nesse período perda de 28,2%.
Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo semi e não-duráveis, ao recuar 3,4% na comparação com junho, mostrou a redução mais acentuada, eliminando a expansão de 3,1% acumulada nos meses de maio e junho últimos. Os setores produtores de bens intermediários (-2,1%) e de bens de capital (-1,9%) também registraram taxas negativas, com ambos marcando o sexto mês seguido de queda na produção e acumulando nesse período perdas de 4,4% e 17,7%, respectivamente. Por outro lado, o segmento de bens de consumo duráveis, ao avançar 9,6%, assinalou o único resultado positivo nesse mês, após acumular perda de 25,2% entre outubro do ano passado e junho de 2015.
Média móvel trimestral recua 0,6%
Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral recuou 0,6% no trimestre encerrado em julho de 2015 frente ao nível do mês anterior e manteve a trajetória descendente iniciada em setembro de 2014. Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, bens de capital (-2,0%), bens intermediários (-0,9%) e bens de consumo duráveis (-0,5%) mostraram as reduções mais acentuadas, com o primeiro acumulando perda de 11,7% nos últimos quatro meses; o segundo prosseguindo com o comportamento negativo presente desde outubro de 2014; e o último mantendo a trajetória descendente iniciada em novembro do ano passado. O setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,1%) também registrou taxa negativa nesse mês, após ligeiro acréscimo de 0,2% no mês anterior quando interrompeu a trajetória descendente iniciada em setembro de 2014.
Indústria recua 8,9% na comparação com julho de 2014
Na comparação com julho de 2014, o setor industrial mostrou queda de 8,9% em julho de 2015, com perfil disseminado de resultados negativos, alcançando as quatro grandes categorias econômicas, 23 dos 26 ramos, 72 dos 79 grupos e 69,9% dos 805 produtos pesquisados. Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias, que recuou 19,1%, e a de produtos alimentícios (-7,2%) exerceram as maiores influências negativas na formação da média da indústria, pressionadas pela redução na produção de caminhões, caminhão-trator para reboques e semirreboques, veículos para transporte de mercadorias, automóveis, reboques e semirreboques, carrocerias para ônibus e caminhões e autopeças, na primeira; e de açúcar cristal, VHP e refinado de cana, sucos concentrados de laranja, carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas, bombons e chocolates em barras, biscoitos e leite em pó, na segunda. Outras contribuições negativas relevantes vieram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-34,8%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-6,2%), de máquinas e equipamentos (-15,1%), de produtos de metal (-13,0%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-15,7%), de metalurgia (-7,9%), de outros produtos químicos (-6,4%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-14,3%), de bebidas (-10,5%), de produtos de borracha e de material plástico (-9,0%) e de produtos têxteis (-18,6%). Entre as três atividades que aumentaram a produção, o principal impacto foi em indústrias extrativas (2,9%), impulsionado pelos avanços nos itens minérios de ferro em bruto e óleos brutos de petróleo.
Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens de capital (-27,8%) e bens de consumo duráveis (-13,7%) assinalaram as reduções mais acentuadas entre as grandes categorias econômicas. Os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis (-9,2%) e de bens intermediários (-5,6%) também mostraram resultados negativos nesse mês, com o primeiro registrando recuo acima da magnitude observada na média nacional (-8,9%), e o segundo com a queda menos intensa entre as grandes categorias econômicas.
O setor produtor de bens de capital, ao recuar 27,8% no índice mensal de julho de 2015, assinalou a 17ª taxa negativa consecutiva e a mais intensa desde o início da série histórica nesse tipo de comparação. Na formação do índice desse mês, o segmento foi influenciado pelo recuo na maior parte dos seus grupamentos, com destaque para a redução de 31,8% de bens de capital para equipamentos de transporte, pressionado pela menor fabricação de caminhões, caminhão-trator para reboques e semirreboques, veículos para transporte de mercadorias, reboques e semirreboques, ônibus e vagões para transporte de mercadorias. As demais taxas negativas foram registradas por bens de capital de uso misto (-34,1%), para construção (-56,9%), agrícola (-26,4%) e para energia elétrica (-17,0%), enquanto bens de capital para fins industriais (0,6%) apontou o único resultado positivo em julho de 2015.
O segmento de bens de consumo duráveis recuou 13,7% no índice mensal de julho de 2015, 17º resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e bem mais intenso do que o verificado em junho último (-1,0%). Nesse mês, o setor foi pressionado pela menor fabricação de eletrodomésticos da linha branca (-26,8%), da linha marrom (-26,2%) e de automóveis (-3,6%), influenciados por reduções de jornadas de trabalho e pela concessão de férias coletivas em várias unidades produtivas. Outros impactos negativos vieram de motocicletas (-25,3%), móveis (-19,2%) e de outros eletrodomésticos (-22,2%).
A redução na produção de bens de consumo semi e não-duráveis (-9,2%) em julho de 2015 foi o nono resultado negativo consecutivo na comparação com igual mês do ano anterior e intensificou o ritmo de queda frente ao verificado em junho último (-2,4%). O desempenho foi explicado pelos recuos em todos os seus grupamentos: alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-8,8%), não-duráveis (-9,7%), semiduráveis (-11,3%) e carburantes (-6,7%).
Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, a produção de bens intermediários (-5,6%) assinalou a 16ª taxa negativa consecutiva e a mais intensa desde novembro do ano passado (-5,8%). O resultado foi explicado pelos recuos nos produtos associados às atividades de veículos automotores, reboques e carrocerias (-16,2%), de produtos de metal (-16,3%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-6,0%), de metalurgia (-7,9%), de produtos alimentícios (-5,9%), de outros produtos químicos (-6,3%), de produtos de borracha e de material plástico (-8,6%), de produtos têxteis (-20,3%) e de produtos de minerais não-metálicos (-6,8%), enquanto as pressões positivas foram registradas por indústrias extrativas (2,9%), máquinas e equipamentos (6,4%) e celulose, papel e produtos de papel (3,8%). Ainda nessa categoria, houve recuos nos grupamentos de insumos típicos para construção civil (-12,7%), 17ª taxa negativa consecutiva, e de embalagens (-3,0%), que reverteu o resultado positivo assinalado no mês anterior (0,6%).
Índice acumulado em 2015 cai 6,6%
No índice acumulado para o período janeiro-julho de 2015, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou queda de 6,6%, com perfil disseminado de taxas negativas, já que as quatro grandes categorias econômicas, 23 dos 26 ramos, 67 dos 79 grupos e 71,1% dos 805 produtos pesquisados apontaram recuo na produção. Entre os setores, o principal impacto negativo foi observado em veículos automotores, reboques e carrocerias (-20,2%), pressionado pela redução na produção de aproximadamente 92% dos produtos investigados na atividade, com destaque para os recuos registrados por automóveis, caminhões, caminhão-trator para reboques e semirreboques, autopeças, reboques e semirreboques, veículos para transporte de mercadorias e carrocerias para caminhões e ônibus. Outras contribuições negativas relevantes vieram dos setores de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-29,0%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-6,0%), de máquinas e equipamentos (-11,4%), de produtos alimentícios (-3,8%), de metalurgia (-7,6%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-15,5%), de produtos de metal (-9,2%), de bebidas (-7,6%), de produtos de borracha e de material plástico (-6,5%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-10,5%) e de produtos de minerais não-metálicos (-5,4%).
Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os sete primeiros meses de 2015 mostrou menor dinamismo para bens de capital (-20,9%) e bens de consumo duráveis (-14,2%), pressionadas pela redução na fabricação de bens de capital para equipamentos de transporte (-26,6%), na primeira, e de automóveis (-13,0%), na segunda. Os segmentos de bens de consumo semi e não-duráveis (-7,0%) e de bens intermediários (-3,4%) também assinalaram taxas negativas no índice acumulado no ano, com o primeiro prosseguindo com recuo acima da magnitude observada na média nacional (-6,6%), e o segundo apontando a queda mais moderada entre as grandes categorias econômicas.

DOCUMENTOS: http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=2976


MDIC. 01/09/2015. Balança Comercial Brasileira em agosto/2015. Balança tem saldo US$ 2,689 bilhões em agosto, melhor resultado para o mês desde 2012

Brasília (01 de setembro) – A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 2,689 bilhões em agosto de 2015. O resultado é o melhor para meses de agosto desde 2012 e ficou 132,2% acima do valor registrado em igual período do ano passado. As exportações somaram US$ 15,485 bilhões e as importações US$ 12,796 bilhões. A corrente de comércio foi de US$ 28,281 bilhões, valor 28,9% abaixo do registrado em agosto do ano passado pela média diária. Os dados foram divulgados em coletiva de imprensa, realizada na sede da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

A média diária das exportações em agosto chegou a US$ 737,4 milhões, 8,5% abaixo da média verificada em julho deste ano (US$ 805,8 milhões), resultado do embarque de produtos básicos (US$ 7,319 bilhões), manufaturados (US$ 5,622 bilhões) e semimanufaturados (US$ 2,170 bilhões). Na comparação com agosto de 2014, a média diária das exportações caiu 24,3% (US$ 974,4 milhões).

O diretor do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação (Deaex) da Secex, Herlon Brandão, explica que, no mês, o índice quantum – que mede as quantidades exportadas – cresceu 1,6% e que, mais uma vez, o desempenho da balança foi influenciado pelos preços internacionais que registraram queda média de 25,5%, na comparação com agosto de 2014. Além disso, Brandão explica que no mesmo mês do ano passado houve exportação de uma plataforma de petróleo, no valor de US$ 1,1 bilhão, que impactou a comparação.

Ainda no comparativo com agosto de 2014, a média diária das exportações de produtos básicos caiu 25,3%, especialmente pela queda de farelo de soja (-49,3%), minério de ferro (-49,1%), fumo em folhas (-28,1%), carne bovina (-24,3%), petróleo em bruto (-23,9%), minério de cobre (-19,9%), carne suína (-18,7%), milho em grão (-18%), café em grão (-16,9%), soja em grão (-6,1%) e carne de frango (-2,2%).

As exportações de manufaturados, em média diária, reduziram 24,8% no mês em comparação com agosto de 2014. O desempenho do grupo foi puxado principalmente pela queda nas exportações de óleos combustíveis (-68,5%), açúcar refinado (-43,1%), veículos de carga (-26,6%), medicamentos (-18,2%), pneumáticos (-17%), motores e geradores (-12,4%), óxidos e hidróxidos de alumínio (-11,9%), bombas e compressores (-10,5%), motores para veículos e partes (-9,3%), automóveis de passageiros (-7,7%) e autopeças (-0,8%). Por outro lado, aumentaram as vendas de tubos flexíveis de ferro e aço (131%), aviões (99,9%), etanol (81,8%), laminados planos (75,7%), papel e cartão (8,7%) e polímeros plásticos (4,5%).

No grupo de produtos semimanufaturados, que apresentou queda – em média diária – de 15,3% no comparativo com agosto do ano passado, decresceram as vendas principalmente de açúcar em bruto (-42%), couro e peles (-36,5%), alumínio em bruto (-18,9%), ferro-ligas (-15,5%), semimanufaturados de ferro/aço (-7,8%) e ferro fundido (-2%). Por outro lado, aumentaram as vendas de óleo de soja em bruto (-46,4%), catodos de cobre (15,8%), celulose (4,9%), madeira serrada (3,6%) e ouro em forma semimanufaturada (3,3%).

Importações

Pelo lado das importações, a média diária em agosto de 2015 foi de US$ 609,3 milhões, o que representa uma queda de 13,2% sobre julho deste ano (US$ 702 milhões) e uma queda de 33,7% na comparação com agosto de 2014 (US$ 919,3 milhões). Decresceram as importações de combustíveis e lubrificantes (-64,9%), matérias-primas e intermediários (-32,8%), bens de consumo (-21,9%) e bens de capital (-21,5%).

Segundo Brandão, houve queda nas importações de itens de todas as categorias de produtos. “Porém, as importações sofreram grande influência de petróleo e derivados, categoria de produtos que registrou redução de 70% nos desembarques”, explicou. No grupo dos combustíveis e lubrificantes, a retração ocorreu principalmente pela diminuição dos preços de petróleo, naftas, óleos combustíveis, gasolina, gás natural e carvão.

No segmento de matérias-primas e intermediários, decresceram as aquisições de produtos alimentícios, produtos minerais, matérias-primas para agricultura, partes e peças de produtos intermediários, acessórios de equipamento de transporte, produtos agropecuários não alimentícios e produtos químicos e farmacêuticos.

As principais quedas nas aquisições de bens de consumo foram observadas nas importações de produtos farmacêuticos, automóveis de passageiros e partes, móveis, peças de decoração, máquinas e aparelhos de uso doméstico, partes e peças para bens de consumo duráveis, bebidas e tabaco, produtos de toucador e vestuário.

Entre os bens de capital, houve queda no desembarque de acessórios de maquinaria industrial, máquinas e aparelhos de escritório e serviço científico, partes e peças para bens de capital para indústria, maquinaria industrial e equipamento móvel de transporte.
Janeiro a agosto

No acumulado de janeiro a agosto de 2015, as exportações somam US$ 128,347 bilhões e as importações US$ 121,050 bilhões, valores 16,7% e 21,3% menores, respectivamente, que os registrados no mesmo período do ano passado (pela média diária). A corrente de comércio totalizou US$ 249,397 bilhões, uma queda de 19% sobre o mesmo período de 2014 (US$ 307,831 bilhões), pela média diária. Entre janeiro e agosto de 2015, a balança comercial acumula um superávit de US$ 7,297 bilhões, resultado muito acima do registrado em igual período de 2014 (US$ 205 milhões).

Brandão ressaltou que nesse período, o índice quantum vem acumulando uma alta de 6,3%, principalmente por conta das exportações de minério de ferro, soja, petróleo, carne de frango, celulose, laminados de ferro e aço, aviões, automóveis e óxidos e hidróxidos de alumínio, produtos que apresentaram crescimento nas quantidades exportadas. “As vendas externas de soja, por exemplo, atingiram 45,8 milhões de toneladas, volume que já supera o total exportado em 2014”, disse.

Destaques
Entre janeiro e agosto deste ano, houve crescimento de 6,9% das exportações de produtos manufaturados para os Estados Unidos. Segundo Brandão, o país vem comprando do Brasil mais aviões, laminados, carne bovina industrializada e material de construção civil.

Herlon ressaltou também a alta de 5,9% na exportação de veículos. Nos oito meses do ano, o Brasil vendeu 263.932 veículos contra 249.265 em 2014. O crescimento foi de 14,7 mil unidades. De acordo com Brandão, essa alta já é reflexo dos acordos automotivos assinados, principalmente, com México e Argentina, mercados para os quais as exportações cresceram 13,9 mil e 2,3 mil unidades respectivamente.

BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA
AGOSTO 2015

Balança Comercial Brasileira - Agosto de 2015
US$ milhões FOB 
PeríodoDias ÚteisEXPORTAÇÃOIMPORTAÇÃOCORR. COMÉRCIOSALDO
ValorMédiaValorMédiaValorMédiaValorMédia
p/dia útilp/dia útilp/dia útilp/dia útil
Agosto2115.485737,412.796609,328.2811.346,72.689128,0
1a. semana (01 a 09)53.906781,23.180636,07.0861.417,2726145,2
2a. semana (10 a 16)53.376675,22.706541,26.0821.216,4670134,0
3a. semana (17 a 23)53.822764,43.123624,66.9451.389,0699139,8
4a. semana (24 a 30)53.720744,03.084616,86.8041.360,8636127,2
5a. Semana (31)1661661,0703703,01.3641.364,0-42-42,0
Acumulado no ano166128.347773,2121.050729,2249.3971.502,47.29744,0
Janeiro2113.704652,616.876803,630.5801.456,2-3.172-151,0
Fevereiro1812.092671,814.934829,727.0261.501,4-2.842-157,9
Março 2216.979771,816.522751,033.5011.522,845720,8
Abril2015.156757,814.666733,329.8221.491,149024,5
Maio2016.769838,514.008700,430.7771.538,92.761138,1
Junho2119.629934,715.101719,134.7301.653,84.528215,6
Julho2318.533805,816.147702,034.6801.507,82.386103,7
Agosto2115.485737,412.796609,328.2811.346,72.689128,0
Agosto/20142120.463974,419.305919,339.7681.893,71.15855,1
Julho/20152318.533805,816.147702,034.6801.507,82.386103,7
Var. % Ago-2015/Ago-2014-24,3-33,7-28,9132,2132,2
Var. % Ago-2015/Jul-2015-8,5-13,2-10,712,723,4
Jan-Agosto/2015166128.347773,2121.050729,2249.3971.502,47.29744,0
Jan-Agosto/2014166154.018927,8153.813926,6307.8311.854,42051,2
Var. % Jan/Ago - 2015/2014-16,7-21,3-19,0
Acumulado de doze meses
Set/2014-Ago/2015 253199.430788,3196.383776,2395.8131.564,53.04712,0
Set/2013-Ago/2014 251239.397953,8233.082928,6472.4791.882,46.31525,2
Var. % Set/Ago - 2015/2014-17,4-16,4-16,9-51,7-52,1
Fonte: SECEX/MDIC
Agosto/2015: 21 dias úteis; Agosto/2014: 21 dias úteis; Julho/2015: 23 dias úteis.

DOCUMENTO: http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/noticia.php?area=5&noticia=14019


CNI. 02/09/2015. Aumentam perdas da indústria brasileira diante da concorrência chinesa. Pesquisa da CNI com 2.146 empresários mostra que as indústrias estão perdendo cada vez mais espaço para os produtos fabricados na China e mais empresas pararam de exportar diante da concorrência com o país


A concorrência dos produtos chineses está afetando cada vez mais as empresas brasileiras. Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) com 2.146 empresários de 15 setores mostra que 16% das indústrias perderam participação no mercado interno em função das importações da China. No levantamento anterior, feito em 2010, o percentual era menor, de 14%. Em 2006, primeiro ano em que foi feita a pesquisa, 13% diziam perder mercado.

A disputa também é acirrada no mercado internacional. Mais da metade das empresas exportadoras do Brasil concorrem com a China em outros países (54%) e o percentual das que deixaram de exportar em função da concorrência com o país aumentou de 7% para 11%. Em 2006, o número das que interromperam as exportações por causa da disputa foi bem menor, de 5%. As pequenas são as que mais sofrem. Das entrevistadas, 26% deixaram de exportar, contra 12% das médias e 7% das grandes.

Para a CNI, o Brasil deve se tornar mais competitivo para que as indústrias não continuem perdendo espaço para produtos de outros países. A confederação entregou ao governo federal 120 propostas de baixo impacto fiscal que podem melhorar o ambiente de negócios do país e a capacidade de competição das empresas brasileiras. O conjunto de medidas tem como principal foco a redução e a simplificação da burocracia, o que pode trazer benefícios às empresas e à economia em curto prazo. O pacote de recomendações elenca prioridades em quatro grandes áreas: tributária, infraestrutura, relações de trabalho e comércio exterior, onde há janelas de saída para o cenário de baixo crescimento.

"O ajuste fiscal é necessário, mas precisamos avançar na agenda de competitividade. Neste momento devem ser priorizados os investimentos em infraestrutura, por meio do setor privado, a desburocratização e os estímulos às exportações, como a negociação de acordos comerciais. Temas que podem ser atacados de imediato e sem aumento dos gastos públicos", afirma o gerente-executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca.

Dos 15 setores com número significativo de empresas que concorrem com a China no mercado doméstico, em seis deles a perda de participação no mercado doméstico atingiu mais de 30% das empresas. No grupo classificados como produtos diversos, a perda foi apontada por 40% dos empresários. Em seguida aparecem os fabricantes de têxteis (39%), do segmento de metalurgia (39%), de vestuário (36%), informática, eletrônicos e ópticos (35%) e máquinas e equipamentos (32%).

IMPORTAÇÕES - O percentual de empresas que disseram importar da China aumentou, apesar de mais de 60% declararem não comprar produtos chineses. Em 2006, 11% importavam matéria-prima. Em 2010, o percentual saltou para 17% e, em 2014, passou para 18%. A proporção de indústrias que compram produtos finais da China passou de 6%, em 2006, para 9%, em 2010, e ficou estabilizada na última pesquisa. As companhias que disseram adquirir máquinas e equipamentos fabricados no país passou de 5%, em 2006, para 8%, em 2010, e 9%, em 2014.

Apenas 3% das empresas industriais brasileiras possuem fábrica própria na China. E outros 2% terceirizam parte da produção para companhias chinesas. Ou seja, no total, 5% produzem na China. O percentual é igual ao de 2010. Em 2006, era de 3%. As brasileiras dos setores de informática, eletrônicos e ópticos são as que mais terceirizam parte da produção, empatados com os de calçados (9% do total). Já 16% dos que produzem equipamentos de transporte dizem implementar unidades em solo chinês.

ESTRATÉGIAS PARA GANHAR MERCADO - Das indústrias brasileiras, 30% adotam estratégias diante da concorrência com produtos chineses. Entre as estratégias, as mais citadas são o investimento na qualidade e no design dos produtos (51%), redução de custos e/ou ganhos de produtividade (50%), diferenciação de marca/imagem/marketing (40%). Para 15% dos entrevistados, a redução drástica de preços ou da lucratividade é uma estratégia utilizada.

Sondagem Especial China, agosto/2015 (SondEsp 62 - China). Perda de mercado doméstico em razão da concorrência com importados da China atinge 16% da indústria

As perdas diante da concorrência chinesa se intensificaram. Para 41% das empresas industriais brasileiras concorrentes dos produtos chineses, a participação no mercado doméstico diminuiu e para 16%, essa participação diminuiu muito. Portanto, 57% das empresas que concorrem com a China perderam participação no mercado doméstico, o que corresponde a 16% do total da indústria. Em 2010, um percentual menor de empresas registrava perda de participação no mercado doméstico (45%, isto é, 14% do total da indústria).

DOCUMENTO: http://arquivos.portaldaindustria.com.br/app/cni_estatistica_2/2015/09/02/190/SondEspecial_China_Agosto2015.pdf


BACEN. 28/08/2015. Política Fiscal em julho/2015

I - Resultados fiscais

O setor público consolidado registrou deficit primário de R$10 bilhões em julho. O Governo Central, os governos regionais e as empresas estatais apresentaram deficits respectivos de R$6 bilhões, R$3,2 bilhões e R$810 milhões.

No ano, o superavit primário acumulado é de R$6,2 bilhões, ante superavit de R$24,7 bilhões no mesmo período de 2014. No acumulado em doze meses, registrou-se deficit primário de R$51 bilhões (0,89% do PIB), comparativamente a deficit de R$45,7 bilhões (0,80% do PIB) em junho.

Os juros nominais, apropriados por competência, alcançaram R$62,8 bilhões em julho, comparativamente a R$26,9 bilhões em junho. Contribuíram para esse aumento o resultado desfavorável de R$23,9 bilhões das operações de swap cambial no mês, ante resultado favorável de R$8,1 bilhões em junho, e o maior número de dias úteis. No acumulado no ano, os juros nominais somam R$288,6 bilhões, comparativamente a R$148,2 bilhões no mesmo período do ano anterior. Em doze meses, os juros nominais totalizaram R$451,8 bilhões (7,92% do PIB), elevando-se 0,57 p.p. do PIB em relação ao observado em junho.

O resultado nominal, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$72,8 bilhões em julho. No ano, o deficit nominal soma R$282,4 bilhões, comparativamente a deficit de R$123,6 bilhões no mesmo período de 2014. No acumulado em doze meses, o resultado nominal deficitário alcançou R$502,8 bilhões (8,81% do PIB), 0,66 p.p. do PIB superior ao registrado no mês anterior.

O deficit nominal de julho foi financiado mediante expansão de R$80,1 bilhões na dívida mobiliária e de R$2,3 bilhões na dívida bancária líquida, contrabalançadas, parcialmente, pelas reduções de R$3,8 bilhões no financiamento externo líquido e de R$5,9 bilhões nas demais fontes de financiamento interno, que incluem a base monetária.

II - Dívida mobiliária federal

A dívida mobiliária federal interna, fora do Banco Central, avaliada pela posição de carteira, totalizou R$2.475,2 bilhões (43,4% do PIB) em julho, registrando acréscimo de R$12,8 bilhões em relação ao mês anterior. O resultado refletiu resgates líquidos de R$19,8 bilhões, acréscimo de R$1,4 bilhão em razão da depreciação cambial e incorporação de juros de R$31,2 bilhões.

Destacaram-se as emissões líquidas de R$10,7 bilhões em LFT, de R$6,7 bilhões em NTN-B e de R$1,0 bilhão em CFT-E; e os resgates líquidos de R$19,5 bilhões em LTN, de R$16,2 em NTN-F e de R$2,4 bilhões em NTN-C.

A participação por indexador registrou a seguinte evolução, em relação a junho: a porcentagem dos títulos indexados a câmbio passou de 0,4% para 0,5%; a dos títulos vinculados à taxa Selic elevou-se de 15,6% para 15,7%, devido a emissões líquidas de LFT; a dos títulos prefixados reduziu-se de 33,1% para 31,6%, em função de resgates líquidos de LTN e NTN-F; e a dos títulos indexados aos índices de preços caiu de 25,7% para 25,6%. A participação das operações compromissadas passou de 24,9% para 26,3%, apresentando vendas líquidas de R$61,2 bilhões.

Em julho, a estrutura de vencimento da dívida mobiliária em mercado era a seguinte: R$201 bilhões, 8,1% do total, com vencimento em 2015; R$419,4 bilhões, 16,9% do total, com vencimento em 2016; e R$1.854,9 bilhões, 74,9% do total, vencendo a partir de janeiro de 2017.

No final de julho a exposição total líquida nas operações de swap cambial alcançou R$369,1 bilhões. O resultado dessas operações no período (diferença entre a rentabilidade do DI e a variação cambial mais cupom) foi desfavorável ao Banco Central em R$23,9 bilhões.

III - Dívida líquida do setor público

A dívida líquida do setor público alcançou R$1.950,8 bilhões em julho (34,2% do PIB), reduzindo-se 0,4 p.p. do PIB em relação ao mês anterior. A desvalorização cambial de 9,4% registrada no mês respondeu por redução de R$90,7 bilhões no estoque da DLSP.

No ano, a relação DLSP/PIB aumentou 0,1 p.p., influenciada pelo impacto da desvalorização cambial acumulada de 27,8% no período (-4,0 p.p.), pelo efeito do crescimento do PIB nominal (-1,1 p.p.), pelo superavit primário (-0,1 p.p.), pela incorporação de juros (+5,1 p.p.) e pelo ajuste de paridade da cesta de moedas da dívida externa líquida (+0,2 p.p.).

A Dívida Bruta do Governo Geral (Governo Federal, INSS, governos estaduais e governos municipais) alcançou R$3.685 bilhões em julho (64,6% do PIB), elevando-se 1,4 p.p. do PIB em relação ao mês anterior.

DOCUMENTO: http://www.bcb.gov.br/?ECOIMPOLFISC

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LGCJ.: